19. Judgment
O cheiro rançoso do ar reciclado estava seco, tornando-o um pouco desconfortável para respirar. Jimin olhou ao redor da câmara, com os três juízes situados em seus pódios. Os constantes e suaves cliques da digitação febril do relator do tribunal ressoando como um sino de vento. O funcionário do tribunal agindo como um amortecedor entre todos os outros e os juízes.
Nas laterais, contra as paredes, estavam as testemunhas. Lá, Jimin viu Choi Gain, vestindo um lindo vestido branco e um rosto de pedra observando o julgamento de seu pai.
À esquerda estava o advogado particular Choi Hyukhe, um homem chamado Ohgyum Jun, que para Jimin parecia mais a versão humana de um sapo. Ele tinha uma pequena equipe para ajudá-lo. O pequeno grupo de três era um bando de juniores que não conseguiram fazer um corte no SPO.
Então, à direita, estava Jungkook de pé em um pódio com um microfone. Jimin se viu na mesa ao lado do dito pódio cercado por uma pilha de pastas e evidências. Ele estava classificando e ajudando Jungkook enquanto seu superior apresentava as acusações contra Choi Hyukhe.
Choi Hyukhe, o acusado, bufava (barulho de boca) toda vez que Jungkook apresentava uma acusação contra ele. Ele estreitava os olhos e apertava a mandíbula. Houve momentos em que ele olhava para Jungkook e Jimin com olhares assassinos, o que obviamente não passava despercebido por ninguém dentro da câmara.
Foi ali que Jimin se encontrou, seu primeiro caso como promotor. Ele pensou em usar o distintivo e entrar no escritório era o que o tornava um promotor, mas ele estava errado. Tudo aquilo foi apenas o precursor* e era ali que a verdadeira batalha acontecia. Ainda havia muitas coisas não controladas, mas eles não tinham tempo. Jungkook e Jimin não tiveram escolha a não ser apresentar o caso com o que tinham e esperar que seu trabalho duro fosse suficiente para enviar alguém como Choi Hyukhe para a prisão.
(Que ou o que precede, anuncia, prenuncia, prepara ou indica a vinda ou o acontecimento.)
— Sr. Choi violou o código penal em cada passo do caminho. — Jungkook expressou para a câmara. — Em cada momento o Sr. Choi se recusou a seguir a lei e ao longo dos anos isso se acumulou desde pequenos crimes até liderar uma organização ilegal em tempo integral.
— Meu cliente é um benfeitor da cidade. — Disse Ohgyum. — Ele doou a centenas de instituições de caridade diferentes ao longo dos anos e é um soldado honorário desde quando serviu.
Jimin rapidamente escreveu em um pedaço de papel sobre Gwanju e militares. Ele entregou para Jungkook, que olhou para ele, mas deixou sua vez passar.
— Sr. Choi foi assediado pelo departamento de SPO por muito tempo, e especificamente pelo Capitão Jeon nos últimos cinco meses. — Ohgyum continuou, e cada vez que ele falava sua mandíbula parecia desaparecer sob as curvas de seu queixo.
— Isso é verdade Capitão? — O segundo juiz perguntou.
— Meu escritório e a polícia estavam reunindo evidências para construir este caso. — Jungkook disse. — O Conselheiro Ohgyum lhe dirá que o Sr. Choi é um cidadão honesto e um militar honorário. Ele vai fazer você acreditar que o Sr. Choi não teve escolha ou que tudo o que ele fez foi para o bem dos outros. Vou provar o contrário. O Sr. Choi não foi um cidadão íntegro, ele foi um membro ativo nos protestos de Gwanju nos anos 80. O Sr. Choi foi preso em 1990 quando foi pego protestando e vandalizando nas ruas de Seol e agindo contra os serviços de recrutamento.
— Meu cliente foi absolvido dessas acusações. — Protestou Ohgyum imediatamente.
— Ele pode ter sido absolvido, mas já se passaram mais de 10 anos e seu caso mudou de status para exibição pública. — Jungkook disse: — O dinheiro de caridade de Sr. Choi foi desviado do fundo de sua oficina, e temos suas declarações de impostos para provar isso.
Houve silêncio na câmara, e então, finalmente, o terceiro juiz pediu a prova e Jimin deu a Jungkook, que por sua vez a entregou ao funcionário do tribunal.
— O que você está pedindo? — O primeiro juiz perguntou enquanto também olhava para o papel compartilhado entre os três juízes.
