14. Rainy night

Jimin se vestiu e saiu do prédio em tempo recorde. Sua mente em transe e seus lábios ainda queimando com a memória dos lábios de Jungkook. Não parecia real, e ainda por cima, a mãe de homem os tinha visto. O que ela deve pensar dele? Oh, ele estava tão envergonhado, ele definitivamente teria que se transferir agora.

Jungkook achava que ele era fácil também? Doía-lhe pensar que Jungkook poderia pensar mal dele. No entanto, a pergunta permanecia... por que Jungkook o beijou?

Os pés de Jimin o levaram até a rua principal, na esperança de encontrar um táxi que o levasse para o escritório. Ele mal podia esperar para chegar e esconder atrás do trabalho, algo em que ele era muito bom.

Quando chegou ao escritório, sua mente estava confusa, mas sua própria determinação manteve seus sentidos intactos.

- Bom trabalho. - Euna o cumprimentou atrás de sua mesa, seu rosto severo, mas Jimin podia ver o traço de um sorriso nos cantos de seus lábios.
(Ko Euna é essa da foto)

- Obrigado, senhorita Ko Euna. - Jimin se curvou escondendo seu próprio sorriso. - O chefe Kim está no escritório?

- Sim. - Euna deu-lhe um aceno de cabeça, que de alguma forma parecia aprovador. - Eu vou te levar.

- Tudo bem. - Jimin recusou sentindo um enorme carinho pela recepcionista.

- Tudo bem, então. - Ela ajustou seu olhar de volta para seu computador

Jimin caminhou pelo corredor. À medida que caminhava, percebeu o quão ocupado o escritório estava. Havia um grupo de pessoas na sala de conferências, de policiais a detetives, e entre outros oficiais da SPO. Jimin acenou para Hoseok quando o Promotor brilhante o viu por trás do vidro.

Jimin se apressou e deu uma batida na porta de Namjoon.

- Entra, Euna!

Jimin abriu a porta e fez uma reverência.

- O que você está fazendo aqui? - Namjoon perguntou: - Jungkook disse que vocês dois estavam tendo um dia de folga.

- Eu não posso ficar em casa, senhor. - Jimin admitiu. - Conversamos sobre algumas coisas e achei que deveria me tornar útil.

Namjoon olhou para ele sob um olhar de gavião até que finalmente assentiu e gesticulou para Jimin ficar confortável.

- Já que este é o seu primeiro caso. - Namjoon sentou-se com ele, pastas na frente deles. - Você vai ajudar Jungkook no tribunal.

- Sim, senhor.

- Outra coisa. - Namjoon continuou. - Como você e Jungkook estavam envolvidos na prisão de Na Sangwoo, você não estará envolvido no caso dele. Eu assumirei isso.

- Sim, senhor.

- Eu designei outro colega nosso Capitão Min Yoongi para ser responsável por Choi Minseo. - Namjoon continuou. - Jin irá ajudá-lo, e Hoseok irá me ajudar com o caso Na Sangwoo. Você e Jungkook serão responsáveis ​​pelo caso Choi Hyukhe. Alguma pergunta até agora?

- Não, senhor.

Houve um breve silêncio enquanto Namjoon o olhava novamente.

- O que está acontecendo Jimin?

- Nada, senhor.

- Eu pedi para você me chamar de Namjoon. - O homem mais alto se recostou na cadeira o observando, e Jimin olhou para o chão. - Se você precisar de mais tempo.

- Não! - Jimin olhou para ele. - Não. - Ele tentou novamente, mas desta vez com um pouco menos de força.

- Eu peguei a declaração de Jungkook hoje cedo. - Namjoon deu um suspiro. - Deve ter sido aterrorizante. A academia não ensina como lidar com situações como essa.

- Não é isso, senhor... Namjoon. - Jimin corrigiu rapidamente quando o mais velho lhe deu um olhar. - É essa pessoa Gem.

- Isso é para outro dia. - Disse Namjoon. - Primeiro, vamos lidar com os criminosos que temos.

- Eu entendo. - Jimin concordou, mesmo não gostando. Ele não gostava de ser associado a alguém como Gem. Havia cerca de três pessoas que acreditavam em sua conexão com essa pessoa e, francamente, isso o aterrorizava.

Choi Hyukhe o viu no tribunal e o identificou como Gem. Depois o acusou de ser Gem quando ele foi para sua casa. Então havia Na Sangwoon, que também foi enganado por achar que ele era Gem.

Sotaque... só por causa de seu sotaque, agora isso parecia um exagero. Havia 3,4 milhões de pessoas que viviam em Busan, e de acordo com a descrição de Gem, havia 3,4 milhões de possibilidades.

