- Vamos começar amanhã cedo. - Jungkook concordou enquanto tirava o paletó e o colocava sobre a cadeira. - Tudo bem se tomarmos café da manhã em movimento?

- Não. - Jimin fez beicinho quando começou a tirar seus anéis e colocá-los dentro de sua caixa de joias quebrada. - Você me prometeu que faria o café da manhã. Você está tentando ser preguiçoso?

- Você é tão chato! - Jungkook riu agarrando-o e jogando-o na cama fazendo-o pular um pouco.

Jimin gritou e se contorceu com as cócegas, sabendo perfeitamente que ele estava sendo um pirralho. Ele deixou Jungkook maltratá-lo até que os toques se tornassem cada vez menos inocentes. Aproveitando o peso de Jungkook em cima dele e ele facilmente enrolou as pernas em volta da cintura do outro. Nesta posição, Jimin entrelaçou seus dedos no cabelos escuras de Jungkook segurando-o no lugar enquanto admirava seu rosto. Jungkook realmente tinha aquele olhar intenso, escuro e misterioso.

Jungkook tirou suas mãos e empurrou seus braços sobre a cabeça segurando-os no lugar. Com os dentes e a mão livre, ele rasgou a camisa mandando os pequenos botões para todos os lados, e começou a chupar desesperadamente sua clavícula.

- Você vai estragar todas as minhas roupas. - Jimin reclamou enquanto Jungkook chupava forte e Jimin sabia que ia deixar uma marca.

- Vou comprar novas para você. - Jungkook beijou e chupou sua carne enquanto o segurava... não que Jimin quisesse ir embora.

- Eu não quero novas. - Jimin continuou choramingando enquanto se inclinava na boca de Jungkook sentindo o êxtase que vinha da língua quente do homem brincando com seus mamilos.

- Eu vou consertá-los. - Jungkook prometeu enquanto sua boca traçava cada vez mais para baixo e os quadris de Jimin se dobravam com desejo e necessidade.

- Você sabe costurar? - Jimin perguntou entre respirações achando o lado doméstico de Jungkook muito sexy.

- Eu sou basicamente uma dona de casa. - Jungkook deu uma risada profunda e gutural que enviou arrepios pela espinha de Jimin e todo o caminho até o meio de suas pernas.

- Diga-me exatamente o que você gosta. - Jimin olhou para ele e ficou agradecido por estar deitado, porque a verdade é que sempre que ele olhava nos olhos de Jungkook, ele se sentia um pouco fraco nos joelhos.

Os olhos de Jungkook escureceram dilatando com a promessa de Jimin, que mordeu a língua com força tentando ao máximo não xingar. O tempo era irrelevante, mas a necessidade de se conhecerem era por excelência. A necessidade de Jimin de controlar algo era exatamente o que Jungkook deu a ele, e de alguma forma estranha, Jungkook tinha todo o poder. Pois foi Jungkook quem lhe disse o que fazer, como fazer, quanto... e cada palavra era imunda enquanto seus corpos se contorciam até seus limites.

- Tão quente. - A voz de Jungkook saiu rouca enquanto Jimin o montava devagar como o homem queria.

Jimin soltou um grito baixo quando Jungkook colocou a mão sobre os olhos dele, e Jimin retribuiu o favor. A sala estava cheia com o som lascivo de seus corpos batendo e a respiração áspera de Jungkook... com o cheiro inebriante de Jungkook que fez Jimin entrar em delírio e Jimin caiu em cima dele com força. Ele chorou dessa vez quando Jungkook atingiu seu ponto doce e tremeu com o quão esmagador isso era. Quão íntimo e ele se sentiu esmagando como uma onda.

- Baby, não pare. - Jimin conseguiu implorar, sabendo que seu namorado não tinha gozado. Em um movimento rápido, Jungkook o pressionou contra o colchão e segurou seus braços, usando-os como alavanca enquanto estocava e entrava mais fundo em seu buraco. - Não pare... Porra!

As palavras de Jimin ficaram presas em sua garganta e incoerentes na melhor das hipóteses. Doeu e a hipersensibilidade era demais e Jimin sentiu-se chorar, mas ele queria mais. Muito e muito quente e Jungkook o levou assim. Ele o esticou buscando seu prazer no corpo de Jimin. O primeiro tapa em suas nádegas fez Jimin gritar de surpresa.

A palmada doeu, mas ele implorou por mais. O que quer que Jungkook lhe desse, Jimin pegou e queria mais... e ele gritou o nome de Jungkook com 'sim' e 'mais' encorajando o outro a continuar.

- Eu quero ver você. - Jimin engasgou porque ele precisava olhá-lo, a necessidade de vê-lo o oprimia como se ele fosse desmoronar se não visse Jungkook.

