21: Nem tudo é o que parece

Laura.
Cinco meses depois.

Estou deitada de pijama, aproveitando que agora estou formada e noiva. Solto um suspiro por estar prestes a me casar com o homem que eu achei que não existia. A campainha tocou e eu me levantei em um pulo.

Desci as escadas correndo e abri a porta, sem conferir quem estava do outro lado da porta. Quando o meu olhar se encontrou com aquele lindo olhar verde. Me joguei nos seus braços e ele grunhiu de dor. Me afastei apreensiva e olhei para o belo rosto que só o via através das nossas vídeo chamadas em horários estranhos, por causa do fuso—horário.

‐ Está sentindo alguma coisa amor?

‐ Só às dez horas de viagem, mas agora quero aproveitar a minha noiva, que não vejo há cinco meses.

Ele me entregou um buquê de rosas brancas e deixou duas malas na entrada. Ele segurou a minha cintura, puxando para perto do seu corpo musculoso. Selamos nossos lábios em um beijo calmo e cheio de promessas, nossas línguas se mantinham dentro da boca. Nenhum de nós queríamos parar o beijo, mas a falta de ar nos fez separar.

‐ Vamos começar a prova de vestidos?

Ele abriu um sorriso largo e subimos para o meu quarto.  Eu estava brincando quando disse que ia provar vestidos e ele sabia, já que ele alugou o vestido para mim, em um dos maiores ateliê de São Paulo. O meu vestido de noiva também já estava pronto, do que foi entregue na casa da minha amiga, para evitar que eu soubesse como era o vestido.

Henri se sentou na minha cama, vestido com o seu terno cinza claro, feito sobre medida para ele. Abri a capa do vestido o vendo pela primeira vez. Os detalhes em Tiffany se destacam no tecido prata. A saia rodada tem diversos brilhos, que irá me deixar como uma princesa da Disney.

‐ Eu amei, amor! – dei um beijo suave em seus lábios.

‐ Agora vai se arrumar, futura senhora Alstyn.

Abri um grande sorriso, só de pensar que não terei mais o sobrenome da minha mãe. Tirei o meu pijama em frente ao Henri, que engoliu em seco. O vestido sob medida, marcava a minha cintura e deixava os meus seios mais fartos.

Peguei um dos meus Louboutin que Henri me deu. Calcei os meus Louboutin e comecei a arrumar o meu cabelo, com o Babyliss. Henri me olhava como se eu estivesse me arrumando para o nosso casamento.

‐ Eu não acredito que não vão me deixar te ver se arrumando – ele solta um suspiro de descrença – Vou morrer de saudade e a ansiedade vai me matar.

Terminei o meu cabelo e retoquei a minha maquiagem, que bagunça um pouco enquanto eu assistia o filme. Henri apareceu atrás de mim, dando um beijo úmido no meu ombro exposto.

‐ Vamos? A limusine está nos esperando? – me virei em seus braços e novamente e gemeu de dor.

‐ Tem certeza que está bem? – ele apenas assentiu.

Coloquei o meu anel de formatura e o meu anel de noivado. Henri depositou um beijo no anel e um sorriso cresceu em seus lábios. Infelizmente ele não conseguiu vir aqui na cerimônia de formatura, mas poder ter ele no baile, já faz meu coração saltar de alegria.

‐ Seja bem vinda, ao um pedaço do seu paraíso.

Henri abriu a porta e eu entrei, encontrando a minha mãe e a minha sogra, que também não conseguiram vir na cerimônia, por causa delas estarem no Havaí, vendo o maior festival de surf. Abracei cada uma delas e Ellena me entregou uma taça de champanhe e minha mãe entregou outra para o Henri.

Chegamos ao salão de festa, onde está ocorrendo o baile. Minha mãe e Ellena desceram primeiro e os flash as iluminaram. Henri desceu e estendeu a mão para dentro da limusine. Apoiei a minha mão em cima da sua e sai do carro. Os flash iluminavam nossos corpos e entramos para dentro do grande salão.

