7. Frank Talk
O lugar para onde Jungkook levou Jimin era um daqueles bares sofisticados com bancos altos, música suave e pessoas bem vestidas no distrito de Gangnam. Jimin se destacou como um polegar dolorido, e parte dele se perguntou se Jungkook estava ciente disso.
- Dois bourbons*, por favor. - Jungkook ordenou, assim que se aproximou do bar, para o barman vestido sob medida que aos olhos de Jimin parecia mais um pinguim em seu terno preto e branco.
(É um uísque americano elaborado com um mínimo de 51% de milho)
Jimin odiava bourbon. Ele gostava mais de bebidas mistas que eram quase doces demais e, às vezes, gostava de cerveja light e soju com frango frito. Ele não gostava de álcool forte, lembrava muito seu pai, mas Jungkook não o havia consultado. No momento Jungkook parecia estar perdido em seus próprios pensamentos e não prestando atenção nele.
Isso teria sido bom para Jimin, trinta minutos atrás, quando ele tinha toda a intenção de entrar naquele táxi. Agora, isso o irritou. Jungkook pediu para bater um papo e ele, como a pessoa ingênua que era, concordou. Acabou com uma viagem desajeitada para um bar chique seguido de um pedido que Jimin sabia com certeza que ele não ia beber. E ainda por cima, Jungkook estava muito absorto em si mesmo para começar a falar.
Jimin ignorou o julgamento e os narizes arrebitados dos outros convidados. Felizmente, Jungkook ainda tinha mente suficiente para não sentar com eles no bar e os levou para uma mesa no outro extremo da sala. As luzes fracas e a música lenta deram um clima que deixou o cérebro de Jimin descontrolado. Este bar era muito íntimo. Por que ele estava aqui?
A mesa estava bem ao lado das janelas e dessa vista, Jimin podia ver toda a cidade brilhando abaixo. Ele se virou para olhar para Jungkook que no momento estava mandando uma mensagem para alguém e precisou de todo o autocontrole de Jimin para derrubar o telefone de suas mãos. Por alguma razão, mesmo agora, Jimin queria sua atenção e aprovação. Desviando o olhar do homem para o cenário diante dele, Jimin se forçou a ficar parado. Seu corpo doía, seu pulso estava latejando e ele podia sentir uma coceira dos pontos na palma da mão. Ele ignorou esses desconfortos também.
Jungkook o chamou aqui para conversar... Bem, Jimin iria esperar e não facilitaria para ele.
Enquanto esperava, Jimin deixou sua mente vagar por um momento nas duas pessoas que esta cidade havia tirado dele. Esta cidade inocente e bonita parecia inofensiva dali de cima, mas Jimin sabia melhor. Ele se perguntou, por um momento, como sua vida seria diferente se seu irmão nunca tivesse desaparecido. Ele balançou a cabeça com esses pensamentos, pois eram muito perigosos e poderiam facilmente quebrá-lo. Ele então se concentrou em seu ex. Ele deixou sua mente viajar até lá, no homem que o traiu duas vezes e depois o deixou por esta cidade em busca de seu sonho.
- Aqui estão suas bebidas Sr. Jeon. - O barman disse em uma voz suave, mas Jimin não olhou para ele, ele estava determinado a fechar o mundo por mais um momento. - Devo manter a garrafa reservada?
Jimin refletiu sobre os últimos dois dias e sobre seu colapso na delegacia naquela manhã. Na boca de seu estômago havia um pequeno sentimento de vergonha, mas ao mesmo tempo, ele sentiu alívio. Apenas dois dias atrás, ele quase foi morto aqui, nesta cidade. Em momentos como esse, quando ele se sentia muito vulnerável, ele queria se aconchegar em sua cama e nunca mais se levantar. No entanto, aqui estava ele por causa de um parceiro que não tinha bom senso para ver que ele ainda estava se curando e precisava de descanso. Um parceiro, que deveria ser como um mentor, mas em vez disso se afastou dele. Um parceiro, que no momento estava muito ocupado enviando mensagens de texto e fazendo sabe-se lá o que naquele telefone idiota dele do que realmente tentando ter a conversa.
- Sim. - Jungkook disse ao barman.
