50. Family Jeon
Quando Jimin acordou, ele sentiu Jungkook mais ou menos na mesma posição devido ao seu aperto. Ele gentilmente se afastou de Jungkook em favor do alongamento. Gentilmente ele cobriu o outro e olhou ao redor da sala. O sol estava alto e fazia calor e entrava pelas portas abertas que davam para um jardim interno. Mais uma vez sentiu-se intimidado pela riqueza e estremeceu, mas não por frio.
Assim como todas as manhãs desde a morte de Jihyun e as táticas de Yoon-woo para trazer ele (JM) de volta, ele sentiu aquela tristeza e raiva esmagadora. Mãos trêmulas e prontas para quebrar, e devido a sua rotina que o ajudava com isso ele precisou fazer seu exercício da “manhã”. Ele tirou a camisa e dobrou a calça jogger até os joelhos para um melhor ajuste.
Ele não tinha seu tapete de ioga, mas depois de pegar uma toalha do banheiro, ele a estendeu no chão limpo e de madeira. Ele inspirou e expirou, deixando suas emoções se concentrarem em sua respiração, controlando seus movimentos e se esticando mais profundamente nas poses. Até que sua mente estava em branco e suas emoções sob controle. Uma respiração de cada vez e o corpo contorceu-se até o limite em uma queima lenta que era dolorosa e prazerosa.
Ele se sentiu realizado após cada comprimento de seu corpo e em uma pose de pavão de penas, ele o segurou ali, sentindo seus músculos se alongarem e absorverem sua vontade. Seu corpo doía dos cuidados de Jungkook, mas isso era sobre o que Jimin podia controlar. Com foco e suor escorrendo por sua espinha e testa, Jimin dobrou uma perna para trás seguida pela outra até que os dedos dos pés tocaram a parte de trás de sua cabeça em uma pose perfeita de escorpião. E ele o segurou ali, sentindo sua coluna se curvar e seus cotovelos sustentarem seu peso. Jimin respirou fundo sabendo que Jungkook ainda estava dormindo na cama e o único som que o fazia companhia eram as cigarras no jardim, a leve brisa do mar incomodando as folhas e a respiração temperada de Jimin.
Ele seguiu sua rotina habitual até saber que seu temperamento estava mais uma vez sob seu controle e ele podia pensar com clareza. Deitado de costas sentindo o chão debaixo dele Jimin deixou um pequeno sorriso se espalhar por seus lábios. Ele não podia acreditar o quão sortudo ele era, e ele sabia que estava corando mais pelo constrangimento de ter confessado para Jungkook do que pelo exercício. Mais importante, Jungkook confessou de volta e não foi algo que o mais alto disse a Jihyun para reinar na situação. Naquela época Jungkook estava dizendo a verdade e Jimin podia se enrolar de felicidade.
— Isso é novo. — Jungkook disse e Jimin olhou em sua direção.
O cabelo arrepiado de Jungkook estava espetado em todas as direções, ele tinha um sorriso torto e estava sentado de pernas cruzadas na cama. Ele parecia tar assim há um tempo e Jimin não pôde deixar de sorrir de volta para ele.
— Eu sabia que você era flexível, — Jungkook continuou. — mas porra, Park Jimin. Você está tentando me seduzir?
— Está funcionando? — Jimin desafiou levantando uma sobrancelha para ele.
— Nem um pouco. — Jungkook disse e Jimin se levantou do chão dando-se uma última sacudida antes de subir na cama de Jungkook de quatro.
— Mentiroso. — Jimin falou enquanto suas mãos viajavam nas coxas de Jungkook, sentindo sua semi, antes de empurrar o homem nos travesseiros. Com uma perna de cada lado dos quadris dele, Jimin selou perfeitamente em cima. O pau de Jungkook aninhado contra sua bunda e para uma boa medida, Jimin mexeu um pouco puxando um grunhido baixo do outro. Ele se abaixou, tomando o sorriso de Jungkook em seus lábios chupando docemente.
— Você não joga limpo. — Jungkook lamentou, os lábios ainda pressionados juntos.
— Eu não sabia que estávamos jogando um jogo. — Jimin brincou levantando-se um pouco para dar uma boa olhada nele. — Ei, devemos tomar banho. Você fede.
— Vixen. — Jungkook riu, suas mãos esfregando para cima e para baixo nas coxas de Jimin. — Com toda a seriedade, o que fez você começar a praticar ioga?
— Yoon-woo disse que ajudaria. — Jimin deu de ombros traçando seus dedos sobre o nariz perfeito de Jungkook.
— Você está mantendo contato com Yoon-woo? — Os olhos de Jungkook se estreitaram, a carícia suave em suas coxas parou e ele segurou o corpo de Jimin possessivamente.
— Sim. — Jimin assentiu sentindo o ar mudar e ele inclinou a cabeça para o humor ácido repentino de Jungkook. — Ele tem sido uma grande ajuda. Taehyung e Yoon-woo também se dão muito bem, o que às vezes é estranho, mesmo que ambos neguem que são amigos.
— Então você sai com ele regularmente? — Jungkook continuou a investigar e Jimin finalmente entendeu o olhar sombrio e possessivo.
