41. New discoveries
No capítulo anterior eu disse que Gem não sabia sobre Jimin. Mas ele sabe. Foi erro meu quando traduzi inicialmente e ao revisar esqueci de corrigir. Boa leitura.
Tudo terminou com um tiro.
E Jimin sabia que ele também estava morto. Lágrimas vergonhosas obscureceram sua visão, mas de alguma forma seu objetivo era verdadeiro. 1 tiro. 2 tiros. 3 tiros…
Tudo começou dez horas antes, quando Jungkook o deixou com a tarefa de seguir Gem ~ Jihyun ~ através das câmeras de vigilância. Jimin acabou pedindo reforços da delegacia mais próxima e os outros três policiais se separaram.
Jimin assumiu a liderança e seguiu as câmeras até que eles tiveram que se separar. Virou à direita no cruzamento e foi direto para um shopping center. Com o alto perfil de Taemin, não havia como Jihyun liderar o dançarino no meio da multidão. Em toda essa chuva e caos, Jimin pegou seu telefone, esperando que os outros lhe dessem as boas notícias. Um dos policiais ficou preso no trânsito por causa das más condições da chuva, então Jimin eliminou essa rota. O segundo oficial foi deixado no estúdio de dança para o caso de algo acontecer, e Jimin deu a ele a tarefa de entrar em contato com a empresa de segurança. Quando Jimin ligou para o terceiro oficial, ele quase desistiu, mas quando estava terminando a ligação com o outro homem, ele ouviu: O som alto de um trem.
Com o coração batendo forte e as pernas gritando, Jimin correu. Ele correu ficando encharcado empurrando as pessoas para fora do seu caminho, e mesmo que o vento frio e penetrante atingisse sua pele e queimasse seus pulmões... Jimin correu para o som... para ter esperança.
— Por aqui! — Oficial Cha acenou para ele.
Jimin limpou a chuva e o medo de seu rosto com a manga, tentando controlar seus nervos. Ele checou seu telefone para ver a hora, ele levou nove minutos para chegar ali... nove. Ele xingou baixinho e olhou ao redor, não havia nada fora do comum sobre essas pegadas. Só que ia para um lado e ficava atrás de todos os prédios. Era isolado, perfeito para os trens de abastecimento que mantinham vivos os negócios da região. Jimin ficou parado nos trilhos, todo molhado e começou a se virar... a se mover. E foi aí que seus olhos viram.
O rosário de Taemin.
Jimin quase não viu, mas as bolinhas marrons gritaram para ele e ele pegou e apertou com força em um punho. Esta era a pulseira de rosário que o dançarino raramente tirava, a menos que estivesse se apresentando no palco. No entanto, aqui estava, e Jimin sabia que seu amigo e irmão também estiveram ali. Este era o testamento de que Taemin havia deixado isso para Jimin encontrar. A bile subiu por sua garganta deixando um gosto amargo na boca quando uma mistura de adrenalina e medo surgiu em seu corpo. Ele estava tão perto e, ao mesmo tempo, eles estavam fora de seu alcance. Jimin estremeceu de pavor ao saber que Taemin esperava ser encontrado. Ele estava esperando por Jimin para salvá-lo.
Jimin pegou seu telefone e discou o número de Jungkook. O tom tocou duas vezes antes que o outro promotor atendesse, e a conversa com seu parceiro foi de mal a pior.
— O que você quer dizer com ido? — Jimin basicamente rosnou.
— Eu verifiquei as duas casas. — Jungkook o informou. — A última pessoa que os viu foi a recepcionista do apartamento de Mayung.
— Eles pareciam preocupados?
— Eles pareciam estar com pressa. As câmeras de segurança mostram eles descendo o elevador e saindo pela garagem. — Jungkook continuou. — Eles tinham sacolas com eles. Eu estabeleci um APB sobre eles. Acabei de falar ao telefone com um juiz para fechar as fronteiras para eles se tentarem fugir do país. Até agora nada.
— Então, onde eles estão?
— Eu não sei. — Jungkook respondeu e a chuva caiu forte. — Volte para o escritório que Namjoon está esperando por nós.
— Estamos desistindo?
— Nós não temos nenhuma pista agora. — A voz de Jungkook era suave, mas firme e Jimin se encolheu com o som.
Ele odiava como seu coração não parava de bater e como a adrenalina bombeava suas veias.
— Você não, mas eu sim. — Jimin finalmente disse. — Eu ainda preciso ouvir o que a empresa de segurança tem a dizer. E eu preciso descobrir para onde esses rastros levam.
— Jimin...
— Vá e descubra o que aconteceu com os irmãos Chois. — Jimin retrucou. — Você ainda não descobriu quem realmente levou Gain. Vá e faça isso e então talvez possamos encontrar Taemin.
