43. Hiding Place
Falta algumas horas para a cena dos tiros. Enquanto isso, sabemos que Gain foi morta, Taemin está na sala de cirurgia e Jungkook está procurando pelo irmão de Gain. Agora vamos ver como tudo irá se desenrolar...
A viagem de volta ao escritório foi, para dizer o mínimo, um borrão. Antes que Jimin percebesse, estava abrindo caminho pelas portas do elevador. Euna estava atrás de sua mesa, documentos ao redor dela e telefone na mão. Ela olhou para ele e sem uma palavra apontou para a sala de conferências, então sua atenção voltou para o telefone.
Da mesa de Euna, Jimin viu Jin do outro lado da sala de conferências atrás das janelas de vidro. Sua gravata estava desabotoada e sua camisa desabotoada. No entanto, o homem ainda conseguiu parecer bonito, como se tivesse acabado de sair da capa de uma revista. O andar quase vazio, a noite fria e as luzes que não pareciam iluminar faziam a sala parecer sombria. Jin olhou para ele chamando-o para mais perto.
— Olha, — Foi a primeira coisa que Jin disse apontando para as plantas que Jimin trouxe da Biblioteca. — Jungkook viu um padrão antes de sair do escritório. Quando você estava na prisão, Namjoon ligou para a especialista em arquivos, a Sra. Hwen. Ela confirmou as suspeitas de Jungkook.
Jimin moveu a planta para uma inspeção mais detalhada. Ele ainda não conseguia ver um padrão ali, mas o cérebro genial de Jungkook viu um, e isso não o surpreendeu. No mapa havia seis círculos com números bem ao lado deles. Cada um em diferentes partes de Seul. A palavra “Entrada” escrita com a caligrafia bagunçada de Jungkook.
— Namjoon foi para o norte até o distrito de Dobong. — Jin apontou para o mapa.
— Porque lá? — Jimin perguntou olhando para os outros locais que estavam muito mais próximos.
— Porque você estava certo. — Jin disse. — Há uma linha de trilha que vai do estúdio de dança até Dobong. — Namjoon imaginou que Gem poderia ter levado Taemin para lá. É longe e isolado e mais fácil segurar alguém de alto perfil.
— Onde encontraram Gain? — Jimin perguntou com um nó na garganta.
Os gritos de Hyukhe ecoaram em sua cabeça, e ele não tinha ideia de como enfrentaria aquele homem novamente. De qualquer forma, Choi Hyukhe o culparia, estava culpando-o. Ele tinha feito o indescritível e dado uma criança para proteger outra... só para esse sacrifício ter sido em vão. Gain estava morta, a preciosa filha de Hyukhe estava morta, e era culpa de Jihyun.
— Hoseok estava na cidade de Goyang. Jungkook o mandou para o distrito de Gangseo porque ele estava o mais próximo disso. — A voz de Jin era solene. — Você contou ao pai dela?
— Não. — Jimin engasgou com a garganta seca. — Eu deveria?
— Não. — Jin disse. — Nós não temos o suficiente para dizer a ele. Você fez a coisa certa.
Jimin olhou para Jin, porque francamente, neste momento... Ele não sabia se era a coisa certa ou não. Nada mais fazia sentido, e ele estava voando muito perto do oceano como Ícaro... ele sabia que logo se afogaria se não encontrasse uma tábua de salvação. Algo para impedir sua mente de quebrar ou desmoronar com todas as suas emoções misturadas: vergonha, culpa, tristeza e raiva. Muita raiva.
— E os outros quatro lugares? — Jimin perguntou em vez disso.
— Jungkook acha que Gem pode estar se escondendo em um desses seis cruzamentos e talvez tenha Mayung com ele. — Jin empurrou o cabelo dos olhos. — Encontramos pessoas em dois desses pontos de entrada.
— Onde está Jungkook agora? — Jimin perguntou sem querer pensar se eles realmente encontraram Jihyun.
— Jungkook está tentando varrer os outros locais, mas precisamos de mais pessoas. Namjoon e Hoseok têm que ficar onde estão, eles não podem ir ajudar.