Com facilidade, Jungkook o colocou na cama. Jimin esmagou sua boca na do homem, beijando-o avidamente. Suas mãos traçaram cada centímetro do corpo de Jungkook e o mapearam em sua memória. Os dedos de Jungkook encontraram seu buraco e ele grunhiu com força quando eles tremularam dentro dele. Ele sentiu seu corpo tenso quando ele ficou duro novamente amando como Jungkook o fazia se sentir assim. Ele reivindicou o corpo de Jungkook com seus beijos e mordidas de amor, balançando sua bunda nos dedos do homem, cavalgando para o alongamento... Quanto Jungkook estava planejando esticá-lo? Doia e não doia e Jimin queria... muito gostoso... muito... era difícil respirar e Jimin queria tudo.

- Incline-se para trás. - Jungkook ordenou e Jimin se arqueou no colchão enquanto Jungkook se posicionava entre suas pernas novamente.

Jungkook colocou as duas pernas de Jimin em seus ombros e beijou a pele macia de sua coxa. Jimin apertou os lençóis enquanto Jungkook parecia estar se divertindo, ele parecia quase hipnotizado por suas pernas enquanto usava os dedos para traçar sua pele. Jimin sorriu para ele antes de soltar um gemido quando Jungkook chupou a parte interna das suas coxas e gritou quando o homem o mordeu. A mordida foi afiada, e era mais dentes do que qualquer coisa, e Jimin estendeu a mão para Jungkook implorando para que ele se aproximasse.

Jungkook fez... ele se posicionou de volta em sua entrada e fez Jimin choramingar em um staccato perfeito a cada estocada. As mãos de Jungkook trabalharam nele enviando uma corrente que o fez se contorcer e se debater enquanto ao mesmo tempo ele segurava o homem com força.

Era estranho como ambos tinham o controle e ao mesmo tempo nenhum dos dois tinham. Jungkook tinha assumido o controle, mas ainda assim se Jimin quisesse mais, ele dava a Jimin mais... uma dança entre eles de puxar e empurrar. De querer e querer...

Jimin apertou Jungkook em si mesmo, sentindo o deslizamento contra suas paredes e o homem xingou. Jimin olhou para o rosto de seu namorado, encontrando-se hipnotizado por sua beleza a cada vez. Ele odiava a ideia de que Jieun o tivesse visto assim, e ao mesmo tempo se sentia com sorte porque agora Jungkook era dele... e Jimin não estava planejando compartilhar.

As linhas de Jungkook eram afiadas, e Jimin segurou em seus bíceps enquanto o rosto do homem se contorcia em puro prazer finalmente gozando. Cordas quentes dispararam em seu buraco e Jimin queria manter todo o Jungkook dentro de si.

- Você é tão lindo quando goza. - Jimin falou porque realmente... Jungkook era a definição de perfeição. Ele mordeu o lábio e sorriu ao ver como o rosto cativante de Jungkook se transformou em um tom mais profundo de vermelho antes de enterrar o rosto no canto do seu pescoço. Jimin passou os braços em volta dele e o embalou por mais um momento.

A noite deles parecia alternar de suave e gentil a áspera e desagradável. Uma dualidade que praticamente incorporava a personalidade de Jungkook. O coelho e o leão.

Jimin não foi ingênuo quando viu o lado sombrio de Jungkook, mas a questão é que isso não o assustava. Isso o intimidava, mas Jimin estava sempre pronto para um desafio. Assim como agora, e mesmo que seu corpo estivesse exausto e suas bochechas provavelmente ficassem vermelhas por um tempo, Jimin gostava do que Jungkook gostava. Ele estava satisfeito em conhecer esse lado de Jungkook, ambos os lados, e ficou feliz em saber que Jungkook tinha um lado esquisito nele também.

- Eu machuquei você? - Jungkook perguntou e Jimin ouviu o quão reservado o homem soava e ele não queria que Jungkook pensasse que fez algo errado.

- Segure-me. - Jimin falou. - Eu gosto quando você me abraça.

Jungkook fez o que lhe foi dito, flexível e subjugado novamente após sua última rodada.

- Eu gostei. - Jimin beijou o braço de Jungkook onde seus lábios podiam alcançar e sentiu as mãos do homem acariciando seu braço.

- Sério? - Jungkook perguntou: - Eu não fui muito áspero?

- Eu aguento. - Jimin se inclinou para trás sentindo o peito duro e quente de Jungkook em suas costas. Ele esticou o pescoço para que pudesse olhar por cima do ombro com um sorriso no rosto: - Gostei. Você me faz sentir tão bem.