(Os irmãos Gain e Mayung desapareceram)
— Não desligue!
Mesmo que Jimin o tenha ouvido alto e claro, ele desligou.
Parte dele se arrepende, mas a maior parte dele estava se movendo para o seu instinto. Ele tinha que parar de ouvir Jungkook e prestar mais atenção aos seus instintos. Quantas vezes ele os ignorou por causa de seu parceiro? Hoje nao...
Jimin guardou seu telefone e o rosário de Taemin no bolso. Ele sentiu a vibração de seu telefone com mensagens e até telefonemas, mas ignorou todos eles. O oficial Cha continuou olhando para ele enquanto voltavam para o estúdio de dança.
Para surpresa de Jimin, Kai ainda estava lá, mas mandou todos os outros dançarinos para casa. A recepcionista estava lá e o segurança também. Para uma surpresa ainda maior, Kai lhe deu uma toalha para se secar, e Jimin recebeu a gentileza do homem com uma reverência desajeitada.
— O que a empresa disse? — Jimin perguntou ao oficial que ele havia deixado no comando enquanto secava o rosto e o cabelo.
— Você não vai gostar. — Ele informou. — O número de onde eles ligaram é um fantasma.
— Fantasma? — Jimin perguntou.
— Eles estão usando a linha real da empresa.
— O que isso significa? — Jimin parou de se enxugar enquanto franzia a testa e inclinava a cabeça.
— Significa que quem ligou aqui não era a verdadeira empresa de segurança. — O oficial continuou a explicar. — A pessoa que ligou era falsa e eles usaram quatro torres diferentes para recuperar o feed. Não podemos rastreá-lo.
— Você está dizendo que é impossível encontrá-los? — Jimin perguntou.
— Sim.
A mão de Jimin foi para o rosário de Taemin e ele brincou com as contas como tinha visto o dançarino fazer inúmeras vezes antes. Havia algo tão reconfortante sobre essa ação. Isso o acalmou mesmo que o mundo desabasse ao seu redor e a janela de oportunidade para encontrar Taemin continuasse se fechando.
— Mas eu acho que não é algo fácil de fazer. — Jimin estalou a cabeça olhando para o oficial. — Quem teria esse tipo de treinamento?
— Militar. — Respondeu o oficial.
— Tudo bem. — Jimin disse lentamente tentando processar essa informação. — Obrigado. Por favor, fique aqui para o caso de Taemin ligar. Eu te ligo mais tarde.
— Sim senhor. — O oficial saudou.
— Oficial Cha, você e eu vamos...
— Descobrir para onde esse trem está indo. — O oficial terminou e Jimin ficou feliz por não ter soletrado as coisas. — Conheço o lugar para onde ir.
Jimin acenou para o oficial antes de se virar para o homem alto.
— Kai... — Jimin começou a dizer, mas suas palavras ficaram presas em sua garganta. Parecia que ele daria falsas esperanças a Kai e estaria mentindo. Jimin não queria fazer isso. Ele teve a sensação de que Kai também não iria gostar. Kai era amigo de Taemin, alguém que estava lá para o dançarino quando ele não estava. Quando ele fugiu de Taemin e da amizade deles. Essa pessoa tinha todo o direito de não confiar nele e, no entanto, depositou sua confiança nele, para ele fazer seu trabalho e encontrar o dançarino desaparecido, o amigo desaparecido... Ainda assim, Jimin não tinha palavras para ele. Nenhuma. Em vez disso, ele entregou-lhe a toalha e deu-lhe o que esperava ser um sorriso.
Jimin saiu do estúdio com o oficial magro em seus calcanhares e voltou para a chuva.
A condução do oficial Cha parecia segura e, felizmente, o homem mais velho não falava muito. A mente de Jimin continuava correndo enquanto ele tentava o seu melhor para não manter suas esperanças. O que ele encontraria no final da linha? Dor? Alívio? Um beco sem saída? Um homem morto?
Seu telefone tocou e Jimin olhou para ele, e para sua surpresa era Taehyung.
— Jimin. — O patologista disse assim que atendeu. — Jungkook me ligou. Você está bem?
Jimin ficou em silêncio. Com tudo o que aconteceu, a última coisa que ele precisava era que Jungkook se preocupasse com ele. O outro promotor deveria estar preocupado com os Chois e em encontrá-los... deveria estar preocupado com o caso!
— Eu estou bem. — Jimin conseguiu dizer com a boca seca. — Ouça, algo aconteceu e eu tenho que ir.
— Venha depois que tudo isso acabar. — Disse Taehyung.
