27. Persecution

Jimin acordou cercado pelo cheiro de Jungkook. Lençóis de cetim preto acariciaram sua pele e ele abriu os olhos. Ele estava com calor e sua cabeça doía, mas quando tentou se mexer percebeu que Jungkook estava segurando-o dentro de seus braços, que estava pressionado firmemente contra o peito do homem. Jungkook o segurava como se estivesse com medo de que Jimin desaparecesse de repente.

Os olhos de Jimin cresceram três vezes seu tamanho normal quando outra percepção o atingiu e a vergonha tomou conta dele. Ele se lembrou da noite passada. Ele tinha vomitado na camisa de Jungkook no estacionamento. Jungkook passou a noite inteira cuidando dele, ajudando-o a ficar sóbrio debaixo de um banho frio e dando-lhe remédio para ressaca. Jungkook o ajudou a tirar aquelas calças justas e a camisa branca da Gucci. Ele fechou os olhos com força, lembrando-se de como havia choramingado de vergonha por ter que usar a camisa grande demais de Jungkook como pijama.

Jimin respirou fundo tentando não se desfazer em pó enquanto mais memórias surgiam. Ele se lembrava de chorar, e sabia que parte de sua dor de cabeça vinha do choro, mas também vinha do álcool e da falta de comida.

Jimin chorou muito e não parou de chorar. Na verdade, ele chorou ainda mais quando Jungkook acariciou sua cabeça. Ele também estava envergonhado por ter chorado com todo o coração na frente do outro homem. Ele chorou tudo, desde o início e Jungkook testemunhou seu ponto mais baixo. Jimin desejava ser engolido pela terra, ser enterrado debaixo dela... talvez assim ele nunca mais tivesse que enfrentar Jungkook novamente.

Ele esteve no quarto de Jungkook pelo menos duas vezes agora, mas na outra vez ele não tinha se sentado na cama do outro. Naquela época ele achava que estava respeitando os limites de Jungkook, mas agora ele sabia melhor. Jungkook, mesmo excitado com o corpo dele, nunca tomou a iniciativa com ele porque nunca quis que isso realmente começasse. Talvez essa fosse a pílula mais difícil de engolir, mais do que o engano e a mentira. 

E assim, atingiu-o como uma onda de tsunami. Jimin queria se afastar de Jungkook, escapar de seus braços porque não podia estar neles. Ele não deveria estar confiando nele quando toda a dor que ele estava passando era por causa dele.

Como se estivesse queimado, Jimin se afastou sem se importar se o acordava ou não. Sua cabeça rodou e ele caiu da cama, mas ele não se importou. Sua mão doía de onde Hyukhe a agarrou na corte. A mesma mão que ele havia raspado no asfalto quando o estranho no clube o empurrou. E a mesma mão que ele usou para segurar o caco de vidro para se defender na casa de Danwo logo após Park Myung tentar matá-lo. Sua pobre mão. 

— Jimin... — A voz de Jungkook veio da cama, em pânico e desesperado. — Por favor, não vá.

— Por que você está fazendo isso? — Jimin perguntou do chão abraçando as pernas perto do peito e escondendo-as debaixo da camisa de Jungkook. Ele estava cansado de chorar, mas podia sentir outra onda chegando.

— Eu sinto muito.

— Eu sei que você sente. — Jimin disse porque ele podia ver isso em seu rosto e ações. — Só não se incomode mais. Eu vou encontrar esse Gem. Só saiba que não pretendo encontrá-lo por sua causa. Eu pretendo encontrá-lo por minha causa. Pela minha sanidade. Depois disso, estou me transferindo.

— Eu estava errado. — Jungkook disse como se toda a provação sobre Gem não importasse, como se Jimin importasse mais, e de alguma forma isso doía mais. A falsa capacidade de Jungkook de fazê-lo se sentir querido. — Ultimamente eu estive errado sobre muitas coisas.

— Bem-vindo ao clube, gênio. — Jimin disse amargamente e se perguntou se Jungkook era realmente um gênio. Como um gênio poderia ter algo tão fundamentalmente errado?

— Eu sei que você disse que não vai me perdoar, mas eu... — Jungkook engasgou e Jimin enterrou o rosto nos joelhos e segurou as pernas com mais força. — Eu me preocupo com você. No começo, eu realmente pensei que você fosse ele. Você parecia com...