— Porque eles estão nas cenas do crime. — Jimin terminou a tendência de pensamento de Jin e entendendo completamente por que Jin o chamou de volta.
— Isso mesmo. — Jin disse. — Uma vez que Yoongi sair daquela prisão, ele pode vir aqui e me aliviar, mas até lá… você e Jungkook são tudo o que temos.
— Bem, eu estou aqui. — Jimin disse tentando não pensar em Taemin ou no trágico fim da Sra. Choi Gain.
— Obrigado por estar aqui. Acho que não aguentaria se perdêssemos outra pessoa hoje. — As palavras sinceras de Jin foram afiadas e o pensamento de Yugyeom veio à sua mente. Antes que Jimin pudesse acompanhar esses pensamentos muito de perto, ele balançou a cabeça e se concentrou no que Jin estava dizendo. — Jungkook está no distrito de Guru, mas ainda não ouvi falar dele.
Bairro de Guru, sede da estação de Sindorim, local histórico devido aos seus antigos trilhos chineses. Agora que ele pensou sobre isso, quase fez muito sentido. Parecia irreal como eles estavam tão perto de parar este pesadelo. Com dedos ansiosos, Jimin pegou seu telefone e discou o número de Jungkook. Levou três tentativas até que a chamada finalmente foi completada.
— Jimin, você ouviu o que aconteceu com Taemin? — Jungkook perguntou, e mais uma vez, Jimin sentiu que podia voar. O som da voz de Jungkook era como um vento soprando em suas asas e ele não sentia vontade de se afogar.
— Ele está no hospital. — Jimin virou as costas para Jin e olhou para seus sapatos molhados achando-os fascinantes.
— Eu sinto muito. — Jungkook disse depois de uma pausa silenciosa.
Jimin se concentrou no som da respiração de Jungkook no pequeno alto-falante de seu telefone. Quase parecia que seu namorado estava bem ao lado dele. Seus mal-entendidos sempre vinham do lugar certo, e Jimin queria que Jungkook soubesse que havia esse sentimento em seu peito que ele não conseguia nomear. A sensação ficou presa em sua garganta, implorando para ser liberada... mas Jimin não sabia como deixá-la sair. Então, ele ouviu e se concentrou nas coisas que ele podia controlar.
— Você não deveria. — Jimin disse a ele. — Você não teve nada a ver com isso.
— Você me entendeu mal. — As palavras de Jungkook eram suaves em seu ouvido e Jimin fechou os olhos inclinando-se para o telefone desejando que Jungkook estivesse lá em vez disso. — Sinto muito que você esteja passando por tudo isso enquanto eu estive... eu gostaria de poder... eu gostaria de poder fazer tudo isso ir embora. Por favor eu...
— Está tudo bem Jungkook. — Jimin o interronpeu, apertando o coração porque neste momento ele não conseguia lidar com outro colapso. — Eu não agi certo com você. Você está voltando?
— Merda!
— O que foi? — Jimin perguntou, os olhos abertos e alerta.
O momento deles se foi e Jimin se virou para seu superior (Jin) novamente.
— Meu telefone está quase morto. Deixei meu carregador no seu apartamento. — Jungkook disse enquanto Jimin o colocava no viva voz para Jin ouvir.
— Onde você está? — Perguntou Jin.
— Estou quase terminando aqui na antiga estação no distrito de Guru. Parece haver alguma atividade, mas principalmente parece abandonada. — Jungkook respondeu. — Ouça, estou indo para o distrito de Eunpyeong daqui, mas não poderei entrar em contato com você. Um de vocês pode chegar ao distrito de Gangdong?
— Nós temos Gangdong. — Jin disse. — Mas Eunpyeong está mais acima, você está planejando ir para o distrito de Yongsan também?
— Espere. — Jimin disse antes que Jungkook pudesse responder. — Eu posso ligar para alguém que pode checar Eunpyeong.
