24. Life imprisonment
Só para lembrar a foto acima é a Sra. Yum que vai depor e o marido dela, o sr. Yum, que foi preso no lugar do Sr. Choi.
Bem no capítulo 23 vimos a entrevista de Jimin com a Sra. Yum para o depoimento. Agora vamos ver como tudo vai acontecer. Espero que o bem vença.
Por favor deixe seu comentário. Eu realmente amo quando vocês comentam. Boa leitura!
— Tudo certo? — Essa foi a primeira coisa que Jungkook perguntou assim que ele colocou a Sra. Yum na sala das testemunhas atrás da câmara.
— Sim. — Jimin olhou para ele. Jungkook franziu os lábios e não parecia nem um pouco convencido, mas pelo menos não insistiu.
Jimin ignorou todos os seus olhares de lado e ficou feliz quando os três juízes entraram na câmara retomando o julgamento. Ele mudou toda a sua atenção para o julgamento e empurrou para longe tudo o que era sobre eles. Ele se concentrou nas evidências que a oposição apresentou e se certificou de estar lá para o Promotor Capitão Jeon Jungkook a cada passo do caminho.
Infelizmente, quando a primeira testemunha foi chamada.
— Preste atenção na linguagem corporal dele. — Jungkook se inclinou para ele, perto demais para o conforto de Jimin no local de trabalho, o suficiente para se distrair levemente com a colônia de Jungkook que o levou ao limite.
Jimin afastou esses pensamentos perigosos, de alguma forma, e olhou para Choi Hyukhe quando o Promotor falou com ele. Jimin estava prestes a perguntar, a quem ele estava se referindo, Hyukhe ou a testemunha, mas ele não teve tempo de perguntar. A testemunha, o comissário de polícia, um homem com uma estatura esguia e óculos grossos entrou e sentou-se na cadeira da testemunha.
Ohgyum se moveu ao redor do banco das testemunhas fazendo perguntas sobre o relacionamento próximo que ele tinha com Hyukhe. Jimin tomou notas sobre isso, e quando Jungkook estendeu a mão para seu ouvido pela segunda vez, Jimin suprimiu um arrepio e tentou o seu melhor para prestar atenção. Ele esperava que o outro homem não tivesse notado e, em vez disso, olhou através de seus montes de provas e pegou o recorte de jornal que Jungkook havia pedido.
Finalmente, Ohgyum terminou seu questionamento, e então ele se virou para Jungkook e Jimin com seus grandes olhos de sapo esbugalhados, desafiando-os a fazer o melhor.
Parecia que pelo menos um deles, Jungkook, estava à altura do desafio. A linguagem corporal de Jungkook gritava confiança, como ele costumava fazer. Para Jimin, a confiança de Jungkook beirava a arrogância, mas isso parecia ser todo mundo no esquadrão de advogados de Namjoon. Bem, talvez não Hoseok.
Se alguém perguntasse a Jimin se ele estava ou não nervoso em questionar o comissário, ele estaria mentindo se dissesse que não. A última coisa que qualquer um dos promotores queria era manchar a já frágil relação entre os policiais e a SPO. Sem falar que o comissário era amigo do prefeito da cidade. Qualquer movimento errado e a carreira de Jimin terminaria antes mesmo de começar.
Isso irritava e deixava Jimin maravilhado pela maneira como Jungkook fazia tudo isso parecer tão fácil. Se alguma coisa, ele parecia ser exatamente o que ele queria, e Jimin se sentiu um pouco apreensivo com isso. Ele sabia que a unidade de Namjoon era implacável na busca de casos de alto perfil, em abordar indivíduos influentes. Ele também sabia que isso lhes trouxe muitos amigos, mas também inimigos.
— Comissário Young. — Jungkook começou. — Quero agradecer pessoalmente, por todo o bom trabalho que você faz para nossos oficiais e esta cidade.
— É meu dever e honra. — Disse Young ao microfone e a digitação do escrivão gravou.
— Certo, — Jungkook sorriu, — eu tenho um recorte aqui, sobre a última reforma de seus escritórios logo após sua reeleição no ano passado. Fiquei muito impressionado com isso.
— Meritíssimos. — Interrompeu Ohgyum. — Não ouço uma pergunta do promotor.
— Vá direto ao ponto, capitão. — Advertiu o segundo juiz.