— Não fique com ciúmes. — Ele deu um beijo na bochecha de Jungkook não gostando para onde essa conversa estava indo. — Nós somos apenas amigos. Ele ainda está com Jinkyung se isso faz você se sentir melhor. De qualquer forma, Yoon-woo estava lá para mim quando eu quase me perdi. Não há nada mais. Eu garanto.
— Ele estava lá quando eu não podia. — A voz de Jungkook deu um rosnado profundo, mas seus lábios fizeram um beicinho.
— Não vamos descer lá. — Jimin persuadiu. — Eu não estava lá para você também.
— Mas...
— Não. — Jimin balançou a cabeça. — Quando voltarmos para Seul, você verá o que quero dizer.
Jungkook ficou quieto por um tempo e então finalmente desviou o olhar. Jimin suspirou e saiu de cima dele puxando um olhar preocupado do homem. Jimin sorriu para ele e se virou para pegar a bagunça que ele havia feito com sua prática de ioga.
— Eu também corro à noite. — Jimin expressou porque Jungkook precisava ouvir o que mais ele fazia. — Toda quarta-feira eu luto e cuido de Yeotan às quintas-feiras para que Tae possa sair em encontros. — Ele virou-se para Jungkook depois de deixar as toalhas sujas no cesto com os lençóis que ele havia trocado mais cedo. — Eu frequento as aulas noturnas de Yoongi, você sabia que ele é professor agora? Ah, e toda sexta-feira eu visito Jieun e cuido do pequeno Yugyeom.
— Você os vê regularmente? — Jungkook perguntou, e Jimin ouviu como ele parecia hesitante.
— Sim. — Jimin assentiu sentando na cama ao lado de Jungkook e pegando sua mão. — E ela sente sua falta. Você precisa conhecê-lo, ele dorme a maior parte do tempo, mas também gosta quando o levo para passear. Aprendi a colocá-lo em um baby moby, é esse lenço grande basicamente que envolve você e o bebê. É melhor para o desenvolvimento esquelético e muscular natural do bebê e é mais fácil para as costas. É muito mais seguro e melhor para a sua coluna do que uma transportadora ou uma tipoia.
Jungkook estava olhando para ele com admiração e havia aquele brilho em seus olhos que Jimin poderia se perder. Jungkook era lindo, ele sempre achou isso. Antes, quando o conheceu, Jimin pensou que gostaria de levá-lo para a cama e fodê-lo sem sentido e depois descartá-lo como qualquer um de seus outros parceiros. Agora, tudo que Jimin queria fazer era mantê-lo por perto, fosse no quarto ou fora vivendo suas vidas.
— Por que? — Jungkook perguntou. — Por que você faz tudo isso?
— Muitas razões. — Jimin disse a ele. — A principal razão é que alguém disse a Jieun que se ela precisasse de ajuda, ela deveria entrar em contato comigo. — Jungkook corou com isso e parecia que queria ser engolido inteiro. — Da próxima vez. — Jimin repreendeu. — Você deveria me dizer essas coisas.
— Eu vou. — Jungkook prometeu, sua voz tímida.
— Vamos. — Jimin disse. — Hora do banho. Quero falar com sua família.
— Ah, porra... — Jungkook gemeu. — Minha família.
— Sim, seu idiota. — Jimin pegou sua mão de volta e bateu a outra no peito, não com força, mas o suficiente para fazer sua declaração, — Você não me apresentou a eles. Foi humilhante.
— Sinto muito. — Jungkook se moveu para uma posição sentada. — Eu não estava pensando. Eu estava com medo de que eles fizessem uma cena e eu não pudesse falar com você. Eu estava com medo de que você fugisse novamente.
— Chega de fugir. — Jimin prometeu. — Você me pegou.
— O contrário. — Jungkook disse com uma cara séria, mas repetiu as palavras de Jimin de volta para ele. — Você me pegou
Jimin teve aquela sensação de estar sobrecarregado misturado com felicidade que por um momento ele não sabia o que fazer com isso.
— Você é tão brega. — Ele concordou com isso.
— Estou usando sua frase emprestada. — Jungkook riu e Jimin o deixou lá porque ele sabia que pularia mais alto novamente se ficasse.
— Use sua própria frase. — Jimin repreendeu ao ouvir Jungkook rir atrás dele e às suas custas.
Eles não se revezavam no chuveiro, em vez disso, lavaram o cabelo e o corpo um do outro. Eles não fizeram sexo no chuveiro, mas eles se beijaram muito e Jungkook o abraçou até que a água fez seus dedos enrrugarem. Os olhos de Jimin estavam fechados o tempo todo aproveitando esse momento, mas eventualmente quando ele ouviu o estômago de Jungkook começar a fazer sons, ele se afastou.
— Então. — Jimin disse colocando as roupas emprestadas do armário de Jungkook. — Existe alguma coisa que eu deveria saber antes de ir lá?
— Eles não vão me deixar ir. — Jungkook disse e Jimin não ficou surpreso ao ouvir isso.
— Eles estão mantendo você refém? — Jimin tentou provocar, mas sua pergunta era cem por cento séria.
— Eu não chamaria assim. — Jungkook respondeu escovando o cabelo.
— Como você chamaria isso? — Jimin perguntou se sentando em uma das cadeiras almofadadas vendo Jungkook se arrumar porque ele realmente queria entender.