— Estou pedindo 95 anos. — Disse Jungkook. — Sem possibilidade de liberdade condicional e ser acusado de peculato, chantagem, agressão de segundo e primeiro grau, danos à propriedade e retenção da lei.
— Isso é um absurdo! — A reclamação de Choi Gain se levantou e todos voltaram sua atenção para a interrupção.
— Silêncio ou você será expulsa da sala.— Advertiu o primeiro juiz antes de voltar sua atenção para os dois principais advogados.
Jimin olhou para Gain. Ela tinha os lábios apertados e o rosto erguido, mas seus olhos não traíram sua fúria quando ela se fez sentar novamente. Nem uma vez ela se afastou de seu pai.
Jimin franziu a testa e olhou para Choi Hyukhe que estava praticamente encarando Jungkook.
— Conselheiro Ohgyum. — Disse o primeiro juiz. — Como considera seu cliente?
— Sem culpa. — Disse Ohgyum.
— Muito bem. — Disse o segundo juiz. — Continue.
— Meu cliente, o Sr. Choi é empresário, dono de uma loja de automóveis. Ele é um homem de família e um homem generoso. — Ohgyum apontou para Hyukhe que estava sentado em seu terno de negócios com um rosto severo. O olhar presunçoso que as pessoas ricas desenvolvem depois de provar o poder por muito tempo: — Acredito que o Ministério Público plantou evidências substanciais para incriminar meu cliente.
Jimin olhou para o advogado de Choi de seu pequeno local ao lado de Jungkook.
— Meritíssimo! — Jungkook interveio novamente, mas foi silenciado quando o terceiro juiz levantou a mão e o parou... o tempo todo prestando muita atenção em Ohgyum.
— O que você está dizendo não é apenas enervante, mas problemático. — Disse o segundo juiz. — Você gostaria de levar toda a nossa instituição a julgamento?
— Meritíssimo. — O advogado de Choi tropeça.
— É seu cliente que está sendo julgado aqui hoje. — Continuou o segundo juiz. — É melhor você agir com cuidado a partir de agora.
Jimin estendeu a mão para Jungkook entregando-lhe o resumo do extrato bancário de Choi.
— Meritíssimos. — Jungkook limpou a garganta depois de uma pausa dramática. — Tenho aqui em mãos uma cópia dos extratos bancários do Sr. Choi. O conselheiro Ohgyum fará vossa excelência acreditar que o Sr. Choi é um cidadão honesto que não fez nada de errado. E enquanto você olha sua declaração de imposto, vê o lucro de seu negócio automotivo, mas o que você não consegue ver em seus formulários de imposto é seu banco no exterior. A promotoria conversou pessoalmente com o Sr. Shun Himura, gerente do Mizohu Financial Group. Sr. Choi tem uma conta com eles e supera em muito a renda de um dono de loja de automóveis.
— Senhor. Choi teve uma boa temporada. — Disse Ohgyum, o advogado sapo.
— Então ele deve ter tido uma boa temporada nos últimos doze anos. — Jungkook disse acenando com o papel.
— Mostre-me. — Disse o segundo juiz, e o funcionário veio recolher as provas.
— Senhor. Choi não está ressentido ou arrependido de suas más ações. — Jungkook continuou. — Temos várias testemunhas registradas detalhando sua operação, bem como um homem que costumava trabalhar para ele.
— Quem? — Perguntou o primeiro juiz.
Jimin observou os juízes agora examinarem as evidências do extrato bancário e o extrato traduzido do Sr. Himura.
— Senhor. Park Myung. — Jungkook disse, e o coração de Jimin apertou com o nome do outro homem.
— Ele dificilmente é confiável. — Ohgyum zombou. — Meritíssimos. O Sr. Park Myung foi acusado de assassinato e está aguardando sentença.
— Isso é verdade? — O segundo juiz perguntou.
— Sim. — Jungkook afirmou. — Porém ele tem sido o homem do dinheiro do Sr. Choi nos últimos quatro anos. O Sr. Park Myung não é estranho à prisão, mas ele concordou em ajudar na investigação.
Os juízes se entreolharam.
— Ele não é uma fonte confiável. — Ohgyum protestou. — Meritíssimos, eu proponho uma moção* para que esta testemunha seja dispensada. O Sr. Park não pode, por caráter, ser autorizado a apresentar-se neste tribunal.
— Moção concedida. — Disse o primeiro juiz.
Jimin sentiu um nó na garganta olhando para Jungkook que não parecia nem um pouco perturbado com isso.
— Vamos adiar por 10 minutos. — O primeiro juiz falou e bateu em seu martelo.
