Raio
Enquanto Aeres estava no topo do monte Olimpo, uma poderosa onda de energia percorreu suas veias. A batalha contra Cronos foi longa e árdua, mas ele emergiu vitorioso, derrotando o titã do tempo e restaurando o equilíbrio no cosmos.
Os deuses, maravilhados com sua força e determinação inabaláveis, curvaram-se diante dele, reconhecendo seu lugar legítimo como o Rei dos Deuses. Aeres sabia que seu destino ia além do mero domínio sobre os reinos divinos. Ao olhar para o reino dos mortais, ele viu o mundo destinado a proteger, um mundo onde humanos e deuses coexistiriam em harmonia.
Descendo dos céus, Aeres caminhou em direção ao reino mortal, onde as pessoas o aguardavam com esperança e reverência. Ele dirigiu-se à multidão, sua voz ressoando com poder e compaixão.
— Hoje, eu me apresento diante de vocês não apenas como seu rei, mas como seu guardião e aliado —, proclamou. — Juntos, forjaremos uma nova era, onde nossos destinos se entrelaçam e construímos um futuro de união e prosperidade.
A multidão rompeu em aplausos, a partir desse momento, guiou tanto os deuses quanto os humanos, aproximando os reinos divinos e mortais. Sob sua liderança, a paz e a prosperidade floresceram, enquanto ele usava sua sabedoria e compaixão para governar com justiça e equidade.
Aeres cumpriu a profecia que previa um salvador de trazer equilíbrio ao mundo. Por meio de sua dedicação inabalável e seu amor pelos deuses e humanos, se tornou o farol de esperança que trouxe uma nova era.
Enquanto olhava para o horizonte vasto, Aeres sabia que sua jornada estava apenas começando. Com seus pais observando-o dos céus, seu amor e orientação eternamente gravados em seu coração, ele continuaria a proteger e nutrir os laços entre deuses e humanos.
E assim, Aeres, o Rei dos Deuses e dos Humanos, embarcou em sua busca eterna para garantir que o amor, a compaixão e a união prevalecessem em um mundo onde os reinos dos deuses e dos mortais se entrelaçam, moldando para sempre o destino de ambos.
Aplausos romperam dentro do auditório assim que li a última página do meu mais recente romance. Aquele que fechava minha trilogia. Foi um mês intenso de entrevistas e sessões de leitura durante a turnê de divulgação. O cansaço dela contudo é algo bom, a cada dia ficava mais contente pela minha última saga estar recebendo tanto amor.
Agradeci aqueles que compareceram e saí do palco do teatro girando o pescoço — Acho que vou precisar de relaxantes musculares e uma massagem. O apoio estava muito baixo, meu pescoço está destruído.
— Infelizmente não conseguimos trocar dessa vez, vou buscar os remédios para você — meu assessor ajustou os óculos e sorriu —, enquanto isso tem alguém no camarim ansioso para te ver.
Um sorriso apareceu no meu rosto, sabia exatamente quem era, e a saudade rompeu meu peito. Abri a porta que tinha meu nome escrito, vendo um emaranhado de cabelos cinzas no sofá. Assim que ele me viu, levantou para vir em minha direção.
— Mamãe!
Abaixei para receber seu abraço beijando cada uma de suas bochechas e o segurando com força. Era como ter o próprio sol nos meus braços.
— Meu bebê, eu senti tanto a sua falta — acariciei seu rosto olhando com atenção cada pequena mudança. Durante essa última semana, para não dizer o mês, tivemos poucos momentos juntos.
— Eu também — sorriu abraçando meu pescoço novamente. Me levantei segurando o pequeno nos braços vendo uma segunda figura sentada no canto da sala.
— Ele se comportou?
Lela ergueu as mãos — Claro que sim, eu sou a tia legal, não tem motivos para ele não se comportar. Fizemos uma festa do pijama, comemos pipoca, desenhamos. O que mais poderia pedir?