Jimin manteve seu olhar nas luzes da cidade abaixo e olhou uma vez para o reflexo do barman na janela, que logo se foi deixando a mesa em silêncio novamente. No fundo de seus pensamentos sombrios e com a mente muito cansada, Jimin concluiu que odiava esta cidade.
- Eu amo esta cidade. - Jungkook finalmente falou com ele e Jimin engoliu em seco. - As luzes da cidade daqui de cima parecem as estrelas no céu noturno.
Jimin tinha feito muitos passeios de barco em sua vida. Ele esteve no meio do oceano durante as férias de verão, ajudando seu pai a ganhar o sustento. Ganhar dinheiro suficiente para comprar uniformes e comida para o ano letivo seguinte. Para escondê-lo, antes que os dedos bêbados de seu pai o pegassem, embora às vezes ele não fosse rápido o suficiente. Jimin tinha visto a verdadeira beleza do céu noturno e ele adorou; essa foi a melhor parte de sua infância depois de Jihyun.
Por um lado, Jimin podia ver onde Jungkook estava indo com isso, mas ao contrário de Jungkook, ele não se sentia nostálgico. Ele preferia a coisa real a essa ilusão. De qualquer forma, as nuvens no momento estavam escuras e cheias de água da chuva, então mesmo que ele tentasse olhar para cima, não seria capaz de ver as estrelas. Na primeira noite aqui em Seul, Jimin viu o lençol de poluição cobrir a cidade, e mesmo assim foi impossível olhar para cima.
- Você é originalmente de Busan, não é? - Jungkook perguntou quando Jimin não respondeu.
Jimin desviou os olhos da cidade miserável e olhou para Jungkook, que havia guardado o telefone.
- Conversa fiada, realmente? - Jimin perguntou incapaz de se conter.
Jungkook não respondeu, em vez disso, ele deu um gole na bebida em seu copo e sinalizou para o barman trazer a garrafa. Suas pernas se mexiam debaixo da mesa e de vez em quando esbarrava nas de Jimin.
Jimin respirou fundo tentando controlar seu temperamento. Jungkook estava realmente forçando seus limites aqui. Eles esperaram por alguns minutos, quando o homem pinguim fez uma segunda aparição, garrafa na mão, antes de se afastar com uma pequena reverência.
Jimin assistiu Jungkook se servir de outra dose, mas ele não bebeu.
- Namjoon me fez perceber que eu parecia um idiota. - Jungkook finalmente disse olhando diretamente para Jimin, mas não disse mais nada depois disso.
Era para ser seu pedido de desculpas? Isso deixou Jimin estupefato por um momento como se tivesse picado. Ele sabia que era ruim em expressar seus sentimentos, mas esse homem estava em outro nível. Jungkook era definitivamente bonito, mas emocionalmente constipado... uma verdadeira obra de arte. O ex de Jimin também era uma obra de arte, e isso não era necessariamente um elogio.
- Você não está bebendo. - Jungkook apontou.
- Por que você me trouxe aqui Jungkook? - Jimin perguntou não querendo explicar para o homem os motivos por trás de sua aversão ao álcool forte.
- A coisa sobre o seu irmão.
- O que tem isso? - Jimin perguntou se inclinando para trás em sua cadeira com seu temperamento na ponta da língua.
- Essa história é verdadeira?
- É um registro público. - Jimin estreitou os olhos. - Você também é um oficial da SPO, você tem acesso a esses arquivos. Sem mencionar que você também pode perguntar ao Chefe Namjoon. Por que você acha que eu diria uma mentira assim? Isso é doente Jungkook.
- Desculpe, eu não quis dizer isso. - O pedido de desculpas de Jungkook saiu de sua boca tão rapidamente que Jimin quase não diferenciou as palavras.
Jimin desviou o olhar dele, um nó na garganta, muito zangado para responder.
Ele viu um casal com suas cabeças pressionadas juntas do outro lado do bar. Ele não podia dizer como eles eram sob as luzes fracas, mas eles pareciam confortáveis um com o outro, felizes até, e Jimin os invejava. Havia algo neles que parecia familiar, mas Jimin não conseguia identificar. Ele desviou o olhar do casal e olhou para os outros convidados, todos vestidos com roupas de grife e joias finas. O bar não estava vazio, mas também não estava lotado. Pelo menos ninguém estava prestando atenção neles.