‐ Vamos nos sentar com os meus amigos.

Minha mãe e Ellena seguiram para o bar. Henri agarrou a minha cintura e caminhamos até a mesa onde os meus amigos estavam. A minha sorte é que o Henri é totalmente carinhoso quando fica com ciúme. Carlos ficou me olhando com um sorriso malicioso, Henri começou a fixar meloso, do jeito que eu mais amo.

Quando a festa acabou, Henri me levou para a limousine e fomos para o aeroporto particular. Entramos em um jato de luxo. Suas poltronas são de coroado preto, com mesas entre elas. Meu noivo não me deixou questionar nem um segundo. O avião decolou e eu fui até a cama, me deitando. Estava voando para algum lugar que eu não sabia onde era.

‐ Laura, meu amor!

As mãos de Henri má sacodem lentamente e quando abro os meus olhos, ele está me pegando no colo e me colocou sentada na poltrona mais próxima. O jato pousou e nós desembarcamos. Olhei para todos os lados tentando adiar onde estávamos.

‐ Amor, onde estamos? – me aconcheguei em seus braços, fugindo do frio.

‐ Minas Gerais, para ser mais específico, Belo Horizonte.

‐ Eu pularia de alegria se eu não estivesse morta de sono – eu estava doida para vir pra Minas Gerais, mas infelizmente o meu sono estava atrapalhando a minha alegria.

‐ Vem, o carro já está à nossa espera – ele me aconchegou nos seus braços.

Uma mala foi colocada no porta—malas do carro e entramos. O caminho era iluminado pelos postes de luzes. Chegamos a uma mansão e Henri estacionou na garagem. Desço do carro e fico admirando a beleza da mansão, meu noivo colocou a mão na minha cintura.

‐ Vamos entrar? – sua voz está melosa e sonolenta.

— Sim.

Entramos na casa, mas Henri não deixou que prestasse muita atenção nos detalhes da decoração. Meu noivo anda pela casa, como se já conhecesse cada canto da mansão. Chegamos a um quarto grandioso e bem iluminado. Tomamos um banho rápido. Retirei a minha maquiagem e me deitei na cama, ao lado do meu noivo que estava tirando as lentes de contato.

‐ Boa noite, meu raio de sol! – dei um beijo no seu  peitoral nu.

‐ Boa noite, pimentinha!

Ele se deitou e me aconchegou em seu peito. Nossas respirações estão sincronizadas e pesadas . O sono me consumiu por completo, me fazendo sentir apenas o calor do corpo de Henri.

Sou a primeira a acordar, com uma má disposição matinal e com muita vontade imensa de transar com com Henri. Deslizei para fora da cama e desci as escadas. Andei de um lado para o outro, procurando pela cozinha no primeiro andar, mas não a encontrei. Subi para o segundo andar e nada de ter uma cozinha, quando cheguei ao terceiro, encontrei uma cozinha industrial, toda comandada por um painel inteligente, fixados em em uma das três paredes. Onde devia ficar a quarta parede é vidro do chão ao teto.

‐ Que lindo.

Fiquei admirando a bela paisagem da lagoa da Pampulha, por um tempo e depois comecei a preparar o café da manhã. Coloquei os bacons para fritar e peguei uma cápsula de espresso forte. Virei os bacons na frigideira e coloquei a cafeteira para preparar o meu café. Retirei as carnes da frigideira e comecei a preparar os ovos mexidos.

Quando meu celular apitou, me dei conta, que eu já estava transformando a minha ansiedade em comida. Na bancada tem bolo de chocolate, ovos mexidos com bacon, biscoito de castanhas e café gelado. Eu já estava na minha terceira xícara de expresso. Me sentei na bancada, olhando para o tanto de comida. Respirei fundo e comecei a comer, sentindo um orgasmo gastronômico.