- Você é tão brega, Park Jimin. - Jungkook riu um pouco e ele estava obviamente envergonhado, mas Jimin podia ver que isso fez o ego de Jungkook subir. - De onde você tirou essas falas?

- Que falas? - Jimin perguntou começando a se sentir cansado demais para manter a conversa por muito mais tempo.

- Vixen. - Jungkook acusou e Jimin fechou os olhos gostando de como ele se sentia tão aconchegado e protegido.

- Continue falando assim e eu posso não deixar você brincar mais comigo. - Jimin fez um falso suspiro de falsa mágoa.

- Ah, Pêssego, você vai ficar entediado sem mim. - Jungkook disse e Jimin virou na cama para que ele pudesse encará-lo.

- Você realmente acha que pode me acompanhar? - Jimin levantou uma sobrancelha para ele se encontrando totalmente acordado agora.

Jungkook gemeu com um grande sorriso e bochechas envergonhadas e Jimin se inclinou para frente dando-lhe beijos brincalhões. Tirando o cabelo de Jungkook de seu rosto bonito.

- Ok... ok, você venceu! - Jungkook falou cedendo, mas Jimin conhecia o homem o suficiente para saber que não foi ele quem cedeu... afastando esses pensamentos, por enquanto, Jimin continuou seu ataque de beijos. Jungkook ainda o segurava no lugar com mãos gentis, mas firmes e Jimin sorriu para ele se sentindo triunfante.

- Bom! - Jimin disse e se acomodou novamente esperando o abraço de Jungkook nele, e antes que ele pudesse pedir, o mais alto o puxou com mais força.

Por um momento ele pensou em dizer a Jungkook para se levantar e se limpar, mas francamente, Jimin estava exausto. Ele sabia que não conseguiria manter os olhos abertos o tempo suficiente para chegar ao banheiro e muito menos gastar o tempo para se lavar.

- Boa noite, Pêssego. - Jungkook murmurou e Jimin podia ouvir sua respiração ficando cada vez mais profunda.

- Boa noite, capitão. - Jimin murmurou e deixou o sono tomar conta.

A coisa sobre dormir depois do sexo sem tomar banho era que na manhã seguinte ele ficava pegajoso de suor, lubrificante e esperma. Entre as pernas... nos lençóis, na barriga e no cabelo. A pior coisa de acordar com toda aquela gosma era saber que seu namorado o tinha visto assim porque Jungkook não estava lá quando ele acordou.

Jimin rolou para fora da cama conscientemente e assobiou quando seus músculos gritaram com ele. Droga... talvez Jungkook tivesse sido um pouco duro demais, mas no calor do momento, Jimin queria isso.

Não querendo que seu namorado tivesse outra oportunidade de vê-lo assim, ele correu para o banheiro, ligou a água e pulou no chuveiro sem se importar com a temperatura. Parecia o paraíso, mesmo que estivesse frio no início, se alguma coisa, sua parte inferior das costas agradeceu por isso. Seu couro cabeludo doía quando ele tentou ensaboá-lo de onde Jungkook havia puxado e se agarrado a ele.

Engraçado como o banho e a limpeza provavelmente eram tão bons quanto o sexo no momento e ele estava feliz pelo auto-tratamento. Por mais que quisesse ficar alí mais tempo, Jimin sabia que não podia. Depois de colocar um terno novo, ele fez sua maquiagem cobrindo as olheiras e certificando-se de que as mordidas de amor de Jungkook não estavam aparecendo. Satisfeito, largou o espelho para levar os lençóis sujos para serem lavados.

Quando se virou, sorriu ao ver sua camisa, aquela que Jungkook tinha rasgado os botões, pendurada em um gancho. Jimin admirou as habilidades de costura de Jungkook e achou o homem cativante. Ele também contemplou a auto-proclamação de Jungkook de ser dona de casa. Ele parecia ter todas as qualidades de dona de casa e nada disso afastou Jimin.

Ele verificou tudo o que poderia precisar e trancou a porta de sua casa antes de ir para o apartamento de Jungkook. Ele digitou o código e esperou que a pequena luz vermelha ficasse verde, e com um pequeno e suave toque a luz acendeu. Jimin passou pela porta e colocou sua bolsa e casaco na entrada e o cheiro de comida atacou suas narinas. Ele sorriu um pouco e enquanto tirava os sapatos viu outro par. Um par de saltos...

Jimin franziu a testa e passou pela entrada e foi quando viu a mãe de Jungkook sentada à mesa com um caderno e outros papéis na frente dela. Ela tinha uma caneca de café acabado de fazer e parecia muito concentrada. Jungkook estava andando pela cozinha movendo panelas aqui e ali e lavando-as enquanto cozinhava.