- Este é um bar VIP? - Jimin perguntou em vez disso.
- Sim. - Jungkook respondeu. - Eu gosto daqui, ninguém me incomoda e eu não incomodo ninguém.
Jimin inalou uma respiração afiada rolando a cabeça para o teto. Ah, ele queria estar na cama. Este homem era confuso, e agora Jimin não queria lidar com ele.
- Me desculpe por mais cedo. - Jungkook começou, seu tom de voz estava de volta ao neutro, e isso fez Jimin olhar para ele novamente. - Você está certo, seu negócio não é meu.
- Obrigado. - Jimin disse se sentindo totalmente exausto.
Paz, ele finalmente encontraria a paz?
- É só... - Jungkook continuou a falar. - É só que você me lembra ele. - Ele finalmente disse desviando os olhos de Jimin e brincando com seu copo.
Jimin o estudou por um longo tempo. Jungkook parecia ainda mais jovem, ombros caídos, rosto para baixo, ele parecia mais fofo do que bonito. Havia algo tão triste nisso que apertou o coração de Jimin. Ele passou a mão pelo cabelo e estendeu a mão sobre a mesa para tocar a mão de Jungkook. O outro homem não recuou nem olhou para cima. O toque era genuíno e ele esperava que fosse reconfortante, e parecia ter funcionado quando Jungkook lhe deu um aperto suave.
- Seu parceiro? - Jimin perguntou já sabendo a resposta puxando sua mão de volta.
- Ele não era apenas meu parceiro. - Jungkook admitiu, mudando seu olhar para a janela e olhando para a distância da cidade. A suavidade se foi novamente, substituída por seu comportamento afiado, e Jimin sabia que o pequeno momento humano que eles compartilharam se foi. - Yugyeom era meu melhor amigo. Crescemos juntos e depois do ensino médio, nos juntamos à SPO e trabalhamos juntos. Ele era como um irmão para mim, e você me lembra dele. Você está preenchendo um espaço que sempre foi dele. Eu sei que não tem nada a ver com você, mas eu simplesmente não consigo encontrar uma conciliação com isso.
Se Jimin não estivesse tão cansado quanto se sentiu naquele momento, teria gritado de frustração. Por que ele sempre era o substituto de outra pessoa? Por que toda vez que alguém olhava para ele, era outra pessoa que estava vendo?
- Sinto muito pelo seu amigo. - Jimin disse em vez disso. - Eu entendo. Vou tentar ficar fora do seu caminho.
- Isso é...
- Eu tenho meus próprios fantasmas para perseguir. - Jimin olhou para ele e deu-lhe o sorriso mais gentil que ele poderia reunir no momento, mas ele poderia dizer que saiu mais como uma careta. - Vamos apenas manter isso civilizado e terminar este caso. Há muito para eu aprender neste lugar. Por favor, tente aguentar mais um pouco e eu farei o meu melhor para não incomodá-lo.
Jungkook o olhou com seus olhos afiados. Para Jimin, parecia que estrelas brilhavam em seus olhos, todo um sistema estelar estava ali, e Jimin não podia deixar de se sentir hipnotizado por isso. Ele sentiu o calor subir por suas bochechas e ele limpou a garganta.
- Vou me despedir agora. - Jimin disse, desviando os olhos.
- Você não vai terminar sua bebida? - Jungkook perguntou.
- Está tudo bem. - Jimin falou. - Eu não gosto de bourbon. Tenha uma boa noite Jungkook.
- Pelo menos me deixe te levar para casa. - Jungkook ofereceu.
Jimin não teve tempo de recusar. Algo inesperado aconteceu: ele ouviu seu nome em uma voz que não ouvia há mais de um ano.
- Jimin?
Merda... agora não. Jimin se virou para olhar e Jungkook também. Ah, por que isso estava acontecendo?
O casal que ele estava olhando não era outro senão seu ex e a mulher por quem ele o havia deixado.
- Yoon-woo. - Jimin disse, e quase vacilou com o quão distante sua própria voz soava.
- O que você está fazendo aqui. - Jinkyung rosnou pegando o braço de Yoon-woo possessivamente.
