XX

❥ CAPÍTULO 20


Abro os olhos lentamente, sentindo as frestas de luz que entram no quarto pelas brechas da cortina esquentarem meu rosto e incomodarem minha visão. Demoro um pouco para perceber que o peso que sinto na minha cintura é do braço de Ryan me segurando.

Olho para ele por cima do ombro, observando por alguns segundos seu rosto. Ryan está dormindo, a serenidade do seu rosto é completamente diferente do que vejo no dia a dia. Olhando para ele assim, a respiração fraquinha, a boca levemente entreaberta e o ronco baixinho fazem ele parecer quase completamente inofensivo - com exceção das feridas em seu rosto e do seu olho levemente roxo.

Tiro o braço dele de cima de mim com suavidade para não acordá-lo e me sento na ponta da cama, respirando fundo e passando a mão no meu cabelo para tirá-lo do rosto.

Não fico muito tempo ali parada, me levanto completamente nua e sigo até o banheiro, que por sorte fica no seu quarto. Lavo o rosto e depois de secar, encaro meu próprio reflexo no espelho. Meus cabelos estão embaraçados e cheios, meu rosto está levemente inchado e vermelho por eu ter acordado de acordar e tenho alguns resquícios de maquiagem ao redor dos meu olhos. Deplorável.

Aproveito esse tempo que fico somente me admirando para pensar na noite de ontem. Admito que quando cheguei aqui não havia nem pensando em dormir com Ryan ou algo parecido, o único motivo para ter vindo foi por que Justin me ligou avisando que Ryan não poderia sair mais comigo como planejado e eu decidi vir até sua residência para ver o que tinha acontecido. Eu estava curiosa para o que ele poderia ter planejado para a noite caso não tivesse se metido em uma briga, ou que quer que seja, e também estava um pouco incomodada em não saber como ele estava.

Não vou dizer que estou arrependida do que aconteceu ontem a noite, eu tenho consciência das minhas escolhas e essa foi uma decisão totalmente consciente minha. Apesar de todas as vezes falando que não iria cometer isso de novo, não adiantou muito, pois eu não resisti e não tem nada mais a fazer sobre isso.

Saio do banheiro depois de lavar bem o rosto, enxaguar a boca, e prender meu cabelo em um coque já que não tem como arrumar ele agora. Avisto Ryan ainda deitado quando volto ao quarto, com as costas no colchão e um braço em cima de seus olhos. Provavelmente vai acordar logo ou já está acordado.

Pego minhas roupas que estão em cima da cadeira de sua escrivaninha e me visto calmamente. Ele lembrou no meio da noite das roupas que deixamos na cozinha e foi pegar antes que um dos meninos chegassem e vissem.

- Fugindo?- Ele pergunta, ainda na mesma posição quando começo a calçar os sapatos.

- Talvez. - Murmuro, levantando e me espreguiçando

- Nada legal da sua parte. - Sua voz rouca de recém acordado e seu tronco musculoso exposto são uma maldição a essa hora da manhã.

- Sério?- Levanto uma sobrancelha olhando para ele e cruzando os braços.

- É, foi mal. - Ryan me olha, logo em seguida passa a mão no rosto. - Não falo mais.

Balanço a cabeça e começo a andar em direção a porta do quarto.

- Me espera. Se os meninos tiverem aí é melhor estarmos juntos. - Ele pede. Dou de ombros, me sentando na ponta da cama e ligando meu celular.

De canto de olho, noto o movimento dos lençóis e quando Andersen se espreguiça na cama, os músculos dos seus braços e abdômen se contraindo e a coberta que cobria metade de seu corpo vai um pouco mais para baixo, mostrando o v da parte inferior de sua barriga.

Evito ficar olhando muito tempo, ele pode perceber e eu não quero que ele pense nada errado. Por isso volto a atenção ao meu celular, me esforçando para não olhar para o lado quando ele se levanta e vai em direção ao banheiro com somente uma cueca em seu corpo.