— Sendo Protetor. — Jungkook respondeu. — Eles estão com medo. O vovô não está indo bem e a empresa precisa de um herdeiro para cuidar dele. A vovó tem feito todo o trabalho, mas sua saúde também está em risco.
— E sua mãe?
— Ela só quer que eu faça parte do registro da família. — Jungkook respondeu olhando através do espelho nos olhos de Jimin. — Ela acha que, como filho de meu pai, eu não deveria ser privado de minha herança.
— E o que você quer? — Jimin repetiu a mesma pergunta que ele havia feito na cozinha de Jungkook meses atrás.
— Eu quero você. — Jungkook disse colocando a escova para baixo e se virando para encarar Jimin completamente. Jimin gostou da sensação que teve quando Jungkook disse coisas assim para ele, mas para alguém que passou pelo inferno e voltou quando se tratava de outros... ele não se deixou envolver por esse sentimento... ele quase podia ouvir o ultimato mesmo antes de Jungkook falar. — Mas eu quero fazer minha mãe feliz. Eu vi o quanto meus avós estão lutando para evitar que o trabalho de sua vida desmorone. Eles têm tantas pessoas que dependem deles e me sinto egoísta se não fiz algo para ajudar.
— Foi por isso que você enviou sua carta de demissão? — Jimin perguntou sentindo aquela pontada dolorosa no peito.
— Sim. — Jungkook disse. — E porque eu pensei que você não iria me querer por perto.
— Você quer desistir? — Jimin perguntou sentindo aquele leve nó na garganta... ele precisava pensar e se mover antes que Jungkook pudesse dizer palavras que ambos iriam se arrepender. — Você quer desistir de ser um promotor?
Você quer desistir de nós? Era a pergunta que ele realmente queria fazer, mas ele permaneceu no tópico…
— Não. — Jungkook balançou a cabeça parecendo um pouco alarmado como se soubesse a pergunta de Jimin. — Isso é tudo o que eu queria ser. — Jimin viu os olhos de Jungkook, estavam cheios de paixão e era como se ele pudesse ver através dele. Ele respirou fundo duas vezes antes de finalmente falar novamente. — Sempre quis ajudar as pessoas. Buscar a verdade e levar justiça àqueles que não podem por si mesmos. Quando meus avós estenderam a mão para minha mãe e eu, bem, eu não queria ouvi-los. Eles nos deixaram na rua e trataram meu pai de forma horrível... Parte de mim pensou que era um ato doce de vingança saber que eles estavam sofrendo. Achei que era justiça poética, vê-los sofrer porque não levantaram um dedo para ajudar meu pai quando ele estava doente. Mas depois do incidente, foram eles que estavam lá para mim e minha mãe.
Jimin não gostou da explicação. Ele não gostou de saber que ele tinha deixado Jungkook sozinho para que ele sentisse que precisava retribuir a gentileza dos outros, e o mais importante, sabendo que eles os mantiveram separados deliberadamente. Ele queria ser solidário com os avós e a mãe de Jungkook, mas não tinha vontade de fazê-lo. Ele estava grato por eles terem os recursos para obter toda a ajuda que Jungkook precisava, sem ela... Jimin duvidava que Jungkook estivesse aqui conversando com ele... e sobre isso... Jimin não sabia como retribuir. Por outro lado, ele odiava como eles manipulavam Jungkook e aproveitavam seu desejo mais profundo de ajudar os outros.
Mas acusar Jungkook nesses pontos seria um desserviço ao seu personagem. Para a essência doadora que fez Jungkook... bem ele. Jimin sentiu como se estivesse em uma encruzilhada. Se ele dissesse a coisa errada, ele sabia que realmente perderia Jungkook. No final do dia... havia apenas uma coisa que importava... e isso era Jungkook e sua felicidade.
— Eu entendo. — Jimin deu a ele um sorriso triste.
— Eu também sou inútil agora. — Jungkook quebrou como se mais uma vez ouvisse o próprio tumulto de Jimin. Seus ombros caíram, seu rosto olhou para baixo, mas não rápido o suficiente e então Jimin pôde ver o lábio inferior do outro tremendo.
— Você não é inútil. — Jimin chegou ao lado dele em um segundo, ele alcançou os ombros de Jungkook e o segurou com força.
— Eu me canso facilmente. — Jungkook estava chorando novamente e Jimin segurou mais forte. — Eu não posso estar perto de barulhos altos. Tenho dores de cabeça e fico tonto. Eu não consigo controlar minhas emoções e é frustrante. Eu odeio que eu não posso fazer as mesmas coisas que eu costumava fazer. Eu esqueço as coisas, Jimin. Ainda ontem eu perguntei a minha mãe o nome dela porque eu tinha esquecido. Como vou ser um promotor? Não tenho escolha... você diz que entende, mas na verdade não entende. Mesmo se eu for com você, não posso ser... não posso ser promotor. — Jungkook chorou mais e Jimin desenhou movimentos circulares calmantes em suas costas. — Pelo menos como dono do império Jeon eu posso contratar pessoas que possam me ajudar a administrar a empresa e assim ser útil….
O coração de Jimin se partiu ao vê-lo assim. Jungkook tinha quebrado assim uma vez, e naquela época ele e Jungkook mal se conheciam. Agora, parecia que a alma de Jimin estava clamando pela de Jungkook e ele não sabia o que fazer. Jungkook estava errado em tantos níveis... mas para começar... era Jimin que se sentia inútil no momento. Vendo Jungkook assim Jimin entendeu uma coisa: que Jihyun havia matado uma parte de Jungkook naquela noite.