Depois que tudo isso acabar? Jimin queria isso mais do que tudo. As mentiras e enganos das pessoas com quem ele se importava. Ele queria que a dor fosse embora e que ele finalmente pudesse se agarrar a algo tangível e real. Ele precisava se sentir seguro... para finalmente poder respirar.
— Sim. — Jimin disse se sentindo paranoico. — Tae, não vá a lugar nenhum sozinho.
— Eu não vou. — Disse Taehyung.
— Por favor. — Jimin implorou esquecendo completamente que o oficial Cha estava ali ouvindo tudo. — Eu não posso me dar ao luxo de me preocupar com você também.
— O que aconteceu?
— Quando tudo isso acabar. — Jimin ecoou as palavras de seu amigo. — Vou contar tudo o que aconteceu.
— Tudo bem. — A voz suave de Taehyung disse no pequeno alto-falante de seu telefone. — Eu vou esperar por você.
Jimin deu-lhe um rápido pedido de desculpas antes de desligar.
— Estamos quase lá? — Jimin perguntou ao oficial.
— Está ao virar da esquina. — O oficial Cha apontou e Jimin viu a biblioteca Metropolitana à distância.
O prédio era cinza e grande com um relógio de mão branco que o encarava e zombava dele: "Tic-tock", dizia, "você vai encontrar Taemin a tempo"
O oficial Cha os levou até o portão e mostrou seu distintivo para o porteiro, e Jimin seguiu seu exemplo. Em poucos minutos eles estavam subindo as escadas de mármore até a recepcionista atrás do vidro à prova de balas. O distintivo de Jimin abriu portas que o distintivo do oficial Cha não abriria e eles foram autorizados a entrar aqui também. Mesmo com os narizes arrebitados e resmungos baixos sobre como eles estavam trazendo a chuva com eles.
— Você pode pendurar seus casacos no cabideiro. — Disse Hwen, a guardiã dos arquivos, com um semi-olhar enquanto apontava para os ganchos ao lado da porta. — Voltarei com os mapas.
Jimin a observou ir e se virou para o oficial que já estava fazendo o que havia sido instruído. Jimin cuidadosamente desfez os botões com dedos frios e dormentes e pendurou o casaco. Mesmo que ele ainda estivesse molhado, ele não se sentia tão pesado.
— Você é muito menor do que eu pensava. — O oficial Cha observou em voz alta.
Jimin olhou para ele, esperando ver o olhar que os homens lhe davam. O que ele viu foi um olhar suave, um olhar que Jimin sentiu de seu pai quando ele era jovem. Um olhar que Seonghwa lhe dava às vezes também. Ele imediatamente reconheceu aquele olhar também, e era gentil e o de um pai preocupado. Jimin franziu a testa e se afastou do dito olhar. Ele não merecia aqueles olhares, e este homem o enervava.
Felizmente, a Sra. Hwen voltou segurando um carrinho com gavetas e dentro deles havia mapas de tamanhos diferentes. A Sra. Hwen lidou com os mapas antigos com carinho, e Jimin pôde ver o quanto ela se importava com seu trabalho. Os movimentos dela eram terapêuticos como brincar com o rosário no bolso dele... de alguma forma relaxante. Ele a observou trabalhar enquanto prestava pouca atenção onde estava. A Biblioteca Metropolitana enquanto aberta ao público mantinha registros da cidade sob diferentes níveis de apuração. A biblioteca nem sempre foi uma biblioteca, era conhecida como Prefeitura de Seul durante a ocupação japonesa, mas o governo coreano a transformou em um arquivo e se mudou para um prédio muito maior e moderno no final dos anos 50. Atrás da biblioteca estava o coração da estação de trem de Seul e, por sua vez, suas plantas.
— Outro promotor estava procurando por essa informação alguns dias atrás. — A Sra. Hwen informou e os sinos na cabeça de Jimin tocaram: Yugyeom?
— Alguns dias atrás? — Jimin pediu esclarecimentos.
— Sim. — Ela disse colocando os últimos mapas diante dele.
— Você não quer dizer alguns meses atrás? — Jimin perguntou novamente.
— Dias. — Ela afirmou e sinalizou para Jimin e o oficial Cha se aproximarem. — Ele disse que seu nome era Capitão Jeon.
— O que? — Jimin se virou para ela, procurando por engano em seu lindo rosto, mas não encontrou nenhum traço disso.
— Ele estava pedindo os mapas da ferrovia também. — Ela apontou para os mapas e Jimin desviou os olhos dela e olhou para o que ela estava apontando.
Seus olhos percorreram o mapa cheio de linhas e códigos intrincados, um labirinto de todos os trilhos do trem para a cidade.