Assim que terminei de comer, desci para o jardim traseiro. Fiquei admirando os vastos e grandiosos canteiros de flores. As diversidades de plantas, faziam o jardim se tornar um quadro abstrato em uma grande tela verde. Me sentei no gramado, sentindo as pequenas e delicadas folhas na ponta dos meus dedos. Entrei nas minhas redes sociais, vendo as pessoas postando fotos dos lugares para onde estavam indo viajar.

Quando voltei para dentro da mansão, me joguei no sofá, sentindo a falta de estar nos braços do meu noivo. Liguei a grande tela plana e conectei a minha Netflix. Escolhi uma série qualquer que estava na minha lista e comecei a assistir, mordendo a parte interna da minha bochecha. Em poucos minutos, senti as mãos de Henri massageando os meus ombros e deu um beijo na minha testa.

– Gostou da casa? – suas mãos me apertaram com precisão, me deixando mais relaxada.

‐  Me deixou um pouco confusa. Ainda não sei o motivo da cozinha ficar no terceiro andar, mas adorei a casa – tombei a minha cabeça para trás, me entregando ao toque de Henri.

‐ Que bom, porque ela é nossa – ele tombou a cabeça levemente para a esquerda – Por enquanto é sua, até eu conseguir a minha cidadania brasileira.

‐ Você está brincando? – ele me olhou confuso e seu olhar ficou triste – Estou falando da casa – Seus olhos voltaram a se iluminar.

— Não – ele deu um beijo suave em meus lábios – Você vai ter tempo para conhecer,  nas nossas férias. Porque vamos nos mudar para Madrid se quiser e amanhã temos o nosso grande dia.

— Eu adoraria mudar para Madrid com você!

Ele levantou a minha cabeça, com as mãos e começou a me beijar calmamente. Nossas línguas dançam uma dança que só elas conhecem. Henri sentou do meu lado, o encarei e me sentei no seu colo. Juntei nossos lábios em um beijo intenso e comecei a rebolar em cima da sua ereção que a cada minuto ficava mais duro. Senti o tecido da blusa do meu baby doll se rompendo, liberando os meus seios que estamos sensíveis e maiores.

‐ Você fica mais gostosa a cada dia.

Henri começou a chupar o meu seio, circulando a língua em volta do meu mamilo, me fazendo jogar a cabeça para trás, gemendo alto. Minhas pernas estão bambas, graças às preliminares prazerosas, que somente Henri consegue me provocar. O fogo que estava privado aos cinco meses, os sexo foi intenso, liberando todo o nosso desejo. A sala está em uma situação de calamidade, como se um furacão tivesse passado, quebrando qualquer coisa que estivesse no caminho. E eu tenho certeza que quebrei um vaso que custa o preço da minha casa em São Paulo.

‐ Está cansada, pimentinha? – nossos corpos estão molhados de suor e as costas de Henri com arranhões deixados pelas minhas unhas.

‐ Muito – revirei os olhos – Não pensei que você estava falando sério quando saíssem que ia acabar comigo – meus dedos percorrem pela sua tatuagem.

‐ Fique juntando tesão e ereções, por cinco meses. Se eu não tivesse perdido a minha virgindade, talvez não seria desse jeito.

Me deitei na sua coxa e comecei a assistir o filme que estava passando na tela plana, que somente agora tive tempo de ver o que estava passando na TV.

‐ Você sabe que estamos pelados? – suas bochechas estão vermelhas como um tomate.

‐ Amor, só estamos nós dois dentro dessa enorme mansão. Não precisa ficar com vergonha de ter uma ereção ou mostrar seu corpo – minha voz é firme, para que ele entenda que não precisava sentir vergonha perto de mim.

‐ O que eu fiz para merecer você, futura senhora Alstyn? – suas mãos acariciavam a pele nu da minha cintura.

‐ Foi você mesmo, e por isso que eu te amo – ergui meu corpo é selei nossos lábios por alguns segundos.

‐ Eu transaria com você novamente, se não estivesse dolorida e cansada.