E então tinha Choi Minseo. Ela havia ordenado o assassinato de sua mãe, Danwo. Ela também ordenou que Yugyeom fosse morto. Ela pode não ter sido quem fez a ação, mas foi ela quem fez isso acontecer. Isso encheu Jimin de raiva ao pensar nisso.

Danwo pediu clemência para sua filha. Ela implorou a Jimin para que sua filha fosse protegida. Seu amor incondicional por sua filha a matou, e por isso Jimin se ressentiu ainda mais de Minseo. Isso o atingiu em um nível pessoal que o deixou cambaleando.

- Jimin. - Namjoon chamou tirando-o de seus próprios pensamentos sombrios. - Eu gostaria de ouvir sua declaração.

- Claro. - Jimin assentiu.

O dia passou rapidamente.

Jimin ergueu os olhos dos arquivos em sua mesa e notou o céu escuro do lado de fora através das janelas. Estava chovendo e ele xingou sua própria estupidez, com pressa de sair do complexo de apartamentos e para longe de Jungkook ele havia esquecido de pegar uma jaqueta.

Ele se espreguiçou e começou a arrumar a mesa, mas um sentimento de culpa encheu seu peito deixando um gosto de bile em sua boca. Esta era a mesa de Yugyeom, ainda com seus clipes de papel e datas marcadas no calendário. Ele se levantou da mesa e começou a reorganizar seu espaço. Se alguém tivesse algo a dizer sobre isso, então eles poderiam simplesmente empurrá-lo.

Jimin tinha sentimentos mistos em relação a Yugyeom. Claro, ele se sentia mal por ele e desejava que sua morte não tivesse acontecido. De certa forma, Yugyeom tinha sido um idiota, mas não uma pessoa ruim. Ele traiu a confiança de Jungkook e o machucou no processo junto com Jieun, ex de Jungkook. Jimin sabia como era ser traído por alguém em quem confiava completamente, e só por essa razão, não conseguiu deixar de se sentir mal por Jungkook.

Jimin passou a hora seguinte limpando toda a mesa, ele até a limpou com água morna e sabão. Ele não parou até que todas as superfícies estivessem imaculadas e todos os arquivos importantes fossem guardados em armários de arquivos.

Namjoon e o resto deles já tinham saído, e até onde Jimin sabia, apenas Jin estava na delegacia organizando alguns detalhes finais com a polícia.

Jimin se inclinou para trás e inspecionou seu trabalho, então sorriu para a mesa de carvalho nua. Ele se perguntou qual a última vez que alguém tinha visto a superfície desta mesa. Ele balançou a cabeça e fez questão de colocar os arquivos que estava levando para casa nas caixas com tampas.

Ele sabia o que Namjoon havia pedido dele, fazia sentido, mas ele também sabia que não podia deixar para lá. Yugyeom estava trabalhando no caso Gem por um motivo, e agora Jimin sabia o porquê. Gem estava fazendo tráfico humano, e aquelas garotas ficariam marcadas para o resto de suas vidas. Não importava se eles pegaram Na Sangwoo (Jawang) ou Choi Minseo. No final de tudo... Gem ainda estava livre. Gem ainda estava lá fora e o estômago de Jimin deu um nó.

Gem era responsável por muitas coisas. Ele separou as pessoas de suas famílias e foi tão responsável pelo assassinato de Yugyeom quanto os outros dois. Ao mesmo tempo, Jimin não pôde deixar de pensar em seu irmãozinho. Jihyun foi tirado de sua família amorosa. Por causa disso, Jimin entendia o dano que alguém como Gem poderia causar. Não foram apenas as pessoas que ele sequestrou e traficou como gado, mas as que foram deixadas para trás. Todas essas pessoas sofriam.

Sua própria mãe os deixou e começou uma nova família. Seu pai bebeu tanto e perdeu todo o dinheiro que tinha e, por sua vez, jogou fora a família. Quanto a Jimin, bem, a culpa e a vergonha foram o suficiente para deixá-lo para baixo. Seu próprio ressentimento em relação aos pais era tóxico, e não importava o quanto ele entendesse a situação deles, ele não podia deixar de se sentir deixado para trás. Mesmo agora, Jimin desejava que fosse ele que tivesse sido levado embora. Talvez então, seus pais estivessem felizes.

Jimin pegou o telefone da mesa e discou para um táxi para encontrá-lo no meio-fio do prédio. Ele pegou as duas caixas e apagou as luzes enquanto descia pelo corredor vazio. As luzes eram automática para que ninguém se incomodasse em ter que apagá-las. Ele chamou o elevador e esperou pacientemente até que as portas se abriram e finalmente ele entrou.