Não surpreendeu Jimin que Yoon-woo não se incomodasse com a possessividade de Jinkyung. Eles se davam bem juntos, como um quebra-cabeça aninhado e confortável. Yoon-woo estava vestindo roupas caras que em sua antiga vida eles não poderiam comprar. Yoon-woo parecia diferente, mas bem, e Jimin desejou que ele também tivesse o mesmo ar. Ele imaginou que quando visse Yoon-woo, teria sucesso e talvez em um relacionamento feliz. O mundo nunca foi gentil com ele.
Jimin viu os olhos de seu ex se arregalarem e ele se desvencilhar de sua namorada. Jimin não estava pronto para as mãos de Yoon-woo em seu queixo ou quando seu ex inclinou a cabeça para uma inspeção melhor. Jimin empurrou o rosto para longe de seu aperto.
- O que aconteceu com você? - Yoon-woo exigiu olhando entre Jimin e Jungkook. - Você fez isso com ele?
- Não se preocupe. - Jimin rosnou ficando de pé.
- Quem fez isto com você? - Yoon-woo o pegou pelo cotovelo, e Jimin viu as sobrancelhas de Jungkook se erguerem com aquele gesto.
- Não é da sua conta. - Jimin desviou o olhar de Jungkook e olhou para o rosto de Yoon-woo.
O coração de Jimin estava agora em sua garganta, e ele sentiu seus pulmões começarem a entrar em colapso. Yoon-woo estava estudando ele, eles ficaram juntos por quatro anos, eles se conheciam há seis, então não era surpresa que Yoon-woo visse através dele.
- Me solte. - Jimin disse em voz baixa. Estar tão perto de Yoon-woo o fez se sentir fraco e irritado. Ele tinha esquecido como era o cheiro de Yoon-woo, tinha esquecido a facilidade com que o homem mais alto poderia moldá-lo. Ele até esqueceu como Yoon-woo tinha a capacidade de fazê-lo esquecer de si mesmo. Jimin odiava, ele odiava esse homem. Ele o havia machucado a ponto de empurrá-lo para fora da borda. Eles haviam prometido um ao outro para sempre, e na primeira oportunidade Yoon-woo o jogou debaixo do ônibus. - Me solta. - Desta vez a voz de Jimin estava cheia de convicção, lembrando cada parte ruim do relacionamento deles.
Os últimos dois anos com Yoon-woo foram infernais. Mas Yoon-woo era teimoso, sempre foi teimoso. Ele sempre se sentia no direito por causa de sua boa aparência, e ele tinha confiança suficiente para fornecer combustível para toda a indústria do entretenimento, talvez para toda a península. Então não o surpreendeu quando Yoon-woo não o soltou, e isso deixou Jimin mais irritado.
- Você deveria soltá-lo. - Jungkook falou ficando de pé também, invadindo seu espaço. - Você pode ser processado por assédio.
Mas Jimin não queria que Jungkook interferisse em seu nome. Ele não queria que ninguém interferisse por ele, ele tinha isso sob controle. Depois que Yoon-woo o deixou, Jimin entendeu essa lição fundamental. Ele pensou que tinha aprendido ao longo dos anos... mas Yoon-woo realmente cimentou isso. Era Jimin contra o mundo.
- Jimin o que realmente aconteceu? - Yoon-woo perguntou ignorando o aviso de Jungkook. - Você está me assustando, querido.
Jinkyung deu um suspiro agudo com o apelido carinhoso. Jimin pegou a mão de Yoon-woo, o que segurava seu cotovelo e o empurrou.
- Nada. - Jimin disse tão claramente quanto podia, então ele falou com Jungkook. - Eu tenho que ir agora. Desculpe por fazer uma cena. Vejo você no escritório.
Jimin fez uma reverência para Jungkook e passou pelos atores.
- Jimin, por favor. - Yoon-woo chamou por ele. - Deixe-me levá-lo para casa.
- Querido! - A voz de Jinkyung saiu em um lamento doloroso, e parte de Jimin teve pena dela.
Mas esse sentimento foi fugaz porque ela também era culpada pela dor em seu coração. Uma dor que ele teve que aprender a acalmar e consertar, e levou um ano antes que ele pudesse ficar de pé novamente. Yoon-woo e Jinkyung realmente fizeram uma palhaçada com ele, e não foi até aquele momento que Jimin entendeu o quanto eles o machucaram.