Acabei dormindo deitada no sofá, com a cabeça apoiada na coxa de Henri. Quando acordei com a campainha tocando. Henri levantou a minha cabeça e se levantou, apoiando a minha cabeça cuidadosamente em uma almofada. Observei ele se

afastar e percebi que meu noivo já estava de banho tomado. Me enrolei no lençol que me cobria e subi para o quarto, tomando um banho demorado e relaxante. Vesti uma lingerie de renda branca. Coloquei uma blusa do Henri e subi correndo para cozinha, quando escutei um barulho alto vindo do terceiro andar. Quando entrei na cozinha, vi uma garrafa de vinho espaçada no chão de mármore.

‐ o que houve para você deixar essa garrafa cair? – minha voz está carregada de preocupação.

‐ Apenas um leve mal—estar – ele estava mentindo e estava evidente.

‐ Já está bem?

‐ Sim, deve ter sido o cansaço de dois voos e uma tarde de sexo selvagem – um sorriso largo cresceu em seus lábios – Tem pizza, mas sem vinho.

‐ Vamos comer e ir para o quarto, para o meu noivo dormir. Não quero ser a noiva de um zumbi.

‐ Vem se sentar – ele bateu a mão em cima da banqueta.

Sentei na banqueta ao seu lado e comecei a analisar o corpo de Henri que está mais robusto e musculoso, mas suas bochechas estão começando a ficar mais profundas.

‐ Amor? – ele se virou para mim – Qual a quantidade que você está comendo?

‐ não vou mentir. Muito pouco. Com a filial do restaurante abrindo em Madrid para virar a sede principal, isso está me esgotando.

‐ Academia? – ergui uma sobrancelha.

‐ Pegando um pouco mais pesado.

‐ Amor, você tem que se ajudar! – senti os meus ombros murchando.

‐ Não fica brava comigo, amor.

‐ Henri, eu te amo, mas você parece sobrecarregado de mais – um suspiro pesado saiu dos meus lábios – Acho melhor adiar o nosso casamento para o meio do ano.

‐ Não vai ser necessário. Prometo que vou melhorar a minha alimentação.

‐ Não faça isso por mim e sim para você mesmo, raio de sol.

‐ Ainda não sei se você é a mulher certa para mim – ele sorriu amargo.

‐ Claro que é. Agora vamos comer e descer para você dormir.

Acabamos de comer as pizzas e descemos para o quarto. Escovamos nossos dentes e nos deitamos na cama. Fiquei sentada no colchão macio, Henri colocou a mão em volta da minha cintura e dormiu. Fiquei admirando dormir, como se não tivesse nada com que se preocupar. Peguei o meu fone e conectei ao meu celular, comecei a assistir documentário do psicólogo Piter Mendez, para abaixar a ansiedade que tentava me consumir por completo. Quando terminei de assistir, liguei para a minha amiga e conselheira.

‐ Miga, você acha que eu vou ser uma boa psicóloga? – falei rápido, assim que ela atendeu.

‐ Que boa noite, mais calorosa.

‐ Boa noite! Agora responda a minha pergunta, por favor!

‐ Sim, nos seus estágios, você era a melhor e sempre deu conselhos muito bons para nós quando estávamos nas piores. Também não devemos esquecer que já tirou dois garotos de suicidarem e uma garota de matar a família inteira.

‐ Eu posso ter feito isso tudo, mas não consigo nem dar um conselho para o meu noivo. Olha que não chega perto de ser um suicídio e muito menos um homicídio em massa, é apenas uma má alimentação por sobre carga.

‐ Miga, não fica assim . Ele e seu noivo e é normal você dar bolas foras, por isso que não atendemos familiares.

‐ Você tem razão. Muito obrigada pelo conselho.

‐ É para isso que servem as amigas.

‐ Agora tenho que desligar, até amanhã Amanda.

‐ Até amanhã La. Descansa, para não ficar com olheiras.

