Menina

Ela se viu a sorrir

Talvez tenha se dado conta do quanto não devia mais chorar

As ondas sonoras do piano/cello
Ecoaram em sua mente e ela começou a se desintegrar

Seu corpo foi virando fumaça e ela passou a flutuar

Estava na ponta de um penhasco

O sol se refletia entre a neblina a qual ela se tornou

Não parecia ter alguém ali

Mas ela estava lá

Estava entre a melodia

Estava sorrindo a girar

A menina nasceu do som

Nasceu na noite de luar

Tomou seu primeiro banho
Nos raios de sol

E no vento fez sua morada

A menina dançou

A melodia ainda era forte e de seu peito uma loção exalou

A menina não mais chorava

Não mais tinha dor

A melodia afinava e ao abismo a menina caminhava

Ainda sorria

Livre estava

O sol esquentou

A menina gritou

Seu grito um lindo canto lírico se formou

Ecoou até a entrada da cidade
Mas de lá não passou

Toda a floresta se agitou

Os passaros voaram a procura daquela voz de mais belo cantor

A menina mais uma vez sorriu

Seus pés rodopiaram e ela caiu

Caiu suave como uma pena

Linda como o ouro

O vento a levou

E a menina então se amou

Se foi sorrindo

Se foi amada por sua propria voz

A menina sumiu para sempre

E toda a floresta se alegrou

A menina não tinha morrido

Só tinha se transformado em amor.

13 de julho de 2017- Taynara lima
_ 09:10 am

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