Cuidadosamente, Jimin puxou Jungkook e estendeu a mão para o rosto enxugando as lágrimas, porque isso era tudo que ele podia fazer no momento. Deixar Jungkook gritar a parte de si mesmo que foi arrancada dele... e Jimin percebeu ainda outra coisa... Jungkook precisava dele, o que voltou ao seu argumento inicial... nada mais importava em sua vida, a não ser Jungkook.
— Eu te amo. — Jimin disse porque Jungkook precisava ouvir isso, mesmo que ele estivesse suando de tanto falar. No entanto, Jimin sabia que tinha que ser corajoso porque Jungkook precisava que ele fosse. — Eu te amo porque você está sempre cuidando dos outros. Você trouxe o amor de volta à minha vida. Algo que nunca pensei que sentiria novamente. Você me fez ver e sentir como se pudesse voar e finalmente sinto que posso. Você fez isso. Você me mostrou gratidão e me mostrou como me cuidar. Eu não posso te chamar de inútil porque para mim você é tudo. Sem você, estou perdido. Sem você, sou um navio sem âncora e sem hélice. Sem você, não há vento sob minhas asas. Eu não me importo se você é o CEO de alguma empresa ou um sem-teto na rua, porque para mim isso não importa. Eu quero que você seja feliz Jungkook. Eu quero que você se olhe no espelho e veja o que eu vejo.
Os olhos de Jungkook estavam arregalados, seu rosto brilhante e chocado com as palavras de Jimin, e havia uma suavidade em seu olhar que fez Jimin derreter de amor. Jungkook finalmente sorriu para ele dando-lhe um aceno de cabeça, e Jimin viu a mesma força voltando para seu rosto e seu corpo... Seu coração estava batendo rápido e forte, e suas bochechas estavam quentes de vergonha, mas ele se moldou facilmente ao toque de Jungkook.
— Como você faz isso? — Jungkook se afastou um pouco olhando para ele com admiração como se Jimin fosse o maior mistério a ser resolvido. — Dizer todas as coisas que eu quero ouvir... que eu preciso ouvir? Você sempre foi assim e eu... Jimin... eu.
Jimin olhou para ele, o lindo rosto de Jungkook ligeiramente inchado de tanto chorar, mas esse era o homem pelo qual ele faria qualquer coisa. Foi assim que Jihyun se sentiu em relação a Seonim? Seu irmão tinha amado tão ferozmente? Antes... Jimin teria medo desse sentimento, talvez até fugisse dele... mas agora ele se sentia correndo direto para ele. Se suas asas fossem como Ícaro e Jungkook seu sol... Jimin ainda voaria o mais alto que pudesse mesmo que isso significasse sua própria morte... mas ele faria isso apenas para estar perto do calor e da luz de Jungkook.
— E você me chama de brega. — Jungkook disse finalmente quando percebeu que Jimin não tinha nada a acrescentar.
— Vamos. — Jimin disse empurrando-o um pouco. — Vamos encontrá-los antes que eu perca toda a minha coragem.
— Tudo bem. — Jungkook riu, mas pegou a mão de Jimin na sua e assim eles saíram do quarto.
Jimin estava nervoso por conhecer a família de Jungkook. Se o outro sentiu como sua mão estava nojenta e suada, ele não mencionou isso, mas segurou-a com mais força. Jungkook os levou ao redor da casa, alguns servos se curvaram para eles até que finalmente, Jungkook os levou para o que parecia ser a área de estar da família.
Jimin viu um homem em uma cadeira de rodas, ele usava um agasalho com cabelos brancos bem cuidados. Seu rosto parecia doentio e tinha uma expressão facial passiva ao vê-los. Uma mulher estava sentada bem ao lado dele, a avó de Jungkook, e do outro lado da sala estava sentada a mãe de Jungkook. Ela sorriu suavemente ao ver Jungkook e independente do mal-entendido entre eles, havia aquele fato inegável de que ela amava seu filho. Jieun usava a mesma expressão sempre que olhava para o pequeno Yugyeom. No fraco fantasma de sua memória, ele ainda podia ver o rosto de sua mãe quando ela olhou para ele antes de Jihyun ser levado.
— Você está descansado? — A avó de Jungkook perguntou. — Você está pronto para falar conosco como um adulto?
Jungkook ficou quieto e Jimin odiou isso. Em vez disso, ele sorriu docemente e se curvou fazendo as pessoas na sala reconhecê-lo, mesmo que não quisessem.
— Peço desculpas pelo aviso tardio. — Jimin se curvou novamente, tirando a mão de Jungkook e certificando-se de que ele estava se curvando respeitosamente. — Capitão... quero dizer, o Sr. Jeon tem acompanhado este caso que é pessoal para nós dois. Ele era o único que poderia ter ajudado.
— Caso? — A avó perguntou levantando uma sobrancelha para ele em descrença, ela sabia que ele estava mentindo... a sala inteira sabia que ele estava mentindo descaradamente, mas enquanto Jimin pudesse controlar a narrativa do que ele poderia ficar de pé.
— Se fosse tão importante? — Ela disse: — Por que você não veio mais cedo?