Jimin engoliu um comentário desagradável, mas brincalhão, sobre a necessidade constante de Jungkook de manter seu lugar limpo.

- Bom dia. - Jimin cumprimentou principalmente Sangmi, mas ele dirigiu a saudação para Jungkook também.

- Sirva-se um pouco de café. - Jungkook cumprimentou imediatamente, com um leve sorriso no rosto quando seus olhos se encontraram.

Jimin estava na entrada entre a cozinha e a sala de jantar, desajeitado e inseguro.

- Eu posso voltar depois. - Jimin disse se preparando para correr, mas Jungkook deve ter antecipado isso porque ele foi parado pela mão maior do homem em seu pulso. Então, antes que Jimin pudesse objetar ou retirar sua mão, o homem se inclinou e deu-lhe um beijo rápido, mas casto.

Na frente de sua mãe também!

Jimin tinha certeza de que ele ficou 1000 tons de vermelho e soltou um ganido.

- Sente-se. - O sorriso de merda de Jungkook estava olhando para ele.

As pernas de Jimin estavam prontas para levá-lo de volta na direção de onde ele veio, mas o que o impediu de fazê-lo foi quando Sangmin falou.

- Venha Jimin. - Sua voz não era exigente nem dominadora, mas em sua suavidade, Jimin não podia deixar de ouvir. - Venha e sente-se comigo.

- Sra Jeon. - Jimin soltou uma meia-saudação-meia-risadinha enquanto lançava olhares mortais para Jungkook. Ele caminhou até a mesa enquanto Sangmin removia o que ela estava trabalhando da mesa. Ele gentilmente se sentou mais perto da porta, mas na mesa quadrada, ele ainda estava perto dela. Seu traseiro doía com as palmadas implacáveis ​​de Jungkook, e ele reprimiu um gemido. Pelo menos, no assento que escolhera para si, tinha uma boa visão da cozinha. Mesmo que ele estivesse muito bravo com Jungkook, tê-lo por perto o acalmou.

- Meu filho me disse que você se formou primeiro de sua classe na academia. - Disse ela bebendo de sua caneca.

- Sim. - Jimin assentiu porque ele estava sem palavras. Toda essa situação era estranha. Era estranho pensar que esta mulher tinha dado à luz ao homem que o tinha fodido até o esquecimento na noite anterior. Ele deveria agradecer?

Jimin limpou a garganta enquanto ocasionalmente tentava olhar nos olhos de Jungkook. Então Jungkook falou com sua mãe sobre ele, e Jimin não sabia como se sentir sobre isso. Ela estava perguntando? Ela o aprovava? Por que isso parecia uma entrevista? Ele tinha tantas perguntas, mas seu namorado de merda estava de costas para eles. Ele assistiu Jungkook trabalhar na cozinha e Jimin sabia que preferia ser empalado por agulhas envenenadas do que estar aqui.

- Jungkook, - Jimin disse quando o merdinha não olhou para trás... nem uma vez. - Você não me disse que sua mãe estava vindo.

- Ele não sabia. - Sangmi respondeu e havia aquele mesmo sorriso de merda nela, aparentemente era hereditário. - Vim conversar com ele sobre um assunto sério, mas ele insistiu em fazer o café da manhã.

Jimin quase se encolheu com isso. Agora ele se sentia como o arquiteto de sua própria miséria. Ele se arrependeu de fazer Jungkook prometer a ele o café da manhã todas as manhãs. Rapidamente, ele pensou em como fazer uma máquina do tempo... mas nada de substancial veio à mente.

- Eu realmente posso voltar mais tarde. - Jimin falou, começando a se levantar.

- Sente-se Jimin. - Jungkook disse da cozinha naquela sua voz autoritária.

A retaguarda de Jimin ouviu e ficou naquela maldita cadeira. Ele deu a Sangmin um sorriso fraco e esfregou as mãos para fingir calor. Parte dele queria lutar com Jungkook. Ele ficou indignado por ser tratado assim na frente da mãe de Jungkook. O que ela pensaria dele?

Ela achava que ele era do tipo 'sim, senhor' e 'não, senhor'? Era isso que ela queria para seu filho? Ela queria uma mulher para Jungkook? Alguém que daria a seus netos... alguém como Jieun? Normalmente, Jimin não era tão governável. Ele teria lutado até o fim, mas nunca estivera nessa situação antes. Ele nunca conheceu um... pai.