— Mas ele nunca apareceu. Meu sênior aqui na biblioteca não me permitiu enviar digitalizações deles, embora eu tenha feito toda a pesquisa. Você está trabalhando com ele?
Então Jimin se lembrou de Jungkook mencionando isso em sua reunião. Ele havia dito que estava investigando Gem e que um condutor de trem era o principal suspeito do traficante de seres humanos. Jimin se lembrou de Jungkook dizendo que queria checar uma pista antes de confirmar qualquer coisa para qualquer um deles quando Namjoon perguntou. Jungkook nunca chegou a fazer isso porque Gain foi levado e a explosão aconteceu, e agora Jimin sabia que Jungkook não tinha tempo para seguir essa pista.
— Eu estou. — Jimin disse a ela. — Ele é meu superior.
— Ah, bom. — Ela sorriu e se afastou da mesa para dar espaço para Jimin e o silencioso oficial Cha trabalharem.
Os olhos de Jimin focaram no mapa à sua frente. O oficial Cha viu o estúdio de dança primeiro e Jimin seguiu as linhas de trem. E ele não conseguia ver nenhuma linha de conexão que pudesse formar qualquer padrão útil. Ele não conseguiu encontrar um caminho dos trilhos do trem perto do estúdio de dança para os arredores de Seul e para a cidade de Goyang. Goyang, onde Jimin viu um homem se matar porque achava que era seu irmão. Tudo ainda o assombrava e ele se perguntou brevemente se algum dia superaria isso.
Por mais que procurasse, não conseguia encontrar nada útil. A verdade era que Jihyun tinha levado Taemin em um trem, e Taemin havia deixado para trás seu rosário para Jimin encontrar. A verdade era que se Jihyun levasse Taemin pelo sistema ferroviário, ele teria feito várias paradas aqui e ali... mas fazer isso era muito arriscado. Se alguma coisa, foi imprudente, e Jimin teve a sensação de que seu irmão não era imprudente. Jimin mudou para o próximo mapa, as linhas não comerciais, e mesmo nelas, ele não conseguia ver um padrão. Ele deveria ampliar sua busca?
— Ele pode ter levado a dançarina para aqui. — Disse o oficial Cha sinalizando para o mapa e Jimin foi olhar.
Era a estação de Yeonghon e corria ao lado do rio Han. No entanto, eles estavam faltando algo também. Não havia como Jihyun ser tão descuidado. Ninguém rouba um banco em um carro de fuga com o pneu furado. Muito espaço para erros. O que ele estava perdendo?
— Senhorita Hwen— Jimin a chamou enquanto ela parecia um pouco entediada agora que sua ajuda não era tão necessária. — Existem mapas mais antigos dos trilhos da ferrovia?
— Quanto mais velho? — Ela perguntou.
— Eu não sei. — Jimin disse a ela com sinceridade. — Estou procurando por algo que conecte essas linhas. Qualquer coisa que possa correr deste estúdio de dança. — Jimin apontou para o mapa. — Para a cidade de Goyan.
— Esse é o subúrbio de Seul. — Hwen franziu a testa e começou a parecer alerta e brilhante agora que ela tinha algo para trabalhar. Ela parecia estar se divertindo e Jimin a achou cativante, se alguma coisa, isso o fez pensar em Taehyung.
— Esperar! — Ela disse correndo para fora da sala deixando Jimin e Cha sozinhos mais uma vez.
Jimin se virou para o policial que deu de ombros e em poucos minutos ela voltou. Ela estava segurando uma caixa surrada e gentilmente a colocou sobre a mesa. Jimin observou suas mãos trabalharem no papel fino que protegia o mapa e ela abriu o pedaço de papel para todos verem. Jimin e o oficial Cha pairavam ao lado um do outro observando enquanto ela apontava para os caracteres chineses no papel.
— Aqui? — Ela perguntou soando triunfante.
A princípio, Jimin não viu nada, mas ao olhar mais de perto, entendeu o que ela estava apontando. Parecia o sistema nervoso do corpo humano. Linhas complicadas que corriam em todas as direções.
— Podemos colocar o novo mapa sobre isso? — Perguntou Cha.
— Sim. — Disse ela.
E Jimin, que estava mais próximo do novo mapa, estendeu a mão e gentilmente o pegou e entregou a ela. Ele observou Hwen alinhar os papéis e os três olharam. Jimin viu então, debaixo de todo o novo e velho caos havia uma linha que agia como o esqueleto conectando todos os trilhos da ferrovia. Como a principal tábua de salvação de Seul.
A sala ficou silenciosa enquanto os três tentavam entender essa informação e o que ela poderia significar.
— Esta linha antiga é operacional? — Jimin perguntou olhando para ela.