Chamar Ryan de bonito é eufemismo, por mais estranho que seja falar isso, Andersen tem uma beleza surreal e eu entendo o porquê de muitas garotas e alguns homens darem em cima dele. Porra, o cara tem razão e motivos para ter o ego que tem. Não posso julgá-lo por se achar assim quando as pessoas fazem questão de aumentar o seu ego.

- Vamos. - Ryan me chama, já vestido com uma bermuda e uma blusa regata que esconde muito pouco seu tronco.

Me levanto e sigo ele até o andar de baixo, encontrando um Justin jogado no sofá com apenas um lençol pequeno cobrindo-lhe, mostrando as marcas visíveis vermelhas e de arranhões em seu corpo e aparentando estar em um sono bem profundo. Aparentemente a noite dele também foi boa.

Não fazemos nenhum barulho enquanto passamos por ele para ir à cozinha.

- Quer alguma coisa?- Ryan pergunta quando passamos pela porta.

- Já que eu tô aqui. - Balanço os ombros, me sentando em uma banqueta.

- Bom dia. - Ouço a voz de Charlie logo quando me acomodo, ele entra na cozinha com uma caneca de café na mão e o semblante sério.

- Bom dia. - Dou um sorriso amarelo, me encolhendo onde estou. Eu poderia mentir e dizer para Charlie que não aconteceu nada e que eu dormi no seu quarto, mas acho que já está bem na cara e se eu contasse uma mentira ele iria sacar na hora.

- E aí. - Ryan cumprimenta meu irmão e me dá uma olhada rapidamente antes de se virar e mexer em alguma coisa no armário.

- Dormiu aqui?- Meu irmão se senta ao meu lado, tomando em goles pequenos o café fumegante em sua caneca e me olhando.

- Sim. - Assinto. - Soube que Andersen tinha se machucado e aproveitei pra deixar Riley sozinho no apartamento com alguém aí pra ele se divertir, e vim ver como Ryan estava por curiosidade.

- Hm, entendi. - Ele balança a cabeça voltando o olhar para Ryan, que está fazendo ovos e bacon em uma frigideira. O cheiro é tentador e já faz o meu estômago roncar, mas isso não ameniza o clima estranho que preenche o cômodo. Ele também não fala nada sobre o rosto machucado de Ryan, suponho então que ele já saiba o que aconteceu.

- Senta aqui, irmãozinho. - Aponto para a banqueta ao meu lado, olhando para Charlie.

Meu irmão respira fundo e logo se senta ao meu lado, apoiando os braços na bancada e me olhando esperando que eu fale.

- Eu não vou mentir pra você, mas eu também não quero falar. - Começo falando baixo. - Então, não pergunta sobre o que aconteceu. Você não vai querer saber.

- E você vai continuar dizendo que vocês não tem nada?- Ele pergunta no mesmo tom, em seguida levando a caneca até a boca e bebendo alguns goles de seu café. Eu amo meu irmão e sou grata por ter alguém que esteja sempre por perto me protegendo quando preciso, mas quando Charlie ativa esse modo de irmão super protetor e ciumento ele se torna insuportável.

- A gente não tem. - Balanço a cabeça e olho por cima do ombro, vendo Ryan de costas focado no que está fazendo no fogão. - Foi a primeira vez depois de tanto tempo. Tivemos uma recaída. Acontece. E não pergunta se vai acontecer de novo, não tem como te responder isso.

Charlie fica em silêncio por alguns instantes, olhando para a caneca já vazia em sua mão e pensando em alguma coisa. Não sei o que ele está pensando, mas posso ter uma ideia. Meu irmão nunca foi de fazer muito alarde com essas coisas, isso é algo do nosso irmão mais velho, mas sei que ele não gosta muito do fato de eu ter tido relações com pessoas que ele já conhece a fama por não ser muito boa.

- Você sabe que eu nunca liguei muito pra quem você fica. - Charlie fala depois de seu silêncio de alguns segundos. - Só toma cuidado.