— Eu não acho que devemos deixar muitas pessoas entrarem. — Jungkook disse e Jimin pôde ouvir a apreensão por trás de sua voz. — Não sabemos até onde vai essa organização.
— Confie em mim. — Jimin disse ignorando o olhar engraçado que Jin estava dando a ele. — Esse oficial é confiável.
Houve uma pequena pausa silenciosa, mas, eventualmente, Jungkook aprovou.
— Ok. — Jin disse. — Eu tenho que ficar aqui já que eu sou tenente e apenas no caso de algo dar errado. Jimin você vai ter que ir para o distrito de Gangdong sozinho.
— Me encontre no Yongsan quando terminar. — Jungkook disse, e Jimin podia ouvir a tensão por trás de sua voz. — Eu tenho 12% restantes.
— Sim senhor! — Jimin respondeu tentando compensar sua desobediência passada. Parte de dele queria desobedecer Jungkook. Para implorar por ele e fazê-lo ficar longe do perigo. Havia esse sentimento lá no fundo que o incomodava. Na verdade, ele estava com medo de encontrar Jihyun em um desses locais e, ao mesmo tempo, estava com medo de não encontrá-lo. Por mais que ele quisesse dizer a Jungkook para se sentar, ele sabia que isso também fazia parte do trabalho deles.
— Cuidado. — Jungkook falou.
— Você também. — Jimin ecoou e relutantemente desligou o telefone.
— Jimin! — Jin disse indo para o fundo do quarto onde havia um guarda-roupa. O homem mais velho tirou um colete, um colete à prova de balas, e Jimin encarou a coisa por um segundo a mais. —Vista isso. — Jin disse e havia tanta autoridade em sua voz que não deixou espaço para Jimin se opor.
Jimin tirou a jaqueta de Hoseok e permitiu que Jin manobrasse ao redor dele até que a armadura desconfortável prendeu seu corpo como um escudo protetor. Ele fechou a jaqueta grande e deu a seu amigo um aceno definitivo.
Ele não se permitiu tempo para quebrar. O colete, seu irmão, Gain, Taemin, Mayung e Jungkook. Todos esses fatores estavam no ar e havia muito pouco para ele segurar. Ele pegou o telefone da mesa e esperou que o policial atendesse.
— Oficial Cha. — O homem disse seu nome do outro lado do fone.
— Sou eu, promotor Park Jimin. — Jimin lembrou. — Você se lembra quando você disse...
— O que posso fazer por você, sargento Park? — Disse o homem de uma vez.
Jimin deu uma explicação rápida no policial e depois que terminou de explicar, o mais velho concordou. Jimin deu o número de Cha para Jin, bem como o número do escritório apenas por precaução. Ele deu o endereço ao homem mais velho e desejou-lhe boa sorte. Uma vez que ele desligou, ele guardou o telefone no bolso e se certificou de que sua arma estava presa corretamente ao seu lado.
— Hyung. — Jimin disse. — Eu saindo
— Vou ligar para Namjoon. — Jin disse. — Na próxima vez que você ligar eu provavelmente terei mais notícias sobre Taemin.
— Obrigado. — Jimin assentiu e empurrou sua bolsa por cima do ombro indo em direção à porta.
— Você está saindo? — Euna perguntou cercada por pilhas de papéis por toda a mesa.
— Sim. — Jimin respondeu enquanto apertava o botão do elevador.
— Qual distrito você está tomando?
— Gangdong. — Jimin respondeu assim que as portas se abriram e ele segurou a porta falando o mais rápido que podia. — O telefone de Jungkook está fora de serviço. Ah, se você receber uma ligação de Eunpyeong…
— Não se preocupe. — Ela disse, — Tenente. Kim e eu seguraremos o forte.
— Obrigado, Sra. Ko. — Jimin disse fechando a porta e apertou o botão para o saguão.
Era estranho como ele estava acostumado a andar de elevador. Às vezes zombava de seu humor e em outras, ele nem percebia. No momento, ele não percebeu, pois estava chamando um táxi e saindo do saguão em tempo recorde.