— Estou estabelecendo alguns antecedentes, Meritíssimos. — Jungkook disse e estendeu a mão para Jimin, e Jimin deu-lhe os recortes. — Aqui diz que no dia 3 de junho do ano passado você anunciou a reforma do seu escritório. Isso está correto?
O comissário Young olhou entre Jungkook e Ohgyum.
— Responda à pergunta, Comissário. — Disse o primeiro juiz.
— Está correto.
— Também diz que era um projeto no valor de "1,7 bilhão de won”. — Disse Jungkook citando o artigo.
— Sim. — Concordou Young, mas havia um leve timbre apreensivo em sua voz.
— Os registros de seu escritório diziam que seu orçamento de campanha era de 1 bilhão. Isso está correto?
— Sim.
Jimin viu o homem se contorcer um pouco em seu assento.
— Diga-me, Comissário Young, de onde veio o 1,7 bilhão?
O silêncio na câmara era ensurdecedor. A digitação havia parado e até o escrivão do tribunal esperou pela resposta. Os olhos de Jimin absorveram toda a cena.
— Objeção! — Ohgyum ficou. — Sem relevância.
— Capitão Jeon? — O primeiro juiz questionou olhando entre os dois advogados principais.
— Eu explico. — Jungkook disse e Jimin fez questão de abrir o extrato bancário antes de entregar a ele. — Senhor. As contas de Choi dizem que ele fez uma transação para o escritório do comissário de 1,7 bilhão de won em 2 de junho, um dia antes do comissário Young anunciar a remodelação dos novos escritórios.
— Meritíssimos, já estabelecemos que o Sr. Choi é um filantropo. Ele tem muitas instituições de caridade e é amigo íntimo do Comissário Young.
— Ande com cuidado, capitão. — O segundo juiz advertiu.
— Comissário Young. — Jungkook olhou para o homem no banco das testemunhas. — Você pode ler em voz alta neste papel, tudo o que está destacado?
Os juízes recuaram, Ohgyum lançou olhares de morte para sua pequena equipe, enquanto Jungkook entregava ao funcionário do tribunal os extratos bancários para entregar à testemunha. Jimin segurou sua caneta perto de seu caderno e observou o homem tomar o tempo para ajustar seu terno antes de tomar as referidas declarações.
O comissário Young limpou a garganta, e como ele tentou parecer controlado, Jimin não perdeu a fina camada de suor em sua testa.
— Proprietário da conta: Choi Hyukhe. — O Comissário Young pigarreou novamente. — Data: 21.09.2003 transação para a conta pessoal de Young Doaehyung, número XXXX-XXXX-XXXX. 1 milhão de won. Data: 15.05.2004, transação para a conta pessoal de Young Doaehyung número XXXX-XXXX-XXXX 1 milhão de won. Data 07.11.2004 transação para a conta pessoal de Young Doaehyung número XXXX-XXXX-XXXX 1 milhão de won.
— Deixe-me parar você aí. — Jungkook disse, sua voz gelada. — Em que ano você assumiu o cargo?
— 2003. — O comissário Young abaixou a cabeça e os ombros curvados.
— Você pode ler a última transação, está na última página. — Jungkook apontou.
Jimin desviou o olhar deles e olhou por cima do ombro para Choi Gain. Suas mãos estavam em seus lábios, seus olhos grandes e ela estava olhando para seu pai. Jimin seguiu sua linha de visão, e Choi Hyukhe parecia exatamente como ele parecia em seu escritório. Um tubarão... e o Comissário Young estava sangrando.
— Data: 20.01.2019. transação para uma conta pessoal para a conta Young Doaehyung número XXXX-XXXX-XXXX 2 milhões de won. — O comissário soluçou então... sua voz agora estava quebrada.
— Meritíssimos, — Ohgyum interrompeu, — qual é o significado de tudo isso?
— Explique, Capitão Jeon. — O terceiro juiz ordenou enquanto olhava entre Jungkook e o comissário.
— Senhor. Choi Hyukhe está se livrando da prisão. — Jungkook declarou sem rodeios. — Ele paga o comissário Young desde 2003, desde que foi eleito para o cargo, e tem recebido subornos do Sr. Choi. Choi Hyukhe está fugindo da justiça e o comissário Young está encobrindo isso.
— Existem testemunhas desses supostos crimes? — Ohgyum interrompeu novamente.
— Eu tenho uma testemunha. — Jungkook disse. — Meritíssimos, eu chamo minha testemunha, Sra. Yum Jiwon.
