XIV | Desejo
[...] E dessa forma, os sete pecados capitais nasceram, concebidos de um desejo insaciável do homem em quebrar as leis do criador. Entregues a tal anseio, os mortais receberam as devidas consequências. O Inferno abriu suas portas às almas com bagagem, enquanto os céus viraram as costas aos próprios filhos."
• • •
Frente a frente, a caça e o caçador se encaravam mais uma vez. Kim Dahyun manteve o sorriso do minuto que entrou até aquele instante, realizada por só terem a pegado por sua própria vontade. "Vocês são todos tão estúpidos", disse mais cedo, durante o questionário. O dia já havia amanhecido novamente em Seul e o interrogatório aconteceu durante todo estender da tarde, tendo ela dito, em metade das perguntas, coisas totalmente sem nexo. Kim era mais uma daquelas religiosas fanáticas que acreditava ser enviada por Deus para punir o pecado dos homens. Todos aqueles crucifixos e itens sagrados em seu apartamento, parecia tudo tão bizarro mas se encaixava perfeitamente nos detalhes que descobriram sobre ela.
Foi surpreendente como Dahyun havia pensado em tudo:
a pele da ponta dos próprios dedos eram constantemente cortadas para não deixar digitais nos locais onde ela tocava, o que fez pleno sentido para Minnie já que em nenhuma das cenas do crime haviam digitais do assassino, nem mesmo em sua própria casa. Ela pagava pela estadia de Kang Seulgi na pensão, onde, durante um ano, a manteve presa naquela cama. O dono do prédio estava certo em dizer que Seulgi era a inquilina perfeita, ela estava vegetando no apartamento. Kim também se assegurou de mudar seu nome, não gostaria de ser reconhecida por Minatozaki Sana caso a mesma encontrasse uma pista - o que de fato ocorreu - Jane Doe foi o primeiro e mais misterioso em que pensou. Dahyun escolheu as vítimas a dedo, algumas faziam parte da sua vizinhança e outras ela conheceu na televisão como Lalisa Manoban, Im Nayeon e Kang Seulgi, pessoas conhecidas por parte do público. Traria mais impacto dessa forma. Foi tudo arquitetado perfeitamente, desde o início, nos mínimos detalhes. Agora Jane Doe estava algemada contra a mesa da sala de interrogação, vestindo roupas ensanguentadas na qual ainda havia vestígios do crime de Im Nayeon e sangue ainda não identificado.
- Por que decidiu se entregar? - perguntou Tzuyu, pela terceira vez.
-Eu disse, faz parte daquilo que Deus preparou para mim.
- E você pode nos adiantar o que ele preparou para você?
- Vocês querem saber onde está os outros dois corpos, certo?
- Então há outros dois corpos? - confirma Sana.
- Você não dá ponto sem nó, não é mesmo?
- Como eu disse, Deus me enviou para fazer justiça e eu a fiz.
- Eu juro que vou voar no pescoço dela. - murmurou Minatozaki, sendo segurada pela mais velha.
- Onde podemos encontrar os outros corpos? - indaga Chou - Pode nos levar até eles?
- Posso, mas apenas vocês duas. Sem equipe.
- Como quiser, mas apenas nos leve até eles. Algo mais a acrescentar?
- Que Deus tenha piedade de todos nós.
Sana bate as mãos na mesa e se levanta, saindo pela porta com fúria nos olhos. Tzuyu faz o mesmo, repetindo seus passos, onde seguiu a mais baixa por alguns metros até conseguir pará-la juntando seu braço.
- Podemos conversar? - diz Chou.
- Sobre o quê? Sobre como eu me sinto sabendo que minha ex-namorada matou sete pessoas porque ela acredita ser um mensageiro do senhor? Não, Tzuyu, eu não quero ter essa conversa.
- Tem alguma coisa errada, por que afinal ela se entregaria após cumprir a lista? E por que ela quer apenas nós duas no resgate dos corpos?
- Eu não sei, mas vocês vão. - Jeon Soyeon as interrompe, parando ao lado delas - E tratem de vestir-se adequadamente, estão parecendo duas andarilhas.
As detetives se entre olham e só então se atentam ao fato de que não tomavam banho há dias. Jeon lhe indica onde ficava o vestiário com banheiro do departamento e advertiu para tomarem cuidado com a porta, ou ficariam trancadas para o lado de dentro. As mulheres concordam e pegam um par de toalhas e uma troca de roupa que sempre reservavam no armário. O vestiário estava vazio naquela hora do dia e as luzes se mantinham apagadas para economia de energia. Sana é a primeira a livrar-se das roupas sujas e amarrotadas, despejando um jato de água quente sobre seus músculos tensos. Tzuyu estava no chuveiro logo ao lado, fazendo o mesmo, enquanto não podia tirar seus olhos das curvas da mais baixa. Hora ou outra, uma espiadinha de ambas as partes acontecia.