O táxi estava quieto, a única coisa que fazia companhia ao motorista e ao Jimin era a chuva. A chuva constante batendo no para-brisa enquanto os limpadores trabalhavam em tempo integral. O som de respingos das poças sempre que passavam por elas e o som do aquecedor a todo vapor a seu pedido. Jimin se mexeu em seu assento, sentar era desconfortável com o colete, mas pelo menos a jaqueta grande de Hoseok o mantinha aquecido e escondia o fato de que ele estava usando o colete. Ele observou a cidade passar por eles. Pessoas vivendo suas vidas sem saber o que estava acontecendo. Carros passavam com seus próprios destinos em mente e Jimin se perguntava como seria ter sido criado nesta cidade. Ele amaria esta cidade tanto quanto Jungkook?
— Estamos aqui. — Disse o motorista.
— Mantenha o medidor ligado. — Jimin disse a ele, — Fique deste lado da rua. Se você ver algo perigoso, eu quero que você saia daqui e entre em contato com este número. — Jimin lhe entregou o cartão de Jin.
— Sim, senhor. — O motorista assentiu pegando o cartão das mãos de Jimin.
Jimin se preparou e se certificou de que a mochila estava presa e sua cabeça coberta com o capuz. Ele caminhou cautelosamente em direção ao prédio antigo e olhou para trás para o táxi que estava com o carro ligado, mas o motorista teve uma mente afiada e desligou os faróis. Com um último olhar, Jimin avançou.
A chuva caía sobre ele, e ele podia ver sua respiração por causa de todo o frio. Quando Jimin chegou a Seul três meses atrás, quase quatro meses, ele pensou que o tempo estava ruim. Agora experimentando isso, ele queria se enrolar dentro de seu cobertor amarelo e acender a lareira. Talvez até fazer beicinho para Jungkook fazer chocolate quente para ele e dizer a Taehyung para abraçá-lo. Jimin pensou no apartamento de Jungkook onde ele tinha sua coleção de músicas. Jungkook havia prometido a ele que eles fariam um encontro com isso, e por causa de como o relacionamento deles se desenvolveu, eles nunca chegaram a isso. Depois disso, Jimin ia exigir esse encontro. Ele arrastaria Jungkook para sentar na frente de sua coleção de vinis e eles dançariam ao som da música ou fariam amor ouvindo ela.
Jimin tirou a lanterna do bolso da jaqueta de Hoseok e se espremeu pelo portão de arame. Ele esmagava pedras debaixo de seus pés, arrastando lama com ele. Atravessou os trilhos escorregadios até chegar ao prédio de dois andares. Ele empurrou a porta mudando seu olhar ao redor da sala. Cheirava a umidade e mofo e ele instintivamente cobriu a boca depois de tossir. O lugar estava escuro e, à primeira vista, parecia abandonado, mas Jimin lembrou-se de Seijin dizendo a ele que ele nunca deveria assumir as coisas e procurar pistas com vigilância.
Ele reprimiu um calafrio agora que estava fora da chuva e se moveu ao redor da sala com cautela. Havia tábuas soltas espalhadas pela sala, pregos e equipamentos de construção abandonados. O cheiro de terra infundido com madeira molhada atacou suas narinas, e nas paredes, ele podia ver o mofo crescendo. O prédio era muito maior do que ele pensava inicialmente, mas poeira e detritos pareciam ser sua única companhia. Ele examinou cada quarto do andar de baixo, mas finalmente subiu a escada instável. Um quarto de cada vez.
Havia quatro quartos no andar de cima, e não demorou muito para Jimin saber que estava no lugar certo. Sua pele arrepiou antes mesmo de ele empurrar a porta. A sala estava coberta com correntes e respingos de sangue velho por todas as paredes. Havia poucos baldes de moldagem de excrementos humanos também. O fedor era repugnante, e Jimin tropeça para trás escorregando em seus sapatos enlameados. Ele caiu de bunda e ele rastejou para trás esquecendo sua lâmpada. Na segurança do corredor, ele ficou de quatro. Seu estômago arfava secamente. As pessoas estavam lá e foram detidas por quem sabe quanto tempo. Ele agarrou seus lados, a garganta fechada e os olhos ardendo enquanto ele continuava a vomitar.