— Chocolate! — meu filho ergueu a cabeça do meu pescoço. — Estou com vontade de comer chocolate.
— Claro que está — afaguei suas costas, sabendo ser uma vontade constante dele.
— Podemos ir até a conveniência do teatro — Milo, meu assistente sugeriu — o que acha Arie?
— Sim! — ele balançou as pernas.
— Fique de olho nele — pedi acariciando seus cabelos. Os dois saíram e eu me deixei deitar no sofá.
Minha amiga cruzou as pernas e em seguida os braços — Quem diria que uma noite quente com um desconhecido ia te render três livros de sucesso e um filho.
Fechei os olhos, aquele dia na montanha já tinha mais de quatro anos. Quando acordei na cabana já estava sozinha, para trás ficou apenas a jaqueta e as lembranças. Naquele dia não sabia, mas algo ainda mais especial que viria para mim em nove meses.
— Se tivesse que voltar no tempo faria tudo novamente — confessei.
A mulher riu — Sei que sim, nosso Arie é um fofo. Não consigo imaginar esses anos sem ele, confesso que quando disse que estava grávida do cara fiquei preocupada e com raiva. De mim mesma também, porque se eu tivesse ido com você na montanha nada disso teria acontecido.
Lela balançou a mão e girou na cadeira balançando a mão — Mas você desceu de lá com sua própria fantasia, então acho que no fim você tem que me agradecer por não atrapalhar a sua transa.
Peguei a almofada e taquei em sua direção — Pare de falar bobagens.
Não estava de toda errada, foram as experiências vividas que me fizeram escrever o primeiro livro da série Tempestade e Ruínas.
Num mundo onde deuses e mortais se entrelaçam, o poderoso rei do Olimpo, Zeus, torna-se encantado pelo espírito extraordinário de uma jovem mortal chamada Cadie. Mas Cadie não é uma simples donzela — ela possui uma vontade indomável e uma coragem que rivaliza até mesmo com os mais poderosos deuses. Percebendo seu imenso potencial, Zeus não só fica cativado por sua beleza, mas também inspirado por sua força.
Zeus, consumido por um amor fervoroso por Cadie, ludibriado com uma aposta feita com Hades — o senhor do submundo —, embarca em uma busca arrebatadora para conquistar Cadie. Abandonando sua estatura divina, ele desce ao reino mortal disfarçado, determinado a ganhar Cadie. No entanto, em sua busca, Zeus inadvertidamente descobre um plano sinistro que ameaça não apenas o não florescido amor deles, mas o próprio equilíbrio de poder entre os deuses.
À medida que o amor de Zeus e Cadie se aprofunda, eles se encontram no centro de uma batalha cataclísmica entre as forças do Olimpo. Hera, a implacável e vingativa rainha dos deuses, visa esmagar o espírito de Cadie. Mas, desconhecida por Hera, Cadie desbloqueou um poder adormecido dentro de si mesma — um poder que rivaliza até mesmo com o dos deuses. Com suas novas habilidades, ela se torna um farol de esperança tanto para mortais quanto para imortais, conseguindo moldar o destino do próprio cosmos.
Num conflito de forças divinas, Zeus e Cadie devem desafiar a própria essência dos céus para forjar um amor que transcende os caprichos de deuses e deusas. Enquanto a batalha se desenrola, alianças são testadas, profecias são quebradas e os destinos de deuses e mortais se entrelaçam. A ordem estabelecida se desfaz alterando para sempre o destino do reino mortal e divino.
Nesse último livro, vinte anos se passaram desde a morte prematura de Zeus e Cadie, deixando seu jovem filho, Aeres, órfão aos cinco anos de idade.
Criado por mentores sábios que guardavam em segredo sua verdadeira linhagem, Aeres se tornou um grande guerreiro. Porém, conforme amadurece, é atormentado por visões e sussurros do passado de seus pais, despertando um desejo profundo de desvendar a verdade por trás de suas mortes.
