Meu Porto Seguro

Pov Maraisa

Estávamos agora no carro voltando a Goiânia. Bruno assumiu o volante pois minha namorada e eu não tinhamos condições de dirigir naquele momento.
O silêncio se fez presente durante a viagem de volta pra casa. Paulinha estava no lado do carona enquanto S/a e eu ficamos com o banco traseiro e com o cinto de segurança.

Por incrível que pareça, S/n ficou na janela do lado esquerdo e eu com a janela do lado direito pois minha namorada queria ficar um pouco sozinha e eu entendi isso e a deixei em seu próprio mundo para que ela pudesse pensar.

Quando chegamos em Goiânia e no nosso condomínio, Bruno parou em frente a entrada da minha casa e saímos do carro. S/a ainda estava muito pensativa e eu a vi olhando pra cima, talvez para as estrelas do céu, mas eu não sabia ao certo. Suspirei e me aproximei dela.

-Mô... vamo entrar. Você precisa descansar um pouco. Vou pedir o Bruno pra colocar seu carro na garagem.

-Acho melhor eu ir pra minha casa, amor.

-Não, vida! Fica aqui comigo. Não quero que fique sozinha, ainda mais depois do que aconteceu. Por favor, fica.

S/a olhou pra mim por segundos, acho que a convenci de ficar.

-Eu fico, minha linda.

Assenti e pedi ao Bruno pra estacionar o carro na garagem e depois ele poderia entrar e dormir em um dos quartos de hóspedes assim como Paulinha iria fazer.

Com nossas malas, fomos para o andar de cima e entramos no quarto. Deixamos as malas no closet e vi a S/a começar a tirar a roupa de frio que estava vestida, já que meu quarto era aquecido.

-Deixa que eu te ajudo, bê. _Falei vendo-a se sentar na beirada da cama pra tirar os tênis Jordan que tanto usava desde que ganhara de minha mãe. Me ajoelhei na frente dela e comecei a tirar seus tênis enquanto a S/a me olhava com ternura.

-Obrigado meu amor. _disse ela após eu também retirar sua meia.

-Não tem de quê, bebê. Quer ir tomar banho agora? Eu espero você terminar ou podemos tomar banho juntas. O que acha? _ela sorriu com minha proposta

-Gostei da segunda opção. _disse ela me fazendo sorrir. Me levantei e estiquei uma mão. S/n entrelaçou com a sua, levantou da cama e eu a conduzi até o banheiro. Não rolou nada à mais durante o banho. Uma apenas ajudou a outra a se lavar.

Minutos depois já estavamos de volta no quarto colocando nosso pijama pra dormir. Por ter passado mais dias aqui em casa do que na sua, S/n trouxe algumas peças de roupas e guardou no meu closet. Maiara dizia que já estávamos vivendo uma vida de casadas sem nem nos dar conta disso e agora, parando pra pensar, minha irmã tinha razão, e ao contrário do que pensam, eu gosto da idéia.

Assim que minha namorada ficou pronta, a vi indo pra cama enquanto eu terminava de passar uma loção hidratante no rosto após tirar toda a maquiagem. S/a ainda não estava bem e eu respeitaria seu espaço. Então assim que terminei de passar a loção, fui para o lado direito da cama, ergui o edredom e me enfiei dentro dele deitando-me de lado enquanto esperava paciente que S/n me olhasse. Ela virou a cabeça pro meu lado e eu a sorri.

-Descansa mô. Continuarei aqui com você.

Ela se aproximou mais de mim e beijou meus lábios fazendo um carinho em meu rosto.

-Você é meu porto seguro, Maraisa. Obrigado por estar aqui e por não desistir de mim quando até mesmo eu penso em desistir. Eu te amo muito. Meu amor por você dá a volta ao mundo.

