12: Voltando para SP

Acordei às duas da tarde, e a blusa do Henri ainda está nos meus braços. Esfregou os meus olhos e então vou até a porta para ver quem está agredindo a madeira com tanta agressividade. Assim que abri a porta, Sophia invadiu o quarto indo direto para o closet e começando a dobrar todas as minhas roupas.

‐ Amiga, eu não queria que você fosse embora, mas já que você vai, tem que se arrumar – ela olhou no seu relógio de pulso – Seu voo sai em três horas, então vai tomar banho e arrumou suas malas.

‐ Obrigada, eu te amo.

Entrei no banheiro e tomei um banho rápido. Enrolei uma toalha no meu corpo e comecei a secar com o meu cabelo. Após acabar de me sequei e fui para o closet procurar por alguma coisa para vestir. Peguei um vestido preto longo com a saia aberta e um Louboutin preto, que Sophia deixou separado para mim. Borrifei um pouco do perfume de Henri em e guardei dentro da minha bolsa, junto com o meu celular e carregador.

Fiz uma maquiagem básica e coloquei um colar de diamante, que eu ganhei do meu pai, por ele não ter ido à minha formatura do ensino fundamental. Ajudei Sophia a acabar de arrumar minhas malas e descemos para a cozinha. 

Enquanto eu me despedia de Emily, Gustavo levou as duas malas para o carro. Sophia segurou a minha mão e me puxou em direção a garagem e entramos no carro. O percurso até o aeroporto é silencioso e com um clima estranho. Assim que despachei minhas malas foi até Sophia, dando um abraço apertado, fazendo seus ossos estalarem e ela gemer de dor.

- Vai me matar assim – reclamou Sophia.

Me afastei dela e dei um abraço de leve em Gustavo, que sussurrou um, desculpe. Segui para a área de desembarque, procurando o portão onde estava ocorrendo o embarque. Quando embarquei na aeronave, fui para a primeira classe e me sentei na minha poltrona privativa e coloquei o cinto de segurança, esperando o avião levantar voo.

Quando já estávamos no ar por meia hora, me levantei e fui até o bar que só a primeira classe tem acesso. Me sentei em uma banqueta ao lado de uma senhora de cabelos castanhos escuros e as rugas de expressões começavam a dar sinal, na sua pele branca. Pedi uma taça de gin e a senhora pediu uma também, se virando para mim.

‐ Você é de qual lugar do Brasil, senhorita? – me virei para senhora, encarando seus lindos olhos azul metálico.

- Só Laura, por favor – peguei a minha raça com garçom e bebi um pequeno gole – Sou de São Paulo, mas meu sonho é ir para Minas Gerais com a minha mãe e viver em um lugar calmo do grande São Paulo.

‐ Eu sou dos estados unidos, mas não paro quieta em um estado ou país – disse em um português perfeito – já foi em todos os estados do Brasil e Minas Gerais é um lugar bonito, além de calmo em uma boa parte do estado – ela bebeu um pouco do seu gin – Eu estava indo para o Egito, mas meu filho pediu para mim mudar o meu destino e ir para São Paulo.

‐ Ele deve está querendo fazer uma surpresa para a senhora! – ela fez uma cara de nojo.

‐ Ellena, senhor me faz parecer mais velha do que sou – ela bebeu mais um pouco da sua bebida – Meu filho me disse que queria me apresentar uma garota, não entendi muito bem se era sua namorada ou outra coisa.

‐ Há quanto tempo ele mora em São Paulo? – tombei levemente minha cabeça para o lado.

‐ Ele não mora lá – ela deu uma risada baixa – Meu filho foi para o Brasil, ontem a tarde – ela retirou o morango de dentro da sua taça e mordeu um pedaço – Por isso que eu não entendo o motivo dele ter pedido para mudar o meu voo.

‐ Namoro a distância é uma coisa normal nos dias de hoje – bebi um longo gole do meu gin – Eu gosto de um homem há quatro anos, só essa semana que eu estava nos Estados Unidos que o conheci por uma coincidência do destino.

‐ Isso é muito confuso para uma mulher da minha idade – ela comeu o último pedaço do morango.

‐ Não é tão confuso, só precisa da confiança e força de querer, de ambos os lados – dei de ombro – Aí dá tudo certo.

‐ Vou entrar em alguns aplicativos então – nós duas demos começam a rir baixo, para não acordar os passageiros que estavam dormindo – Não sei o que o meu filho vai achar disso, mas não posso fazer nada por ele.

‐ Não existe tempo para paquerar – me virei em direção ao garçom que está secando as taxas recém lavadas – Uma porção de queijo finos e duas taças de merlot.