Impulsionado por uma sede insaciável por conhecimento e justiça, ele embarca em uma perigosa jornada para desvendar os segredos ocultos. Ao longo de sua jornada, ele desvenda antigas profecias, decifra enigmás e enfrenta poderosos inimigos que desejam explorar sua herança para seus próprios fins.
Quando enfim mergulha nos reinos sombrios dos deuses, Aeres descobre verdades que abalam suas crenças sobre seus pais e quais seus papéis na complexa teia divina.
Existe uma pequena semelhança com o que eu vivi na montanha, por algumas semanas minha mente ficou traçando paralelos entre o cara misterioso e todas as pistas de Zeus. A águia, a conversa que tivemos, a viagem para Atenas... E os trovões poderosos que castigaram o local durante a grande parte do dia e noite.
— [Nome]! — alguém entrou no camarim exasperado, me fazendo pular de susto.
— Céus, o que foi? — meu coração se apertou imaginando ter acontecido algo com meu filho.
— Você precisa vir agora — minha secretária me puxou sem deixar responder, Lela me seguiu e imediatamente saímos dos fundos do teatro indo direto para a frente.
Meu filho estava junto de Milo, e além deles mais dois homens. Um deles reconheci como sendo Akaashi um dos garotos que trabalhava na editora, e ao seu lado...
Zeus.
Ar fugiu dos meus pulmões, quatro anos não trouxe nenhuma mudança em sua aparência. Ainda expressivo, sorriu em minha direção com os olhos dourados vestidos de culpa e vergonha.
Arie não parecia compreender a situação, felizmente ele estava mais entretido com a barra de chocolate do que com o homem que tinha os cabelos iguais aos seus. Lela segurou meu braço fazendo um lapso de lucidez correr pelo meu corpo como um choque.
Um burburinho intenso naturalmente nasceu entre as pessoas que seguiam para a saída, aquela exposição não seria boa pra nenhum de nós.
— Lela mantenha ele distraído — pedi me aproximando de Milo.
— Não precisa dizer duas vezes — respondeu e se abaixou dizendo qualquer coisa para o pequeno, tentando o convencer a voltar para o camarim.
— Já? Acabamos de sair — Arie questionou se virando para mim em seguida fazendo um pedido silencioso com os olhos.
Meu coração se apertou e eu abaixei para ficar na sua altura. Me inclinando como se fosse contar um segredo.
— Sabe, a tia Lela tem medo de ficar sozinha. Mamãe precisa falar com o tio Milo e o tio Akaashi, pode fazer companhia para ela? Por mim.
— Sim! — ele juntou as mãos na frente do corpo segurando o chocolate como se a vida dependesse disso. — Tia Lela, vou proteger você.
— Sorte a minha —, ela se abaixou pegando meu filho no colo. Antes de se afastar completamente, ela deu uma boa olhada no cara desconhecido e fez uma careta desgostosa.
— Melhor sairmos da entrada — Milo comentou olhando para Akaashi.
— Parece ser o ideal.
De repente me sentia como uma adolescente de novo, não alguém que passou os últimos anos construindo paredes de confiança. Vulnerável, despida de todas as proteções que pensei ter.
É a tempestade da montanha pela segunda vez me tirando toda a dignidade.
As mãos fechadas em punho permaneceram ao lado do corpo, segurando desesperadamente o que me restava de racionalidade. Haviam tantas perguntas sem respostas e gritos travados entre os dentes que o meu silêncio se tornou uma chancela.
— Desculpe, devia ter sido mais cuidadoso — Akaashi disse levemente envergonhado.
Respirei fundo tentando trazer a maturidade de volta para a cabeça, eu gosto do garoto, costuma sempre ser respeitoso. E os autores que ficam sob seus cuidados costumam falar muito bem de suas ações. Logo, sei que não foi de propósito e que ele não queria causar uma cena.
— Não se preocupe Akaashi, somos todos adultos. Podemos lidar com uma situação como essa agindo como tais.