- Não tem do que eu tomar cuidado. - Dou um sorriso fraco, olhando para meu irmão. - Mas não se preocupa, eu sei o que eu estou fazendo.

Saber o que eu estou fazendo na verdade, não se encaixa em muitas coisas na minha vida ultimamente. Mas eu posso ocultar isso.

É tão estranho que, há não muito tempo atrás, eu jurava que nunca iria me permitir me aproximar desse jeito novamente do Ryan, mas parece que tudo na minha vida está mudando. Ainda não simpatizo totalmente com ele e não pretendo esquecer tudo, por mais bobagens que qualquer um possa achar, Andersen vai ter que aguardar um tempo se quiser minha total confiança. E terá que demonstrar sua mudança, por menor que seja.


- Uau!- Riley exclama quando me vê entrando em sua frente. Dou uma voltinha e paro com as mãos na cintura, olhando para meu amigo. - Você é muito gata.

- É. - Dou de ombros, sorrindo e esperando ele se levantar para irmos.

Depois de um certo tempo, a minha animação voltou e eu nesse momento eu estou me sentindo leve e contente. O bastante para criar força de vontade para decidir ir ao luau sem me importar e nem pensar em qualquer coisa que pode acontecer.

- Você nem disfarça o ego. - Riley sorri de lado, terminando de calçar seus tênis.

- O que você quer que eu faça?- Abro os braços e levanto as sobrancelhas. - Eu sei que sou bonita.

- Aquele homem te corrompeu. - Ele revira os olhos, enlaçando seu braço no meu e seguindo comigo até a porta do apartamento.

Sei que ele está falando de Ryan e não queria ter que lembrar dele justo nesse momento que eu estou me sentindo tão bem. Pois ao pensar nele vem a imagem da noite passada na minha cabeça, se repetindo em um loop infinito, e isso é algo que eu quero evitar de pensar tanto no momento.

O caminho até a praia foi longo e aproveitamos o tempo que passamos no carro para ouvir uma playlist quase completa da Taylor Swift e fofocar como há muito tempo não fazíamos. Esses pequenos e bobos momentos que passo com Riley se tornaram menos frequentes depois que entramos na faculdade, ambos estávamos sempre ocupados ou cansados demais para parar e se divertir um pouco a sós, então quando temos esses momentos aproveitamos o máximo, como dois adolescentes sem nenhuma preocupação na vida.

O local não estava muito cheio e nem havia muitos carros, então foi fácil achar uma vaga vazia no estacionamento. Andamos juntos seguindo a trilha que indicaram que seguíssemos, observo todo o caminho, admirada com a decoração e dedicação que eles colocaram em uma festa.

A trilha era composta por um caminho de pedras brancas e árvores ao redor, iluminadas com pequenas luzes brancas circulando alguns troncos e entre as plantas, como um corredor muito bonito e iluminado. As tochas em ambos os lados do caminho dão um toque mais praiano. Imagino o quanto isso deve ter custado.

Ao chegarmos no fim da trilha somos recebidos com uma música pop vindo de algum lugar e pessoas conversando e rindo entre si. O lugar está mais cheio do que eu imaginei que estaria. Jeremy poderia ter falado que o lugar iria estar cheio.

- Meu Deus, quanta gente!- Resmungo enquanto ando ao lado de Riley até uma mesa de petiscos.

- Melhor ainda. - Ele dá de ombros enquanto enche a boca com salgadinhos e termina de engolir para voltar a falar. - Quanto mais cheio, mais gente para admirar a nossa beleza.

- Eu acho que não sou a única convencida aqui hoje. - Levanto as sobrancelhas em acusação enquanto pego alguns petiscos.

- Temos motivos. - Riley sorri e se vira, pegando em minha mão e andando em direção a algum lugar

Enquanto andamos para qualquer que seja o lugar, aproveito para observar tudo ao nosso redor. No meio de todos tem uma fogueira enorme, com algumas madeiras simulando bancos e pessoas sentadas conversando, bebendo e assando marshmallows. Algumas mesas foram colocadas umas perto das outras, lotada de doces, salgados e as mais variadas bebidas. Lanternas decorativas foram penduradas nos troncos das árvores para iluminar e flores havaianas enfeitam as mesas e as cabeças da maioria das mulheres.

