𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 23
Coisas lindas, o capítulo saiu tarde hoje e eu peço mil desculpas por isso, mas notas finais eu explico o motivo de ter demorado.
Mas o capítulo está aqui, tenho certeza que vão gostar bastante 🖤
- HATHAWAY -
Percebi o tanto de tempo que eu havia passado na piscina quando chegamos na cabana e não encontramos ninguém, apenas o grimório e a estaca no mesmo lugar de antes.
Jungkook colocou a estaca que o encapuzado usou pra me atacar ao lado da nossa cópia, depois se sentou em um dos sofás e bateu no espaço ao lado dele, me chamando. Eu ainda estava um pouco anestesiada por causa do ataque, então além de não ter assimilado a morte de Jungkook eu não consigo assimilar que ele está vivo também.
Me sentei do lado de Jungkook e ele se virou, encostando suas costas no braço do sofá para que pudesse ficar de frente pra mim. Ele não falou nada, as perguntas eram minhas, então depois de olhar pra ele todo, dos pés a cabeça, eu comecei a falar.
- O que aconteceu na enfermaria? - Eu precisava saber de tudo desde o início.
- Foi algumas horas depois do meu pai sair. - Ele juntou as mãos na frente do corpo e passou a contar. - Malia havia acabado de acordar, então eu me virei pra falar com ela, estava tudo bem então eu não fiquei preocupado com nada sabe? Foi quando Malia arregalou os olhos pra algo atrás de mim, eu me virei pra ver o que ela estava olhando e alguém cortou minha garganta, eu caí no chão e tentei me arrastar pra longe, mas ele enfiou a estaca na minha garganta e deixou lá, foi aí que Malia gritou.
Jungkook ficou em silêncio, eu fiquei esperando por mais só que vários segundos se passaram e ele não disse mais nada, então eu levantei a sobrancelha.
- E depois? - Ele respirou fundo, mesmo não precisando mais, para então continuar a história.
- Depois disso eu não lembro de mais nada, pelo que sei, quem me encontrou foi o Vante, ele me levou pra casa dele e Park tentou me curar com sangue. Vante me disse que a última coisa que eu disse antes de apagar foi "Não me deixe morrer". Ele estava esperando o sangue fazer efeito e fechar a ferida antes de eu morrer, mas quando eu desmaiei Park tirou ele de perto de mim e me mordeu, segundos antes do meu coração parar de bater.
Passei a mão nos cabelos, era muito pra processar.
- Park me disse que você tinha morrido, por que ele mentiu? - Isso era o que mais me incomodava, desde que percebi que Jungkook não era mais uma alucinação.
Eu fui até Park Jimin devastada por causa do que tinha acontecido com Jungkook e ele me afirmou que Jungkook havia morrido, agora eu o encontro vivo.
- Ele não mentiu pra você, eu realmente morri.
- Podiam ter me contado que te transformaram. - Jungkook veio mais pra perto e segurou minhas mãos, senti meu estômago dar uma fisgada.
- Tori, eles não tinham como saber se o veneno das presas de Park havia chegado no meu coração a tempo, não tinham como saber se meu corpo ia rejeitar a transformação ou não, e sempre que você transforma alguém sem o consentimento dela, tem que perguntar pra essa pessoa se ela ainda vai querer permanecer viva, agora como um vampiro. São vários fatores. Se me perguntasse quando eu era um filho de Hécate, se eu queria ser um vampiro, minha resposta seria não, eu podia muito bem escolher morrer sem sangue mesmo depois de transformado, eles não podiam contar pra você.
Ele estava certo, por mais que eu quisesse encontrar argumentos para discordar e jogar a culpa do meu sofrimento durante esses vinte dias no Park e no Vante, eu não podia, eles fizeram tudo corretamente.
- A transformação dura três dias, o quem tem feito de lá pra cá? - Perguntei desviando do assunto dos irmãos veteris.
- Park tem me ensinado a controlar a sede de sangue, ele disse que eu só estaria livre pra voltar pra academia quando tivesse certo que eu não mataria um filho de Hécate ou um alimentador, na verdade eu nem estou livre agora, foi apenas uma circunstância especial.
- Especial? - Ele afirmou com a cabeça.
- Eu senti que você estava em problemas, então pedi pra Park pra ir ajudar você, ele deixou.