Ah, Jihyun.
O conceito de tempo de Jimin o deixou momentaneamente. O que aconteceu aqui? Quanto envolvimento foi Jihyun? Parte dele se recusou a acreditar que Jihyun era Gem. Como poderia ser? Jihyun gostava de legos e ficava ao seu lado como um patinho. Seu Jihyun não poderia ser Gem. A mente de Jimin passou pelas evidências, aqui no meio de um corredor e engolida pela escuridão, e tudo o que ele podia ouvir era a voz de Gem, não, a voz de Jihyun. “Fique longe” foi o aviso de Jihyun.
Mas uma raiva encheu seu coração. Uma raiva que ele estava segurando. Uma raiva não adulterada que o cegou. Ele levantou. De alguma forma ele se levantou.
Jihyun...
Um passo trêmulo após o outro até que ele estava na frente de sua tocha novamente. Ele o pegou e apontou para o quarto novamente. Ninguém. Não havia ninguém ali e, a julgar pelos baldes, não havia ninguém ali há muito tempo. Talvez alguns meses atrás, aquelas garotas que eles salvaram no Diamond. Ele deu outra olhada nas correntes. Cada uma dessas correntes prendeu alguém contra sua vontade. Alguém que seu irmão havia sequestrado de sua família e depois vendido. Essa era sua mercadoria. Vender humanos por seus órgãos ou por sexo era a ocupação de seu irmão.
Jimin se afastou da sala, e cada passo era menos vacilante. Cada passo era firme agora. Ele não esperava ver nada nos outros quartos, e mais uma vez ficou surpreso. Na última sala, na quarta sala havia uma cadeira. E as sábias palavras de Seijin voltaram à mente. Procure pistas e nunca deixe nada em aberto. Ele entrou e inspecionou o quarto.
À primeira vista, não havia nada que se destacasse, mas a poeira e a sujeira embaixo das pernas da cadeira foram arrastadas. Alguém havia sentado lá contra sua vontade e se movido consistentemente como se tentasse escapar. As pegadas pareciam frescas, mas não havia sinal de que tivessem escapado. Alguém tinha sido arrastado, e a trilha terminava no corredor onde estava menos empoeirado. Jimin se agachou ao lado da cadeira e apontou a tocha para os trilhos. E quando ele estava prestes a se levantar, ele viu.
Ele franziu a testa e com a cabeça da tocha moveu alguns dos destroços para dar uma olhada melhor. Era um relógio, brilhante e caro e quando Jimin o virou ele viu que havia uma frase. Em sua gravura, dizia “Mayung, a cada segundo eu penso em você. Eu te amo - Taemin.”
Jimin pegou seu celular e tirou uma foto. Ele o enviou para Jin e então de sua bolsa ele pegou uma de seus sacos de provas e cuidadosamente colocou o relógio nela. Uma vez que foi garantido, Jimin reuniu tudo o que precisava das fotos da sala vermelha e então desceu.
Seu telefone tocou e Jimin atendeu imediatamente. Não querendo que seu superior ficasse ansioso.
— Algum outro sinal? — Perguntou Jin.
— Nenhum. — Jimin disse. — O lugar está vazio. Parece que Jihyun estava com pressa e arrastou Mayung daqui.
— Tem certeza?
— Há pegadas que mostram isso. — Disse Jimin. — Tirei algumas fotos, mas não há nada aqui.
— Tudo bem. — Jin disse. — Ouça, vá e encontre Jungkook. Eu não gosto de não ter comunicação com ele. Preciso enviar uma equipe forense?
— Sim. — Jimin disse. — Só para ter as coisas arquivadas. Levei o relógio comigo.
— Certifique-se de colocar isso em seu relatório. — Disse Jin. — Yoongi acabou de ligar e decidiu ficar na prisão. Estamos esperando Hoseok para mais informações sobre a Sra. Gain. Acabei de falar com Namjoon. Ele disse que Taemin está estável.