Jimin sentiu as lágrimas ameaçando derramar, bem como aquelas nuvens no céu. Ele queria chorar e se arrependia de ter vindo aqui. Os outros convidados olharam com curiosidade para ele quando ele saiu do bar, mas Jimin não iria dar a eles um show grátis.
Discreto sua bunda.
O elevador estava demorando muito, então Jimin praticamente correu para as escadas de emergência.
Quando chegou ao hotel, estava encharcado da cabeça aos pés por causa da chuva. Ele se sentia derrotado e humilhado com toda aquela provação. Tirando seu terno molhado e barato, Jimin tomou o banho mais quente que conseguiu e balançou ao som da água espirrando na banheira. Isso o lembrava do oceano e de como as ondas atingia o barco em um dia preguiçoso no cais em Busan.
Jimin fechou os olhos pensando nos dias em que observava as estrelas, e por algum motivo, sua mente voltou aos olhos de Jungkook. Dois lindos orbes escuros com um brilho cintilante.
Ele havia passado pelo pior. Jimin disse a si mesmo enquanto se deitava entre os lençóis. O dia seguinte foi cheio de promessas e a partir de agora, ele só daria passos para frente, não para trás. Sua vida estava cheia dessas pequenas tribulações, e o que aconteceu hoje só o tornaria mais forte. Ele tinha que acreditar nisso porque não podia se dar ao luxo de desmoronar. Não agora, quando a possibilidade de finalmente obter respostas sobre o desaparecimento de seu irmão estava mais perto do que nunca.
A única coisa que Jimin tinha que se preocupar agora era ficar fora do caminho de Jungkook. Fazer o que seu parceiro queria que ele fizesse, seguir ordens e não incomodá-lo.
Ele pensou no que Jungkook havia dito no bar. O homem havia perdido alguém que era como um irmão, família mesmo, e pelo menos nisso Jimin podia entender. Ele entendia a dor de perder um ente querido sem qualquer explicação ou encerramento. Ele entendia o que Jungkook estava passando, porque ele vinha passando por esses sentimentos por dezessete longos anos. Seu coração doía pela perda de Jungkook e ele esperava que ambos pudessem encontrar respostas rapidamente para o bem deles. Ninguém deveria passar uma vida inteira sem saber.
─━━⊱✿⊰━━─
- Procurador Sargento Park. - Euna, a secretária, o cumprimentou logo pela manhã. - Tenho um pacote para você.
- Oh. - Jimin disse depois de cumprimentá-la. - Obrigado.
Ela lhe entregou um envelope marrom e Jimin o abriu enquanto caminhava para o escritório compartilhado que tinha com Jungkook. Dentro havia um papel junto com um panfleto para um apartamento emitido pela SPO. Foi aprovado e Jimin olhou para os papéis incrédulo. Seijin lhe dissera que conseguir um apartamento pelo SPO seria quase impossível com o número de pessoas se candidatando. Não eram apenas os promotores que se inscreviam, mas pessoas como Taehyung ou Euna, que trabalhavam diretamente para o SPO, também poderiam se inscrever. Basicamente, era um prédio que poderia hospedá-lo, mas Jimin não se candidatou, então como ele foi aprovado?
Rapidamente ele pegou seu telefone entrando no escritório vazio. Ele tirou todos os papéis do envelope quando ouviu o toque suave do outro lado.
- Jimin? - Seijin perguntou, sua voz grogue, mas de alguma forma alerta. - Está tudo bem?
- Obrigado Senhor! - Jimin gritou quase chorando quando o peso de encontrar um lar foi milagrosamente tirado de seus ombros. - Como você fez isso? Achei que você disse que conseguir um apartamento era praticamente impossível.
- Eu não sei do que você está falando Jimin-ie. - Seijin disse parando a excitação de Jimin por um momento.
- Se você não fez, então quem? - Jimin perguntou.
- Você sabe Jimin-ie. - Seijin riu do outro lado da linha. - Às vezes, nem todo mistério precisa ser resolvido.
- Mas...
- Você teve sorte. - Disse Seijin. - Pegue.