O tempo todo o repórter digitava tudo o que acontecia, os juízes olhavam para o comissário, enquanto Choi Hyukhe olhava para Jungkook... e se olhar matasse... Jungkook já teria sido enterrado em seu túmulo.
— Esta câmara fará uma pequena pausa. — Disse o primeiro juiz. — Eu dou uma ordem para cessar todos os bens do comissário até uma investigação mais aprofundada. Vou entregar esse caso para você, capitão.
— Obrigado, Meritíssimos. — Jungkook respondeu.
— Alguém tire o comissário Young da minha câmara. — Continuou o primeiro juiz, e dois policiais foram chamados, algemando seu chefe, parecendo ao mesmo tempo traídos e confusos. — Vamos retomar em trinta.
Ele bateu o martelo uma vez e os três juízes saíram da câmara. Jungkook se virou para Jimin ignorando a linha de defesa. Jimin notou que não havia um único traço de vitória escrito em seus olhos, mas Jungkook se inclinou para ele independentemente.
— Você quer acelerar sua carreira? — Ele perguntou em voz baixa e Jimin olhou para ele. O leão estava de volta, e Jungkook parecia tão ameaçador e sanguinário quanto Hyukhe, e Jimin se perguntou se Jungkook poderia sentir o cheiro de sangue nele também. — Então, o que você diz, novato? — Jungkook perguntou. — Quer assumir o caso do comissário?
Se Jungkook podia sentir o cheiro de sangue nele ou não, Jimin não precisava ser perseguido ou amarrado para avançar. Ele conhecia uma oportunidade quando via uma.
— Quem vai me supervisionar? — Jimin perguntou a ele, levantando uma sobrancelha.
Jungkook pareceu surpreso por um momento, como se não esperasse que Jimin concordasse com isso tão rapidamente.
— Eu vou.
— Eu quero o Chefe. — Jimin disse pensando em como foi Namjoon quem lhe disse para esquecer o caso Gem primeiro. Era Namjoon quem sabia sobre a doença de Yoongi e mantinha isso em segredo. Foi Namjoon quem o aceitou em sua unidade, e era Namjoon quem ele tinha que impressionar... não Jungkook. Seijin havia dito a ele para confiar no chefe Kim Namjoon e, francamente, Jimin queria. O homem sempre foi educado e charmoso, mas Jimin precisava ficar perto daquele homem. Ele estava investigando o caso Gem quer Namjoon e Jungkook gostassem ou não, e ele precisava ficar perto de ambos.
A dupla sabia de alguma coisa, o instinto de Jimin dizia isso, e ele iria ouvir esse sentimento. Ele não fez uma vez, e sua vida quase foi perdida. Ele seria um tolo se fosse deixar isso passar.
Jimin aprendeu desde muito cedo que, se ele quisesse alguma coisa, teria que trabalhar para isso. Ele também sabia que chegaria ao fundo disso... descascaria todas as camadas e descobriria o que havia sido descartado ou jogado para baixo do tapete. Para que isso acontecesse, Jimin precisava aprender a separar o que sentia por Jungkook, ver além do namorado carinhoso e olhar direto nos olhos do leão.
— Eu vou falar com ele. — Jungkook disse finalmente com a língua pressionada contra sua bochecha.
Jimin olhou para ele. O rosto bonito de Jungkook tinha aquela expressão sombria. Uma mistura de raiva, luxúria, domínio, e Jimin sabia que tinha que ficar longe dele. Rapidamente, ele se levantou e murmurou algo sobre ir checar a Sra. Yum.
Não passou despercebido pelo olhar que Choi Hyukhe deu a ele quando saiu da câmara. Seu olhar tinha sido um olhar frio e distante que enviou arrepios por sua pele. Felizmente, Choi Hyukhe não foi capaz de segui-lo. Homens como Choi e agora Jungkook realmente o faziam pensar nos gângsteres nas docas de Busan. Os homens que vinham cobrar de seu pai, e até hoje faziam Jimin às vezes acordar encharcado de medo.
Ele não queria pensar em Jungkook dessa forma, mas havia uma dualidade em Jungkook, que deixava Jimin assustado. Ele afastou esses pensamentos também. Talvez, ele se sentisse assim por causa de seu desacordo de mais cedo.