Ele não precisava saber que é mais um mantra para mim do que uma opinião formada. Milo nos levou até uma sala de espera dentro do teatro, onde a 'staff' de espetáculos geralmente aguardava.
— Acho que não precisamos tornar isso mais estranho do que já é — anunciei —, vocês se importam?
Meus olhos provavelmente disseram tudo que se passou na minha cabeça, pois os dois assistentes saíram da sala me deixando sozinha com o fantasma de uma noite.
Ambas as mãos estavam dentro dos bolsos do casaco escuro, nervosamente olhava para os lados evitando a minha figura a qualquer custo, sonoramente me sentei no sofá e cruzei os braços, em seguida as pernas.
— Qual seu nome? — a pergunta que devia ser feita há quatro anos e que pouparia muitas das minhas frustrações. — Nunca me disse, e eu também não me importei em perguntar.
— Bokuto — respondeu e limpou a garganta para dizer mais uma vez — Bokuto Koutarou.
Achei que estava pronta para ouvir sua voz novamente, mas não estava, ainda tinha a mesma força de trovões. Entraram pelos meus ouvidos causando um choque de memória, um riso seco e sarcástico escapou da minha boca.
— Diferente, eu te chamei de "aquele cara" por todos esses anos. Acho que me acostumei. — seus olhos caíram, mostrando pesar. — Imagino que não preciso responder essa pergunta de volta.
— Não, Akaashi me disse. Descobri não faz muito tempo, literatura não está muito no meu campo de interesses.
— Considerando que ele é seu conhecido, ainda parece um pouco estranho ter sumido por tanto tempo — talvez minha fala tenha saído mais ressentida do que eu realmente gostaria.
— Passei praticamente quatro anos fora do país, nem teria como ele comentar. Mesmo sendo um amigo desde a época de colégio — explicou se sentando do meu lado. — Não fiz um retrato falado seu, aquele dia ficou guardado só para mim por muito tempo.
— De repente, um romantista.
— [Nome] — meu nome escorregou da sua boca com um tom sofrido —, eu tentei te encontrar. Esperei você me encontrar mas-
Uma gargalhada rompeu, cortando sua fala no meio — E como eu faria isso?
Bokuto alcançou algo dentro do casaco — Eu deixei uma nota na última folha do seu caderno, aquele dia. Mas parece que você nunca viu.
Em suas mãos havia uma brochura de capa escura e manchada, junto de folhas enrugadas e amareladas.
— Ainda estava na cabana — explicou —, um ano depois, no mesmo dia voltei até lá. Numa falha esperança de te encontrar novamente, achei ele no lugar.
Peguei o caderno folheando as páginas duras, até chegar a última com escritos, depois das minhas anotações havia um nome, um telefone e um pedido de desculpa.
Engoli seco, eu acordei tão possessa que apenas agarrei o que estava na vista e saí da cabana descendo a montanha com a força do ódio. Quando não vi as anotações dentre os meus pertences cheguei a conclusão mais fácil.
— Eu te odiei por muito tempo, até abandonar qualquer lembrança.
— Sei disso. Sua personagem Cadie, xinga Zeus de várias formas no seu livro. Não posso negar que me senti pessoalmente atacado — Bokuto levantou a mão para os cabelos mesclados —, Akaashi me fez ler todos os volumes. Demorou um pouco, mas eventualmente cheguei numa cena... Conhecida.
A primeira noite de Zeus e Cadie, durante uma tempestade com trovões e relâmpagos rasgando o céu seguindo os comandos de seu deus.
— Não estou esperando nada de você, também não preciso de desculpas sua. Aconteceu, foi um lance de uma noite.
Pela primeira vez eu vi uma sombra do cara da montanha — Mesmo quando teve um filho meu? Exceto se dormiu com algum dos meus primos, não teria como ele nascer com cabelos cinzas.
— Quer virar pai do ano agora?