Jimin e o resto da câmara se levantaram quando os três juízes saíram. Um guarda foi e ficou ao lado do Sr. Choi olhando ao redor da câmara em busca de qualquer movimento suspeito.
Jungkook se virou para ele, seus olhos tinham o mesmo olhar calculista da primeira vez que ele conheceu o outro homem.
— Há uma lista de nomes de todas as testemunhas. Preciso que ligue para as mulheres dessa lista. Limite-se a mães com crianças pequenas e veja se você pode fazer uma delas vir aqui e testemunhar contra ele.
— Eles não irão. — Jimin disse em um sussurro. — Toda a razão pela qual eles deram uma confissão por escrito foi que eles achavam que não precisavam. Eles têm filhos pequenos para pensar.
— Mais uma razão pela qual precisamos delas. — Jungkook disse. — Jimin faça isso.
— Sim, senhor. — Jimin assentiu com um suspiro agudo e começou a procurar o que Jungkook precisava.
Ele teve que lembrar a si mesmo que estava aqui para ajudar Jungkook e não era ele quem liderava este caso. Irritou-o ter que usar pessoas assim... as mãe assim. Mães que realmente queriam proteger seus filhos.
Jimin pegou a lista de nomes e números de telefone e saiu da câmara com seu próprio telefone em mãos. Ele entrou em uma das cabines e começou a ligar.
— Olá. — Disse do outro lado do telefone, e Jimin pôde ouvir uma criança chorando no fundo.
— Olá. — Jimin começou. — Eu sou o Promotor Sargento Park Jimin, eu trabalho com o Promotor Capitão Jeon. Estou falando com a Sra. Yum?
— Sim. — Ela disse e Jimin podia ouvir o quão alerta sua voz agora soava.
— Precisaremos que você entre e testemunhe na frente dos juízes. — Jimin disse o mais claro possível. —;Seu testemunho é essencial para o caso contra Choi Hyukhe.
— Não.
— Sra. Yum...
— Foi-me dito pelo Capitão Jeon e que eu não precisava testemunhar. — Ela disse e Jimin podia ouvir o quanto seu bebê estava chorando e ele já podia ver que sua atenção estava dividida. — Eu não vou. Eu sinto muito.
E ela desligou.
Jimin olhou para o telefone e passou a mão pelo cabelo. Ele discou para o próximo e depois para o próximo. Elas pareciam assustadas e Jimin não podia culpá-las... mas ele não podia voltar para aquela câmara de mãos vazias. Ele olhou para o nome da Sra. Yum novamente.
Ela era mãe de três. Seu marido tinha sido um dos homens que originalmente trabalharam para Choi Hyukhe e confessou ter espancado outro homem que se recusou a pagar Hyukhe. De acordo com ela, e as evidências, o Sr. Yum não estava nem perto do crime... mesmo assim. Ele havia confessado. E quando perguntado, ele tinha todos os detalhes do crime. Ele foi um dos muitos que assumiram a culpa por seu chefe... Choi Hyukhe era um mestre manipulador e tinha feito súditos leais.
Jimin alcançou o telefone novamente e discou esperando o toque parar e ouvir a voz dela novamente. Não veio... então ele discou novamente. Na terceira vez, ela finalmente pegou soando irritada.
— Eu já lhe dei minha resposta. — Disse ela.
— Ouça-me, por favor. — Jimin implorou. — Das pessoas que Choi manipulou e exortou, seu marido foi o único cujas verificações de álibi provam que ele não estava lá no momento do crime. Por favor, se você me ajudar, posso garantir que o caso dele seja analisado novamente. Se pudermos fazer Choi Hyukhe pagar por seus crimes, então todos esses outros casos podem ser revistos… alguns deles podem até ser revogados. Por favor, Sra. Yum, você pode ter seu marido de volta.
Houve silêncio do outro lado do telefone, mas Jimin podia ouvir sua respiração... decidindo, e então, um de seus filhos começou a chorar novamente.
— O que você precisa que eu faça?
— Vou te ligar novamente com os detalhes. — Jimin disse. — Mas esteja pronto para entrar no tribunal.
— Isso é tudo?
— Isso é tudo. — Jimin disse. — Diga a verdade para todas as perguntas e então você pode voltar e, com sorte, deixar esse pesadelo para trás.
— Tudo bem, Sr. Park. — Ela disse: — Farei o que você diz.
— Obrigado. — Jimin disse e se desculpou internamente por tê-la manipulado para sua vantagem. Ele desligou sem sentir um pingo de triunfo e juntou suas coisas antes de sair da cabine indo direto para a câmara.