Encarei a ligação e coloquei o meu celular em cima da mesa de cabeceira, me virei para olhar meu noivo dormindo profundamente. Sai dos seus braços, lentamente para não acordar ele e subi para a cozinha. Peguei um copo de cristal, no armário e vi o celular do Henri tocando. Peguei o aparelho, olhando o identificador de chamada, reconheci o número.

‐ Por que diabos o Gustavo está ligando para o Henri? – Peguei o celular e subi para o terraço. Tranquei a porta que dava acesso para essa parte e atendi a chamada.

‐ Seu babaca, está querendo apanhar mais? – sua voz é estridente e fria – Eu te falei para ficar longe da Laura. – escutei o som de algo sendo quebrado – Um osso quebrado não foi o suficiente? Quer perder alguns membros, também? Porque vai ser o que vou fazer com você.

Encarei a ligação. O meu coração bate com força, contra a minha caixa torácica e minha respiração pesada. Com as mão trêmulas, digitei o número do Arthur, que fui basicamente obrigada a decorar.

‐ Alô, quem fala? – ele atende no terceiro toque.

‐ O amor da sua vida!

‐ Trocou de número, Laura? – Quase fui capaz de ver o seu sorriso branco.

‐ Não, esse é do Henri, mas isso não é importante. Preciso da sua ajuda, porque não tenho nenhum outro amigo que trabalhe no FBI.

‐ O que está acontecendo? Tem alguém te ameaçando ou algo do tipo? – escutei a sua cama rangendo ao fundo da ligação.

‐ Ameaças, mas não a mim e também sei que ele tem um arsenal de armas em casa.

‐ Isso é uma acusação muito séria, Laura. Vou precisar de provas para pedir um mandato – Arthur digitava freneticamente em algum teclado.

‐ Acredito que o celular do Henri gravou as ligações na nuvem, mas vou ter que mexer no iPad dele – revirei os meus olhos pela simples fato de eu estar em um lugar lindo, resolvendo um grande problema chamado Gustavo.

‐ Me envia tudo que conseguir e eu vejo o que dá para fazer.

‐ É o Gustavo, o irmão da Sophia – falei, cansada desse suspense e escutei Arthur soltar um suspiro pesado.

‐ Ok, isso muda muita coisa. Toda a família da Sophia é investigada por tráfico de drogas, homicídios e algumas outras coisas – ele soltou um grunhido – O senhor Astyn tem uma medida restritiva de um quilômetro. Nem sabia que era possível pedir uma distância dessa – um suspiro de alívio saiu dos seus lábios – Você também tem uma ordem de restrição, contra o Gustavo.

Enquanto Arthur falava de algumas outras restrições que Henri conseguiu para nós dois, desci para o quarto e peguei o ipad dentro da mala. Voltei para o terraço e coloquei a data que eu e Henri nós conhecemos. Acessei os arquivos de ligação e mensagem e mandei tudo referente ao Gustavo, para o meu celular.

‐ Já te enviei os arquivos, ligações e mensagens. Agora tenho que voltar para cama, antes que o meu noivo sinta a minha falta. Nós vemos amanhã?

‐ Vou fazer o possível e o impossível para estar no seu casamento. E não se preocupe com o Gustavo, que ele vai para trás da grade o mais rápido possível e talvez ser sentenciado a pena de morte.

‐ Obrigado por tudo. Boa noite!

‐ Boa noite!

Encerrei a ligação e apaguei o registro da ligação de Gustavo, junto com a minha ligação com o Arthur, do celular e do iPad. Desci para o quarto e guardei o iPad no lugar onde estava. Voltei para cama e deixei o celular do Henri no modo avião, em cima da mesa de cabeceira, ao lado do meu. Deitei no colchão macio, me aconchegando nos braços do meu noivo e comecei a acariciar os seus cabelos castanhos escuros.

‐ Que horas são? – perguntou com uma voz sonolenta.

‐ Duas da manhã. Volta a dormir.

Depositei um beijo suave em seus lábios, e ele fechou os olhos novamente. Encostei a cabeça no seu peito nu e fechei os meus olhos, me entregando totalmente ao cansaço.

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