Oh, realmente o que o mantinha ali era saber que ia se vingar de Jungkook. Ele sentiu a mão do homem em suas costas, era gentil e quente, mas firme. Jungkook colocou uma caneca de café na frente dele e Jimin não pôde deixar de lhe dar um pequeno tsk. Jungkook sorriu para ele e se afastou de volta para a cozinha então Jimin lembrou que Sangmi ainda estava lá e ele rapidamente deu outro sorriso fraco e uma inclinação de cabeça. Ele esperava que ela não tivesse visto sua atitude patife e se ofendido em nome de Jungkook.

Se alguma coisa, ela parecia mais divertida enquanto continuava tomando seu café. Jimin pegou a caneca que seu namorado lhe deu e levou aos lábios porque precisava fazer algo para aliviar sua tensão.

- Você precisa de ajuda? - Jimin perguntou esperando outra saída... qualquer saída.

- Estou quase terminando. - Jungkook disse enquanto se movia para lavar os pratos que tinha usado.

Se Jimin pudesse ter o poder da telecinese, ele gostaria de tê-lo neste momento. Ele usaria em Jungkook para esta emboscada, e parte dele se ressentiu por não ter algo equivalente para perturbar o outro.

- Você sente falta de Busan? - Sangmi perguntou e ele levou um momento para perceber que ela não estava falando com Jungkook, mas com ele.

- Às vezes. - Jimin respondeu, e com o canto do olho ele viu Jungkook congelar por um momento na cozinha antes de continuar mexendo nos pratos. - Mas eu estava ansioso para vir aqui.

- Jungkook te contou que somos de Busan também?

- Não, ele não fez. - Jimin disse lançando para seu namorado um último olhar antes de decidir ignorá-lo.

- Sim. - Ela disse nem um pouco surpresa por Jungkook não ter compartilhado essa parte de si mesmo. - O pai de Jungkook nos trouxe para Seul alguns meses depois que Jungkook nasceu.

- Sério? - Jimin perguntou se inclinando para ela achando interessante qualquer coisa relacionada ao Jungkook. - Como ele era quando era jovem?

- Teimoso. - Ela disse com uma risada que parecia muito com a de Jungkook, e aparentemente isso também era hereditário.

- Então ele não mudou muito. - Jimin sorriu principalmente para si mesmo. - Você sente falta de Busan?

- Seul não entende. - Ela disse mudando para seu dialeto de Busan, - Busan é coração e calor, foi onde eu me apaixonei, me casei e dei à luz. Busan foi meu começo. E quando consegui o suficiente para nos levar de volta a Busan, bem, Jungkook me disse que queria ficar aqui em Seul.

- Isso é porque Seul é a melhor cidade do mundo. - Jungkook disse trazendo os pratos e colocando-os na mesa.

- É imunda. - Ela fez uma careta e Jimin os observou brincando.

Era assim que mães e filhos agiam? Do pouco que conseguia lembrar de sua mãe, as coisas boas eram feitas de abraços calorosos e beijos na testa.

Com tudo o que aconteceu, Jimin não pôde deixar de pensar em seus pais. Ele deveria ligar para eles? Pedi-lhes para preencher as lacunas daquele dia. Agora, com todas as novas informações que eles tinham com Hongshik, Comissário Young, Chois, Jawang, a Mão Vermelha, Gem. Seus pais falariam com ele?

- Você não está comendo? - A mão de Sangmin estava em seu antebraço e Jimin olhou para a mão e depois para ela.

Sua carne queimava onde a mão o tocou e Jimin manteve a boca apertada e tentou o seu melhor para dar a ela um rosto feliz. Ele pegou seus pauzinhos e começou a cavar. Ele podia sentir os olhos de Jungkook sobre ele, mas felizmente o homem alto não tocou no assunto.

Jimin mastigou a comida com grande dificuldade, mas ele a fez descer. Como tudo que Jungkook cozinhava, isso também era ótimo, mas só depois da quinta mordida que ele foi capaz de apreciá-lo.

- Você está muito quieto. - Ela observou.

- Não se engane. - Jungkook disse. - Ele só está sendo educado porque você está aqui.

Jimin olhou para o namorado e o chutou com força por baixo da mesa. Jungkook grunhiu, mas tentou disfarçar tossindo em seu guardanapo.

- Você está bem querido?

- Tudo bem. - Jungkook a tranquilizou.

- Sinto falta do oceano. - Jimin disse voltando para a conversa anterior. - Isso é o que eu mais sinto falta.

- Você morava perto da marina?

- Muito perto. - Jimin disse com orgulho. - Eu morava em um barco de pesca. Meu pai e eu costumávamos ir até o meio do oceano para pegar os melhores peixes, tanto quanto nosso barco podia carregar. Paramos em diferentes portos e houve uma época em que passamos uma semana inteira em Hong Kong.

- Oh céus! - Ela exclamou e Jimin podia sentir os dois olhos de Jeon nele.