Havia poucas pessoas ali, mas a julgar pelo seu relógio de pulso, eles eram a equipe de limpeza.

- Tenha uma boa noite. - Jimin se curvou para a senhora com a grande lata de lixo.

- Obrigada. - Ela respondeu com um grande olhar de surpresa em seu rosto, mas ele podia ver que seu rosto havia se iluminado. - Você também, senhor.

Jimin não respondeu e apenas fez uma reverência rápida antes de sair do prédio. Estava chovendo e ele ficou embaixo do telhado com as caixas firmemente em suas mãos.

- Jimin! - Alguém o chamou. Ele se virou e viu Jungkook. O homem estava subindo os degraus com um guarda-chuva na mão. Jimin o encarou, confuso por um momento. - Deixe-me levá-lo para casa.

- O que você está fazendo aqui? - Jimin perguntou.

- Eu estava pegando comida. - Jungkook disse ficando embaixo do telhado e longe da chuva. - Eu pensei em vir ao escritório para pegar algum trabalho quando vi você.

- Oh... - Jimin assentiu lentamente. Jungkook estava mentindo?

- Quer uma carona?

- Eu chamei um táxi. - Jimin informou. - Obrigado, mas não se preocupe comigo.

- Está tudo bem. - Jungkook mudou de posição. - Não é um incômodo.

- Não me deixe te parar. - Jimin gesticulou com a cabeça em direção à porta da frente.

- Você vai parar de ser teimoso? - Jungkook suspirou, colocando o guarda-chuva no chão e pegando as caixas de Jimin de suas mãos. - O que é tudo isso?

- Trabalho. - Jimin franziu a testa com o gesto e pegou o guarda-chuva do chão. - Pensei em lê-los em casa.

Jungkook começou a descer as escadas e Jimin correu atrás dele enquanto segurava o guarda-chuva bem alto para que o homem não se molhasse.

- Todos esses arquivos são para o caso do Choi Hyukhe?

- Alguns deles. - Jimin disse decidindo não mentir, mas ao mesmo tempo não dar a Jungkook todos os detalhes. - Não se preocupe, são apenas cópias, deixei os originais no escritório.

- Certifique-se de destruí-lo quando terminar.

- Sim, senhor.

- Senhor? - Jungkook parou na frente do carro preto e arqueou uma sobrancelha para ele. - Pegue minhas chaves, elas estão no meu bolso esquerdo.

Jimin assentiu e alcançou o bolso do casaco comprido de Jungkook. Suas bochechas coraram imediatamente, pois isso parecia muito íntimo. Ele estava feliz que estava chovendo e escuro alí fora, exceto pelas poucas luzes da rua. Ele sentiu o metal das chaves e as pegou sem poupar um olhar para Jungkook, embora pudesse sentir o olhar do homem sobre ele.

Jungkook limpou a garganta ao lado dele e Jimin apertou o botão para abrir o porta-malas. O homen se aproximou e Jimin saiu de seu caminho, observando o promotor colocar as caixas dentro do porta mala limpo. Jimin ficou ali parado sem jeito, com a chuva molhando seus sapatos. Ele estremeceu.

- Você está com frio? - Jungkook fechou o porta-malas.

- Só um pouco. - Jimin admitiu, mas ele não tinha certeza se estava realmente com frio ou não. Ele entregou o guarda-chuva para Jungkook, mas a mão muito maior do homem engoliu a dele, fazendo-o estremeceu novamente.

Jimin olhou para suas mãos, e dessa vez, a presença de Jungkook era forte demais para ele evitar, então ele olhou para o homem. Jungkook estava deslumbrante sob a luz da rua, e o mundo de Jimin se reduzia a essa pessoa. Eles ficaram embaixo do guarda-chuva com a chuva como música de fundo.

Jungkook estava se aproximando. A memória de seus lábios e cheiro invadiram os sentidos de Jimin. O olhar do Procurador era tão intenso, e Jimin não conseguiu desviar o olhar. Seu coração batia mais forte do que a chuva no guarda-chuva, e ele queria desesperadamente recuperar o controle. Qualquer controle... Jungkook era demais... demais...

- Sua mãe, - Jimin se forçou a dizer, mas saiu como um gemido tenso, - você poderia se desculpar em meu nome?

- Pedir desculpas pelo quê? - Jungkook perguntou em um tom ofegante.

A mente e o coração de Jimin estavam em guerra, e a expectativa o estava matando. Por que ele não conseguia pensar direito? Por que ele não conseguiu controlar esse furacão de sentimentos? O rosto de Jungkook estava tão perto e a mente de Jimin estava muito em branco, e tudo o que ele podia fazer era olhar para seus lábios. E espere...