- Tem certeza que não foi você? - Jimin perguntou olhando para a parede onde Jungkook e Yugyeom tinham decorado o escritório com estantes cheias de livros de direito.
- Tenho certeza. - Disse Seijin. - Se eu pudesse fazer isso, já teria ajudado você.
- Ok. - Jimin suspirou. - Desculpe por ter incomodado você. Eu acordei você?
- Não. - Disse Seijin. - É apenas meu filho, ele está passando por um surto de crescimento, chorou a noite toda. Ele só adormeceu agora. Ouça Jimin, você está planejando vir para o Natal?
- Eu não sei. - Jimin disse sinceramente. - Vou ter que consultar o Procurador Chefe Kim Namjoon.
- Ele é um bom homem Jimin. - Disse Seijin. - Confie nele.
- Obrigado de novo. -Jimin disse. - Dê meu amor a Naehe e ao pequeno Joon.
- Eu vou. - Seijin falou suavemente antes de se despedirem.
Jimin sorriu suavemente saboreando o conforto e familiaridade entre eles. Algo que tinha sido completamente enviado do céu. Seijin tinha gostado dele na academia. Ele gostou de sua ética de trabalho e não o desprezou quando ele namorou um homem, Seijin apoio ele e Yoon-woo.
Jimin se certificou de nunca ultrapassar seus limites, mas ele o fez no ano anterior, quando foi deixado quebrado por seu ex. Seijin o convidou para o Natal quando descobriu que Jimin ia passar sozinho. Naehe, a esposa de Seijin, o adorava como um filho, e Jimin estava tão desesperado por afeição que se deixou ficar ganancioso. Joon tinha três anos e Jimin gostava de brincar com ele e o levava ao parque enquanto Naehe e Seijin saíam em encontros.
Jimin olhou para o conteúdo em sua mesa e se sentou. Ele examinou e leu o panfleto e os papéis de aprovação. No envelope havia um mapa e um cartão-chave para que ele pudesse entrar no prédio. Havia instalações que ele poderia usar, mas teria que dividir uma lavanderia com os outros destinatários.
Um passo a frente. Jimin deu um suspiro vitorioso de alívio antes de colocar o cartão-chave em sua carteira. Nenhum lugar nos papéis disse quem o ajudou a conseguir o apartamento, mas por enquanto, Seijin estava certo. Ele não tinha que resolver esse mistério ainda.
Jimin começou a mover alguns papéis pela mesa, distribuindo as pastas. Ele sabia que estava adiantado para o trabalho e agora estava um pouco tonto por saber que esta noite estaria dormindo em seu novo apartamento mobiliado. Seu próprio lar pela primeira vez em sua vida e ele mal podia esperar para saber como era.
Assim que ele estendeu a mão para mover alguns dos arquivos, ele viu um que dizia Gem. Jimin franziu a testa pronto para ler quando a porta se abriu e ele olhou para cima.
- Você chegou cedo. - Jungkook falou colocando seu casaco no cabide.
Jimin não pôde deixar de observar o quão sexy o corpo de Jungkook era enquanto ele se movia pela sala fazendo tarefas comuns. Algumas pessoas eram apenas abençoadas com boa aparência. Jimin desviou o olhar sentindo-se um pouco sujo por sexuar seu superior e esperava que o homem mais alto não tivesse percebido.
De qualquer forma, Jimin sabia que tinha que se dirigir ao elefante na sala. Ele agarrou sua coragem e acenou para si mesmo se sentindo determinado.
- Jungkook sobre ontem...
- Não se preocupe com isso. - Jungkook falou.
Jimin assentiu. Ele agradeceu aos céus que Jungkook não estava esperando uma explicação.
- Ontem. - Jungkook quebrou o silêncio. Jimin olhou para ele, gostando da pretensão de ter que olhar para ele. - Você mencionou uma máquina de dinheiro na oficina. - Jungkook continuou. - Você acha que isso é uma pista?
- Ah... - Jimin disse lembrando. - Sim, na verdade.
Então Jimin pegou os arquivos que precisava para o caso do Choi, já tirando a palavra Gem de sua mente.
CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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Espero que tenham gostado desse capítulo. Eu me diverti muito escrevendo. Me digam o que acharam.
Quando fala que Yugyeom era parceiro de JK é parceiro de trabalho. Não romântico.
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