Como um jato de água fria, ele sentiu o choque de ouvi-la fazer essa pergunta. A coragem dela de dizer isso a ele quando eram eles que mantinham Jungkook longe. Que eram eles que guardavam as cartas de Jungkook para alcançá-lo. No entanto, ele sabia que ela estava tentando irritá-lo. Talvez... se ela tivesse perguntado a ele alguns meses atrás, ele teria caído em seus jogos, mas depois de trabalhar e seguir Namjoon em bares, ele agora sabia.
— Capitão... ah, eu não consigo me acostumar a chamá-lo de Sr. Jeon. — Jimin soltou uma risada leve, mas ofegante, pegando os olhos do outro. Ele podia sentir como Jungkook irradiava nervosismo, como Sangmi o observava com intensidade, a avó estreitou os olhos, mas o avô o estava estudando. Foi quando Jimin observou que se ele quisesse Jungkook em sua vida, ele teria que impressionar não só a avó mas o avô também. — Capitão, desculpe-me, o Sr. Jeon é difícil, mas um mentor justo. Acho que ele queria que eu chegasse à conclusão por conta própria e visse que sou digno de me chamar de promotor.
Sobre isso, Jimin não estava mentindo. Jungkook era assim, sempre empurrando-o para descobrir as coisas... mas ao mesmo tempo, ele não o deixava sozinho. Eles trabalharam no caso juntos, mesmo que discordassem sobre as coisas.
— Qual o seu nome? — Foi o avô quem perguntou e as mulheres se mexeram em seus assentos.
— Vô. Avó. — Jungkook finalmente falou e sua voz soou uniforme e havia o domínio familiar dele novamente. Algo que os outros três pareciam um pouco surpresos, provavelmente eles não sabiam que esse lado de Jungkook existia. — Este é o Promotor tenente Park Jimin. Ele foi meu aluno e parceiro em Seul. Jimin, este é meu avô Donghwan e minha avó Nara. Você já conhece minha mãe. — Jungkook apontou para sua família.
— Prazer conhecê-los. — Jimin se curvou novamente com a mesma leveza. — Você tem uma casa linda e bem cuidada, Sra. Nara.
— Obrigada. — Ela murmurou, ainda cambaleando com o fato de que não era ela quem criava o diálogo.
Não importa o resultado aqui... Jimin sabia que ele teria comida japonesa do Namjoon por pelo menos um mês.
— Eu queria que todos vocês se encontrassem por um momento. — Jungkook disse assumindo a liderança guiando Jimin para sentar no sofá ao lado dele.
Jimin fez isso sem reclamar e hesitar. Ele olhou para Jungkook pronto para ouvir o que o outro tinha a dizer, embora não tivesse ideia do que o outro tinha em mente. Ele ainda podia sentir os outros três mais velhos olhando para eles com precisão de gavião... como se Jimin ou Jungkook fossem fazer um movimento súbito e nervoso onde eles pudessem atacar.
— Por que você quer que nos encontremos? — Nara perguntou, sua voz ligeiramente mais alta.
Jungkook parecia estar mudando a narrativa mais uma vez, e agora Jimin veio chamado por Jungkook e não por ele mesmo.
— É verdade. — Disse Jungkook. — Eu era seu mentor e superior no escritório do promotor.
— Por favor, não termine essa frase. — A voz de Nara caiu, fervendo.
— Mas Jimin aqui tem sido meu namorado por um tempo. — Jungkook parou por um segundo para recapturar a sala e se Jimin não estivesse olhando para ele, teria desmoronado de vergonha.
A sala ficou em um silêncio mortal, e Jimin podia ouvir o zumbido suave dos servos trabalhando para manter o lugar agradável e fresco.
— Enquanto ele ainda estava trabalhando no caso. — Jungkook continuou. — Nós também conversamos sobre nosso futuro juntos.
— Não haverá futuro entre vocês dois. — Nara finalmente disse e desta vez Jimin olhou para ela.
— Eu queria agradece-los. — Jimin disse olhando para todos eles porque ele realmente queria dizer o que estava prestes a dizer. — Por cuidar de Jungkookie quando eu não podia.
— É para isso que serve a família. — Disse Nara. — Como vamos acreditar que você se importa com ele quando você não veio vê-lo, nem mesmo uma vez.
Jimin sentiu o temperamento em seu peito começar a aumentar, mas ele sorriu em vez disso.
— Deve ter havido alguma confusão razoável. — Jimin disse docemente. — De qualquer forma. Jungkook me aceitou de volta e eu nunca vou desistir dele.
— Você é uma criança insolente e imprudente. — Nara olhou para ele, o rosto vermelho e os olhos arregalados de raiva. — Você não tem como cuidar dele.
— Eu tenho habilidade para pagar as contas. — Jimin disse com a mesma doçura de antes, e desta vez ele pegou a mão de Jungkook e ficou feliz quando Jungkook não o afastou. — Sou insolente e imprudente, mas amo Jungkook. E por isso estou disposto a aprender a não ser insolente e imprudente pela felicidade dele.
— Jungkook precisa se casar com uma garota que possa lhe dar filhos. — Nara finalmente disse. — Você não é isso. Não importa o quão bem comportado você se torne.
— Se você não o aceitar. — Jungkook disse chamando a atenção de todos de volta para ele daquela maneira que só ele sabia fazer. — Então eu sugiro que você encontre outro herdeiro.
