[25] im gonna take jungkook

Dois meses tinham passado.

Só os dois sabiam a dor que estavam passando longe um do outro.

Principalmente no último mês, mas não apenas, Jimin mal punha os pés em casa.

Custava-lhe estar lá, perto de Jungkook mas tão longe.

Custava-lhe ver o sorriso na face da sua mãe ao vê-los separados.

Custava ver o rostinho de Jungkook e não lhe dirigir uma palavra.

Não sabia mais que merda de relação era essa, pois não se beijavam à mais de um mês e meio, não se tocavam, não se falavam.

Seguia a página de Jungkook na internet e isso era o máximo de comunicação que tinham.

E para Jimin não dava mais. Definitivamente não dava.

Na manhã daquela sexta feira, antes do almoço e antes de ir para o trabalho Jimin estava ajeitando os cabides no seu armário.

Bateram na sua porta, mas ele não se importou. Bateram por algum tempo.

"Jimin?" Mark o chamou, abrindo a porta.

"Bom dia." Ele murmurou, triste por chegar aquele ponto, mas não parando o que fazia. "Passa-se alguma coisa?"

O homem olhou estranho para o quarto do menor e não escondeu a surpresa na sua face, logo antes de se recompor.

"Eu queria te perguntar se poderia pegar Jungkook no final do dia."

Jimin parou no meio do quarto, enquanto retirava uma camisa do cabide, e olhou o mais velho, suspirando.

"Minha mãe não gostará de tal." Negou com a cabeça, dobrando a camisa.

"Foi ela quem me pediu para que o fizesse."

Outra surpresa.

Mas, simples e seguro, Jimin disse:

"É tarde demais agora."

"Jimin." Ele disse entrando no quarto. "Não tem que ser assim."

"Eu já assinei." Deu de ombros, pouco importado.

A sua mãe nem coragem de lhe falar tinha?

"Volte atrás." Pediu-lhe.

"Você não sabe de tudo." Ele declarou, supondo que era a verdade. "Se soubesse não estava me pedindo para ficar."

Ele entrou e fechou a porta, assustando o mais novo.

"Eu sei de tudo bem antes de sua mãe saber."

E o garoto parou de novo, com o olhar vazio e o coração quebrado.

"Fique e nós resolveremos isso." Ele insistiu.

"Você não vai duvidar?" Perguntou-lhe, quase com uma risada seca. "Não vai duvidar do que eu sinto? Não vai dizer que vai partir a minha cara por estar magoando o seu filho? Eu não preciso que fique do meu lado. Eu não vou mudar de ideias."

"Jimin."

"Eu sou crescido. A vida é minha. O dinheiro é meu."

"Jimin!" Ele exclamou, forçando as mãos em punhos. "Você não está pensando com coerência."

"Você pode sair do meu quarto?"

Frieza era o ponto alto de Jimin agora, a sua defesa.

"Você ainda não falou para Jungkook, pois não?"

"Não há nada para falar." Ele resolveu responder. "Estou resolvendo as coisas para nós e isso foi o que lhe prometi."

"E a sua mãe, Jimin?" Ele atirou. Facas na direção de Park. "Você sabe que ela é... protetora."

"Hipócrita." Corrigiu-o. "Não vê que ela já está me entregando Jungkook de bandeja assim que descobriu tudo isto?"

"É um ultimato."

"Não é ultimato algum." Defendeu. "É a minha decisão."

"É um ultimato sim! Você sabe que ela nunca quis isto!"

"É um ultimato para você?" Perguntou-lhe, parando na sua frente enquanto enrolava um cinto em volta dos dedos, afim de o guardar em seguida. "Ou você está só fingindo que acredita em mim numa tentativa falha de consertar o que não tem volta?"

O homem engoliu em seco e Jimin sorriu, tão falso que os seus lábios podiam cair com tal peso.

"Saia agora, por favor." Pediu-lhe, mais educado. "Quero terminar isso aqui."

"Pense no que está fazendo, Jimin."

Park revirou os olhos com a insistência e bufou.

"Não pode só me desejar boa sorte?"

"Pense na sua mãe. No seu irmão. Na nossa família."

"Ridículo." Voltou a revirar o olhar.

"Você ainda tem que nos respeitar."

"É por vos querer respeitar que estou fazendo isso." Ele rangeu. Estava com tanta raiva. Tanta. Tanta. "Eu e Jungkook não temos privacidade alguma, nem nos nos nossos quartos e você vem me falar de respeito?"

"Jimin."

"Chega por aqui." Jimin concluiu. "Eu não fui respeitado e você sabe perfeitamente disso."

"Isto é errado."

"Só pare." O mandou, puxando o zíper. "Olhe à sua volta."

O homem realmente olhou, suspirando e pressionando o polegar e o indicador nas pálpebras.

Pousando a mala no chão, Jimin o encarou.

O homem aproximou-se e abraçou o mais baixo.

"Boa sorte, Jimin." Disse-lhe em fim.

O Park sorriu, querendo ou não aquela era a sua figura paterna mais próxima e teria saudades.

"Onde está a minha mãe?"

"Na cozinha, chorando."

Jimin revirou o olhar.

"Diga-lhe adeus?" Perguntou.

"Não lhe faça isso." O homem pediu.

"Porquê?" Ele riu, irônico. "Ela fez-me isto."

Olhou o seu quarto, completamente vazio.

Nem podia acreditar.

"O seu apartamento é longe?" O homem quis saber.

Jimin sorriu, quase vitorioso.

"É perto da faculdade de Jungkook."

Ele deixou o quarto, descendo as escadas com a mala que continha as suas roupas, pois as outras coisas já estavam empacotadas na mala do seu quarto.

Ao descer as escadas ouviu os fungares da sua mãe.

Desistiu da sua ideia de ir embora sem dizer nada e deixou a mala na entrada, logo caminhando até a cozinha.

Ao ouvi-lo, a sua mãe ergueu o rosto, molhado e vermelho.

"Não precisa fazer isto, Jimin." Ela murmurou, sem o olhar.

Tinha tanta raiva.

"Foi o que me fez fazer."

"Jimin..." 

"Só ouça uma coisa..." Pediu-lhe, um tom falso de carinho, se apoiando na mesa e a olhando. "Um dia... eu vou levar Jungkook de você."

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top