As luzes o cegaram, e o mundo de Jimin voltou à realidade e voltou à sua própria órbita. Ele estava parado alí, a poucos metros de seu local de trabalho, atrás do carro de Jungkook... seu veterano, em uma posição muito comprometedora.

- É o táxi. - Jimin disse tirando a mão do guarda-chuva... longe da mão de Jungkook. - Vou dar uma gorjeta para ele e dispensá-lo.

E desta vez Jimin estremeceu porque sentiu frio. A presença de Jungkook ao lado dele tinha sido tão calorosa e agora ele sofria as consequências. Jimin se obrigou a se afastar de Jungkook. A chuva caiu em seu terno, mas ele não se importou. Ele precisava de algo para entorpecer sua confusão e trazê-lo de volta à realidade. Ele foi até o lado do motorista e pediu desculpas, dando-lhe algum dinheiro e fazendo uma reverência.

O táxi foi embora, mas dessa vez Jimin não tinha tanta certeza se queria estar no táxi ou no carro de Jungkook. Ele se virou e viu Jungkook ainda parado no final do carro com o guarda-chuva na mão. Seu rosto obscurecido pela sombra que o guarda-chuva fornecia, e Jimin não queria nada mais do que fugir. Estar em casa, debaixo de seu cobertor amarelo.

- Vamos embora. - Jimin disse entregando suas chaves para Jungkook, certificando-se de não tocá-lo.

A viagem de carro foi tranquila. Mas pelo menos Jungkook explodiu o ar quente e Jimin se certificou de tirar o paletó para não estragar o assento de couro.

Não passou despercebido por Jimin que não havia comida no carro e isso apenas confirmou a primeira impressão dele de que Jungkook estava mentindo. Por quanto tempo o outro homem esperou por ele? E por quê?

- Eu deixei meu telefone no seu carro. - Jimin quebrou o silêncio.

- Você deixou?

- Sim. - Jimin disse querendo gemer... por que parecia tão estranho?

- Na verdade, eu o tenho. - Disse Jungkook. - Encontrei mais cedo quando estava limpando o carro.

- Oh. - Jimin disse olhando para ele pela primeira vez. - Obrigada.

- Não agradeça. - Disse Jungkook. - Ouça mais cedo...

- Eu sei. - Jimin interrompeu. - Foi intenso. Pela manhã eu quero dizer.

- Sim. Jungkook acrescentou depois de uma pausa ainda mais longa. - Intenso.

Jungkook estacionou e juntos eles correram para dentro do prédio. Jungkook carregando as caixas e Jimin o guarda-chuva. A subida no elevador pareceu longa, e ele não pôde deixar de continuar lançando olhares furtivos para o homem. O rosto de Jungkook estava firme, muito parecido com a primeira vez que o conheceu. Era distante e frio, e qualquer que fosse a ponte que eles haviam criado parecia ter sido levada pela chuva.

- Aqui. - Jungkook disse agora em frente de seu apartamento, entregando-lhe as caixas e Jimin as pegou de bom grado. - E aqui - Ele tirou o telefone de Jimin do bolso do lado direito e o colocou em cima das caixas. - Encontre-me no escritório às 8.

- Sim. - Jimin assentiu sentindo-se mais conflitante do que nunca. Ele sentiu um aperto no peito enquanto observava Jungkook entrar em seu próprio apartamento deixando-o sozinho no corredor. Jimin queria bater na porta dele, mas empurrou esse sentimento para longe. Isso era para melhor... para os dois. Afinal, ele havia prometido a Jungkook que não iria atrapalhar. Ele havia feito uma promessa a si mesmo de que descobriria o que aconteceu com seu irmão. Neste exato momento, ele segurava as caixas de sua nova promessa de pegar Gem.

Intenso.

Isso é tudo o que tinha sido.

Jungkook estava em um momento intenso e Jimin não podia culpá-lo por isso. Deve ter sido muito difícil admitir e ouvir aquelas coisas. Sem falar que eles tinham acabado de sair de uma situação hostil... eles quase perderam a vida. A situação toda foi intensa... E podia causar uma desorientação e um extravio de sentimentos. Jungkook merecia alguém bom... alguém que valesse a pena... alguém que não estivesse quebrado como ele.

Alguém que não fosse 'uma vagabunda' como sua mãe o chamou uma vez. Algo que Youngsaeng havia gritado atrás dele na noite anterior.