Minatozaki finalizou seu banho e enrolou a toalha branca por seu corpo, caminhando de volta aos armários do vestiário. Chou faz questão de se apressar e também desliga o chuveiro, correndo pela mesma direção por onde a mais nova tinha seguido. Quando ela pisa no cômodo ao lado, percebe a mais baixa verificando a maçaneta da porta, tentando abri-la de alguma maneira.
- Tzuyu foi você quem fechou a porta? - perguntou- Acho que você nos trancou aqui.
- Sim, eu tranquei.
- Agora você dê uma olhada direito para mim.
Tzuyu solta a toalha, revelando seu corpo molhado completamente desnudo. As pupilas de Sana se dilatam, concentrando-se no mesmo segundo nos seios rígidos e despontados bem em sua frente. A mais baixa segura sua toalha com força, enquanto imaginava quantas loucuras poderia fazer se a outra se
aproximasse um pouco mais. E ela o fez. Chou caminha até Minatozaki, entrelaçando os dedos em suas madeixas molhadas e rapidamente encontrando os lábios dela em um beijo molhado. O vestiário estava abafado e logo elas começariam a suar, mas não importava. Tzuyu aprofundou aquele beijo, abrindo caminho para a língua de Sana, que correspondia fugazmente.
- Tzuyu... a mais nova geme devagar enquanto seu pescoço era alvo dos beijos da detetive - Você está me provocando.
-Me mostre do que você é capaz, Minatozaki.
Sana solta sua toalha, unindo seu corpo ao da mais velha. As peles molhadas se tocavam quase ao ponto de criar uma corrente elétrica. As mãos da de cabelos curtos já estavam na cintura de Chou, apertando-a como forma de desestresse. Minatozaki a prensou contra os armários de ferro, tateando todo seu corpo com tanto desejo que poderia the arrancar partes. Tzuyu fechou os olhos e pôde sentir o arrepio quando a mais nova levou a boca ao seus mamilos, abocanhando seus peitos com tamanha febre. Minatozaki desce cada vez mais, percebendo a concentração involuntária dos músculos da maior quando ela finalmente chega em sua intimidade, molhando bem seus lábios antes de levá-los de encontro a maior região de prazer da mais velha. Tzuyu arfa, segurando a cabeça de Sana com força, guiando seus movimentos da forma que ela mais gostava.
-Eu quero te sentir dentro de mim. - sussurrou Chou.
A mais baixa a olhou nos olhos e disparou um sorriso maldoso, chupando os próprios dedos sem mover um centímetro de seu olhar. Tzuyu desejou por aquilo durante cada segundo. Sana fez questão de provocá-la ainda mais, massageando seu clitóris primeiramente, até notar que havia lubrificação suficiente para introduzir os dois dedos. Ela o fez, empurrando-os para dentro de Tzuyu com delicadeza. A mais velha soltou um grunhido, quase como se estivesse aprovando o gesto. Minatozaki continuou, indo e voltando, aumentando a velocidade conforme os gemidos se mostravam mais altos e abafados. Ela encosta sua cabeça sobre a barriga de Chou, segurando sua bunda com uma das mãos. A mais alta tinha as pernas trêmulas, mas afastadas o suficiente para que Sana a fodesse da forma certa.
- Você é tão gostosa, Tzuyu. - murmura, deixando um chupão em sua coxa.
- Quero que me foda de quatro.
O banco entre os dois armários serviu de apoio para o pedido de Chou, que foi posicionada de quatro pela menor. Sana apertou suas nádegas, deferindo uma série de tapas nas mesmas, que ficaram com a marca das mãos da mais nova. Tzuyu forma uma curva com sua coluna, empinando sua bunda e jogando seu cabelo comprido para trás. A mais baixa não pensa duas vezes em enrolar as madeixas em sua mão e puxá-la para trás, enquanto continuava a foder Chou com os dedos de forma rápida desta vez. Ela rebolava, desmanchando-se em prazer conforme os movimentos atingiam seu local de maior prazer.
- Mais rápido... Isso, Minatozaki, mais rápido...
Exigia, tendo seu desejo realizado por Sana que intensificava o movimento, trazendo a Tzuyu, rapidamente, o ápice. A mais velha fecha suas pernas, contraindo todas as partes do seu corpo. Minatozaki a abraça por trás, acariciando-a com as mãos que antes lhe davam prazer, e agora, afeto. As respirações de ambas estavam desaceleradas e se misturavam a fumaça quente do vestiário. A mais nova fez questão de beijar seu ombro, em um ato que quase poderia dizer "eu te amo." Seria clichê demais se ela dissesse ali, além do mais, o amor é complicado demais para se expressar em meias palavras. Mas era certo que aquilo não foi só uma transa entre duas colegas de trabalho, era mais profundo e se repetiria porque elas se gostavam de verdade.
- Ainda estamos trancadas aqui.- sussurra Sana - Espero que tenha um plano.
- Eu sempre tenho.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top