- É por isso que você sabe tantos idiomas? - Jungkook perguntou.

Jimin assentiu.

- Sua pobre mãe. - Sangmin exclamou. - Ela devia ficar muito preocupada com vocês dois.

- Meus pais estão separados. - Jimin disse voltando para aquele rosto suave que dizia ao mundo que ele estava bem.

A única máscara que ele costumava usar na casa de Senghwa. A necessidade de se proteger veio a ele como uma segunda natureza. Ele estava bem e deveria ser capaz de falar sobre isso sem cair em desespero todas as vezes. De que outra forma ele convenceria seu namorado se desmoronava todas as vezes? Ele esperava poder mostrar a Jungkook que ele não era uma boneca quebrada que precisava ser consertada.

- Eu sinto muito. - Sangmin engasgou.

- Está tudo bem, isso foi há muito tempo. - Jimin a desculpou dando-lhe um sorriso suave. - Para dizer a verdade, eu não sinto falta da pescaria. Eu só sinto falta de olhar para o oceano e as estrelas. Você não consegue ver as estrelas daqui.

- Muita poluição. - Jungkook afirmou.

- Sim. - Jimin riu achando cativante como Jungkook proferia fatos bem conhecidos como se fossem uma nova descoberta.

- Você já ficou na cidade de Busan tempo suficiente para vê-la? - Ela perguntou em vez disso.

Jimin comeu o último pedaço de seu prato se sentindo orgulhoso de si mesmo e deu uma olhada em Jungkook. A felicidade que irradiava do homem era contagiante e Jimin se sentia mais leve mesmo falando sobre seu passado. Talvez fosse assim que realmente se sentia ao deixar ir. Talvez ele não estivesse usando uma máscara, mas era sua própria disposição de permanecer forte.

- Sim, claro. - Jimin disse. - Eu tinha quinze anos quase dezesseis quando fiquei em uma casa de grupo. Meu pai não podia mais cuidar de mim. Para encurtar a história, eu vi grande parte da cidade. E eu tenho que concordar com você, Seul simplesmente não entende.

Sangmin riu um pouco disso, e talvez ele tenha conquistado algum respeito dela. Ele se sentia orgulhoso de si mesmo, e esperava que Jungkook se sentisse orgulhoso dele também. Depois disso Jungkook guiou a conversa para um assunto mais leve. Jimin, mesmo se sentindo orgulhoso e forte... Ficou grato por isso.

- Jimin. - Ela disse quando eles praticamente pegaram as coisas. - Você me ajudaria a convencer meu filho teimoso a assinar esses papéis?

Jimin seguiu para o que ela estava apontando e franziu um pouco a testa. Era uma pilha de papéis que ela havia trazido, e toda a razão pela qual ela estava aqui esta manhã.

- Eu não sei se posso fazer alguma coisa. - Jimin disse a ela sem saber como ele poderia ser o único a mudar a teimosia de Jungkook. - Mas eu vou falar com ele.

- Eu acho que deve ser o suficiente. - Disse ela deixando-o ao lado da mesa enquanto se movia para a cozinha.

Jimin assistiu Sangmin ir até Jungkook que estava guardando seus últimos pratos usados ​​e Jimin virou o rosto quando eles se abraçaram. Eles eram próximo, com certeza, e Jimin os invejava e queria fugir.

- Deixe-me levá-la para fora. - Disse Jungkook e Jimin olhou para o relógio e ficou aliviado que ainda era cedo.

- Isso foi muito bom. - Ela disse para Jimin. - Vamos fazer mais refeições juntos.

- Certamente. - Jimin sorriu para ela e se curvou enquanto Jungkook a escoltou para fora do apartamento. Jimin podia ouvi-los falando, mas não podia ouvir o que eles estavam dizendo. Ele foi até os papéis e por um segundo os levou para ler, mas decidiu não fazê-lo. Em vez disso, ele pegou sua caneca, foi até a cafeteira e se serviu de mais um pouco.

Ele se inclinou no balcão e esperou por Jungkook. O mais alto veio depois que a porta se fechou e os olhos de Jimin focaram nos pratos quase prontos.

- Desculpe. - Jungkook disse na entrada de sua cozinha. - Ela veio sem avisar.

Jimin não disse nada e tomou outro gole de seu café, muito quente e amargo, mas ele engoliu de qualquer maneira. Jungkook deu um suspiro alto como se estivesse cansado dele e voltou para a pia.

- A comida estava ótima. - Jimin se obrigou a falar.

Jungkook não respondeu.

Jimin largou a caneca, caminhou até seu namorado e o abraçou por trás. Ele estava sendo muito duro com Jungkook?