- Sim, senhorita

‐ Mas então? – Ellena apoiou o braço no mármore frio – Vocês conseguiram apagar todo o fogo acumulado por todo esse tempo? 

Senti as minhas bochechas ficando quente. Provavelmente meu semblante está muito engraçado, porque Ellena está segurando o riso. Quando o garçom colocou a taça de vinho ao meu lado, bebi um pouco do vinho gelado.

‐ Você parece uma pimenta, de tão vermelha.

‐ Não estou acostumada a falar disso em voz alta – sinto as minhas bochechas esfriando.

‐ O pessoa da primeira cadeira está dormindo, só tem nós três aqui – ela se virou para o garçom lendo o nome no caraja – Acho que o Ivan já ouviu coisas piores.

‐ Pode ter certeza que sim, senhora.

- Agora me responda – ela bebeu um pouco de vinho, enquanto esperava a minha resposta.

‐ Sim, não aproveitamos o tempo que estávamos juntos.

‐ Eu sabia – ela ergueu sua taça em minha direção – Um brinde ao amor e o sexo.

- Um brinde a pegação.

Fizemos um brinde e continuamos conversando sobre coisas aleatórias, algumas faziam eu e o Ivan ficaremos vermelho como um pimentão. Nem percebi que as dez horas de voo já haviam se passado, do percebi porque as tribulação começaram os procedimentos de pouso. Nós sentamos em nossos lugares, Ellena não estava sentada muito longe de mim, então continuamos a nossa conversa. 

Desembarcamos do avião e pegamos as nossas malas. Continuamos conversando enquanto esperávamos na fila da alfândega. Por eu ser brasileira, fui liberada rapidamente e fiquei esperando Ellena, para acompanhar ela para fora do aeroporto.

São Paulo é perigoso de madrugada. Eu já me acostumei com as pessoas que moram nessa cidade e também sou bem conhecida por causa do meu pai que já prendeu diversos traficantes perigosos, o que me fazia ser alvo de diversas pessoas perigosa, mas por algum motivo a esposa do meu pai já foi perseguida algumas vezes e eu nunca, ainda bem. 

‐ Você ficou me esperando? 

‐ Sim, não me perdoaria se alguma coisa acontecesse com você. Além do mais, sou um repelente de traficante, já que a minha madrasta é quem atrai – começamos a andar lado a lado – Ainda mais quando estou bêbada.

‐ Você anda por essa cidade bêbada? – ela ergueu uma sobrancelha.

‐ Não – apressei em dizer – Só andei uma vez, eu achei que um cachorro era um lobisomem e a sombra de um poste era um gigante – dei uma risada nervosa – Com a minha sorte é que um amigo do meu pai me achou a chegar em casa bem.

‐ Ele tentou fazer alguma coisa com você? – ela me olhou de supetão.

‐ Não mesmo. Ele foi gentil, mas também acho que ele não estava afim de perder o pênis e o emprego no fórum. 

‐ Você é bem doidinha, mas gostei de você – Ellena está com um sorriso largo no rosto.

‐ Também gostei de você, achei que o voo ia ser um tédio e eu teria que dormir às dez horas.

‐ Como eu queria que você e meu filhos tivessem se conhecido, quando os dois estavam solteiros.

‐ Se ele for igual a você  eu teria amado conhecer ele — dei um sorriso sincero para ela.

Quando passamos pelas portas automáticas, meu olhar se encontrou com os lindos olhos verdes. Um sorriso largo se abriu em seus lábios. Deixei as minhas malas de lado e corri até Henri, pulando em seu colo. Ele segurou a minha cintura com força e me beijou calmamente. Me afastei dos seus lábios manchados do meu batom e encostei minha testa na sua.

‐ O que está fazendo aqui no Brasil? O que está fazendo aqui no aeroporto?

‐ Aqui no Brasil, vim pedir a sua mão em namoro para a sua mãe – ele depositou um beijo rápido em meus lábios – No aeroporto vim pegar a minha mãe, pra apresentar você a ela. Pensei que você viria sábado.

‐ Os dois podem ajudar uma senhora de idade, como essas quatro malas – disse Ellena.

Desci do colo de Henri e peguei as minhas malas. Henri abraçou Ellena e foi aí que a minha ficha caiu, como o meu queixo. Ellena era a mãe de Henri. Fiquei dez horas conversando com a minha futura sogra, sobre como foi a minha semana com o filho. Minha ficha caiu novamente, Henri vai pedir à minha mãe para namorar comigo.

‐ Está tudo bem com você, pimentinha? – Henri deu um beijo na minha bochecha.

‐ Sim, só acabei de perceber que contei sobre as nossas noites de sexo, para a sua mãe – olhei para Ellena atrás dele.

‐ Filho – ela deixou as malas ao lado de Henri – Você fez uma ótima escolha para perder a virgindade.