-Mô!_Toquei nossas testas e respirei seu cheiro viciante. _-Te amo, viu? Te amo muito. Agora descansa bebê. Amanhã será um novo dia e depois de amanhã iremos pra fazenda pra encontrar com o resto da família. Tia Maria tá doida pra ver você de novo.

-Sinto falta de tia Maria.

S/n falou abraçando meu corpo e colocando sua cabeça em meu peito enquanto eu começava a lhe fazer cafuné na cabeça.

-Ela sente sua falta também.

S/a sorriu e tentou segurar um bocejo mas não conseguiu.

-Dorme bebê. Descansa.

Alguns minutos depois ela já estava dormindo tranquilamente em meus braços e eu fiz o mesmo em seguida.

Na manhã seguinte...

Acordei cedo querendo fazer academia, mas a S/n ainda estava dormindo. Como eu não queria acorda-la, me afastei de seu corpo e saí da cama, fiz minha higiene e coloquei meu topper do Potiguar e minha calça legging, calcei um tênis e antes de sair do quarto deixei um bilhetinho pra minha namorada saber onde eu estava. Coloquei que estaria na academia daqui de casa, se ela não me encontrasse lá é porque estaria com Bruno fazendo caminhada nas ruas do condomínio.

Após deixar o bilhete em cima do meu travesseiro, que era o primeiro lugar que S/n olharia, peguei meu celular e fones de ouvido e saí do quarto ainda sem fazer muito barulho.
Desci as escadas, fui na cozinha cumprimentei Maria nossa cozinheira e peguei e enchi uma xícara com café, logo o tomei pra iniciar o dia. Bruno chegou poucos segundos depois, tomou um pouco do café também e fomos pra academia daqui de casa. Ficamos quase uma hora nos exercitando enquanto eu o contava tudo que tinha acontecido no camarim com a S/a ontem depois do show. Bruno ficou chocado e triste por minha namorada, tão triste quanto Maiara depois que contei pra ela através de mensagens um pouco antes de voltarmos pra Goiânia. Mai estava em outro compromisso e não pôde comparecer ao show, mas prometeu que iria no próximo. Minha irmã chegaria em casa mais tarde pra apoiar minha namorada.

Enfim...

Após Bruno e eu deixarmos a academia, saímos de casa pra caminhar. Faríamos uma volta completa no quarteirão até chegar em casa outra vez.

Enquanto caminhávamos, colocamos alguns assuntos em dia principalmente sobre a Maiara com a idéia de voltar a namorar o Fernando. Um absurdo? Sim! Mas quem sou eu pra mandar no coração da minha metade? Só espero que o Zor não venha ferir novamente os sentimentos da Mai, porque se isso acontecer, eu vou dar na cara dele e tenho certeza que a S/a vai me ajudar.

Pov S/n

Acordei e não encontrei Maraisa na cama. Olhei para o lado onde ela dormia e vi um bilhete em cima do travesseiro. Assim que o li, me levantei em um pulo da cama. Eu tinha tido uma boa noite de sono e pra melhorar ainda mais, tive um sonho maravilhoso com as gêmeas e eu. Isso me animou por demais, então decidi que nenhum acontecimento iria tirar o meu brilho naquela manhã. Fui ao banheiro fiz minha higiene e troquei de roupa colocando uma regata e um short sport coloquei um tênis de corrida prendi meu cabelo e saí do quarto rapidamente, fui a cozinha, dei um beijo em Maria que deu um gritinho surpresa por minha chegada repentina, peguei um pão de forma em cima do balcão e saí da cozinha comendo-o e indo até a rua. Assim que abri a porta e a fechei, comecei a correr pra ver se eu encontrava Maraisa ainda na caminhada matinal dela.

De longe vi ela e Bruno correndo como uma tartaruga. Sorri e apressei os passos para alcança-los. Eu os assustei quando passei por eles e me virei correndo de costa e de frente pra eles.

-Mô?_Maraisa estava surpresa em me ver ali

-S/n! Misericórdia! que susto, mulher.