Jimin empurrou a porta da sala das testemunhas e cumprimentou a Sra. Yum imediatamente. Ele tranquilizou a Sra. Yum e eles acabaram conversando sobre dança. Aparentemente, ela tinha sido uma grande dançarina de sapateado quando era mais jovem, mas se apaixonou por seu colega de classe e engravidou. Pronto, isso foi até onde seu sonho foi, mas ela não parecia estar arrependida, e Jimin se perguntou como.
Ele sabia, ele simplesmente sabia, se não fosse a febre de descobrir o que aconteceu com seu irmão mais novo, ele gostaria de ser um dançarino. Ele gostava de ter todas aquelas aulas com Taemin, e essa foi a única coisa que o fez sentir vontade de voar. Ele se perguntou se encontraria algo assim novamente ou aqueles sonhos estavam manchados como todo o resto. O tempo voou, mas pelo menos ela parecia mais relaxada.
Jimin voltou para a câmara, para o lado de Jungkook, e mais uma vez ignorou os olhares de lado e as palavras não ditas. Todos se acomodaram e os três juízes voltaram, e logo chamaram a Sra. Yum.
Jungkook começou a fazer perguntas a ela. Quem era ela, o que ela fez, onde estava o marido na noite do assalto pelo qual ele estava pagando a prisão e a fez recontar a mesma narrativa.
— Então... — Disse Ohgyum quando chegou a hora de fazer perguntas. — Você é uma dona de casa, Sra. Yum?
— Sim. — Suas bochechas coraram um pouco.
— Mesmo agora que seu marido está preso por agressão?
— Não. — Ela respondeu. — Eu trabalho em uma casa de banhos.
— E isso paga para você e três filhos? — Ohgyum perguntou.
— Não. — Ela respondeu. — Recebo ajuda do governo.
— Então, — continuou Ohgyum, — seu marido comete um crime e você é recompensada com ajuda do governo.
— Isso é uma opinião, Meritíssimos. — Jungkook expressou.
— Você sabe quem financia os programas do governo? — Ohgyum disse depois que a Sra. Yum deu uma pequena sacudida com a cabeça: — Meu cliente, Sr. Choi. São pessoas como ele que ajudam os regulamentos para permitir que pessoas como você recebam refeições gratuitas ou, como você diz, ajuda do governo.
— Ele está liderando e intimidando, Meritíssimos. — Jungkook objetou.
— Acabe com isso, Conselheiro. — Disse o terceiro juiz parecendo um pouco irritado.
— Tudo o que estou dizendo aqui é que a Sra. Yum é alguém que está ressentida com meu cliente, e está mastigando suas boas graças.
— A assistência do governo é gerenciada pelo departamento de saúde e segurança. Não tem nada a ver com o setor privado. — Jungkook interferiu. — As doações de qualquer organização são todas processadas pelo escritório do comissário, que já estabelecemos que tipo de relacionamento o Sr. Choi e o comissário Young têm. Isso não tem nada a ver com a renda ou situação da Sra. Yum.
— Obrigado pela palestra, capitão Jeon. — Disse o segundo juiz com sarcasmo irritado.
— Espero que você não esteja desperdiçando meu tempo, conselheiro Ohgyum. — O primeiro juiz expressou perigosamente.
— Eu tenho uma pergunta. — Ohgyum disse virando-se para seus assistentes e eles lhe deram um pedaço de papel. — Você aceitou ou não aceitou dinheiro do meu cliente?
Todos olharam para ela e ela apertou a mandíbula.
— Responda a pergunta. — Disse o segundo juiz.
— Eu não sei como responder a isso. — A Sra. Yum olhou para suas mãos fechadas.
— É uma questão de sim ou não. — Disse Ohgyum.
Jimin prendeu a respiração por tanto tempo que quase parecia que ele havia esquecido como respirar.
— Sim.
— Isso é tudo, Meritíssimos. — Ohgyum disse parecendo triunfante. — Sra. Yum era uma stripper em um clube local em seu bairro. Foi lá que ela conheceu seu marido e, à medida que sua família crescia em número, eles também ficavam desesperados. Juntos, eles colaboraram em todo esse esquema para prender essa calúnia e crime ultrajante contra meu cliente. O Sr. Choi nunca bateu em ninguém em toda a sua vida. Ele é um cidadão íntegro e, embora às vezes se oponha a alguma legislação em sua juventude, ninguém deve julgar por seus erros passados.
— Você sabia sobre isso? — Jungkook perguntou a Jimin com raiva fervente.