— A descrição de Yugyeom. — Jimin falou com um tom em sua voz que nem ele reconheceu, soava tão triste e distante. — Como você disse.

Houve uma mudança na cama e Jimin sentiu Jungkook sentar-se ao lado dele.

— Mas quanto mais eu passava tempo com você, mais eu percebia o quão errado eu estava. — A voz de Jungkook era tão suave como se o medo de falar mais alto o fizesse fugir. — Se você quer saber, comecei a vê-lo de forma diferente, gradualmente, após o incidente de Diamond. A semente da dúvida continuou diminuindo até que um dia se tornou desapareceu. Gostei de como você é diferente de todos que conheci, e de como você é lindo. Ficou realmente cimentado em minha mente que você não era Gem em nosso primeiro encontro. No bar de karaokê, você deveria ter visto seu rosto. Você parecia tão despreocupado e feliz, e percebi o quão feliz isso me fez sentir.

Jungkook suspirou como se lembrasse e Jimin lembrou também. Foi a primeira vez que ele foi a um bar de karaokê. Ele sempre trabalhou para sobreviver. Nas poucas vezes em que ele tinha tempo para brincar, Yoon-woo e ele iam as vitrines ou faziam longas caminhadas até onde podiam ver as estrelas até tarde da noite. Jimin sentia falta disso, sentia falta das estrelas que o faziam sentir como se suas possibilidades fossem infinitas.

— Tudo era tão novo para você, como se nunca tivesse vivido antes, e eu gostava de mostrar esses lugares e compartilhar essas experiências com você. Jimin, eu queria te contar, mas no final, decidi não fazer. Você não sabe o quanto sinto muito por não ter sido honesto com você. Mas saiba que eu queria tentar com você. Você me fez sentir otimista sobre o futuro, como se todas as minhas possibilidades fossem infinitas. Aish... Desculpe, não sou muito bom com palavras. Gostei do que estávamos construindo e não queria comprometê-lo. Eu estava com medo de perder você.

Jimin cravou as unhas em sua carne enquanto ouvia Jungkook falar. Seu coração pulou uma batida, talvez até duas. Mas não ele não podia se permitir se sentir otimista sobre isso. Doía muito. Estar perto de Jungkook doía, mas estar longe dele doía tanto quanto. 

— Você estava construindo um relacionamento baseado em uma mentira. — Jimin se virou para ele.

— Eu sei. — Jungkook se encolheu e sua voz estava cheia de derrota, e Jimin ouviu o quão doloroso soava. — Eu estava errado.

Jimin soltou uma risada seca que saiu mais como um soluço. Então ele virou o rosto porque não queria que Jungkook o visse chorar novamente.

— Deixe-me ajudá-lo. — Jungkook falou e Jimin podia ver pela sua visão periférica que a mão de Jungkook permanecia sobre seu cotovelo, sobre sua pele, como se quisesse alcançá-lo e tocá-lo, mas ele não o fez. — Deixe-me ajudá-lo a encontrar Gem. Você me ajudou a encontrar o assassino de Yugyeom, então deixe-me ajudá-lo a encontrar Gem.

— Você está me dizendo isso como meu superior? — Jimin perguntou.

— Eu não gosto dessa palavra. — A voz de Jungkook tremeu um pouco enquanto ele tirava sua mão. — Superior. Não há nada superior em mim. Ainda mais depois do que fiz com você.

— Você não pode mais me abraçar. — Jimin disse virando-se para encará-lo, para ter certeza de que o outro entendia. — Você não deve se preocupar comigo de novo.

— Aquele cara... — Jungkook cerrou os dentes e as mãos em punhos apertados.

— Seria um erro. — Jimin o cortou. — Mas ele não foi o primeiro e não será o último. Além disso, eles não têm nada a ver com você. Não mais.

Jungkook o encarou, olhos arregalados antes de se estreitarem, boca aberta antes de se estabelecer em uma linha fina. Era óbvio que ele discordava, mas felizmente ele ficou quieto.

— Sinto muito por ontem à noite. — Jimin disse sentindo todo o seu rosto queimar de vergonha, culpa, constrangimento. — Eu não queria ficar com você. Desculpe ter sido inconveniente para você. Eu te devo uma.