- Foi uma surpresa. - Jimin disse e gostou de como as costas de Jungkook pareciam grandes... tão grandes e quentes e ele fechou os olhos. - Eu estraguei tudo?

- Não. - Jungkook respondeu e Jimin suspirou profundamente.

- Jungkook. - Jimin falou, colocando o queixo no ombro do homem, mesmo que ele tivesse que ficar um pouco na ponta dos pés para alcançar corretamente. - Gostei muito do café da manhã.

- Desculpe. - Jungkook disse novamente. - Eu realmente mexo* muito com você, não é?
(Perturbar, estressar incomodar...)

- Estava fora do seu controle. - Jimin se ofereceu. - Ei, escute. O que são esses papéis?

- Você os leu?

- Não. - Jimin respondeu. - Mas eu queria.

- Claro que não. - Jungkook riu, - Sabe, como um investigador você vai ter que ser um pouco mais bisbilhoteiro.

- E arriscar perder você? - Jimin perguntou se afastando um pouco para dar uma olhada em seu rosto.

- Você não vai me perder. - Jungkook assegurou e fechou a torneira.

- Então por que sua mãe estava aqui?

- A família em Busan. - Ele disse e Jimin se afastou para pegar sua caneca novamente quando Jungkook começou a secar e guardar os pratos limpos. - Eu disse que eles me querem de volta.

- Então, o que são esses papéis? - Jimin perguntou.

- Eles querem me colocar no registro da família. - Jungkook disse. - Quando eu nasci, a família do meu pai o deserdou e eles nunca reconheceram a mim e minha mãe. Quando meu pai morreu, minha mãe teve que lutar trabalhando para nos alimentar e nos vestir.

- Então como você se sente se tiver que assinar esses papéis...

- Como dar um tapa no rosto do sacrifício da minha mãe. - Jungkook falou e Jimin podia ouvir seu conflito, dor e ressentimento.

- Ela vê assim? - Jimin perguntou pensando em como ela havia pedido a um perfeito estranho para ajudar a mudar a mente de seu filho.

- Não. - Jungkook disse. - Mas ela deveria.

- Qual a consequência se você estiver no registro da família deles? - Jimin perguntou em vez disso quando ele pôde ver os nós dos dedos de Jungkook embranquecendo.

- Eu já te disse, - Jungkook falou. - Eles me casariam com Jieun e me mudariam para Busan. Para cuidar dos negócios da família e sair da SPO.

- E se você não fizer isso? - Jimin perguntou tomando a bebida quente enquanto observava Jungkook se mover pela cozinha.

- A mãe do meu pai está determinada a me ter. - Jungkook disse. - Eu sou o último homem Jeon depois do meu avô. Aparentemente, ele está doente e a empresa está sendo administrada por ela.

- Você quer? - Jimin perguntou.

- O que? - Jungkook perguntou enquanto sua cabeça se virava bruscamente para encará-lo.

- Você quer? - Jimin perguntou novamente.

- Eu... - Jungkook falou.

- Você não precisa me responder. - Jimin disse colocando a caneca na pia e se virou para Jungkook pegando o prato e o pano. - Pense no que você quer. No final de tudo, sua mãe vai apoiá-lo.

- Eu não quero... - Jungkook começou, mas Jimin o silenciou com um beijo.

- Apenas pergunte a si mesmo o que você quer. - Jimin disse novamente e sorriu para ele.

- Eu quero você. - Os braços de Jungkook o envolveram.

- Você já me tem. - Jimin apontou.

- Eu realmente tenho?

- Você tem. - Jimin assentiu. - Eu vou terminar aqui. Vá e fique bonito.

Jungkook levantou uma sobrancelha para ele, mas soltou uma risada. Ele o beijou, e desta vez foi doce e promissor.

Jimin o empurrou, pegou o pano, torcendo-o e batendo na bunda de Jungkook enquanto esse saía. Ele soltou um grunhido e Jimin riu às suas custas... isso lhe serviu bem. Ele se virou ainda rindo enquanto terminava os pratos e limpava os balcões. Quando terminou, ele sabia que Jungkook aprovaria a cozinha impecável.

Eles chegaram ao escritório bem a tempo e Jimin se derramou sobre o que aconteceria a seguir. Ele estava conversando com Jungkook sobre o que eles iriam fazer quando seu telefone tocou. Ele franziu a testa e olhou para ele e para sua surpresa, viu o nome de Taemin na identidade. Ele ignorou e voltou a falar, mas mais uma vez começou a tocar.

- Apenas pegue. - Jungkook disse e olhou para o quadro dispensando Jimin.