Sentindo como se seu coração pesasse uma tonelada, Jimin empurrou seu cartão-chave na porta e entrou em seu apartamento. A porta clicou e fechou ruidosamente atrás dele. Jimin olhou para o apartamento frio e escuro que esperava por ele. Ele deu um suspiro alto e derrotado, meio que sentindo falta do pequeno quarto de hotel.

Jimin acendeu as luzes com os cotovelos e colocou as caixas em cima da mesa de centro. Ele caminhou pelo corredor até seu quarto e pegou uma toalha enquanto deliberadamente ignorava toda a bagunça deixada pelas coisas de Taehyung. Ou o fato de ele ter dormido naquela cama com Jungkook vinte e quatro horas atrás. Ele também ignorou o pequeno relógio que dizia que era uma da manhã, e tomou seu tempo no chuveiro, aproveitando para aplicar todos os seus cremes e enfaixar qualquer ferida que precisasse de curativo. Ele fez questão de colocar pomadas em seus hematomas e com grande desconforto vestiu suas roupas, as mais largas que encontrou em sua mala.

As caixas estavam esperando por ele na sala e Jimin foi até elas. Ele colocou seu telefone totalmente carregado na mesa enquanto se enrolava embaixo do cobertor amarelo no sofá e pegava o famoso arquivo Gem.

O zumbido das luminárias soava na sala enquanto Jimin se absorvia nas anotações de Yugyeom.

Barulho.

Jimin franziu a testa com a mudança repentina de ruído.

Chocalho.

Jimin virou a cabeça em direção ao barulho e olhou para a porta. Alguém estava tentando abrir a porta. Ele ficou parado, até prendeu a respiração, velhos traumas de infância voltando para assombrá-lo.

Chocalho.

- Jungkook? - O coração de Jimin acelerou mais uma vez, colocando-o em ação. Jungkook estava em sua porta.

Jimin sentiu-se sorrir, um novo sentimento crescendo dentro de seu peito e ele praticamente correu para a porta. Ele a abriu, mas não era Jungkook parado lá. Em vez disso, era um homem não mais alto que ele, com cabelos castanhos e pele branca como a neve. Ele estava cambaleando, seus olhos tentando se fixar nele, e quando o homem falou com uma boz arrastada Jimin sentiu o cheiro do álcool.

O estranho parecia e cheirava a bêbado.

- Você não é meu Hope. - Ele falou entrando para dentro antes que Jimin tivesse a chance de detê-lo ou protestar.

- Ei! - Jimin chamou.

- J-hope! - O homem gritou. - Por favor, Hobi, onde você está?

Então Jimin se lembrou, a primeira vez que conheceu Hoseok, ele disse que as pessoas o chamavam de J-Hope.

- Você é Min Yoongi? - Jimin perguntou.

- Como você sabe meu nome? - O homem se virou para ele, os olhos estreitos e desconfiados.

- E se você se sentar? - Jimin gesticulou em direção ao sofá e pegou seu telefone.

- Para quem você esta ligando? - O homem acrescentou com suspeita, mas como muitos homens bêbados de coração partido, Min Yoongi fez o que lhe foi dito.

- Estou ligando para Jungkook. - Jimin disse discando.

- Você conhece Kookie?

- Sim. - Jimin concordou sabendo como lidar com homens teimosos e embriagados.

- Você parece uma boa pessoa. - Yoongi gaguejou se enrolando e pegando o cobertor amarelo que Jimin estava usando antes. - Ele precisa de alguém que seja bom, especialmente depois desse último.

- Jimin? - Jungkook disse no receptor soando grogue.

- Oi. - Jimin mordeu o lábio olhando entre a porta e o bêbado que agora dormia em seu sofá. - Eu tenho o Promotor Min Yoongi dormindo no meu sofá. - Jimin finalmente disse.

- O que? - A voz de Jungkook estava alerta e Jimin ficou feliz por isso.

- Você pode vim? - Jimin puxou a manga.

- Estou a caminho. - Jungkook disse firmemente antes de desligar.

Jimin olhou para o homem que roncava e depois para sua mesa de centro. Ele rapidamente pegou os arquivos e os colocou de volta dentro de suas caixas quando ouviu uma batida firme em sua porta.

- Sou eu. - Jungkook anunciou.

Jimin endireitou as costas e caminhou até a porta. Ele se firmou para o que estava por vir.

CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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E então, gostaram desse capítulo?
A tensão entre os Jikook estão a todo vapor. Se alguém te busca no trabalho no dia seguinte após te beijar significa alguma coisa né? Mais Jimin não parece entender isso. Hihihihi.

As pessoas tem mania de abrir a porta sem saber quem é, Aish!! Até uma criança sabe que não pode.

Finalmente min Yoongi apareceu na história. Eeeh...

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