n/ a : eu tentei fazer com que ficasse o mais parecido possível (com o que publiquei ontem, mas desapareceu) mas honestamente eu acho que não deu muito certo

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''Jimin!'' Hoseok gritava, seguindo os pulos do menor, que saltava pelos sofás, pelo chão, pela mesa de centro, ainda desacreditado. 

''Eu passei, Hoseok!'' Ele exclamava. ''Eu passei mesmo!'' 

''Jimin!'' Hoseok o empurrou, rindo quando ele caiu sentado no sofá, sorrindo de lado depois de mostrar a sua expressão mais falsa de chateação. ''Não há alguém a quem tem que ligar?''

''Não.'' Ele pareceu acalmar-se, negando com a cabeça. ''Não até eu ganhar.'' 

''As coisas não funcionam assim.'' O Jung negou também, sentando-se do seu lado. ''Eu te ofereci a minha ajuda.''

''E eu recusei.'' Ele encolheu os ombros, deitando no sofá, vendo o outro sentar-se do seu lado. ''Isso é uma coisa minha.'' 

''Você está fazendo coisas erradas, Jimin.'' 

''Como quais?'' 

''Como não contar a esse garoto tudo o que ele tem direito de saber.''

''Hoseok.'' Ele franziu as sobrancelhas, de um modo desconcertado, sem acreditar que o amigo estava contra ele. ''Jungkook... Ele é uma criancinha. Não no sentido infantil, não em um sentido mau, ele é maduro. Mas para mim ele é o meu neném, e eu não consigo vê-lo de outra forma. Qualquer coisa que o vá magoar eu tento evitar. E enquanto eu puder aguentar essa dor por ele é isso que eu farei.''

''Jimin...'' O outro negou, incrédulo também. ''E não acha que ao fazer isso acaba sendo a causa da dor dele?''

''Eu vou compensá-lo.'' Jimin assegurou, acenando uma vez para depois baixar o rosto. 

''Vai?'' Hoseok o questionou. ''E se tudo isso que você está imaginando não for a realidade?''

Bom... Jimin gostava do amigo por aquilo. Hoseok não era do tipo que passava a mão nas costas de alguém quando na verdade sabia que esse alguém precisava de uma dose de realidade chapada na cara.

''Eu vou estar lá, de qualquer maneira.'' Ele continuou a insistir, seguro de si, mas apenas como faceta. 

''Jimin... A sua mãe era mesmo capaz de inventar uma coisa dessas?'' 

''Eu não sei...'' Afastou os cabelos para trás, cansado. ''Ela está fora de si, ficou louca connosco.'' 

''Com você.'' Hoseok foi o primeiro a corrigir. ''E olhe o que isso te fez.'' 

''Eu estou bem.'' Mentiu, mentia tanto. 

''Não, não está!'' Hoseok se virou para ele, completamente revoltado. ''Olhe para você, Jimin!'' 

''Estou olhando!'' Voltou a sentar-se. ''Tudo isso vai acabar amanhã!'' 

''Não vai! Você sabe que não!'' Hoseok respirou fundo, não querendo que chegasse àquilo depois de o amigo atingir um grande marco na sua vida. ''Eu estou falando dos analgésicos. Você sabe dos riscos, Jimin.'' 

''Só tomo quando preciso.'' Falou.

''E você precisa sempre.'' O mais velho retrucou. ''Você não foi em um médico, eles não são receitados. Você vem tomando em excesso e você sabe das consequências! Você é um dançarino, melhor do que ninguém você devia saber, Jimin! A dor crónica, as dependências, v-''

''Eu sei!'' Exclamou, porque realmente sabia. ''Mas eu preciso fazer isso por ele, por nós.'' 

''E se isso te matar?''

Jimin comprimiu os lábios, fechou os olhos. 

''Eu morreria por isso.'' 

O outro negou com a cabeça, inacreditado sempre, vendo o estado doloroso do ex-namorado, um dos seus melhores amigos desde sempre. 

''Não precisa fazer isso, Jiminnie.'' Hoseok disse-lhe, afegando-lhe a panturrilha com cuidado. ''Eu vou te ajudar.'' 

Jimin continuava a negar. 

''Eu vou fazer isso sozinho.'' 

''E se não ganhar? E se não conseguir?'' 

''Eu farei na mesma, nem que eu tenha que passar todas as dificuldades do mundo.'' 

''E vale isso tudo?'' O outro questionou, e ali Jimin soube que o outro não entendia de todo os seus sentimentos, mas compreendia, pois era o primeiro a não saber explicá-los. 

''Vale.'' Respondeu de uma vez. ''E se isso for só uma coisa boba minha, então eu não precisei arrastar mais ninguém para isso.'' 

''Eu estou preocupado com você.'' Sussurrou-lhe, quase em confissão. ''E eu tenho medo do que possa acontecer.''

''Hoseok.'' Jimin não queria sair dali com pontas soltas. ''Não vai acontecer nada comigo. Mesmo que isso seja verdade, eu ficarei na vida dele então eu estarei feliz.'' 

''Isso é mentira e você sabe.'' Ele retrucou. ''Você vai se cansar... Vai se cansar de olhar para ele e ver todos os seus sentimentos presos. E se você não se cansar ele irá. É uma luta em que um desistente é obrigatório, mais cedo ou mais tarde. É uma corrida contra o tempo, porque estão apaixonados não interessa o quê.''

''Eu consegui até agora.'' Ele tentou, mesmo que não fosse verdade. 

''E quando soube que eram irmãos não foi capaz de ficar.'' 

''Coisas aconteceram.'' 

''E coisas vão continuar a acontecer.'' Sacudiu os ombros, afastando os cabelos da testa. ''Não é?''Quase que o provocou. ''Como vai ser quando ele arranjar um namorado, caso você siga o seu plano, claro?'' 

''Jungkook... Ele... Ele me ama.'' 

Essa era capaz de ser a única certeza que ele tinha em sua vida, e mesmo essa, às vezes... 

''E você também o ama, mas veja como o tem tratado. Como ele deve estar?'' Chutou a pergunta, mas logo a respondeu. ''Você não sabe. Não sabe porque saiu da vida dele como uma flecha e ainda não voltou. E eu te conheço, Jimin... Você sabe que eu te conheço.'' 

''Eu cresci, Hoseok. Eu estou vivendo por ele, faria qualquer coisa por ele.'' 

''Eu sei, Jiminnie.''  Ele sorriu torto. ''Mas você tem se agredido a você mesmo vezes sem conta, aturando isso tudo, aguentando o peso todo em seus ombros e eu não sei por quanto mais tempo você vai aguentar.'' Ele murmurou, mesmo que isso o deixasse triste. ''Comece a reconsiderar as suas decisões, Jimin.'' 

''Eu devia?''

''Você não estava vendo todos os cenários até agora.'' Ele explicou, sorrindo de lado. ''Mas eu acredito em você, você vai conseguir esse prémio, resolver a sua vida.'' 

''Obrigado, Hoseok.'' Agradeceu-lhe, do fundo do coração. ''Mas eu não vou ganhar.''