— Depois dessa façanha? — Ela perguntou, tom alto e indignada.
— Basta. — Disse Donghwan, o avô, silenciando sua esposa imediatamente. — Seus pais, criança. Quem são eles?
— Eles não são ninguém. Eu não venho de dinheiro. — Jimin disse a ele sem rodeios. — Minha mãe foi cortada do registro de sua família depois que ela se casou com meu pai e me deu à luz.
Os olhos de Sangmi se arregalaram com isso e ela enviou ao par mais velho um leve olhar. Nara se mexeu na cadeira e desviou o olhar com um rubor nas bochechas enquanto Donghwan pigarreava parecendo igualmente desconfortável. As semelhanças não foram perdidas para ninguém na sala.
— Meu pai era contador e depois de uma tragédia familiar, — Jimin continuou, — ele voltou para o comércio da família, pescando. Minha mãe se casou novamente.
Os olhos de Donghwan não se desviaram de Jimin. O ar estava espesso e Jimin estava feliz por ter Jungkook sentado ao seu lado. Ele estava feliz por ser capaz de segurar sua mão dessa maneira, e, ao mesmo tempo, ele se manteve firme e olhou para trás.
— Eles têm alguma opinião sobre isso? — O homem mais velho perguntou.
— Não. — Jimin balançou a cabeça e falou a verdade porque ninguém tinha o direito de ficar entre seu amor.
— Eu tenho mais uma pergunta para você. — Donghwan disse quando Jungkook começou a falar por eles novamente.
Jimin apertou a mão de Jungkook para calá-lo e então Jungkook seguiu sua liderança. Se Jimin tivesse mais tempo e se seu coração não estivesse batendo tão rápido, ele teria gostado de analisar o rosto de Sangmi ou mesmo o de Nara. Ele sabia que elas tinham visto algo lá, mas Jimin não sabia o que, por enquanto, a única coisa que ele podia fazer era se concentrar na pergunta não dita de Donghwan. A pausa foi quase dramática, mas provavelmente durou menos de um segundo... mas para Jimin pareceu uma eternidade.
— Você vai desistir de ser um promotor se a família Jeon exigir isso?
— Vô! — Jungkook protestou.
— Querido! — Nara protestou ao mesmo tempo.
— Sim. — Jimin expressou.
— Não. — Jungkook disse logo após ouvir a resposta de Jimin. — Você lutou muito para estar onde está. Não, eu disse não.
— Desculpe, Jungkook. — Jimin se virou para ele, para longe da família do namorado. — Mas, por mais que eu valorize suas opiniões, isso depende de mim.
— Jimin... — Os olhos de Jungkook estavam cheios de preocupação e raiva... quase pânico e o coração de Jimin se moveu com o sentimento.
— Jungkook... — Sangmi disse Interrompeu seu filho. — Jimin está certo, depende dele.
— Você não gosta dele. — Jungkook virou o rosto para sua mãe, parecendo lívido, como se ela o tivesse traído. — Você nunca fez. É porque você se vê nele?
— Jungkook. — Jimin alcançou o braço de Jungkook para acalmá-lo. Não foi mentira quando Jungkook lhe disse que tinha pouco controle sobre seus sentimentos. Ele viu o peito de Jungkook arfar e o homem fechar os olhos tentando equilibrar sua explosão. Jimin estendeu a mão e gentilmente pegou o outro pelo queixo e o fez enfrentá-lo novamente. — Eu te disse que não vou a lugar nenhum. — Jimin falou em um sussurro, esquecendo de sua audiência porque a única coisa que importava para ele era Jungkook. — Você se lembra de mim dizendo isso?
— Mas não assim... — Jungkook disse abrindo os olhos, cheio de dor.
— Assim. — Jimin persuadiu. — E qualquer outra forma. Somos só você e eu.
— Você e eu. — Jungkook repetiu e lá, assim como antes, ele foi capaz de trazer Jungkook de volta para ele. A assertividade e a calma estavam de volta e depois de uma expiração pesada Jimin soltou o queixo e esfregou o braço de Jungkook antes de se voltar para a família.
— Sim. — Jimin respondeu novamente. — Eu deixarei minha carreira de promotor se a família Jeon me receber como parceiro de vida de Jungkook.
Agora, ele sabia que o patriarca Jeon não havia dito nada sobre aceitá-lo como parceiro de Jungkook... e os olhos do homem se arregalaram um pouco com a exigência dele. Jimin ouviu ao invés de ver Jungkook sorrir enquanto Nara estava boquiaberta. Sangmi, por outro lado, parecia aprovar e havia uma ternura em seu olhar que não estava lá antes quando ela olhava para ele. Jimin franziu a testa um pouco para isso, mas ele colocou em segundo plano por enquanto.
— Eu não quero escândalos. — Donghwan finalmente disse. — Eu não quero ouvir que vocês dois se separaram daqui a alguns anos. Nossa alta sociedade participará de uma cerimônia unindo vocês dois, mesmo que vocês dois não possam se casar legalmente, você fará isso pelos nossos padrões. Quanto à sua carreira de promotor. Eu não vou pedir para você desistir ainda, já que parece ser um grande negócio para o nosso Jungkook e para você. Mas se o dia chegar e a empresa precisar que você desista desse caminho, lembre-se deste dia. Lembre-se de sua promessa.