‐ Mãe – as suas bochechas ficaram vermelhas – Vou dar uma carona para a Laura , então vou desviar um pouco de caminho do hotel.

‐ Sem problema, bom que eu converso mais com a Laura – ela deu de ombro – Dez horas de conversa não foi o suficiente para saber mais do homem fofo e gostoso que ela está perdidamente apaixonada. Quando o efeito do vinho começa a fazer efeito, dá mais gargalha do que conversar.

‐ Você duas estão bêbadas? – ele veio para perto de mim  segurou minha cintura e começou a me beijar intensamente, abrindo passagem entre meus lábios, com a língua e depois se afastou puxando meu lábio inferior com os dentes – Sua mãe sabe que você vinha para o Brasil, hoje?

– Sim, mas é empresa fica na casa de férias do meu pai, quando chego a noite.

‐ Então você vai para o hotel com a gente – ele deu um beijo suave no meu pescoço – Quero aproveitar que o meu plano deu certo antes do que eu esperava.

‐ Ainda bem que ficou em quarto separado – Ellena passou por nós deixando as malas para trás.

‐ Não vamos fazer isso, eu sei que dez horas de voo cansam muito – ele pegou as duas malas e fomos andando atrás de Ellena – Quase não vim te buscar.

‐ Então vamos.

Ellena entrou na Mercedes e eu ajudei Henri a colocar as malas no porta-malas, ele fechou a porta e me colocou encostada na lataria e aproximou os lábios dos meus, deixando a poucos centímetro. Sua respiração está pesada e seu corpo está quente, que sou capaz de sentir na minha pele.

‐ Você está se sentindo bem? 

‐ Não. Estou doente – disse sério.

‐ O que você tem? – coloquei o dorso da mãos em sua testa.

‐ Paixão, por você.

‐ Seu – fiquei sem palavras e entrei no carro.

Chegamos em um hotel de luxo e Henri estacionou na garagem. Eu vim sentada no banco traseiro, conversando com Ellena sobre algumas coisas aleatórias sobre a minha viagem aos Estados Unidos. 

Henri entregou o cartão para a mãe e me segurou pela cintura, nós levamos as malas da Ellena e entramos no elevador. As portas se fecharam e subimos até o vigésimo andar, onde a Ellena pegou as suas malas e seguiu para fora do elevador sem dar um adeus. Henri apenas olhou para as costas da mãe, segurando a risada. As portas se fecharam e o elevador começou a subir.

A porta se abre quando chegamos na cobertura, Henri me pegou no colo e saiu do elevador e eu peguei o cartão no bolso da sua calça. Ele parou em frente a porta do quarto sete mil e eu encostei no cartão na fechadura e abri a porta. O quarto é luxuoso, com uma janela que vai do chão ao teto. Encostado na parede tem quarto buquê de rosa, cinco pacotes de pétalas de rosa vermelha, além de várias outras coisas empacotadas.

‐ Estamos com muita roupa – mordi o meu lábio inferior.

‐ Posso resolver isso.

Ele me colocou em cima do colchão macios. Henri tirou a blusa e os sapatos e depois tirou os meus saltos, depois o vestido. Ele depositou um beijo na minha barriga, que fez todo o meu corpo se arrepiar. Seus olhos verdes não largaram os meus nem por um instante, enquanto pegava uma caixa de lenços umedecido.

‐ Posso tirar sua maquiagem? – ele se sentou ao meu lado.

‐ Claro.

Suas mão conduzia o pequeno lenço úmido, delicadamente pelo meu rosto retirando a minha maquiagem. Seus olhos não desviavam dos meus lábios e os meus ficavam nos seu rosto sereno e tranquilo. Quando ele acabou de tirar minha maquiagem, peguei os lenços sujos e fui para o banheiro, jogando no lixo. Peguei uma das escovas que o hotel disponibiliza e escovei os meus dentes, depois lavei meu rosto com os produtos do Henri. Quando voltei para o quarto, me deitei na cama e apaguei o abajur, deixando o quarto completamente escuro. Me virei para o lado, vendo apenas o vulto do seu rosto, ele me puxou e me deu um selinho rápido.

‐ Eu queria te fazer uma surpresa com rosas, chocolate, balões e outras coisas, mas parece que o meu plano não foi tão bem sucedido.

‐ Só de você estar aqui já é uma surpresa maravilhosa – dei um beijo suave em seus lábios.

‐ Agora temos muito chocolate para comer.

‐ Isso não é problema para mim ‐ ele me aconchegou melhor em seus braços e eu encostei a cabeça em seu peito.

‐ Boa noite, minha linda.

‐ Boa noite, meu gato – ele apoiou o queixo no topo da minha cabeça.

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