Jimin se sentia pequeno a cada palavra, mas de que outra forma ele poderia traçar uma barreira entre eles? Ele precisava de limites... para torná-los tão largos e profundos quanto oceanos, talvez então ele sobrevivesse a isso.

— Você não é alguém inconveniente. — Jungkook disse e finalmente o tocou.

Jimin ficou tenso com o toque, e odiou a facilidade com que Jungkook o puxou. Como a sensação de segurança voltou dez vezes e o quanto ele sentia falta de tudo isso, o quanto ele ia sentir falta de tudo isso.

— Por favor, pare de brincar comigo. — Jimin implorou.

— Eu não quero brincar com você. — Jungkook disse. — Eu quero te conquistar. Eu quero que você fique. Por favor, me dê a chance de me provar para você. Por favor...

— Eu não posso... — Jimin se afastou ficando de pé cambaleando por causa da dor de cabeça e da falta de nutrientes. — Não posso agora.

— Pelo menos fique para o café da manhã. — Jungkook estava de pé ao lado dele, braços esticados, envolvendo-o como se fosse segurá-lo se ele caísse. Mas Jungkook não deu o passo extra para tocá-lo. Para segurá-lo... mas ainda estava lá... como uma rede de segurança. E Jimin queria se jogar à sua mercê e ao mesmo tempo queria fugir o mais longe e o mais rápido que pudesse.

Então ele se obrigou a pensar em outra coisa. Para se impedir de correr e de cometer outro erro.

Comida.

Jimin sabia que tinha que comer, ele sabia o que aconteceria com ele se não comesse hoje. No entanto, ele sabia muito de sua antipatia, muito de sua melancolia vinha da falta de comida. Isso o estava fazendo tomar decisões erradas e ele precisava ficar afiado... inteligente. Mas a ideia de engolir comida era demais.

— Você tem café? — Jimin perguntou em vez disso... se acomodando.

— Sim. — Jungkook respondeu. — Eu tomo café. Você gostaria de um pouco de café Jimin?

— Sim. — Jimin disse afundando na cama de Jungkook.

— Eu estarei de volta. — Jungkook falou. — Há o chuveiro se você precisar e você é bem-vindo a pegar qualquer coisa no armário.

Jimin não conseguiu encontrar sua voz, então assentiu. Jungkook permaneceu ali por um momento, quase inseguro. O que era estranho, porque Jungkook era sempre tão cheio de confiança. O mais alto ficou ali por mais um segundo e depois saiu.

Jimin se enrolou nos lençóis e no edredom e sentiu falta dos braços de Jungkook em volta dele. Como ele gostaria de poder voltar no tempo... pouco antes dele perguntar a origem das intenções de Jungkook com ele. Ele estava com raiva do homem, por que Jungkook decidiu ser sincero quando Jimin precisava que ele mentisse?

Todo enrolado na cama Jimin pensou nas palavras do homem. Ele queria acreditar em Jungkook. Ele realmente queria, e talvez uma parte dele acreditasse. Mas a ação já havia sido feita. A dor já havia sido infligida e Jimin não conseguia se recuperar. Ele se enrolou ainda mais nos lençóis de forma protetora...

Ele deve ter cochilado porque a próxima coisa que ele percebeu foi Jungkook balançando seu ombro gentilmente. Jimin olhou para ele, por um momento ele esqueceu toda a mágoa e dor e viu o lindo rosto de Jungkook pairando sobre ele.

— Está ficando tarde. — Havia um traço de sorriso em seus lábios, como se ele também tivesse esquecido do que eles conversaram antes. — Vamos, levante dorminhoco.

A percepção começou, para ambos, e Jungkook desviou o olhar. Afastando os olhos, ombros curvados, e Jimin odiava vê-lo assim. Ele não suportava ver Jungkook tão machucado porque isso também o machucava.

Jimin empurrou-se para fora da cama e correu para o banheiro. A camisa de Jungkook pendurada no ombro expondo sua clavícula descaradamente. Ele realmente parecia estar nadando nela. Jimin lavou o rosto e deu uma olhada nas olheiras sob seus olhos, e como as bordas de suas pálpebras pareciam vermelhas. Ele se inclinou na pia cansado demais para fazer qualquer outra coisa.