Os olhos de Jimin se arregalaram, não esperando esse resultado. Ele olhou para Jungkook, que parecia igualmente chocado. Foi Jungkook quem agiu primeiro, levantando-se levando Jimin com ele e Jimin seguiu o exemplo do mais alto. Eles se ajoelharam e se curvaram profundamente para o patriarca.
— Obrigado, avô. — Jungkook se curvou novamente.
Jimin também, sempre seguindo a liderança de Jungkook, e o tempo todo sem palavras. Isso significava que ele estava noivo de Jungkook? Como isso aconteceu? Ele piscou e parecia manso, o que parecia ser a primeira vez que Jimin conseguia impressionar a avó de Jungkook.
— Jimin, — Sangmi falou. — posso falar com você por um momento?
Jimin olhou para Jungkook e o outro deu-lhe um aceno de aprovação, embora observasse com cautela. Jimin seguiu Sangmi para fora da sala quando Jungkook começou a falar com seus avós, e ele não pôde deixar de sorrir um pouco quando os anciões o repreenderam por fazer coisas fora de ordem.
— Sinto que te devo um pedido de desculpas. — Sangmi disse a ele assim que eles estavam fora do alcance da voz, mas pelo menos Jimin ainda podia ver Jungkook enquanto ele ria facilmente.
Jimin não pôde deixar de sorrir com aquele olhar de esplendor e felicidade irradiando de Jungkook.
— Jimin. — Sangmi chamou e Jimin teve que balançar a cabeça e desviar o olhar de Jungkook para se concentrar nela. — Eu sinto muito.
Jimin olhou para ela, ele tinha um milhão de coisas para dizer a ela, mas ele as guardou. Não porque ele não as sentia, mas Taemin estava certo... tecnicamente ele havia vencido a batalha, de alguma forma, e ia viver com Jungkook pelo resto de suas vidas. Solte.
— Está no passado agora. — Jimin disse a ela. — Eu não estava em um bom espaço quando fui para aquele hospital.
— Você diz isso, — Ela disse parecendo envergonhada consigo mesma. — mas você era o seu melhor. Eu não queria acreditar nisso de Yoongi. Ele me disse depois que você salvou Jungkook. Eu nunca agradeçi por isso, esta família deveria estar agradecendo por isso. Eu não queria acreditar que alguém pudesse matar seus próprios parentes apenas para salvar meu filho. — Sangmi continuou e fez uma pausa enquanto olhava na direção de Jungkook e seus avós. — Eu não percebi o quão errado eu estava até hoje. Eu agi exatamente como Nara fez muitos anos atrás. Isso não é apenas uma desculpa para eu me deixar guiar pelo medo de perder Jungkook. Perdi meu marido no hospital e quase perdi meu filho. Eu assisti Jungkook lutar todo esse tempo. Eu pensei que estava fazendo a coisa certa em manter vocês dois separados e então os Jeon's vieram e eles fizeram sua própria parte, mas não protegi meu filho. Ele estava chamando por você e eu o mantive longe de você.
Jimin olhou para ela, seu coração estava batendo rápido, entre raiva e remorso. Ele tentou soltar, mas ouvi-la dizer tudo isso trouxe seu ressentimento novamente. Sua dor e a dor que ela infligiu a Jungkook. No entanto, aqui estava ela admitindo sua parte, e a pior parte era que Jimin a entendia. Ele não gostou, mas ele a entendeu. Ao mesmo tempo, ele queria mesmo que quisesse jogar suas desculpas de volta na cara dela, a família basicamente o aceitava, e o mais importante, Jimin não queria separar Jungkook de sua família. Eram pessoas que Jungkook amava e por causa disso Jimin precisava tentar. Tentar aceitar seus erros e lembrar-se de que eles também agiram por amor.
— Eu agi como Nara, — Ela continuou, — e não quero mais agir como ela. E aqui está minha penitência. Aquilo que Nara disse sobre você e Jungkook não terem filhos e todas as outras coisas dolorosas que ela disse e fez, bem... você nunca vai conseguir um pedido de desculpas dela. Não espere, mesmo que ela saiba que fez algo errado. Esta é a razão pela qual estou admitindo meus erros para você.
— Sra. Jeon. — Jimin tentou cortar, mas ela levantou a mão pedindo silêncio e Jimin mordeu a língua.
— Ontem, eu ouvi você e Jungkook brigando e ouvi vocês dois dizerem o que Yoongi me disse naquele dia no hospital. Que foi você quem salvou meu filho. E por causa disso, não tenho nenhum direito de impedir nenhum de vocês.
— Sério. — Jimin a cortou, mas principalmente porque ele não queria pensar em Jihyun ou no som das balas…
— Tudo o que estou dizendo é que, — Ela continuou sem perceber a agitação interna de Jimin. — hoje, eu vi meu filho novamente. Você o trouxe de volta para mim. Ele está muito estranho desde o incidente e os médicos disseram que ele acabaria melhorando. No entanto, o que você fez por ele agora... estamos tentando fazer há meses. Ele eventualmente se acalma, mas isso é depois de horas após seus episódios e geralmente o deixa exausto. No entanto, para você, foi fácil. Você fez isso, e eu quero que você saiba disso, mesmo que Donghwan e Nara possam ser insuportáveis… eles se apaixonaram por Jungkook. Você os fez ver o outro lado de Jungkook e lhes deu esperança. Você o salvou duas vezes agora Jimin. Então, obrigado e sinto muito.