-Cês não acham que tão muito lentos não, hein? E você dona Maraisa, deveria ter chamado pra correr com vocês.

-É que cê tava dormindo, amor...eu não quis te incomodar. Cê parecia cansada.

-Pra você eu nunca estou cansada, Maraisa.

-Ui...teve um duplo sentindo nessa frase aí, hein patroa.

-Cala a boca Bruninho. _Pedi e a gente riu_-Então? Querem apostar corrida? Garanto que ganho de vocês de lavada.

-Claro que vai, cê é mais jovem e tem mais fôlego._Bruno falou e eu provoquei ainda correndo de frente pra eles e de costa pra direção

-Vish, amor... ele te chamou de velha.

-Cê me chamou de velha?!_Maraisa parou fitando Bruno com os olhos cerrados

-Calma aí cantora. Eu não disse isso não.

-Não diretamente né?_Continuei a provocar

-Ih Mulher! Cê também acordou ligada nos 220 hoje né? Por que cê é tão cruel comigo?

-Ah Bruno. Amor i love you.

Fiz um coração com as mãos e mandei um beijo no ar enquanto o Bruno me mostrava o dedo do meio e Maraisa se acabava de rir.

-Então? Bora apostar que ganho do cês na corrida?

-Vamo lá!_ disse Bruno

-Ai gente...não sei se eu dou conta não viu. Tá muito calor.

Disse minha namorada com seu sotaque fofo e com as mãos na cintura.

-Vamo Patroa. Vai ser legal.

-Tá bom. Eu vou, mas tem que valer prêmio.

-Boa idéia amor _Pisquei um olho pra Isa que sorriu

-Patroa cê é esperta. Vai valer o quê?

-Ué, cada um escolhe o que quer ganhar se vencer. Por exemplo: se eu ganhar, você e a Isa terão que me dar algo que eu escolher, se você ganhar, Maraisa e eu te damos algo e o mesmo vale pra Isa também. Combinado?

-Combinado. Agora vamo acabar logo com isso. _disse Bruno e nos posicionamos em linha vertical e contamos até três pra começar a correr.

(Coloquem essa música por favor, mais pelo ritmo do que pela letra. Só imagine a cena à seguir blz?)

Bruno tava um pouco a frente, mas eu não corri mais rápido do que a Maraisa, na verdade meu plano era deixa-la vencer.
Ela corria toda animada e eu adorava vê-la sorrir.

Para que ela não desse conta das minhas intenções, fingi acelerar o ritmo da corrida e a puxei pela cintura fazendo-a parar um pouco deixando-a para trás.

-Isso não vale mô!

Ela choramingou e rimos a beça. Mandei um beijo no ar pra ela, mas Maraisa também era esperta. Ela segurou meu braço puxando-me pra trás e correu na minha frente rindo muito. Bruno tava correndo praticamente sozinho, alguns minutos depois ele percebeu minhas intenções e também diminuiu a velocidade deixando que Isa ganhasse a corrida.

Depois eu o recompensaria.

Isa aumentou a velocidade. A gente contornou o condomínio, até que quase chegando de volta a sua casa, vi uma mangueira na mão do caseiro que também cuidava do jardim lá de casa. Me escondi ao pegar a mangueira fazendo o senhor sorrir e assim que a Isa passou toda contente por ter vencido a corrida, a surpreendi jogando água nela que de início ficou chocada, mas depois se entregou a diversão tentando parar a água com a mão enquanto tentava pegar a mangueira da minha mão.

Rindo; entreguei a mangueira para o Bruno e puxei Maraisa pela cintura encostando a costa dela em meu peito enquanto ela me protegia da água com seu corpo.

Estávamos nos divertindo enquanto Bruno nos jogava água. Ficamos tão distraídas com isso que não demos conta de Maiara em pé na sacada da casa e rindo muito daquele momento perfeito.

...









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