Jimin respirou fundo e lentamente. Ele fez isso mais três vezes antes de escovar o cabelo com as pontas dos dedos. Estava bagunçado e ele odiava como eles ia em direções diferentes pela manhã. Cabelo matinal bagunçado... por que ele não podia ter cabelo que apenas formava uma auréola ao redor dele?

Jimin saiu do banheiro pronto para sair do apartamento de Jungkook quando viu uma calça de moletom e um suéter novos esperando por ele em cima da cama. Ele os colocou, agradecido por poder cobrir suas pernas e saiu do quarto, encontrando Jungkook na cozinha.

O cheiro de comida e café invadiu suas narinas.

— Ei... — Jungkook falou. — Eu fiz um pouco de haejangguk para você.

— Você não precisava. — Jimin disse deslizando para o banco alto mantendo os olhos longe do homem de avental. Ele já estava vestido de terno, deve ter tomado banho enquanto dormia, e mais uma vez ele parecia tão bonito que era doloroso.

— Eu sei. — Jungkook expressou. — Eu queria.

Jimin olhou para ele, mas decidiu não dizer nada. Em vez disso, ele pegou a colher e começou a beber a sopa. O repolho estava bom, tudo estava perfeitamente equilibrado e Jimin comeu em silêncio. Jungkook sentou ao lado dele bebendo a mesma sopa, mas em seu próprio canto.

— Você quer mais? — Jungkook perguntou quando Jimin estava quase terminando sua tigela.

— Não, obrigado. — Ele respondeu e tudo era tão estranho e antinatural.

Jungkook se levantou e Jimin o observou colocar café em uma caneca, sabendo perfeitamente como Jimin gostava de manhã.

— Você realmente me ajudaria? — Jimin perguntou porque ele sabia que não tinha experiência suficiente para perseguir alguém como Gem por conta própria.

— Sim. — Jungkook se virou para ele entregando-lhe a caneca antes de se servir.

— Você quer se livrar de mim tão rápido? — Jimin perguntou.

— Eu não quero que você vá. — Jungkook colocou as duas mãos no balcão, seu peito e ombros pareciam grandes e Jimin queria acreditar nele. — Gem é um criminoso. Ele evadiu a lei por muito tempo. Yugyeom esteve em contato com ele, e por mais que tenhamos encontrado quem matou meu amigo, ainda não sabemos o porquê. Gem é a resposta para essa pergunta.

Jimin sentiu seu lábio inferior tremer e ele o mordeu antes de fixar os olhos na caneca à sua frente. Ele pegou e queimou um pouco as mãos, quando ele deu um gole, queimou também a garganta.

— Ok. — Jimin disse. — Vamos encontrá-lo.

Jungkook abriu a boca pronto para dizer algo, mas o celular de Jimin tocou alto na quietude do apartamento. Jimin franziu a testa procurando seu celular e o encontrou sobre a mesa de centro com sua carteira. Ele deslizou do banco e foi até ele e seus olhos se arregalaram com o nome no identificador de chamadas. Ele parou de tocar e Jimin estava prestes a desligar, mas tocou novamente.

Sua garganta estava seca e sua respiração era superficial.

Ele apertou o botão verde.

— Jimin! — A voz de Yoon-woo saiu com um grunhido, mas havia uma urgência ali: — Você está bem?

— Sim. — Jimin respondeu, mesmo que seu coração lhe dissesse o contrário. — O que você quer?

— Você está em um lugar seguro? — Yoon-woo perguntou, soando ainda mais urgente. — Tem certeza que está bem?

— Sobre o que você está divagando? — Jimin perguntou irritado. — Você está bêbado?

— Não, eu não estou bêbado!

Jimin franziu a testa e olhou para o telefone antes de colocá-lo perto de seu ouvido novamente. Jungkook estava parado na beira de sua cozinha, mas Jimin deu as costas para ele.

— O que você quer? — Jimin perguntou novamente.

— Fui atacado ontem à noite. —  Disse Yoon-woo. — Eles entraram no meu apartamento. Eles destruíram o lugar todo. Jimin, eles estavam procurando por você. Eles eram loucos, mas eu consegui fugir.

— O que? — Jimin perguntou olhando para Jungkook. — Onde você está?