- O que foi Taemin? - Jimin pegou o telefone e o colocou em seu ouvido. Havia alguém do outro lado, mas ele não estava falando... mas Jimin podia ouvir sua respiração. - Taemin? - Jimin perguntou se sentindo ansioso com isso.

- Você sabe qual é o medo número um para um dançarino? - Disse a voz do outro lado. - Jimin-ah?

- Gem? - Jimin perguntou e de repente ele não conseguia respirar. - Onde está Taemin?

- Ele está aqui. - Gem disse depois de uma pausa e o coração de Jimin afundou.

- O que você fez com ele? - Jimin rosnou e Jungkook estava ao seu lado.

- Você não respondeu minha pergunta. - Gem falou.

O punho de Jimin se fechou e sua boca se apertou ainda mais. Ele levou um dedo aos lábios em direção a Jungkook e colocou o telefone no viva-voz para Jungkook ouvir.

- Vamos. - Gem continuou a dizer.

Jimin ficou em silêncio.

- Tudo bem. - Gem continuou. - Faça do seu jeito. O pior medo de um dançarino é que eles se machuquem e nunca mais voltem a dançar.

- Eu juro que se você machucar...

- Jimin-ah, não faça promessas que não possa cumprir. - Gem provocou e o sangue de Jimin ficou frio.

- Eu sei quem você é. - Jimin disse finalmente.

Uma coisa era ter uma teoria, mas ele tinha mais do que uma teoria... a essa altura, era uma forte convicção. Ele não podia negar a verdade na frente dele, e mais ainda depois do suicídio de Hongsik. A revelação de Jungkook e os fatos que vieram com o caso de seu irmão eram mais uma indicação... e Jimin sabia que não podia esconder a verdade de si mesmo.

Ele havia prometido não correr mais... isso constituía essa promessa também.

Mesmo que ainda fosse apenas uma teoria, e ele desejava e rezava para estar errado... mas seu pressentimento lhe dizia o contrário. Ele sabia que Jungkook tinha somado dois e dois também.

Foi no jeito que Jungkook olhou para ele e no quanto ele o assegurou de que nunca iria embora. Jimin queria manter isso, e mais uma vez ele desejou estar errado. Ele sabia que precisava de provas... provas substanciais, mas sabia que estava certo.

- Eu duvido muito disso. - Gem disse e Jimin podia ouvir sua voz e estava tensa e Jimin fechou os olhos desligando os olhares preocupados de Jungkook.

- Não o machuque. - ​​Jimin implorou. - Ele é inocente.

- Todos nós somos inocentes em um ponto ou outro. - Gem continuou a dizer. - Você não pode ser tão ingênuo.

- Por que? - Jimin engasgou sentindo-se imóvel com medo e quase sem autocontrole. Ele queria gritar ao telefone e exigir todas as respostas de que precisava.

Porque, porque, porque...

- Porque você é um peixe grande ou um peixe pequeno. - Gem falou, - Mas você deveria saber disso. Você era pescador, não era?

- Por favor. - Jimin implorou novamente pensando em seu lindo amigo e o quanto ele vivia e amava dançar.

Sem isso... Jimin não estaria aqui hoje... sem a paixão de Taemin, Jimin acabaria desaparecendo. Pessoas como ele costumavam fazer... os esquecidos...

- Por que? - Gem perguntou: - Eu avisei. Eu lhe disse claro e simples. Você não deveria estar se intrometendo com coisas que você não conhece. Porque, Jimin-ah, você está chegando muito perto. E eu nunca vou confiar em outro promotor novamente.

- Por favor. - Jimin implorou novamente e ele mal podia sentir Jungkook ao redor... em vez disso, ele estava em sua própria escuridão enquanto toda a sua atenção estava no telefone com a voz de Gem nos alto-falantes.

- Implorar não vai ajudar você a saber. - Gem disse. - Eu avisei uma vez. Jimin-ah, eu não sou uma pessoa que dá brindes.

- Jihyun. - Jimin disse e o nome de seu irmão saiu como seda por seus lábios. - Por favor, não machuque meu amigo.

CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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Ok... então como eu disse... Muitas coisas aconteceram... O que você acha? Eu sei que alguns, assim como eu, chegaram a essa conclusão... hahaha realmente tem sido tão difícil dizer: Sim, Gem é irmão do Jimin! E agora. Tão doloroso para nosso Jimin, saber que seu irmão passou de vitima para criminoso. Uou. Eu nem sei o que sentir. Por favor, digam-me seus pensamentos e o que acham que irá acontecer.

Oxe, mulher louca. Mais de 22 anos depois os Jeon's vieram atrás dela e JK. Depois de lutas e lutas sozinha. Eu nem queria mas. Para que? O pior ja passou e agora todo mundo está bem de vida.