— Essas linhas amarelas aqui. — Ela apontou para o mapa. — é o que nos diz quando uma trilha está sendo usada. Toda essa linha está sendo usada hoje.
— Por que essa linha não faz parte dos novos mapas? — Cha fez a mesma pergunta que Jimin estava fazendo.
— Eu realmente não sei. — Hwen disse, mas ela parecia ter uma resposta, então Jimin a encorajou a falar. — A única razão pela qual acho que essa linha não está no novo mapa é por causa do escritório do comissário.
— O que você quer dizer? — Jimin perguntou sentindo um calafrio percorrer sua espinha.
O escritório do comissário estava de volta ao jogo e agora o comissário Young Seobin, os ex-diretores Shin Hongsik e o Sr. Soo fizeram parte disso. O que quer que isso realmente significasse, mas todos eles tinham algo a ver com seu irmão, e talvez até com o desaparecimento de seu irmão.
— Anos atrás, antes da minha chegada aqui. — Ela respondeu. — A biblioteca recebeu um aviso do escritório do comissário dizendo que tínhamos que excluir e limitar os registros vistos pelo público por razões de segurança. Os mapas eram um dos muitos arquivos que temos que são censurados.
— Quando foi isso? — Perguntou Cha.
— Final dos anos 70. — Ela respondeu. — Quando eles colocam aquele relógio grande na biblioteca.
— O que você quer dizer com segurança? — Jimin perguntou.
— De acordo com o memorando. — Disse ela. — Eles estavam com medo de que espiões do Norte pegassem esses registros.
— A biblioteca ainda tem este memorando? — Jimin perguntou a ela.
— Sim. — A Sra. Hwen assentiu.
— Posso ter uma cópia do memorando e desses mapas? — Jimin perguntou.
— Vou precisar do seu crachá para nossos registros. — Disse ela.
Jimin pegou seu distintivo e o entregou a ela. Ela sorriu para ele e saiu com os mapas e seu distintivo.
— O que fazemos agora? — O oficial Cha perguntou.
— Eu acho que é hora de eu ir para o escritório. — Jimin disse em voz alta, não sabendo realmente como Namjoon iria receber todas essas notícias. Sem mencionar que ele não apareceu quando lhe foi dito para fazê-lo por seu oficial superior. — Meu chefe vai querer ver este mapa.
O oficial Cha aceitou sua resposta com um aceno de cabeça, mas não voltou a falar. Bem quando Jimin estava começando a ficar impaciente, a Sra. Hwen voltou com uma cópia dos mapas enrolados em um tubo de papelão e seu distintivo. Foi selado e Jimin pegou os itens depois que ele vestiu seu casaco pesado e molhado novamente.
— Se você precisar de mais alguma coisa. — Disse ela, entregando-lhe um cartão e um sorriso agradável. — Por favor, entre em contato comigo.
— Vou sim. — Jimin disse pegando o cartão dela.
Junto com o oficial Cha, eles caminharam até os elevadores que os levariam à garagem onde o carro da tropa os esperava. Jimin ficou aliviado por não ter que direcionar o homem para o referido escritório e ficou feliz por ser deixado sozinho com seus pensamentos. As nuvens se fecharam e, à distância, Jimin podia ver o início de uma tempestade se aproximando.
A chuva caía forte no pára-brisa e os limpadores estavam funcionando a todo vapor. Com a chuva implacável, Jimin sentiu como se já tivesse perdido muito tempo. A sensação de pavor continuava a atormentá-lo, mas finalmente ele podia ver o escritório da SPO.
Ele pegou seu telefone e ligou para o outro policial no estúdio de dança e perguntou se eles tinham notícias de Taemin e muito menos de seu sequestrador. O oficial disse "não". Jimin falou para ele ir para casa e mandar Kai e seus trabalhadores para casa também. Ele mandou uma mensagem para Jungkook em vez de ligar para ele dizendo que ele estava na esquina e ficou feliz quando Jungkook não ligou para ele. No entanto, ele também não gostou de receber uma resposta muito curta em troca que dizia “Ok”.
A verdade era que Jimin queria que Jungkook fechasse este caso para ele. Ele queria dar essa responsabilidade para Jungkook, então se algo de ruim acontecesse não estaria em sua consciência. Ele sabia que estava sendo injusto, mas Jungkook o fazia se sentir seguro e agora era isso que ele queria... ele queria se sentir seguro. Ele queria que Jungkook cuidasse de toda essa bagunça emaranhada e fosse seu herói. Na realidade, Jungkook não era um super-herói. Ele era apenas um homem que era inegavelmente gentil com ele. Ele não tinha culpa dos crimes de Jihyun... os crimes dos quais Jimin queria fugir. Para desmontar seus laços familiares com seu irmão distante. Vergonha e culpa eram seus sentimentos mais proeminentes e ele se perguntou brevemente se esse era o sentimento que seus pais sentiam por ele também.