— Ela disse que era uma dançarina. — Jimin balançou a cabeça. — Que ela o conheceu na escola.
— Capitão Jeon. — O terceiro juiz orientou. — Há alguma coisa que você gostaria de dizer?
Jungkook começou a balançar a cabeça, mas Jimin estendeu a mão para seu braço, chamando sua atenção.
— Você me disse que estávamos do lado da testemunha. — Jimin silenciou seu sussurro, "proteja-a".
Jungkook franziu a testa, olhou para ele por um momento antes de direcionar sua atenção de volta para o juiz.
— Eu tenho uma coisa a dizer. — Jungkook se levantou e a mão de Jimin relutantemente o soltou. — Você era uma stripper Sra. Yum?
— Sim. — Ela disse enquanto sua voz falhava e seus olhos se arregalavam com lágrimas não derramadas.
— Por quanto tempo?
— Meritíssimos! — Ohgyum disse de seu pódio.
— Mantenha isso. — Disse o primeiro juiz. — Responda a pergunta, Sra. Yum.
— Eu fiquei por seis meses. — Ela disse ao microfone e o eco voltou e Jimin se sentiu mal por ela. Sra. Yum tinha esse olhar de vergonha e culpa misturado com constrangimento.
— Por que você parou? — Jungkook perguntou.
— Meu marido. — Ela respondeu. — Ele voltou do serviço militar e me encontrou no clube.
— Então o que aconteceu? — Jungkook perguntou.
— Ele era um antigo colega de escola meu. — Ela respondeu. — Ele me reconheceu e prometeu cuidar de mim.
— E ele? — Jungkook perguntou e esclareceu: — Cuidou de você?
— Sim. — Ela gritou. — Meu marido é o melhor homem que existe. Ele é gentil e carinhoso e ama sua família.
Jimin se lembrou de ter lido o arquivo dela. Lembrou-se daquele garotinho esperando que ela fosse buscá-lo na creche. E tudo clicou. Ele escreveu em um pedaço de papel e fez sinal para Jungkook pegar. O promotor mais alto olhou para baixo antes de se dirigir à mulher novamente.
— Você disse que pegou dinheiro do Sr. Choi. — Jungkook disse. — Para quê? Se seu marido estava cuidando de você, por que você pegaria esse dinheiro, para começar?
— Contas médicas. — Ela explodiu. — Meu marido não sabia. Eu não queria preocupar ele. Meu médico tinha acabado de me dizer que eu precisaria de uma cesariana. Mas não tínhamos dinheiro para isso. Então, quando fui falar com ele sobre isso, encontrei o Sr. Choi. Ele se ofereceu para me dar dinheiro e eu aceitei. Eu estava pensando no meu bebê. Eu estava com medo e ele era o chefe do meu marido.
— O que seu marido fazia por ele? — Jungkook perguntou.
— Ele concertava freios trocava pneus e óleo para viver. — Disse ela. — Ele é mecânico.
— Então, por que você acha que o Sr. Choi, o chefe de seu marido, lhe deu dinheiro? Por que não falou com seu marido primeiro? — Jungkook perguntou.
— Porque todos na vizinhança sabiam o que o Sr. Choi fazia para viver. — Ela disse: — Eu ia pagá-lo de volta.
— Como? — Jungkook perguntou.
— Eu tinha metade do dinheiro para a cirurgia. — Ela respondeu enxugando as lágrimas. — Mas não foi suficiente. Então, quando o Sr. Choi me deu dinheiro, eu sabia que poderia pagá-lo de volta sem tantos juros.
— Então no dia 20 de janeiro você saiu com sua família comprando roupas e indo a parques, correto?
— Sim. — Ela respondeu, mas soou mais como um apelo.
— Quem e quando o Sr. Choi veio cobrar? — Jungkook perguntou.
— Meritíssimos!
Jimin olhou para Gain, e seu rosto estava tão pálido quanto as palavras da Sra. Yum realizadas na câmara. Jimin olhou para a filha, foi de partir o coração testemunhar e fascinante ver seu mundo ser dilacerado com a verdade de seus pais. Por que os filhos sempre pagam pelos erros dos pais?
— Foram os homens do Sr. Choi e o comissário Young. — Ela derramou, — Eles vieram à nossa casa e nos disseram que era hora de pagar. Essa foi a primeira vez que meu marido ouviu falar sobre isso.
— O que aqueles homens disseram exatamente? — Jungkook perguntou.