— Não! — Yoon-woo disse ao telefone: — Eu não quero que eles encontrem você por minha causa.

— Foda-se com isso. — Jimin disse firmemente conduzindo Jungkook para se aproximar. — Onde você está?

— Jimin...

— Yoon-woo! — Jimin disse mais uma vez, e desta vez não havia lugar para ele argumentar: — Ou você me diz onde está ou eu vou até sua casa e te encontro.

Silêncio, de ambos os lados, quando os olhos de Jungkook se arregalaram um pouco, mas ele não disse nada.

— Tudo bem. — Disse Yoon-woo. — Estou me escondendo em uma casa de banhos. Pedi a alguém um carregador para poder ligar para você.

— Me mande o endereço. — Jimin disse. — E Yoon-woo, não se atreva a se mexer.

— Entendido, chefe. — Disse Yoon-woo e Jimin podia ouvir a familiaridade em sua voz.

Jimin ficou paralisado por um momento, antes de resmungar e desligar.

— Yoon-woo foi atacado. — Jimin disse a Jungkook que obviamente estava pronto para perguntar. — Ele disse que os atacantes estavam procurando por mim.

— O que? — Jungkook perguntou, seu rosto escurecido, pronto para uma briga.

— Acontece que, você não é o único que pensa que eu sou Gem. — Jimin disse. — Hyukhe disse que se vingaria por prendê-lo.

— O que você está falando? — Jungkook perguntou.

— Foi o que ele me disse no tribunal. — Jimin explicou. — Ele disse que se vingaria de mim e me chamou de Gem.

— Quando você estava planejando me contar isso? — Jungkook ajeitou o cabelo e por um momento Jimin se sentiu mal por não ter contado antes.

— Eu estava ocupado. — Jimin disse. — Eu tinha outras coisas em que pensar?

— Como o quê? — Jungkook se levantou para ele.

— Nossa, eu não sei. — Jimin explodiu com todo sarcasmo e veneno que podia. — Eu acabei de descobrir que meu namorado estava me usando por causa do mesmo motivo.

Jungkook ficou em silêncio, sua mandíbula apertada, mas não disse nada. Seus ombros se curvaram novamente.

— Diga a Namjoon que vou me atrasar. — Jimin disse pegando sua carteira da mesa olhando para seu telefone quando Yoon-woo lhe enviou o endereço da casa de banhos por mensagem de texto.

— Ah, não, você não vai sozinho. — Jungkook disse tirando o avental.

— Eu não preciso que você venha comigo. — Jimin disse. — Eu só vou buscá-lo em uma casa de banhos.

— Eu não me importo. — Jungkook disse. — Da última vez, meu parceiro se aventurou por conta própria por causa dessa pessoa, Gem, ele apareceu morto. Não vou cometer esse erro duas vezes. Goste ou não Park. Você está preso a mim.

O protesto de Jimin estava em seus lábios, mas depois de vários segundos de rápidas considerações, ele assentiu.

— Pegue sua arma e distintivo. — Jungkook instruiu indo para seu quarto.

Jimin foi até a porta da frente. Ele olhou para trás e viu Jungkook o seguindo. Sabendo que não tinha tempo para realmente trocar as roupas de Jungkook, ele correu para seu apartamento, onde pegou sua arma e distintivo e amarrou-os em seu corpo. Juntos, eles seguiram pelo corredor até o elevador. Ele ouviu a conversa unilateral entre Jungkook e Namjoon enquanto eles se dirigiam para o carro do promotor.

Jimin entrou e ficou feliz em saber que não tinha vomitado dentro do veículo. Jungkook manteve as mãos no volante enquanto se afastava e Jimin se obrigou a desviar o olhar porque sempre gostou de assistir o homem dirigir. Em vez disso, ele colocou o endereço no GPS e direcionou Jungkook para onde ir.

As ruas mudaram diante dele de limpas e espaçosas para degradadas e apertadas. Jungkook moveu seu carro na frente do referido prédio. Eles olharam um para o outro, se preparando e, ao mesmo tempo, saíram do carro.

Jimin viu a senhora da casa de banhos na recepção. Ela era velha e deu-lhes um olhar desconfiado.

— Este não é um hotel de amor. — Ela disse a eles.