- E por que ele mesmo não veio? - Perguntei voltando inconscientemente ao meu rancor besta pelos irmãos.
- Por causa da ligação, ele disse que seria melhor eu resolver. Aliás, se eu tivesse chegado alguns segundos depois nós dois estaríamos mortos.
A ligação de mentes, Jungkook e eu somos praticamente uma pessoa só agora.
- Se eu morresse, você morreria também não é? - Ele assentiu, então algo que eu não havia pensado antes me veio na cabeça. - O quadro da Monalisa que eu estava vendo, em uma sala branca... - Jungkook sorriu.
Ele. Sorriu.
E juro que esqueci o que eu havia perguntado.
Parece que quanto mais eu conversava com Jungkook mais a ficha caía de que ele estava aqui, em carne, osso e dentes fofinhos que completavam um sorriso de matar.
Acho que usar a palavra 'matar' não foi legal.
- A sala que você estava vendo fica no porão da casa dos irmãos veteris, foi lá que eu completei a transformação e fiquei treinando o controle da sede, é lá que eu tô dormindo também enquanto Park não me libera.
- Isso explica muita coisa, e as dores que eu estava sentindo? - Ele ainda estava segurando minhas mãos, dessa vez fazendo um carinho suave que não passou despercebido por mim.
- Era eu tentando me comunicar com você, você sempre me bloqueava Tori, era como se tivesse dado um soco no meu estômago.
- Desculpe. - Baixei o olhar para nossas mãos juntas.
- Tudo bem, você não tinha como saber. - Ele respondeu com aquela voz tão carinhosa que foi como se um estalo tivesse soado na minha mente, então tudo me veio de uma vez.
A imagem do sangue dele no chão da enfermaria, a tentativa de Namjoon de recriar o assassinato, todas as vezes que eu ia pra sala de aula anseando em encontrar o Jungkook lá ou então sentir algum sinal dos seus poderes.
Então veio a piscina, tanto o momento que passamos juntos lá quanto a minha quase morte de agora pouco.
Eu não precisei falar nada, enquanto eu pensava nisso tudo eu tenho certeza que Jungkook estava vendo todas as minhas lembranças, todas as imagens, estava sentindo o quanto que eu sofri sem ele.
Então eu não precisei falar nada.
Senti quando a primeira lágrima caiu, resposta a minha constatação de que Jungkook realmente estava vivo, antes que eu pudesse esboçar qualquer reação ele me abraçou, aquele abraço me fez soltar tudo o que eu estava segurando desde então, então eu chorei.
Jungkook continuou me abraçando, cada vez mais forte. Se eu fosse humana ele poderia quebrar meus ossos, ainda não conseguia medir a própria força, logo que pensei isso eu soltei um riso contido e Jungkook afrouxou o aperto.
- Desculpa, ainda não me acostumei com a força.
- E eu não me acostumei com você lendo minha mente. - Passei a mão nos olhos pra enxugar as lagrimas, depois olhei pra Jungkook e abri um sorriso enorme.
Ele sorriu de volta pra mim.
- Você está vivo, JK. - Eu falei o encarando com o olho inchado e vermelho do choro, senti minhas lágrimas descendo de novo.
- Eu estou vivo, minha linda. - Ele colocou as duas mãos no meu rosto e limpou minhas lágrimas. - Em um outro momento eu teria enxugado apenas usando o ar, mas ele não me responde mais.
Senti uma onda de tristeza passar por mim, demorei um pouco pra perceber que não era eu que estava sentindo ela realmente, mas também fiquei triste por ele.
- Hey... - Passei a mão nos seus braços. - Você vai se acostumar, sempre vai sentir falta da magia, não há como evitar, mas você vai se acostumar com esse novo corpo, e eu estou aqui com você JK, eu não vou a lugar nenhum.
- Eu sinto muita falta Tori, eu... - Ele fechou os olhos e puxou o ar. - Não me sinto como eu mesmo sem os meus poderes. É incrível enxergar tudo melhor, poder sentir as coisas mais intensamente. - Ele riu e o que ele ia falar chegou na minha mente primeiro do que suas palavras, então eu ri junto. - Agora eu consigo sentir seu cheiro, você cheira ao Vante.
- E você tem o cheiro do Park. - Eu devolvi.