Jimin desviou o olhar de Gain e olhou de volta para Jungkook e a Sra. Yum.
— Eles disseram que, se meu marido assumisse a culpa, eles pagariam minhas contas médicas. — Ela chorou. — Eu implorei para ele não fazer isso, especialmente depois que vi uma foto do que eles fizeram com aquele homem. Mas eu já tinha pegado o dinheiro do Sr. Choi. E o comissário disse que, se não o fizéssemos, eles ainda o acusariam.
— O que vocês dois fizeram? — Jungkook perguntou.
— Meu marido se declarou culpado e foi sentenciado a cento e cinco anos de prisão. — Ela chorou em suas mãos.
— E suas contas médicas? — Jungkook perguntou.
— Eles não pagaram. — Ela enxugou as lágrimas com a manga, mas foi uma batalha árdua, pois as novas continuavam caindo.
— O Sr. Choi estava lá? — Jungkook perguntou em vez disso.
— Sim, mas ele não entrou. — Ela disse olhando diretamente para Hyukhe que por sua vez estava sentado lá com um olhar impassível em seu rosto. — Ele estava na parte de trás do carro e, quando olhou para mim, sorriu.
— Obrigado Sra. Yum. — Jungkook deu-lhe um aceno de cabeça antes de se virar para os juízes e Ohgyum, cujo rosto ficou com um estranho tom de vermelho. — O Conselheiro Ohgyum está certo sobre uma coisa. Não devemos julgar os erros que cometemos quando crianças, mas o que devemos levar a julgamento são os crimes que causamos. O Sr. Choi manipulou a lei, interveio com procedimentos policiais, manipulou pessoas desesperadas, espancou pessoas à beira da morte. Coagiu e subornou funcionários do governo e evitou a justiça por muito tempo. Meritíssimas, imploro que não deixem esse homem escapar.
Jungkook manteve o silêncio por mais um momento. Ele manteve seu olhar em Hyukhe, mas o outro homem não parecia alguém que estava se sentindo culpado. Jungkook parecia o leão que era, e Jimin não sentia medo. Jungkook não era como aqueles homens nas docas de Busan. Ele não era como Hyukhe ou os homens de Diamond. Ele ainda podia ser um leão, mas pelo menos não era como eles. Jimin se sentiu culpado por sentir medo dele.
Jungkook voltou para o pódio e deu um aceno de cabeça para Jimin. De alguma forma, Jimin sentiu que poderia ficar exultante de felicidade. Jungkook o elogiou, no trabalho, por algo que ele fez. Claro, ele o havia elogiado antes, mas desta vez, parecia diferente. Talvez porque este era um caso real.
Ohgyum passou outra linha de questionamento para a Sra. Yum, e ela finalmente foi dispensada. Jimin deu um sorriso fraco quando ela saiu da câmara e ela devolveu. Jimin notou como ela parecia abatida, mas havia uma pequena luz de orgulho em seu peito em relação a ela porque ela não parecia derrotada. Eles continuaram entregando suas provas contra Hyukhe até que finalmente os juízes ouviram o suficiente e colocaram a câmara em recesso temporário para deliberar.
— Eles costumam demorar tanto assim? — Sra. Yum perguntou.
— Depende do caso. — Jungkook respondeu a ela.
— Eu não quis te enganar. — Ela se virou para Jimin. — Sobre eu ser uma dançarina. Eu realmente fiz sapateado... bem antes...
— Eu entendo. — Jimin sorriu para ela. — Eu sinto falta de dançar também.
Ela deu-lhe um aceno de cabeça e se recostou na cadeira. Jimin ignorou o rápido olhar de lado de Jungkook e os três permaneceram em silêncio esperando serem chamados de volta para a câmara. Foi um tempo muito longo e, eventualmente, a Sra. Yum saiu no táxi que Jimin havia chamado para levá-la de volta para seus filhos.
— Você era um dançarino? — Jungkook limpou a garganta parecendo um pouco tonto demais para ele quando voltou.
— Não é um dançarino exótico se é isso que você está pensando. — Jimin quase riu de como a decepção cruzou o rosto de Jungkook antes de se transformar em um sorriso.
— O que você dançava?
— Contemporâneo. — Jimin disse sentando em sua cadeira que estava a pelo menos cinco lugares de distância da de Jungkook.
Alguns minutos atrás, a distância deles não parecia grande com a Sra. Yum sentada entre eles, mas agora, eles pareciam mundos separados e parecia que Jungkook tinha notado isso. Jimin ignorou quando Jungkook se aproximou dele.
