Chá, bala e suco


Ele apenas estava estressado
Ele apenas precisava descansar
Ele apenas precisava espairecer
Era apenas caminhar um pouco
Tomar um chá para acalmar

Okay que a vida gay já era difícil na sociedade merda que vivemos, aquele filho da puta ainda foi um arrombado além do esperado, transando com o outro arrombado debaixo do seu nariz!

Estava tão exausto, mas ali estava Hyunjin, sentado na porta da própria casa, se negando a entrar ou a sair de vez dali, ouvindo os gemidos escandalosos de Minho, o filho de uma puta do caralho de seu vizinho.

Bem que estranhava que Minho era muito bonzinho, como diziam, eles eram os piores.
Suas paranóias foram aos céus quando percebia presentes estranhos na porta e janelas de sua casa, devia ter metido um tiro na cara daquele desgraçado.

Um som mais alto soou, era Jisung, o arrombado, filho da puta e desgraçado do seu marido, comendo o vizinho com gosto, e o pior? Usando a SUA CAMA ao invés a dele.

Um rosnado escapou de seus lábios, suas mãos tremeram, enquanto milhões de ideias escapavam entre seus dedos.
Não tinha problema...

Um homem tem suas necessidades
O que ele não encontra em casa, ele vai encontrar na rua

Ah claro, claro que encontra na rua!
Só por não liberar o cu tinha que ser traído?
Não tem problema...

Foi só o calor do momento
Ele não fez por querer
Estava provavelmente bêbado

Outro rosnado soou, enquanto observava o nascer do sol do lado de fora de sua casa.
Seu cigarro escapava entre seus lábios, por caralhos, jurava que tinha parado de fumar.

Quando o silêncio reinou, o Hwang finalmente entrou.
Estava certo, precisava descansar.
Precisava relaxar e espairecer.

Por isso trancou as portas e janelas, apontando a arma para si mesmo. Morreria, mas eles ouviram e veriam seu corpo abatido... Ou melhor... Não foi ele o traidor.
Não deveria sentir... Culpa, certo? Era um ótimo marido!

Com um sorriso macabro, invadiu aquele quarto, tomando a coragem necessária e o cuidado extremo, amarrou ambos com tanta delicadeza que sequer os acordou, não antes da hora.

Quando tudo estava pronto, um som alto soou, alto o suficiente para acordar ambos num pulo.
O primeiro a se desesperar foi Minho, que sentia algo no fundo de sua garganta, enquanto algo gelido apontava a sua cabeça.

– Chupa bem essa merda ou eu vou atirar nos seus miolos. – o Hwang avisou previamente, Minho olhou para baixo, estava com um dildo nos lábios, obviamente Hyunjin jamais iria abusar do garoto, ele não tinha culpa...

Mentira, ia matar ele com gosto, mas não agora, não primeiro, não ainda.

O desespero nos olhos de Jisung era o melhor, aquela pistola iria retirar todo o sangue do garoto com um engatilhar, iria rir da desgraça alheia mas...

Não foi ele quem me traiu...

O sorriso assustador ainda estava ali, enquanto olhava para Jisung, Hyunjin estava assustador, sabia que estava, via isso através das orbes apavoradas do marido.

A mão armada foi em direção da cabeça do Marido.
O primeiro tiro deveria ter dado certo, mas por um escorrego trêmulo, infelizmente atingiu o pênis flácido, uma pena, o sangue que escapava como cascata com toda a certeza do mundo deveria estar doendo muito, mas quem se importava?
O segundo tiro atingiu a perna direita, o terceiro na esquerda.

Jisung berrava apavorado, com dor e desespero, com certeza ele estava morrendo, mas ainda demoraria um pouco, pensando bem, o quarto tiro foi no estômago, arrancando mais sangue, Minho parecia em transe, talvez em choque, ele sequer piscava, apenas derramando lágrimas grossas com o olhar estacado no homem falecendo a sua frente, sem poder fazer nada.

O quinto tiro no ombro, com o sexto no peito, mas uma pena, Hyunjin era bem descuidado, né? Não é atoa que até errou o lado do coração.
Mas tudo bem, firmando bem a arma no centro da testa, os miolos se espalharam por toda a cama do casal.

As sirenes estavam perto demais, mas não iria conseguir deixar Minho ali, não assim.
Quando se virou ao garoto, seus olhos se tornaram arregalados, o garoto havia cospido aquele dildo, mordendo sua língua até sangrar, por isso ele não se movia.

O tempo parecia passar em câmera lenta, até tudo se apagar com um baque forte em sua nuca.

Quando acordou, dias chatos e entediantes estavam em sua frente, juiz, polícia, interrogatório, até sua prisão perpétua ser marcado.
Uma pena que não era o Brasil, seriam apenas vinte anos de prisão e poderia ficar livre novamente...

– Vamos, princesa... – a voz grave do guarda chamou sua atenção, um rapaz ruivo de olhos verdes chamativos estava claramente interessado em si, se apoiando na sua grade, completamente fora de sua postura adequada profissional, sorrindo para si com gosto – O que aconteceu com você para vir parar aqui? O que o arrombado fez com você?

O Hwang gargalhou, finalmente, essa era a pergunta correta.
Felix era seu vizinho, irmão mais novo de Minho, obviamente não prestava igual ao irmão.

– É que eu fui "comprar laranja"... – o sorriso doce lentamente escapou de seus lábios, se tornando rude antes de agarrar a grade com todo seu ódio ainda acumulado – DEI SETE TIROS NAQUELE FILHO DA PUTA QUE ME TRAIU!

– Pena... Deveria ter atirado mais. – disse rindo, afinal, Hyunjin chegou a recarregar a arma uma vez para dar o último tiro, uma pistola costuma apenas possuir seis balas – Mas tudo bem, agora podemos nos ver sempre, sim?

O Hwang revirou os olhos, odiava os Lee.

– Eu vou sair dessa merda... – o Hwang sussurrou, rente aos lábios convidativos do guarda que nem piscava, apenas encarava seus lábios carnudos tão perto – E vou meter oito balas no meio do seu cu.

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