No entanto, ele amava seu irmão mais novo. Ele amava todas as suas memórias com Jihyun e os bons momentos. Ele amava os maus também, e a necessidade de encontrá-lo foi o que o trouxe aqui. Jimin o encontrou, e agora era hora de levar Jihyun para casa. Mesmo que Jihyun tenha infligido a mesma dor inimaginável a outras famílias, como foi feito a eles. Como aquelas garotas do Diamond Club... aquelas garotas eram mercadorias de Jihyun que Jawang e Choi Minseo haviam roubado. Essa era a realidade para a qual Jimin não conseguia fechar os olhos, e ele injustificadamente empurrou esses sentimentos sombrios para Jungkook. E o culpou por isso também. No final do dia, era ele quem teria que se reconciliar com essa verdade e, francamente, ele não sabia como.
Jimin sabia que nunca mais seria capaz de enfrentar Taemin. Uma vez que ele o resgatasse, ele sabia que a amizade deles havia acabado. Não havia volta disso... Parte dele queria acreditar que não era seu irmãozinho. Uma parte mais sombria dele desejava que Jihyun tivesse morrido quando ele foi sequestrado.
— Estamos aqui. — Disse o oficial Cha com o carro ainda ligado e na frente do prédio.
— Obrigado. — Jimin disse pegando a nova evidência, seu ingresso para fazer parte do lado bom de Namjoon.
— Me ligue se precisar de ajuda. — Disse o oficial e havia aquela mesma aurora paternal de antes que fez Jimin querer correr e abraçar.
— Eu vou. — Jimin disse aceitando a gentileza e se apressou para sair da chuva mais uma vez.
A viagem no elevador até o andar deles foi lenta e Jimin bateu o pé olhando para os pequenos números subindo um momento doloroso de cada vez. Ding! E as portas finalmente se abriram.
— Eles estão esperando por você. — Disse Euna com seu rosto severo ao vê-lo.
— Obrigado. — Jimin disse a ela e passou por sua mesa para a sala de conferências de janela aberta.
Ele podia vê-los observando-o por trás das janelas e Jimin odiou aquele espaço de conferência mais do que qualquer coisa no momento. Ele se perguntou o que eles viram quando o viram ou eles estavam vendo outra pessoa em seu lugar? Jimin abriu a porta e se obrigou a encarar Jin, Yoongi, Hoseok, Namjoon e Jungkook. Todos pareciam descontentes, mas foi Hoseok quem lhe deu um pequeno sorriso primeiro.
— Você tem alguma pista? — Perguntou Jin.
— Hongsik era um maestro. — Jimin disse, colocando as cópias na mesa para os outros verem, sem lhes dar tempo para pensar ou repreendê-lo. — Ele usou o antigo sistema ferroviário para se locomover pela cidade. — Jimin apontou para as linhas de trem perfeitamente alinhadas. — Aqui estão os principais lugares onde você pode ver as trilhas antigas se conectando com as novas. Eu acredito que Jihyun está usando elas para fazer o mesmo, e foi assim que ele tirou Taemin do estúdio de dança...
— Para onde ele o levou? — Jungkook perguntou, e Jimin pôde ouvir que ele estava com raiva... o tom não foi perdido para ele.
— As linhas conectam toda a cidade. — Jimin respondeu. — Eu não sei.
— Então você não tem nada. — Jungkook disse e isso foi direto para Jimin porque, francamente, ele merecia isso.
— Tudo bem. — Namjoon interferiu. — Deixe-me ver aquele mapa.
Jimin saiu do seu caminho e foi até o quadro.
— Jimin. — Jin disse. — Venha ao meu escritório, acho que tenho uma camisa reserva em algum lugar.
Jimin ia recusar, mas ele estremeceu quando estava prestes a fazê-lo. Ele concordou silenciosamente e seguiu Jin para fora da sala de conferências sentindo-se como um pintinho seguindo sua mãe.
— Não deixe Jungkook chegar até você. — Jin disse enquanto vasculhava suas gavetas. — Ele está de mau humor desde que voltou.
— Isso é minha culpa. — Jimin disse pegando a camisa reserva que Jin lhe deu. — Eu desliguei na cara dele.
— Desde o começo você tem sido tão insolente com ele. — Jin ergueu as sobrancelhas para ele e então ele zombou.
— Eu sinto muito.