— Você ainda dança?
— Eu não tenho tempo para fazer nada disso. — Jimin disse com mais mordida do que o necessário.
— Desculpe. — Jungkook disse em uma voz calma. — Por ser um idiota com você esta manhã.
Jimin não disse nada. Ele estava cansado demais para ter essa conversa. Jungkook estava certo em uma coisa, por que ele estava sempre se desculpando pela mesma coisa? A essa altura, Jimin estava acostumado com isso, e ele nem conhecia o homem há muito tempo.
— Você acha que fizemos o suficiente? — Jimin perguntou ao invés, pensando em como ele estava com medo de Hyukhe. Ele odiava admitir isso, mas essa era a verdade. Ele queria colocar aquele homem atrás das grades e longe dele... junto com Myung e aquela esposa dele também.
— Você tem medo dele? — Jungkook perguntou.
— Você não tem? — Jimin rebateu.
— Não.
O silêncio se estendeu entre eles. A perna de Jungkook começou a balançar até se tornar irritante e Jimin colocou a mão em cima dela. O outro promotor parou imediatamente, como mágica, e Jimin recuou um pouco. Jungkook nem parecia ter notado, e um sorriso surgiu nos lábios de Jimin um pouco.
— Jungkook. — Jimin suspirou em uma tentativa de se explicar sem entrar muito nisso. — Foi um longo dia e eu...
— Os juízes estão voltando. — Um oficial veio procurá-los e Jimin rapidamente tirou a mão do joelho do promotor.
Eles se moveram desajeitadamente um ao redor do outro, quase se batendo, até que Jungkook deu um passo para o lado deixando-o ir primeiro. O oficial ficou para trás observando toda a interação deles enquanto Jimin fazia questão de não fazer contato visual com nenhum deles. Em vez disso, ele se concentrou mais uma vez para se preparar para o veredicto.
A multidão observava atentamente. A frieza do repórter do tribunal parecia ter se aguçado. O funcionário do tribunal olhou em volta, e os advogados de ambos os lados dos corredores ficaram para trás e esperaram. Todos eles tinham feito o que podiam e estava tudo nas mãos dos juízes.
O rosto de Choi Hyukhe estava rígido, seus olhos igualmente escuros, mas desta vez ele não estava olhando para ninguém em particular. Sua filha estava segurando sua bolsa com força, e mesmo a essa distância, Jimin podia ver a brancura de seus dedos.
Os juízes chegaram.
— Ouvimos os argumentos a favor e contra o acusado, Sr. Choi Hyukhe. — O primeiro juiz disse e nenhum deles parecia feliz por estar lá. — Inúmeras evidências foram apresentadas junto com duas testemunhas-chave. Este tribunal, portanto, ouviu e deliberou de acordo com a lei. Como votação unânime, este tribunal pedirá ao acusado, Sr. Choi Hykhe, que se levante para o veredicto deste tribunal.
Choi Hyukhe se levantou e todos esperaram.
— Senhor. Choi Hyukhe. Por conta de peculato, este tribunal o considerou culpado. Por chantagem, este tribunal o considerou culpado. Por causa de danos materiais, este tribunal o considerou culpado. — O primeiro juiz continuou mesmo com os soluços tensos de Gain: — Por causa de agressão de segundo e primeiro grau, este tribunal o considerou culpado. Há alguma coisa que você queira dizer sobre alguma dessas acusações? Agora é a hora de você falar.
Choi Hyukhe olhou ao redor da sala. Ele olhou de volta para seus advogados, então de volta para Jungkook enviando-lhe um olhar, então ele olhou para sua filha soluçando. Seu olhar a segurou por mais um momento antes de se voltar para os juízes e balançar a cabeça uma vez.
— Deixo o registro saber que o Sr. Choi Hyukhe se recusou a falar. — Disse o primeiro juiz e os cliques e estalos da máquina de escrever do repórter mantiveram um ritmo constante. — Com o poder concedido a mim, eu o sentencio a uma vida inteira sem liberdade condicional e será enviado para o Centro de Detenção de Seul imediatamente. A sessão está termina. — E com essas palavras definitivas o juiz bateu no cascalho três vezes pela última vez encerrando o primeiro caso oficial de Jimin no tribunal.
Jungkook se virou para ele estendendo a mão formalmente e Jimin a pegou. Sacudindo-a, achando-o estranho e de alguma forma apropriado.
