Carpenter, Aaron.
05 de fevereiro, 2019.
Los Angeles, California.

Escutei a campainha tocar e me levantei do sofá, jogando o pacote de salgadinhos no mesmo e caminhando até a porta. Quando a abri, eu avistei a garota mais bonita que eu já tinha encontrado em toda a minha vida.

Francis era sem dúvidas a garota mais linda do mundo.

- Oi, entra. - Sorri e quase me estrangulei por isso.

Ela entrou sem dizer nada, e se sentou no sofá, suas mãos estavam tremendo. Ela não olhou pra mim, mas ficou olhando para o chão.

- Eu... Eu demorei porque... Passei várias vezes pela sua casa... - A morena me olhou com seus lindos olhos. - Eu estava com medo.

- E agora? - Me sentei ao seu lado.

- Aaron, eu ainda estou apavorada porque nunca senti isso que estou sentido, ok? - Francis se virou para mim. - Coraline e as amigas só sabem me ameaçar e me humilhar... Eu não quero que elas me tirem você porque você foi a melhor coisa que eu quase tive, por mais que eu tenha pagado por todo aquele sexo, eu... - Ela parou e respirou fundo. - Eu neguei esse amor o máximo que eu pude, eu não queria te amar... Mas agora estou disposta.

Mordi o lábio inferior e desviei meus olhos dos dela, ela estava quase chorando.

- Você tem noção que partiu o meu coração? - Sussurrei, pois não conseguia falar mais alto sem chorar. - Eu não mais quero amar você.

E como eu senti aquele dia, aquilo foi como um faca no coração dela. Ela colocou a mão no coração, como se sentisse dor e fechou os olhos. Lágrimas caíram por seu rosto.

- Eu preciso que você me de uma chance, por favor. - A voz dela estava suplicante. - Aaron, eu não vou te magoar nunca mais.

- As pessoas serem más com você, não dá motivos para você ser má com os outros, Francis! - Me levantei e passei as mãos pelo cabelo, virando de costas para ela.

- Eu sei, me desculpe, me desculpe. - A escutei fungar e me virei, vendo seu rosto banhado de lágrimas. - Eu não quero mais passar por essas coisas, Aaron, eu quero ser feliz... Pelo amor de Deus!

Me aproximei dela e segurei seu rosto entre as mãos, secando seus olhos com meus dedões.

- Francis, você tinha todas as chances do mundo para me fazer feliz e ser feliz! Mas você não viu nenhuma delas e elas estavam na sua frente!

Francis fechou os olhos.

- Se você não me ama como eu amo você, pelo menos me beija agora. - Ela abriu os olhos, o rosto próximo do meu. - Eu preciso disso, nem que seja uma última vez e depois eu sumo da sua vida.

- Francis... Eu não...

- Aaron, eu amo você, me desculpe estragar tudo, me desculpe. - Ela tirou minhas mãos de seu rosto e se afastou.

Eu a vi sair da minha casa batendo a porta, e foi aí que percebi que eu estava chorando. Me sentei no sofá e coloquei as mãos na nuca, chorando o máximo que eu podia por esse amor que agora era correspondido, mas que não poderia ser real agora, não depois da dor que ela me causou.

Me sinto um idiota por amar Francis Adams e mais idiota ainda por saber que ela me ama, e eu a ter deixado partir sem um último beijo.