[32] its hurting me not having you close
Destruído.
Destruído era a palavra que definia Park Jimin.
Não sabia maia o que era a sua vida, nem sabia como tinha permitido qus ela se tornasse aquele pesadelo.
A sua casa fora destruída. O seu carro estava no estado que estava. Jungkook fora atropelado e graças aos eventos anteriores, Jimin nem podia cuidar dele. Nem podia estar com ele.
Jungkook não frequentaria a faculdade durante os dias, com o risco de algo pior acontecer com as suas costelas, então Jimin nem podia sequer pensar em usar tal como uma desculpa para o ver.
Visitá-lo em casa estava quase fora de questão e não era uma questão de orgulho. Jimin sabia que a sua mãe estava faltando ao trabalho para cuidar do Jeon mais novo, sendo que tentar vê-lo seria pedir ao diabo que o levasse para o inferno, e mesmo se tal se tornasse possível, sabia que seria sempre com a supervisão da sua mãe, o que acabaria por se tornar desconfortável.
No entanto, faziam três dias desde o sucedido no hospital. Três dias que andava vivendo com Yoongi e mentindo para o namorado. Três dias se deslocando em transportes públicos e três dias de cansaço psicológico e físico. Estava sendo levado à exaustão.
Pelo menos conseguiria o seu carro no final do dia, pois no dia anterior não tivera tempo de o ir buscar.
A caminho do trabalho, Jimin achou que Jungkook já estaria acordado, acabando, em um ato de saudade, por lhe ligar.
"Estou sim?"
Jimin suspirou audível, logo reconhecendo a voz feminina.
"Quem fala?"
Com um revirar de olhos, pois era óbvio que Jungkook tinha o número gravado, Jimin respondeu.
"Você tirou o celular dele?" Tentou manter a calma.
"Jungkook precisa de descansar."
"Pelo amor de Deus, devolva lhe o telemóvel." Pediu, chateado. Mal podia acreditar. "Ele não é nenhuma criança."
"Ele está a dormir, Jimin."
O rapaz decidiu respirar fundo. Planeou caminhar para o trabalho, para que tivesse tempo de ter uma conversa decente com o namorado, tempo de ouvir a sua voz.
"Está muito dopado."
Park quase rangeu. Não era possível. Estaria a mãe dele a mantê-lo sobre o efeito de comprimidos?
"O quê?"
"Para as dores." Respondeu, risonha, quase como se tivesse a troça-lo. "Você deve imaginar."
Jimin sabia que era um tiro no escuro, que não era o momento certo. Mas... o desespero. Estava desesperado, destruído.
"Me deixe vê-lo, mãe."
Era uma tentativa falha, ele sabia.
"Por favor." Pediu, em recurso, quando não obteve resposta.
O silêncio foi duradouro, pois sabia que o tom era suplicante o suficiente para alcançar a sua mãe.
Ela pigareou.
"Não acho que seja o melhor para ele agora."
Jimin teve um ataque de raiva, desligando a ligação antes que pudesse estragar ainda mais as coisas.
Ele tinha o direito de ver o seu namorado, não? Eram os dois adultos, e não crianças a cometer um crime. Então... porquê que eram tratados como tal?
Inconformado com a ideia, Jimin disse a si mesmo que iria sim visitar Jungkook no final do dia, nem que fosse com a chave que tinha perdido uma vez, mas que reencontrara durante as mudanças.
O plano tinha tudo para correr mal, mas Jimin não era conformado com ideias retrógradas.
▪》》▪
Entre decidir ter mais tempo com Jungkook e ir buscar o seu carro, Jimin olhou à sua carteira e decidiu ir buscar o veículo. Tinha os seus motivos, evidentemente.
Mesmo que ainda estivesse sem casa, ainda em troca de ligações chatas com o senhorio, o carro dava-lhe bastante jeito.
Não tinha ideia de em que condições se encontrava o namorado, mas se pudessem sair daquela casa e ter algum tempo sozinhos, certamente o carro iria dar jeito.
Relutante, ao subir o elevador que antes estava habituado a ver todos os dias, Jimin quase rezava para que a sua mãe não estivesse em casa.
Com a mão na parede do lado da porta, em desespero, bateu levemente na porta. O seu pedido não foi atendido de nenhum modo, pois a porta não lhe fora aberta.
Não queria ser um intruso, até porque devolvera a chave desde o início.
Numa tentativa que considerava desde o início inútil, discou o número do garoto.
Ouviu murmúrios do outro lado e uma ponta de esperança tomou conta de si.
Jungkook.
"Está dormindo, bebê?" Jimin questionou, andando pelo corredor.
"Mais ou menos." Ele resmungou, parecendo se mexer.
"Está sozinho?" Perguntou-lhe.
Queria terminar a chamada rápido, queria correr e abraçar o namorado, que estava tão perto.
Jungkook parecia estar se mexendo, com a respiração pesada e resmungos.
"Acho que sim." Acabou respondendo entre uma respiração cortada.
Agora tinha duas alternativas. Ou pedia que Jungkook saísse do seu conforto e lhe abrisse a porta, ou ele mesmo fazia isso.
"Me espera um segundo." Acabou murmurando.
Ultrapassou os seus valores, mantendo em mente que de qualquer jeito aquela ainda era a sua casa.
Abrir a porta foi fácil.
Mas Jimin deteve-se na entrada, com a porta aberta, avaliando a igualdade em que a casa se encontrava desde que a deixara.
Fechou a porta, guardando a chave no bolso e subindo as escadas com pressa. Por cortesia, cutucou a porta antes de a abrir.
Jungkook estava deitado, com a mão nas costelas e o rosto pálido, e o seu sorriso valeu tudo.
Por hábito, o mais velho fechou a porta depois de entrar, ajoelhando-se ao lado da cama, com o rosto do mais novo entre as mãos.
"Oi." Ele sorriu, beijando o nariz quente dele e logo depositando um selinho casto. Abraçou-o, desajeitado, mas não interessava.
O mais novo riu em algum momento, com os dedos a percorrer os cabelos do mais velho.
Jimin semicerrou o olhar, desconfiado.
"O quão dopado você está?" Questionou.
Jungkook ergueu uma sobrancelha e encarou o teto.
"Um pouco." Sacudiu os ombros, acabando por tossir baixinho. "Não se preocupe. "
Acariciou-lhe o rosto, querendo salvaguardar memórias futuras.
"Como está?" Aproximou a mão da dele, que repousava no abdômen, passando o polegar levemente sobre o tecido da tshirt.
O Jeon segurou-lhe o rosto, o puxando para perto e beijando-lhe os lábios, o trazendo para mais perto.
"Tão bem... Agora." Ele murmurou, o beijando mais uma vez e envolvendo as línguas em uma só.
Jimin sorriu-lhe pequeno.
"As dores." Explicitou.
"Ah, não me largam!" Resmungou ele. "Vem para aqui." Chamou, movendo o corpo pesado para o lado, para que o outro tivesse espaço.
"Não quero te magoar." Confessou, considerando a proposta.
"Está me magoando não te ter por perto."
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