— Posso enviar Yoon-woo? — Jimin perguntou, se preparando para enfrentar a chuva novamente.
— Tudo bem. — Jin respondeu. — Vai dar tempo para Namjoon ligar para a família de Taemin.
Jimin pensou nos talentosos irmãos e pais de Taemin. Eles gostariam de saber que seu filho foi encontrado e está bem.
— Eu te ligo quando chegar ao distrito de Yongsan. — Disse Jimin. — Obrigado, hyung.
— Fique seguro. — Disse Jin em vez disso e sua conexão terminou.
Jimin segurou seu capuz mais uma vez, e desta vez ele praticamente correu pelos trilhos escorregadios da ferrovia, passou pela pequena colina de seixos e se espremeu pela cerca de arame. Ele viu o táxi lá, ainda esperando e Jimin acenou. Os faróis piscaram e Jimin correu para o carro.
— Obrigado por esperar. — Jimin tirou sua mochila e capuz em tempo recorde ao entrar. — Por favor, dirija até o distrito de Yongsan.
— Sem problemas. — Disse o motorista e puxou o carro para a rua.
Jimin deu instruções ao homem e chamou Yoon-woo. Seu coração como aço e ele nem percebeu que estava tremendo, mas ouvir a voz de Yoon-woo o trouxe de volta aos velhos tempos. Ele contou a Yoon-woo sobre Taemin e pediu para ele ir ver Taemin para ele. O tom irritado de seu ex-namorado nem parecia alcançá-lo agora.
— Você vai fazer isso? — Jimin perguntou.
— É aqui que sua busca o trouxe? — Yoon-woo perguntou. — Sua busca pela paz prejudicou a única família que restava.
E Jimin nem vacilou com a acusação. Era verdade, sua única família era Yoon-woo e Taemin e ele os havia afastado. Ele tinha fugido deles e tinha perseguido Jihyun até os confins do mundo. Por causa dele, Yoon-woo e Taemin se machucaram. Por causa dele... por causa de Jihyun.
— Sinto muito. — Jimin disse em vez disso. Ele esperou que Yoon-woo respondesse sabendo que seu ex levou um tempo para colocar seus pensamentos em ordem. Nunca ao ponto, mesmo quando eles lutaram.
— Eu vou ver como ele está. — Yoon-woo disse finalmente.
— Obrigado. — Jimin disse e antes que Yoon-woo pudesse responder, Jimin desligou.
Vergonha e culpa consumiram sua consciência e, francamente, foi preciso muita energia para lidar com Yoon-woo. Enquanto Yoon-woo estava certo, ele também estava errado. Jihyun era sua responsabilidade. Sempre foi sua responsabilidade. Todas as atrocidades que Jihyun infligiu precisavam ser comentadas. Jihyun precisava se explicar e enfrentar suas vítimas. Ele tinha que enfrentar as famílias dessas vítimas e cumprir a pena que a lei lhe daria.
Jimin tinha a responsabilidade de levar Jihyun e fazê-lo pagar por todos os crimes que cometeu.
— Estamos aqui. — Disse o motorista.
Jimin fechou os olhos por um momento e se preparou. A partir deste momento, Jihyun era mais do que seu irmão, era um criminoso.
— Obrigado. — Jimin disse pagando ao motorista sua pesada taxa.
Ele saiu e o táxi foi embora. Parecia o final, e à distância, não muito longe, ele viu o carro preto de Jungkook. Estava estacionado do outro lado da rua e Jimin sorriu um pouco.
Ele apressou-se sem prestar muita atenção e passou pelas trilhas isoladas. Indo direto para o prédio.
Quinze minutos restantes.
CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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Eu odeio essas frases "se cuida", "fique seguro", "obrigado por", "te amo", "não prestou atenção" quando o personagem esta em uma missão. Ai ai.... 15 malditos minutos para a bagaceira. Vamos orar para que ninguém se machuque. 😏😈
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