— Não se desculpe. — Jin balançou a cabeça. — Jungkook é um bom homem. Ele é muito bom no que faz, mas por causa disso, ele nunca esteve com alguém que lhe dissesse não. Jungkook não foi desafiado nem mesmo quando Yugyeom estava por perto. Diabos! Eu acho que a única razão pela qual Jieun e Yugyeom se esgueiraram foi porque eles estavam com medo de dizer não a Jungkook.
— Ele não é violento. — Jimin disse pensando em todas as vezes que Jungkook foi tão gentil com ele.
Mesmo durante o sexo... claro que ele tinha sido duro a ponto de deixá-lo dolorido por dias, mas nunca foi maldoso... sempre foi consensual. Não que isso importasse para Jimin. Ele sabia que ainda deixaria Jungkook levá-lo mesmo que ele não quisesse. Ele estava acostumado a esse tipo de maus-tratos, mas tinha a sensação de que Jungkook não era como aqueles outros homens.
— Ele não precisa ser. — Jin respondeu. — Mas Jungkook é calculista e insensível. Suas palavras machucam e sua presença é suficiente para calar o mundo.
Jimin pensou nas primeiras vezes que conheceu Jungkook. Jin estava certo sobre isso, e ele pensou até onde iria para encontrar respostas... até fingir um relacionamento com ele. Ele se lembrava de todas aquelas palavras maldosas que Jungkook dizia e muitas vezes se desculpava… e todas as vezes que Jungkook ficava dizendo: Eu sempre estrago com você. Ao mesmo tempo, Jungkook tinha um carisma que atraía as pessoas, e Jimin era um deles. O mais novo exigiu respeito e conseguiu, exigiu ser ouvido... e as pessoas o ouvia.
— Eu desliguei na cara dele. — Jimin piscou ao perceber que talvez ele não estivesse tão hipnotizado quanto ele pensava que estava em relação a Jungkook. Que talvez ele fosse mais igual do que subalterno.
— Sim. — Jin assentiu. — E você o calou inúmeras vezes. Você terminou com ele quando ele estragou tudo. Ele foi uma bagunça completa sobre isso também. Eu nunca o vi assim. Nem mesmo depois de todo o caso Jieun e Yugyeom. Você fica sob a pele dele e o faz parecer mais suave... mais gentil até. Você não é o único que está mudando.
— Obrigado. — Jimin disse a ele e ele tirou um sorriso do homem bonito.
— Vista-se e encontre-nos rapidamente. — Jin disse indo para a porta. — Temos um dançarino para proteger e seu irmão para parar.
Jimin assentiu em resposta, sobrecarregado demais para falar. Felizmente, Jin não ficou ou disse mais nada e o deixou sozinho. Jimin tirou suas roupas e vestiu a camisa de Jin que era muito grande nele, mas ele arregaçou as mangas. As calças lhe serviram bem e ele se perguntou se elas pertenciam a Yoongi e essa percepção o atingiu. Eles tinham antecipado isso e ele se perguntou se eles tinham falado sobre isso também. Ele sorriu para isso e se sentiu abençoado por tê-los em sua vida. Ele colocou suas roupas molhadas no cabide que Jin tinha em seu escritório, dizendo a si mesmo para pegá-las mais tarde.
Quando voltou para a sala de conferências os telefones estavam tocando e Jimin os observou trabalhar com tanta dedicação e intensidade. Yoongi estava a seus pés, mas ele parecia terrivelmente pálido em seu rosto.
— Onde... — Jimin começou a perguntar.
— Jimin. — Namjoon acenou para ele se aproximar. — Bom trabalho em encontrar essa pista.
— Que...
— Eu não terminei. — Namjoon o cortou, sua voz severa e baixa e a do outro congelou por um momento. — Mas da próxima vez que um de seus superiores lhe der uma ordem, espero que a siga. Está entendido?
— Sim, senhor. — Jimin disse imediatamente ficando vermelho ao redor de suas orelhas, sabendo que ele estava sendo repreendido na frente dos outros. Foi vergonhoso e constrangedor, mas Jimin estava acostumado com esses sentimentos. Ele os recebia muito na casa de Seonghwa, mas a diferença era que ele achava que nunca se sentiria assim nesta fase de sua vida. Ele se sentiu com dezesseis anos mais uma vez, impotente e inútil.
— Bom. — Namjoon disse. — Todo mundo, voltem ao trabalho.
— Sim senhor. — Todos cantaram ao mesmo tempo.
O telefone de Jungkook tocou e ele rapidamente atendeu enquanto Jimin se sentava ao lado de Jin olhando para a trilha de papel para diferentes gotas que a nova Gem havia usado no passado.
— Estou a caminho. — Jimin ouviu Jungkook dizer. — Namjoon, temos uma pista. O nome de Gain foi visto no aeroporto.