Jungkook tossiu e as bochechas de Jimin queimaram.

— Na verdade, vovó. — Jimin limpou sua garganta fazendo sua voz soar doce enquanto ele puxava uma foto de Yoon-woo de seu telefone. — Nós estamos procurando por um amigo. Ele fez o check-in ontem à noite. Você o viu?

Jimin estava ciente dos olhos de Jungkook sobre ele, mas o ignorou.

— Sim. — Ela zombou. — Encrenqueiro seu amigo. Você não deveria deixá-lo entrar em brigas.

— Obrigado, vovó. — Jimin disse. — Vou me certificar de que ele não se meta em muitos problemas.

— Há! — Ela zombou novamente e se afastou da mesa deixando Jimin e Jungkook sozinhos na entrada.

— Por que você tem uma foto de Yoon-woo no seu telefone? — Jungkook perguntou, e Jimin pôde realmente ouvir o descontentamento dele.

— Eu não tenho. — Jimin se defendeu. — Eu peguei da conta dele no Instagram. Ele é um ator, lembra?

Jungkook não disse nada e se afastou olhando os panfletos pendurados na parede.

— Jimin! —  Yoon-woo disse chamando sua atenção e antes que Jimin pudesse detê-lo, o outro o puxou para um de seus abraços apertados. — Você está bem... Oh, graças a Deus você está bem.

— Essa é a minha fala. — Jimin disse esfregando movimentos circulares nas costas do outro antes de se afastar. — Deixe-me olhar para você.

O rosto de Yoon-woo estava muito espancado, ambos os olhos estavam azuis e roxos, seu lábio estava aberto e quem sabe o que mais estava por baixo de suas roupas, mas julgando como ele mancava, não era bom.

— Oh Yoonie. — Jimin engasgou e o pegou de volta em seus braços. — O que eles fizeram com você?

— Eu não disse nada a eles. — Yoon-woo disse em seu ouvido. — Juro.

— Nós devemos sair daqui. — Jungkook disse de repente e a culpa floresceu no estômago de Jimin.

Aqui estava ele com seu ex, nos braços de seu outro ex. No entanto, ele de alguma forma sentiu como se estivesse traindo Jungkook com Yoon-woo. Foi uma sensação horrível. Ele afastou esses pensamentos porque não tinha tempo para eles. Não agora.

Ele pegou a mão de Yoon-woo e seguiu Jungkook para fora da casa de banho. Jungkook abriu a porta do passageiro para Jimin e Yoon-woo abriu sua própria porta na parte de trás.

— Então o que aconteceu? — Jungkook perguntou enquanto começava a puxar o carro de volta para o trânsito.

— Eu dei tchau ao meu empresário. — Explicou Yoon-woo, — Eu fiquei ate tarde da noite trabalhando em um comercial. É uma grande coisa, vou apresentar os prêmios MNET este ano.

— Foco. — Jimin repreendeu.

— Certo. — Disse Yoon-woo. — Então eu cheguei em casa e estava me preparando para ir para a cama, mas então alguém me deu um soco. Eu desmaiei. Quando voltei. Eles me colocaram em uma cadeira e estavam me batendo. Eles queriam saber onde você estava e continuaram chamando você de Gem. Quem é Gem?

— Eles me nomearam pelo nome? — Jimin perguntou.

— Sim, eles disseram Park Jimin. — Disse Yoon-woo.

— Como você escapou? — Jungkook perguntou.

— Os otários foram embora quando perceberam que eu não ia dizer nada a eles. — Disse Yoon-woo triunfante. — Liguei para meu empresário e ele me disse para ir me esconder. Eu fiz e tentei encontrar um carregador para carregar meu telefone para ligar para você.

Jungkook se virou, alerta escrita em todo o seu rosto, e foi quando Jimin e Yoon-woo gritaram simultaneamente.

Um tiro atingiu o vidro estilhaçando-o, mas felizmente não os atingiu.

— MERDA! — Jungkook manobra o carro enquanto o acelera. — Todo mundo se abaixa!

Jimin estendeu a mão para sua arma se abaixando o máximo possível para o chão do carro. 

— Onde eles estão? — O medo de Jimin arranhou sua garganta e estremeceu quando o carro de Jungkook foi atingido novamente.