— É um pouco difícil conseguir fazer algo quando não se sabe de nada — rebateu com a voz ficando também mais alta. Com as duas mãos ele jogou os cabelos para trás e respirou pesadamente — Não foi pra isso que vim aqui, sei que você está muito bem sozinha, também não estou cobrando nenhuma ação sua. Só quero... Fazer o certo.
— Para depois sumir de novo? Meu filho não precisa conhecer esse tipo de dor.
— Não vai acontecer — sua voz completamente entrelaçada com tristeza —, sou montanhista e participava de competições e eventos. Até ter um acidente, sair do país não está nos meus planos.
Essa pequena informação explica muito, apesar que eu tenha feito algumas suposições, não é qualquer um que anda completamente equipado. Só não pensei ser um profissional.
— Sinto muito por isso — disse por fim. Não sou uma pessoa completamente desalmada, posso me identificar com a dor de perder algo que se ama.
— Eu também.
Silêncio.
Estávamos sentados um do lado do outro, se tivesse uma fogueira na nossa frente. Seria como uma versão atualizada de uma memória distante.
— Ele tem seus olhos — comentou mexendo os dedos.
— Só o formato — ponderei por um instante cedendo um pouco. — É Aaris, o nome dele.
— Parece com o do seu personagem.
— O personagem do livro é tudo que desejo que ele seja, forte independente da história dos pais, com erros ou acertos — confessei.
— Espero que ele não tenha que passar por tudo que Aeres passou — respondeu com um riso —, gostaria de ficar vivo também.
— É um bom desejo — respondi folheando as páginas do caderno velho, me lembrando vagamente das anotações —, você leu, não leu?
— Estava tentando achar alguma informação sua — se desculpou, continuando em seguida —, posso fazer uma pergunta? Zeus tem alguma coisa a ver com o que conversamos aquele dia?
— Dentre outras coincidências — respondi —, antes de te encontrar vi uma águia. Ela estava com um galho preso na asa, depois você apareceu com o braço machucado. Além da conversa vaga sobre mitologia, também disse ir para Atenas.
— Para uma competição, sim — riu — e o machucado foi realmente de uma batida. Ainda tenho a cicatriz. Se não for pedir muito, eu gostaria de te levar para jantar e Aeres também.
De certa forma saber que ele está interessado em Arie, me conforta, ao mesmo tempo que me deixa preocupada.
— Acho que é um pouco cedo para ele — respondi —, é melhor introduzir a ideia aos poucos.
— Isso significa que você aceita sair comigo? — rebateu com um sorriso galante. — Tenho quatro anos de encontros imaginários acumulados. Se quiser pode usar no seu próximo livro.
Ele se levantou, ajeitando as vestes.
— Precisa ser algo extraordinário então.
— Vou me esforçar.
Naquele momento, parece que quatro anos se fizeram de quatro minutos. Tudo havia mudado, ao mesmo tempo que não. Alguns sentimentos momentâneos e escondidos voltaram a aparecer.
Números foram trocados e promessas foram feitas. Akaashi se despediu e Milo me levou de volta para o camarim praticamente escoltada. Quando abri a porta, Lela que estava desenhando junto de Arie no verso de folhas de discurso perguntou.
— Como foi?
— Melhor do que eu esperava.
Me sentei ao lado deles, Arie imediatamente vindo para meu colo me abraçando, mirando os olhos dourados nos meus.
Beijei seu rosto, afaguei seus cabelos, reparando muito mais traços parecidos com os do pai. O futuro é incerto, mas não existe motivo para negar a realidade.
— Mamãe, o que está pensando? — meu filho encostou a testa na minha.
— Que talvez meu próximo livro seja sobre Afrodite.
N/A: A história do livro é ficcional "Tempestade e Ruínas", qualquer semelhança com livros da realidade é coincidência.
Serein acaba com 8.582 palavras e três dias de publicação.
Espero que tenham gostado! Obrigada por ler até aqui, obrigada pelos 6 mil seguidores!
Até mais, Xx!
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