— Vá! — Namjoon aprovou e Jungkook deu a Jimin um olhar que ele não sabia o que significava, mas se foi antes que Jimin pudesse analisá-lo.
Ele sentiu a mão de Jin em seu braço e foi confortado pelo toque de seu amigo antes de se obrigar a olhar os papéis.
— Bem, se essa é a minha linha para ir. — Disse Hoseok. — Eu irei para a cidade de Goyang.
— Porque lá? — Jimin perguntou.
— Porque é de onde Hongsik era. — Disse Hoseok. — Jungkook apontou que as pessoas geralmente voltam para o que conhecem ou para o que estão acostumadas quando se sentem pressionadas.
— Eu vou com você. — Yoongi afirmou.
— Não. — Hoseok e Namjoon disseram em uníssono.
— Eu aguento... — Yoongi começou a protestar.
— Você deveria estar em casa descansando. — Namjoon disse desta vez com um pouco mais de força e Jimin pensou na forma como seu líder apertou seu cotovelo.
— Não quando todo mundo está aqui. — Yoongi balançou a cabeça parecendo e soando teimoso.
— Yoongi. — Jimin disse antes que Namjoon ou Hoseok tivessem tempo de responder a ele. Todos os quatro rostos se voltaram para ele. — Você interrogou Minseo?
— Claro que sim. — Yoongi quase rosnou.
— Como ela descobriu sobre a mercadoria de Gem? — Jimin perguntou: — Onde ela descobriu sobre as garotas?
— Você está falando sobre as meninas Diamond? — Yoongi franziu a testa e Jimin assentiu.
— Sim. — Ele afirmou.
— Sim! — Namjoon disse de uma vez como se aquela informação fosse como um cobertor de consolo... como a desculpa, ele precisava manter Yoongi fora da linha de frente. — Você precisa entrevistá-la.
— Estou no meio de um longo julgamento com ela. — Yoongi protestou.
— Mas nós precisamos saber. — Namjoon continuou. — Precisamos saber se ela tem alguma fonte e se ela tiver, talvez eles possam nos levar a Gem agora. Por sua vez, salvar o dançarino.
— Se o dançarino ainda estiver vivo. — Yoongi disse insensivelmente, fazendo Jimin se encolher. Mas ele imediatamente ficou horrorizado com o que disse. — Desculpe... Jiminie, me desculpe por não ter feito isso.
— Por favor. — Jimin segurou seu medo e lágrimas enquanto suas mãos tremiam um pouco e Jin apertou sua mão com força. — Você pode ir e perguntar a ela.
— Eu vou. — Yoongi disse se movendo para seu casaco de uma vez. — Vou perguntar a ela.
— Isso resolve muito. — Hoseok disse esfregando as costas de Yoongi enquanto murmurava desculpas para Jimin.
— Jimin. — Jin disse. — Por que você não vai interrogar os outros dois?
— Os outros dois? — Jimin perguntou.
— Sim. — Jin disse. — Choi Hyukhe e o Comissário Seobin Young?
— Mas eu preciso...
— Você fez um bom trabalho com os mapas. — Namjoon disse. — Você me disse que queria descobrir sobre Shin Hongsik. Você me disse que ele está envolvido com todos eles. Vá e encontre essa conexão. Estou em contato com a polícia, estamos todos procurando pelo paradeiro de Taemin. Esta informação que você nos trouxe não é um desperdício. Jin vai ficar aqui, então se você precisar de algo, ligue para ele. Está entendido?
Jimin engoliu em seco e assentiu. Ele apertou a mão de Jin em busca de apoio e ficou feliz por seu amigo estar lá para ele.
— Você disse que eu não estava pronto para falar com eles. — Jimin apontou. — Você disse que eu não estava pronto para entrevistar nenhum dos Chois porque eles acham que eu sou Gem.
— Você não é Gem. — Jin disse com um sorriso em seu lindo rosto que parecia algo diabólico.
— Isso mesmo. — Jimin franziu a testa se sentindo irritado enquanto os outros pareciam entender o que Jin estava pensando.
— Mas eles não sabem disso. — Jin finalmente disse e uma onda de esperança renovada atravessou o corpo de Jimin quando ele percebeu isso também.
Ele olhou para seus amigos e colegas e zombou deles... eles com certeza eram astutos.
Faltam seis horas...
CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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Então, o que você acha? Eu sinceramente, não sei o que pensar. Só sentir.
Faltam seis horas... Significa que falta 6 horas para acontecer a cena do tiroteio. Lembra que no início começou com a cena do tiros e depois falou que aconteceu 10 horas antes de..... Então falta 6 horas para essa cena.
Att dupla porque sou boazinha. Mas por favor, comente nos dois capítulos.
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