Um guarda disse para ele esperar, e Jimin ficou na porta fazendo exatamente isso.
— Park Jimin. — Disse uma voz arrastada e Jimin olhou e viu Yoongi ali com uma pasta executiva na mão. — Como vai o caso?
— Acho que não tenho permissão para te dizer. — Jimin disse, mas não estava sendo arrogante.
— Eu acho que você está certo. — Yoongi zombou e olhou ao redor do corredor vazio. — Jungkook te disse que eu vou precisar te preparar?
— O que você quer dizer? — Jimin perguntou.
— Como testemunha chave no meu caso. — Yoongi respondeu, — Precisarei vê-lo até amanhã. Afinal, você estava lá quando a Sra. Danwo foi morta. Encontre-me no meu escritório às dez.
Jimin deu um aceno para Yoongi, e felizmente o guarda voltou, então ele deixou o outro promotor no corredor e correu para seu pequeno espaço, dando a Jungkook um aceno afirmativo.
Jimin colocou esses pensamentos sobre o caso de Minseo o mais longe possível e tentou se concentrar no que estava acontecendo naquele momento. Agora Ohgyum estava mostrando suas próprias evidências, sobre as atividades de Hyuhke e sobre cada um dos casos apresentados diante dele.
— Meritíssimos. — Jungkook disse. — Peço que este tribunal progrida, ele está protelando.
— Esta evidência é essencial para o paradeiro do meu cliente. — Disse Ohgyum.
— Substancial. — Jungkook cortou Ohgyum, — Nós já estabelecemos que o cliente do conselheiro está usando e manipulando outros para fazer seu trabalho. Ele administra o dinheiro e tem evitado pagar impostos ao Estado.
— Mantenha, — O segundo juiz disse antes de se virar para Jungkook, — É melhor você ter uma boa testemunha para apoiar isso. Jimin escreveu o nome da Sra. Yum em uma nota e entregou para Jungkook, que olhou para ele antes de dizer: — Temos uma, Meritíssimos. Chamarei como primeira testemunha a Sra. Yum Baoh.
Jimini sentiu um calafrio percorrer sua espinha e olhou para Choi Hyukhe, cujo rosto estava escuro, por um segundo, e se perguntou se alguém mais tinha visto ou sentido.
— Concedido. — Disse o terceiro juiz.
— E eu chamo como primeira testemunha de defesa. — Disse Ohgyum. — Comissário da cidade, Sr. Kwon Sengrui.
Não era preciso ser um gênio para saber que chamar uma dona de casa não chegava nem perto do valor de chamar um comissário da cidade. As mãos de Jimin estavam frias e suadas, enquanto Jungkook parecia controlado.
— Concedido. — Disse o segundo juiz.
— Esta câmara se reunirá novamente amanhã à 1 da tarde. — Ele bateu o martelo mais uma vez.
Jimin ficou sentado enquanto Jungkook se afastava do pódio e começava a juntar os papéis. Jimin fez o seu melhor para guardá-los também. Ele tentou ignorar o fato de que o Sr. Choi Hyukhe estava sendo algemado e escoltado para fora da câmara, ou que Ohgyum e sua equipe pareciam o gato que acabou de comer o canário.
Ele seguiu Jungkook para fora em silêncio. Não passou despercebido que Choi Gain estava olhando para ele.
— Você foi bem hoje. — Jungkook disse enquanto eles saíram do prédio.
— Obrigado. — Jimin cortou com muito em sua mente para ceder à conversa agora.
— O que está errado? — Jungkook perguntou.
— O Comissário? — Jimin perguntou retoricamente e Jungkook fez um "ah" baixinho.
— E você tem certeza de que conseguiu que a Sra. Yum viesse? — Jungkook perguntou.
— Ela está esperando meu telefonema para lhe dar os detalhes. — Jimin respondeu e colocou as pasta executiva na parte de trás do carro de Jungkook.
— Vamos comer alguma coisa. — Disse o mais alto abrindo o banco do passageiro para ele. — Estou morrendo de fome.
— Como você pode pensar em comida neste momento? — Jimin repreendeu sentindo que suas entranhas estavam todas torcidas e amarradas quando entrou no carro deixando Jungkook fechar a porta para ele.
— Você vai se acostumar com tudo isso. — Jungkook disse uma vez sentado no banco do motorista ligando a ignição. — Então o que você quer comer?
— Apenas escolha o que você quiser. — Jimin suspirou e jogou a cabeça para trás pensando em tudo o que eles disseram no tribunal.