— Você fez bem. — Jungkook elogiou. — Parabéns, novato.
— Obrigado. — Jimin disse. — Mas você fez todo o trabalho.
— Aceite o elogio Jimin. — Os lábios de Jungkook se transformaram em um sorriso, e suas mãos deslizaram para longe uma da outra.
Era estranho ser parabenizado por prender alguém, e mais ainda quando sua família estava ali. No entanto, era tão bom saber que ele fazia parte da prisão de alguém que merecia ser punido. Jimin se permitiu sorrir por um momento e então começou a ganhar espaço e Jungkook também.
— Mas sorte da próxima vez, Ohgyum. — Jungkook estendeu a mão para o sapo.
— Salve isso, garoto. — Ohgyum franziu a testa. — Quem é o novato?
— Se eu não tomar cuidado, — Jungkook disse, — nossa nova estrela.
— Esse será um grande dia. — Disse Ohgyum, — Prazer em conhecê-lo, Promotor Park. Se você se cansar daqueles homens irritantes da SPO, será bem-vindo no escritório de advocacia White Tiger, precisamos de pessoas como você.
— Obrigado. — Jimin estendeu a mão. — Vou manter isso em mente.
— Há! — Ohgyum, soltou um gemido caloroso apertando sua mão antes de se virar para Jungkook. — Entendo o que você quer dizer.
Ohgyum e Jungkook estavam alguns passos à frente com a equipe de Ohgyum ficando para trás. O acusado olhou para Jimin, mas ele não prestava atenção, recolhendo os papéis e provas dispostas na mesa. Quando ele tinha tudo recolhido, fez uma curva para seguir Jungkook, mas um aperto forte o segurou pela mão.
Jimin gritou com o choque e com a dor. Jimin tentou puxar sua mão para longe, mas o aperto de Choi Hyukhe sobre ele era inabalável, segurando-o no lugar, puxando-o para tão perto de seu peito. O hálito quente em seu ouvido parecia veneno e o coração de Jimin parou por um momento com as palavras ditas a ele.
Tão rápido quanto Hyukhe o agarrou, homem foi arrancado dele. Jungkook agora estava na frente de Jimin, usando todo o seu corpo para protegê-lo, e os guardas estavam agora em Hyukhe. Segurando-o no chão gritando ordens, mas o homem estava deixando os guardas manuseá-lo em submissão.
— Tire esse homem daqui! — Jungkook ordenou enquanto Gain chamava seu pai para parar de resistir do outro lado da sala. Os espectadores continuaram olhando e Jimin fez o mesmo enquanto os guardas levavam o homem embora. — Jimin. — Jungkook disse pegando sua mão e Jimin olhou para ela. Ele podia ver o machucado que Choi Hyukhe deixou em sua pele, Choi também deixou uma marca com as palavras do que ele prometeu fazer. — Você está bem? — Jungkook perguntou massageando sua mão.
— Sim. — Jimin engasgou com meio suspiro. — Isso me assustou, está tudo bem.
— O que ele disse?
Jimin se obrigou a desviar o olhar da porta já fechada que os guardas haviam levado Hyukhe e olhou nos olhos de Jungkook.
— Eu não entendi. — Jimin respondeu tirando sua mão.
— Tem certeza que está bem? — Jungkook perguntou enquanto Jimin começava a pegar suas pastas que ele havia deixado cair no chão.
— Sim. — Jimin tentou sorrir. — Te vejo mais tarde, Jungkook.
Jungkook franziu a testa, mas Jimin se obrigou a se afastar dele. Ele fez uma reverência rápida para Ohgyum e sua equipe e um aceno solidário para Gain, mas ele se afastou desta câmara. Longe de Hyukhe e suas vis palavras mentirosas. Esta era a segunda vez, não, a terceira que Hyekhe pensava isso sobre ele.
"Eu vou me vingar de você, Gem."
CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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︶︶︶︶︶︶︶︶︶︶
O que você acha?
Hyekhe acha que Jimin é Gem e prometeu se vingar. Quem é esse Gem? Porque acham que Jimin é ele? Porque Jimin escondeu uma ameaça tão grande de Jungkook? Ou sera que Jimin é Promotor um corrupto ou está no SPO disfarçado ou tem dupla personalidade e não sabe? 😂😂 Ai ai....
Espero que estejam todos gostando dessa história.
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