Se tem uma coisa que as pessoas daqui sabem fazer, é uma boa festa.

- E aí. - Riley cumprimenta o grupo de pessoas de quem nos aproximamos, alguns conhecidos da faculdade. Eles cumprimentam de volta e começam a conversar com nós dois. São pessoas legais, mas que eu não tenho muita intimidade, por isso não converso muito junto com eles.

- Vou pegar uma bebida. - Aviso para Riley, falando em seu ouvido.

- Não dá sumiço.

- Provavelmente eu vou dar uma volta também, vê se eu acho a Sarah ou o meu irmão. - Dou de ombros.

- Tudo bem, mas não sai da minha vista. Se achar eles manda mensagem pra eu não ter que ficar preocupado. - Riley pede, com o semblante sério.

- Pode deixar. - Sorrio fraco, deixando um beijo na sua bochecha. - Te amo.

- Te amo, coisinha. - Ele beija minha cabeça e eu começo a me afastar, indo em direção a mesa de bebidas. Eu e Riley temos esses ataques repentinos de carinho. Ele pode não gostar muito de afeto, mas quando decide demonstrar se torna muito fofo.

Pego um dos copos decorados da mesa e encho com um ponche de frutas, bebendo alguns goles em seguida. Me delicio com o sabor do rum e das frutas tropicais misturados.

- Curtindo?- Ouço a voz de Jeremy ao meu lado.

- É uma festa legal. - Olho para ele. - Você mandou bem.

- Sim. - Avery sorri, exibindo seus belos dentes. - Obrigado, mas eu não fiz isso tudo sozinho.

Balanço a cabeça, sorrindo fraco e voltando meu olhar para o resto das pessoas enquanto bebo meu ponche.

- Fico feliz em te ver aqui. Você tá mais bonita que o normal essa noite.

- Muito obrigada. - Sorrio, inclinando a cabeça e o avaliando de cima a baixo. - Você também não tá nada mal.

- Me acompanha? - Ele estica a mão para mim, esperando que eu pegue. Levanto uma sobrancelha, em dúvida. - Uma dança.

- Uma dança. -Bebo o resto da bebida, deixando o copo na mesa em seguida e pego em sua mão, o acompanhando até uma parte onde pode ser uma pista de dança improvisada. Com uma caixa de som grande e tochas em quatro cantos diferentes, demarcando um quadrado enorme. Além de flores havaianas espalhadas em alguns cantos estratégicos da areia.

Aceitar uma dança com Avery essa noite não estava nos meus planos, mas parece que nos últimos dias eu estou saindo muito da minha zona de conforto, então não teria motivos para recusar. Ele parece ser uma boa pessoa, apesar das intenções nem tão bem escondidas. Porém, hoje eu pretendo somente me deixar levar, quem sabe ele não me surpreende.

- Então, onde você vai trabalhar agora? Soube que saiu da cafeteria. - Ele pergunta, em uma tentativa de começar algum assunto.

- Eu entrei em uma academia de dança. Não podia continuar na cafeteria tendo oportunidades mil vezes melhores. - Dou de ombros. Ele concorda com a cabeça.

A música que toca muda para uma melodia mais lenta e calma, fazendo algumas pessoas se juntarem em casais para dançar. Jeremy coloca ambas as mãos em minha cintura, enquanto eu levo os meus braços para apoiar em seus ombros e entrelaçar as mãos atrás de sua nuca.

É estranho. Nunca dancei com alguém assim, também não é algo que eu gosto muito, ainda mais com ele. Mas tento gostar de algo.

Em instantes, Jeremy vagarosamente vai se aproximando de mim, mais e mais. Até que nossos corpos estejam quase se encostando e nossos narizes roçando um no outro.