Jungkook saiu do estacionamento e a virou aqui e ali, mas Jimin não estava prestando muita atenção. Parecia bom e tranquilo e ele se perguntou se coisas assim afetavam Jungkook. Desde que conheceu o homem, sempre parecia que nada o perturbava. Jimin se perguntou se isso era verdade, ou Jungkook era muito melhor em mascarar isso.
— Eu vi Yoongi. — Jimin finalmente disse quebrando o silêncio. — Ele contou que sou uma testemunha chave.
— Eu disse a ele para esperar pelo julgamento de hoje. — Jungkook franziu a testa. — Você já está estressado do jeito que está.
— Mas se isso colocar Minseo na cadeia? — Jimin disse: — Você deveria ter dito algo antes.
— Desculpe. — Jungkook estendeu a mão e apertou sua perna, mas não tirou a mão até que ele teve que mudar de marcha. — Eu ia dizer a você depois do jantar hoje.
— Está tudo bem. — Jimin estendeu a mão e apertou o pulso de Jungkook porque mais uma vez ele precisava de alguém para acalmá-lo antes que ele flutuasse para longe.
— Você realmente não está com fome? — Jungkook perguntou.
— Nem um pouco. — Jimin olhou para ele e estudou o rosto bonito de Jungkook não mais sério como estava no tribunal.
— Gosta do que vê? — Jungkook levantou uma sobrancelha para ele e Jimin desviou o olhar.
— Nem um pouco. — Jimin disse desejando que ele tivesse um caso para olhar ao invés da provocação de Jungkook que fez suas bochechas ficarem quentes.
Ele não pôde deixar de pensar na noite anterior quando ele usou Jungkook em sua fantasia. Felizmente, o homem não teve tempo de dizer mais nada quando seu telefone tocou e o mais engraçado, o de Jimin também tocou. A dupla compartilhou um olhar divertido antes de atender seus telefonemas.
— Olá. — Jungkook disse pegando seu Bluetooth.
— Olá. — Jimin disse e ouviu a voz de Taehyung ao lado do fone.
— Eu vou matar Min Yoongi! — Taehyung falou.
— Eu não acho que você deveria estar confessando algo assim para mim. — Jimin repreendeu. — O que ele fez?
— Ele fez Hoseok chorar de novo. — Taehyung disse. — Você pode vir aqui?
— Espere um minuto. — Jimin disse colocando o bocal contra seu ombro olhando para Jungkook.
— Não se preocupe. — Jungkook disse com uma voz suave. — Eu estarei aí. Sim, em trinta.
Jimin o viu desligar.
— Eu tenho Taehyung na linha. — Jimin disse. — Podemos cancelar o jantar?
— Eu ia cancelar o jantar também. — Jungkook disse não encontrando seus olhos. — Minha mãe acabou de ligar.
Jimin teve um pressentimento... um pequeno pressentimento de que Jungkook estava mentindo. Mas ele afastou esse sentimento, se Jungkook quisesse dizer a ele, ele diria. Então ele disse a Taehyung que estava a caminho e desligou.
— Você pode me deixar aqui se quiser. — Jimin disse. — Se for uma emergência.
— Você não se importa? — Jungkook perguntou parecendo e soando um pouco distraído.
— Está tudo bem. — Jimin disse, mas ele não sentiu que estava tudo bem. Nada sobre isso estava bem e ele queria dizer isso para Jungkook, mas seu protesto ficou preso em sua garganta. — A que horas devo dizer à Sra. Yum para ir ao escritório pela manhã?
— Diga a ela para ir às oito. — Jungkook disse parecendo ainda mais distraído. Ele parou e Jimin olhou para ele.
— Está tudo bem? — Jimin perguntou.
— Sim. — Jungkook disse. — Te vejo amanhã?
— Sim. — Jimin disse percebendo que havia muitos 'sim' e pausas constrangedoras. Ele saiu do carro e foi até o banco de trás pegando sua bolsa, e para sua grande surpresa, Jungkook estava parado ao lado dele.
— Eu ligo para você. — Jungkook disse pegando ambos os lados de sua cabeça e dando um beijo.
Se alguém pudesse chamar isso de beijo, pois era mais como um beijo rápido e antes que Jimin percebesse, Jungkook estava indo embora.
Jimin ficou lá olhando para a direção que Jungkook havia partido e não pôde deixar de se sentir descartado.
CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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Então, o que você achou desse capítulo? Pensamentos? Teorias? Será que foi realmente a mãe de Jungkook? Ele mentiu? O que Yoongi fez? O que esta acontecendo? Em breve vamos descobrir
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