[31] whats hapenning with us?

Jimin roía-se de nervoso enquanto uns quantos slides passavam à sua frente. Ele sabia que devia estar atento, que era uma formação importante para o seu trabalho.

Ainda se perguntava na sua mente, quem poderia ter feito aquilo com a sua casa? E pelo quê?

Depois ter ligado a Yoongi, num pedido de ajuda e de local para dormir naquele dia, Park transportou as coisas mais importantes e de maior valor para o seu carro.

Mal podia acreditar que tinha sido roubado, e pelo que aparentava para lhe transmitirem uma mensagem.

Depois de ter uma longa conversa com os policiais, Jimin conduziu estafado para casa do melhor amigo. E nem uma palavra a Jungkook.

Agora, por aquela altura da tarde, Jimin estava preocupado por o namorado ainda não ter respondido às suas mensagens.

Estava completamente perdido naquele momento, sem apoio algum e sem nenhum caminho para seguir.

Voltaria ele para aquela casa? Teria de arranjar outra?

Foi no meio daquela reunião chata que Jimin sentiu o seu coração disparar, assim que recebera uma mensagem do Jeon.

Jungkook
Desculpe, um acidente aconteceu.
[16h02]

You
Que tipo de acidente? Você está bem?
[16h02]

You
Jungkook?
[16h06]

You
Me responde, porra
[16h11]

Em um tipo de desespero que Jimin nunca tinha sentido antes, o garoto bebeu da pequena garrafa de água disponível para si. Focou o seu olhar na tela à sua frente, tentando focar-se nas letras.

Jungkook
Não delira, eu estou bem.
[16h13]

Ele suspirou, sendo aquilo suficiente para o aliviar. No entanto, mais uma mensagem chegou.

Jungkook
Estou no hospital, ok? Quarto vinte e dois, do terceiro piso.
[16h14]

A reação de Jimin foi deveras incomparável. A garrafa de água rolou das suas mãos e ele já sentia um fio de suor no canto da sua testa. Acabou por não chamar a atenção, pois todos estavam se levantando.

Um pouco de sorte, obrigado Deus.

Guardou o celular e levantou-se com pressa, pegando a sua pasta e pronto para sair dali.

"Park?"

Olhou assustado para o seu chefe.

Só queria saber o que tinha acontecido com o seu bebê. Queria ir embora e ver Jungkook em bom estado.

"Aconteceu algo?" Ele mudou a fala ao ver a expressão do mais novo.

"Estou com um pouco de pressa." Ele disse, ajeitando os cabelos.

"Quando trataremos dos artigos em falta?"

"Eu posso fazer isso em casa." Ele disse, sem pensar muito no assunto.

Afinal, qual casa?

"É?" O homem pareceu surpreso. "Então eu te envio um mail, certo?"

Jimin acenou frenético, logo se despedindo do chefe e saindo da empresa.

Estava percorrendo o parque de estacionamento, mantendo em mente que não precisava se estressar. Jungkook disse que estava bem, certo? Ele não mentiria, mentiria?

De qualquer forma Jimin o veria em apenas alguns minutos, com sorte muito poucos.

Quando chegou ao seu carro, Park se perguntou que tipo de mal era esse que o perseguia.

Quem estava fazendo isso com ele? O que queriam dele? Qual era a porra da mensagem?!

O garoto quis berrar de frustração ao ver os pneus do seu carro furados, todos eles. Sem pensar em quem poderia ter feito aquilo, ou sequer perguntar ao segurança se tinha visto algo, Jimin saiu do parque a pé, em passos rápidos enquanto procurava uma paragem de ônibus ou um táxi. Levava o celular na orelha, com o número da empresa de seguros discado e chamando.

Jimin viu uma garota deixar um táxi, logo se apressando para correr para o mesmo antes que este deixasse a berma da estrada.

Educadamente desligou o celular, batendo na janela do carro do homem e perguntando-lhe se o poderia levar ao hospital.

Quando se sentou nos bancos de trás, soltou um grande suspiro. Antes que pudesse descansar um minuto, o seu celular vibrou com o número da agência piscando.

Em alguns minutos deu a informação que precisava para que fossem buscar o seu carro e arranja-lo. Demoraria apenas poucas horas, mas devido ao horário apenas no dia seguinte poderia ir busca-lo.

Jimin sobrevivia, obviamente.

Ao ver o hospital, pagou ao motorista com as notas que tinha na carteira, logo adentrando o hospital e apanhando o elevador.

No espelho ajeitou os cabelos, despenteados pela correria anterior, e ajeitou as roupas. Ainda trazia a sua pasta, mas não o incomodava muito.

Quando chegou ao piso que pretendia, sem nenhuma enfermeira para o ajudar, Jimin procurou o quarto certo às pressas. Vinte e dois. Vinte e dois.

Dezanove. Vinte... Vinte e um...

Jungkook!

Entrou no quarto, que tinha a porta aberta.