- Mesmo com tudo isso, eu ainda sinto falta dos meus poderes. Controlar o vento, criar fogo do nada, conseguir pelo menos encher um copo de água pra eu beber, fazer uma escultura pequena de argila pra te dar de presente... Duplicar uma estaca...
Coloquei minhas duas mãos em seu rosto e o fiz olhar pra mim.
- Você vai ficar bem, você acredita em mim?
Jungkook sorriu e um 'acredito' bem forte soou na minha cabeça, depois percebi ele olhando pra minha boca enquanto um 'posso te beijar?' voou pra mim, eu o beijei em resposta.
Beijar enquanto humana era muito mais sem sal de que beijar enquanto vampira, eu fiz os dois então posso dizer a diferença.
Beijar Jungkook enquanto ele era um filho de Hecate já me levava até as nuvens simplesmente porque eu estava apaixonada pelo cara, mas beijar Jungkook enquanto nós dois temos uma ligação de mentes.
É mil vezes melhor.
Quando nossos lábios se tocaram e Jungkook deu passagem para minha língua, eu senti a surpresa dele ao perceber o quanto os sentidos vampíricos tornam um beijo muito mais delicioso, fora isso, as sensações que ele estava tendo ao meu beijar eram inúmeras.
Saudades, carinho, fora todo o prazer do beijo que voltava pra mim enquanto ele sentia constantemente.
Jungkook também conseguia sentir o que eu estava sentindo.
Eu pensava em virar o rosto para um lado e ele já virava pro outro pra me acompanhar, eu pensava em subir no colo dele e o garoto já colocou as mãos na minha cintura pra me puxar pra cima.
Nós estávamos os dois no sofá, nos pegando igual adolescentes, e eu estava gostando daquilo.
Eu estava gostando muito.
Quebrei o beijo por alguns segundos e abri meus olhos no momento em que Jungkook abriu os dele, então eu encarei aqueles olhos brilhando em um vermelho vivo por causa do que estávamos fazendo.
- Sinto falta dos seus olhos de jabuticaba. - Jungkook sorriu.
- Eu consigo me ver pelos seus olhos, acho que fico estranho de olhos vermelhos. - Eu o dei um selo demorado.
- Você fica lindo de qualquer jeito...
Ainda sentada no colo de Jungkook eu me acomodei nele e o abracei bem apertado, abraço esse que ele correspondeu segundos antes de me dar um beijo no topo da cabeça, então ele voltou a olhar pra mim.
- Eu sei Tori, eu também senti saudades.
Jungkook voltou a me beijar e eu me deixei levar pelo momento, apenas apreciando as sensações que ele me proporcionava e as sensações que o próprio Jungkook sentia, eu estava em êxtase...
Eu estava apaixonada.
Eu estava pronta pra quebrar o beijo e falar algo pra Jungkook quando ele me segurou no lugar.
'Não precisa parar de me beijar pra falar comigo, eu posso te ouvir'
Eu sorri no meio do beijo e ele também, então eu pensei em algo, uma sugestão, sugestão essa que Jungkook acatou na hora.
Como eu ainda estava em seu colo, ele segurou minhas coxas e ficou de pé, me obrigando a enrolar minhas pernas nele, eu não consegui mais manter o beijo e comecei a gargalhar enquanto Jungkook corria para as escadas comigo pendurada em seu corpo.
Nós entramos naquele último quarto, o quarto no qual Jungkook tinha passado horas apagado, o quarto aonde rolou nosso primeiro beijo também.
Eu ainda me segurava em Jungkook rindo, ele andou comigo até que minhas costas estivessem contra a parede, então ele me soltou.
Mas eu não o soltei.
- Vai ficar aí mesmo? - Ele perguntou com aquele sorrisão que me derretia toda, puta que pariu, que sorriso delicioso.
- Jungkook - Ele continuou olhando pra mim.
- Oi
- Me beija. - Ele me beijou de novo. Enquanto nossas línguas se enroscavam e Jungkook me empurrava cada vez mais contra a parede, fazendo nossos quadris friccionaram, eu baixei minhas mãos pra puxar sua camisa pra cima.
Em um malabarismo muito louco, Jungkook me soltou para puxar a camisa pela cabeça, por incrível que pareça eu ainda não estava pisando no chão, minhas pernas ainda estavam atracadas como ferro no quadril dele.