— Atrás de nós! — Jungkook gritou enquanto os aproximava das ruas apertadas.

— O homem disse para se abaixar! — Yoon-woo gritou enquanto se agachava gritando com Jimin.

Jimin respirou fundo e abriu o coldre, arma na mão, trava desligada. Ele atirou de volta para o carro, o primeiro tiro quebrou o vidro traseira em todos os bancos de couro de Jungkook. O som de sua arma sendo disparada foi alto e estalou seus ouvidos, mas ele atirou novamente no passageiro do outro carro. Jimin atracou bem a tempo e uma bala atingiu onde sua cabeça estaria.

— Depressa! — Jimin gritou com Jungkook.

— Espere! — Jungkook gritou de volta enquanto os pneus cantavam deixando para trás o cheiro de borracha queimada no cimento.

Jimin se levantou novamente, mirou no homem e apertou o gatilho. E a bala atravessou direto o crânio do homem. Jimin atracou novamente, a imagem gravada para sempre em sua memória e ele se contorceu.

— Um caiu. — Jimin se obrigou a dizer, e então o carro os atingiu pela parte de trás.

Yoon-woo estava gritando.

— Cale-se! — Jimin gritou quando Jungkook virou o carro e ele quase perdeu o controle da arma. Ele estendeu a mão para o telefone de Jungkook que estava a seus pés. O carro deles estava batendo no para-choque implacavelmente, mas Jimin digitou a senha de Jungkook em seu telefone e discou 119.

— Aqui é o SPO Sargento Park Jimin! — Jimin disse assim que a voz do operador veio. — Tiros disparados eu repito tiros disparados. Seguindo para o norte na rua Junghswa. Envie reforços!

Jimin a ouviu confirmar e ele deixou cair o telefone quando alguém bateu na lateral. Ele foi voando para frente e colidiu com Jungkook no lado do motorista. Jungkook gemeu e Jimin viu o motorista do carro que colidiu com eles, outro atirador. Ele agarrou os ombros de Jungkook e o puxou o mais forte que pôde para baixo.

— Fique abaixado! — Jimin gritou para seu ex gritando no banco de trás.

— Jungkook! — Jimin sacudiu o namorado. — Por favor, fique bem.

— Eu estou bem. — Jungkook disse, — Me dê sua arma!

Jimin estendeu a mão para o chão do carro e pegou a arma de volta em suas mãos. Ele se curvou quando os tiros ricochetearam do carro, mas ele conseguiu dar sua arma a Jungkook.

Jungkook pareceu se acalmar e deu uma última olhada em Jimin antes de se levantar o suficiente para começar a atirar de volta. Bang. Bang. Bang... e com sua precisão de gavião, o outro atirador se sacudia com cada bala e caía. Morta.

Jimin engoliu a sopa de volta com a visão e puxou Jungkook para se abaixar. O homem lhe devolveu a arma e trocou de marcha no carro. Metal raspou contra metal, e o carro guinchou alto, mas Jungkook conseguiu fazer o veículo se mover.

— Fique abaixado. — Jungkook ordenou e Jimin verificou o pente, mais seis balas.

Pelo menos Yoon-woo parou de gritar, mas agora estava choramingando.

— Yoonie. — Jimin disse. — Você está bem?

— Que diabos Jimin? — Yoon-woo rosnou com medo: — O que foi isso? Quem são essas pessoas?"

— Apenas mantenha a cabeça baixa. — Jimin disse e olhou para Jungkook, que manteve os olhos na estrada procurando por problemas adicionais.

Jimin estendeu a mão e o tocou. Ele precisava sentir que Jungkook estava bem, embora houvesse arranhões visíveis aqui e ali, ele parecia bem, mas ele precisava sentir que o outro estava bem.

Jimin ouviu as sirenes da polícia à distância.
   
  
    
CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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Que tenso.... Uau. E então, o que acharam. Se não fosse por Jungkook, Jimin e Yoon-woo estariam encrencados... Como as coisas vão se resolver? Quem é Gem? Quem quer matar Jimin achando que ele é Gem? Será Choi. Porque o verdadeira Gem ainda não apareceu? Muitas perguntas e nenhuma resposta.

Sobre Jikook eu falei que a relação deles ia ter altos e baixos. Nós que lute.

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