"Jungkook!" Disse, mal prestando atenção às pessoas à sua volta.

Os dois policiais na frente do corpo do maior foram os primeiros a virarem-se, vendo o loiro estupefato.

A sua mãe e o seu padrasto estavam lá também, mas prestava apenas atenção no menor. Estava sentado na cama, com as calças rasgadas nos joelhos (não propositalmente) e os mesmo esmurrados. Tinha um corte no lábio e na sobrancelha, marcas pequenas mostravam que havia sangrado do nariz.

"É o irmão." Mark informou aos policiais, que o questionavam.

"Nós ligaremos em breve, com notícias esperemos."

Os dois homens altos e musculados deixaram o quarto, e mesmo antes de passarem pela porta, Jimin já estava abraçando o mais alto, que acabou gemendo com o impacto.

Afastou-se pouco, ficando perto do seu rosto.

"Você está bem, bebê?" Perguntou-lhe, sussurrando.

Jeon baixou o rosto, segurando a mão de Park entre os seus corpos.

"Jimin, deixe o seu irmão, por favor." A sua mãe disse, o tom duro. "Ele está magoado."

Jimin olhou-a, com o coração a mil, semicerrando o olhar.

"Está tudo bem." Jungkook disse.

"Vamos, Lisa." Mark segurou o ombro da mulher, se virando para a porta. "Dê-lhes uns minutos."

A mulher, mesmo contragosto, beijou a face do Jeon mais novo e deixou o quarto.

Jimin suspirou em alívio, avaliando o rosto do namorado em suas mãos.

Com o rosto e o tom baixos, narizes encostados e o corpo no meio das pernas dele, Jimin perguntou:

"O que aconteceu, Jungkook?" Murmurou. "Porque a polícia estava aqui?"

O garoto baixou o rosto igualmente, abraçando os ombros do mais baixo e escondendo o rosto na curva do seu pescoço.

"Um carro me bateu." Ele contou, a respiração pesada. "Eu desloquei algumas costelas." Ele contou. "Esfulei as mãos e os joelhos, mas de resto está tudo bem."

Jimin o encarou, sorrindo torto e passando a mão na testa do outro, perto dos pontos que havia levado ali.

"Ah, e isso." Ele sussurrou, quase que como para se lembrar a si mesmo.

"Jungkookie..." O Park suspirou, ainda com a mão por entre os fios de cabelo, assim que Jeon voltava a encostar a testa no seu peito. "Como isso foi acontecer? Você não teve cuidado?"

"Eu tive." Respondeu. "O carro apareceu do nada!"

Seria tudo aquilo uma coincidência? Tudo o que estava a acontecer com os dois?

Era ridículo pensar que tinha alguém atrás dos dois. Ridículo. Mas impossível?

"Você não devia estar trabalhando?"

"Jungkook, isso não interessa agora." Resmungou, quase irritado por o garoto estar sequer cogitando isso.

"Eu posso ficar com você?"

Jimin o olhou, surpreso pela pergunta.

Numa outra ocasião qualquer, Jimin responderia sem qualquer hesitação. Mas agora? Para onde o levaria? E como?

Era difícil para si ficar sem o namorado em um momento como aquele, mas sabia que ele ficaria muito melhor ao cuidado da sua mãe e do seu pai.

"Me desculpe." Foi o que disse.

Não iria contar ao garoto tudo o que estava acontecendo ultimamente, não o faria.

Jungkook segurou-lhe o queixo, confuso.

"O que está dizendo?"

"Eu não posso tomar conta de você agora. Você fica melhor com eles." Espreitou por cima do ombro, como para indicar o lado de fora.

"Eu não preciso que cuide de mim." Jungkook resmungou. "Só quero ficar com você."

"Você precisa de ter cuidados. Você está machucado, eu sei que doi." Argumentou, segurando as maçãs do rosto e depositando um breve selinho nos seus lábios. "Me desculpe, mas dessa vez é um não."

"Você não quer estar comigo?"

Mesmo que estivesse ali, com Jungkook, a pessoa que mais amava, só lhe dava vontade de chorar.

"O que está acontecendo connosco?" Ele murmurou, fungando e escondendo o rosto quando sentira as lágrimas nos olhos.

Jeon o abraçou, mesmo que doloroso.

Não sabia que tipo de resposta era aquela, mas doía-lhe ver o namorado daquele jeito.

"Eu não tenho nem tempo para respirar que já tem algo acontecendo. Eu não sei lidar, Jungkook, não sei." Ele repetia. Jeon entendeu que era algo mais, claro que era.

Entendia que Jimin estava começando uma vida nova. Estava vivendo sozinho e para o menor, só de pensar em tal, já era aterrorizante.

Jimin era mimado. A sua mãe mimava-o num segundo e no outro já estava o chutando, sem entender.

Era difícil.

Em um último fio de voz, ele voltou a murmurar:

"O que está acontecendo connosco, Jungkook?"

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top