Espalmei minhas mãos no peito super definido de Jungkook, ele não era bombado, mas tinha todas as curvas e músculos no lugar certo, eu poderia me abaixar apenas para lamber-lo
Jungkook riu.
- Quer me lamber? - Eu revirei os olhos
- Não estou mais gostando desse lance de ligação.
Ele me tirou da parede e andou comigo até a cama, nos derrubando em cima dela, Jungkook aproveitou pra tirar as roupas que eu havia acabado de vestir, minha roupa íntima ainda estava úmida por causa da piscina.
Me ajeitei na cama e desabotoei sua calça, a cueca branca estava refletindo o brilho vermelho dos meus olhos, eu já havia visto Jungkook com o bermudão na piscina, mas não assim.
Ele já estava a ponto de bala, tá ligado? Tipo, excitado pra caramba, e eu não era diferente, não com um deus grego desse na minha frente, quem aguenta?
- Eu sei que você tá lendo minha mente e deve estar com o ego nas alturas, mas puta que pariu Jungkook, você é muito gostoso. - Ele terminou de tirar as calças e voltou pra cima de mim.
- Me sinto lisonjeado em ouvir isso da ruiva mais bela desse lugar, já falei o quanto eu amo o contraste dos seus olhos com seu cabelo? - Arregalei os olhos.
- Não.
- Pois agora você sabe.
Jungkook voltou a me beijar, dessa vez tirando meu sutiã e baixando a mão cada vez mais por meu corpo, deixando uma trilha de arrepios em mim que faziam Jungkook se contorcer pela sensação.
- Caralho, isso é muito bom. - Ele colocou a mão por dentro da minha calcinha enquanto olhava nos meus olhos, eu não precisava dar permissão.
Ele sabia que eu queria
Assim que seus dedos começaram a se mover Jungkook colocou a cabeça dele no vão do meu pescoço, escutar o garoto ofegante pelo que estava fazendo comigo era excitante pra porra.
Fora que minhas próprias sensações já eram muito intensas.
Faça um vampiro ofegar! Ele não respira então se conseguir fazer ele ofegar você é demais.
- Jungkook...
- O que? - Ele falou meio abafado por estar com meus seios na boca.
- Tira a cueca.
Jungkook tirou a roupa que lhe faltava e aproveitou para tirar minha calcinha também, quando estávamos nós dois sem nenhuma peça de roupa nos separando ele abriu minhas pernas e olhou dentro dos meus olhos.
- Agora? - Ele perguntou, mas a única coisa que eu conseguia pensar era naquele homem maravilhoso em cima de mim prestes a foder comigo.
Literalmente.
- Porra Jungkook, vai logo. - Eu levantei minha cabeça e o beijei no exato momento em que ele me penetrou.
Então eu senti um prazer absurdo, nós dois sentimos um prazer absurdo, eu conseguia sentir ele entrando em mim tanto quanto conseguia sentir as paredes internas me apertando.
Jungkook também sentia isso, ele olhou pra mim sorrindo.
- Aperta. - E foi o que eu fiz, então nós dois começamos a rir.
- Depois a gente brinca JK, agora eu quero que você se mexa, e não pare. - Ele assentiu e começou a empurrar, Jungkook segurou minhas mãos bem alto no colchão e fez com que eu tivesse a visão mais linda do mundo.
Seu corpo forte em cima de mim com os músculos ondulando conforme ele metia.
Enrolei minhas pernas de novo em seu quadril e o pau dele foi ainda mais fundo, me fazendo gemer com o susto, é como se estivesse batendo no limite e me empurrasse com força pra trás.
Aquilo era uma delícia.
Jungkook percebeu também, porque continuou empurrando forte, forte o suficiente pra eu sacudir e gemer o nome dele em meio a risadas de nós dois.
Aquela dupla sensação que estávamos sentindo era algo novo pra nós dois, algo que com certeza faríamos de novo.
E de novo
E de novo
E de novo.
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Então né gente, eu precisava fazer uma coisinha um pouco detalhada né? Então levei mais tempo que o esperado pra terminar de escrever.
Agora que Jungkook voltou, como vocês acham que as coisas vão ficar na academia?
Interajam comigo 🖤
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