Ao contrário do que eu pensei, não senti nada. Avery é muito bonito, mas eu simplesmente não consigo sentir nada quando ele encosta nossas bocas e puxa a minha cintura para si, encostando nossos corpos por completo.

Passo a unha em sua nuca enquanto ele segura com delicadeza minha cintura e suspira entre o beijo. Ele pede passagem com a língua e eu permito, beijando-lhe de volta sem pressa. Jeremy passa uma das mãos em minhas costas, até para-lá em minha nuca e segurar firmemente, tentando transformar o beijo em algo diferente.

Ele se envolve, mas eu não consigo. Não consigo sentir o frio na barriga, um mísero arrepio e nenhum sentimento excitante. Só um completo nada.

Afasto nossas bocas, cansada disso. Respiro fundo e olho para ele, que tem a respiração ofegante e os olhos transbordando em desejo olhando para mim.

- Eu tenho que ir até meus amigos. - Digo, tentando me soltar de seus braços, mas seu aperto em minha cintura se torna mais firme. - Foi bom te ver.

- Tem certeza?- Ele sussurra, seus lábios se voltando ao meu pescoço e dando beijos molhados. Faço uma careta.

- Sim. - Puxo levemente sua cabeça para poder olhá-lo.

- A gente se vê de novo?- Jeremy leva uma de suas mãos até meu rosto, acariciando. Tiro imediatamente, me afastando dele e respirando fundo.

- Não sei. - Balanço os ombros. - Mas não me procura, nem sempre eu tô livre. Boa noite.

Viro de costas para ele e começo a caminhar na direção oposta rapidamente, me xingando mentalmente.

Como eu não pude sentir nada? Digo, o cara é um dos mais bonitos da universidade, as garotas falam sempre tão bem dele e quando chega na minha vez, nem um mísero arrepio. Talvez eu seja o problema, ou talvez não consigo sentir nada por alguém nesse sentido.

Com exceção do Ryan. Claro, o Andersen. Ele sempre dá um jeito de entrar na minha mente, de um jeito ou de outro. Agora o porquê de eu somente sentir um desejo com o Ryan, isso eu não sei.

Vou até uma mesa de bebidas, pegando uma garrafa de vodca de um balde gelo e abrindo em seguida para beber sozinha. Ando até uma parte mais afastada das pessoas e começo a sentir meus pés doendo de tanto caminhar. Ainda consigo ouvir algumas risadas e a música ao longe parece bem baixa.

Tiro minhas sandálias e me sento em cima delas, esticando as pernas e deixando a beira da água molhar meus pés. O mar está calmo e as ondas quase inexistentes, é possível ver as luzes dos barcos ao longe e ouvir a brisa do mar quando as pequenas ondas se chocam.

Somente fico sentada ali, quase na margem da água, observando o mar calmo. De alguma forma, olhar para o mar me acalma, parece que traz uma paz estranha e que sinto raramente dentro de mim. Tem alguma coisa nas ondas, nos barulhos que fazem, na lua refletida na água que me fazem relaxar e esquecer um pouco do resto da minha vida.

- Bonito, né?- Ouço uma voz ao meu lado, mas não olho para a pessoa. Eu sei bem quem é. Percebi no momento em que se sentou ao meu lado e eu vi a tatuagem pequena de uma lua no seu tornozelo.

- Sim. - Concordo, levando a garrafa até a boca e bebendo alguns goles. O gosto ácido da vodca já não me incomoda tanto e desce com facilidade.

Ryan não diz mais nada, somente fica ao meu lado apreciando a vista comigo e bebendo de sua garrafa de uísque. Às vezes, não falar nada e apreciar a companhia é melhor do que conversar sem nenhuma conexão. Eu aprecio isso. Apesar de não gostar de admitir que a presença de Ryan desse jeito é agradável, eu não posso mentir.


Capítulo agora só depois do Natal, então feliz natal adiantado pra vocês e boas festas!

Não esqueçam do voto e dos comentários! Beijos.

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