Jimin sentiu as lágrimas começarem a se acumular e ele desviou o olhar dela. Firmando suas emoções e só quando se sentiu pronto, olhou para Sangmi. Ela virou o rosto, obviamente dando a ele o momento que ele precisava e Jimin estava feliz por isso e essa pequena quantidade de compaixão dada a ele.
— Obrigado por dizer tudo isso. — Jimin limpou a garganta. — Ouça, Jungkook não comeu nada...
— Que bobagem nossa. — Ela sorriu e começou a se afastar, mas Jimin viu que ela estava enxugando o rosto o mais discretamente possível. — Vamos começar o jantar.
— Jantar? — Jungkook perguntou se aproximando deles.
— Vou trazer alguns lanches. — Ela deu uma risadinha e deu um tapinha carinhoso no braço de Jungkook antes de se afastar deles.
— Está tudo bem? — Jungkook perguntou baixinho invadindo o espaço de Jimin intimamente.
— Perfeito. — Jimin sorriu para ele. — Tudo está perfeito.
— Jovem mestre. — Uma serva se aproximou chamando a atenção de ambos. — Há um promotor no telefone querendo falar com o Sr. Park.
— Ele disse quem era? — Jungkook perguntou inclinando a cabeça.
— Chefe Kim da Divisão de Investigação Criminal de Seul. — Ela respondeu.
— Mostre o caminho. — Jimin disse tão confuso dando de ombros para Jungkook e seguiu a mulher pelo corredor até um pequeno escritório.
Ela curvou-se e saiu imediatamente dando-lhe privacidade. Jimin deu uma olhada rápida na pequena sala, prateleiras genéticas em tecidos, assentos acolchoados, uma mistura de boutique francesa e acessórios tradicionais coreanos. No geral, parecia pitoresco. Em cima da pequena mesa havia um telefone de discagem rotativa branco e dourado e Jimin caminhou até ele colocando-o contra seu ouvido.
— Namjoon? — Jimin perguntou.
— Oh, porr... Jimin! — Namjoon soltou um suspiro alto, mas aliviado, seguido por uma série de maldições.
— O que está acontecendo? — Jimin franziu a testa puxando o telefone para longe de sua orelha antes de colocar de volta quando Jungkook entrou na sala, fechando a porta silenciosamente atrás dele... parecendo tão confuso quanto Jimin se sentia.
— Seijin me ligou quando você não conversou com ele. — Namjoon disse agora parecendo irritado. — Ele e sua esposa ligaram para você várias vezes e quando você não atendeu, eles me ligaram. Eu segui seus rastros e vi uma câmera de vigilância sua entrando em um carro preto com Jungkook. Esperei e liguei para você, mas você não atendeu. Eu te disse uma centena de vezes que você precisa fazer o check-in!
— Me desculpe. — Jimin curvou um ângulo perfeito de noventa graus mesmo que Namjoon não pudesse ver. — Fiquei ocupado com outra coisa e não verifiquei meu telefone. Eu esqueci completamente. Eu sinto muito
— Bem. — Namjoon disse ao telefone soando menos irritado e um pouco culpado. — Você acabou de nos dar um susto. Não faça isso de novo.
— Eu não vou! — Jimin prometeu sabendo que Namjoon se sentia um pouco responsável por não ter garantido que Yugyeom tivesse apoio… algo que Yoongi havia reclamado com ele também. — Vou ligar para a família Cha e me certificar de pedir desculpas a eles.
— Por favor, faça isso. — Namjoon repreendeu. — Mas antes de fazer isso, você pode me dizer o que diabos você tem feito no seu tempo livre?
Jimin se encolheu fisicamente com isso. Jungkook deu um tapinha em seu ombro exigindo fazer parte do loop, mas Jimin levantou a mão e inclinou o telefone para que os dois estivessem curvados juntos ao redor do alto-falante do telefone entre eles.
— Havia algumas lacunas para as quais eu queria respostas. — Jimin disse sinceramente. — Eu estava esperando que um novo par de olhos me ajudasse e é por isso que eu dei o caso para Seijin e Naehe.
— Você não tem permissão para fazer isso. — Namjoon continuou a repreendê-lo e Jimin mais uma vez se encolheu.
— Na verdade ele pode. — Jungkook disse. — Isso é parte do caso Gem, que é um caso resolvido. Cha Seijin são professor na academia e esses casos agora são registros públicos.
— Jungkook? — Namjoon perguntou parecendo surpreso.
— Namjoon. — Jimin interferiu antes que eles pudessem ser descarrilados. — Você pode verificar alguns nomes para mim?
— O que você encontrou? — Namjoon perguntou.
Jimin olhou para Jungkook, estudando seu rosto... buscando segurança e força. Jungkook acenou para ele e Jimin soltou a respiração que ele não sabia que estava segurando.
— O nome dela é Seonim. — Jimin disse finalmente. — Eu não sei qual nome de família ela pode estar usando, provavelmente Baek…
CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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Espero que tenham gostado deste capítulo. A família Jeon não é tão ruim assim. Principalmente o avô. Ele aceitou facilmente. Amei. E vocês?
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