Baji Keisuke sempre se achou burro, sua mente não conseguia raciocinar igual aos dos seus amigos, ele não entendia o que a professora dizia. Por esse motivo, ele tirou notas tão baixas que ele acabou repetindo de ano duas vezes. Ele tentou, mas não conseguiu.

Por ele tudo bem, ele não se deixou-se abalar pelo que aconteceu. Ele simplesmente deu de ombros.—Na realidade, assim que chegou a noite, ele chorou em seu quarto em total silêncio enquanto abraçava seu gato, o Peke J. Ele chorou pois viu a sua mãe chorar escondida. Naquela noite, ele prometeu que iria melhorar na escola para não ver a sua queria mãe chorar novamente.

E ele levou a sério essa promessa, bom...não tão a sério assim, já que ele fez sua mãe chorar novamente no dia em que ele e Kazutora foram assaltar uma Oficina. Depois daquele ocorrido, o moreno começou a pegar firme e a evitar tudo aquilo que fosse capaz de fazer ela chorar novamente. Ele até fez um amigo novo na escola que o ajudou a melhorar nos estudos, Chifuyu.

—Feliz dia das mães! —Ele falou enquanto entregava uma caixa mal embrulhada para sua mãe.

—Obrigado, amor da minha vida. —A senhora Baji falou enquanto pegava a caixa e deixava um beijo no rosto do filho. Ela abriu e sorriu ao ver que era um par de meias com a estampa de gatinhos cinzas. —Eu amei!

—Eu prometo não fazer você chorar nunca mais! —Ele respondeu todo animado ao ver o sorriso brilhante no rosto da mãe. —Aliás, o Kazutora vai sair em breve do reformatório, daqui duas semanas! Não é incrível?

—Sim, que bom que ele vai ser liberto. Espero que ele não volte para o caminho errado e que ele tente curar a dor. —A senhora Baji respondeu, ela sabia como o filho era próximo do delinquente. Ela sentia meio tensa com aquilo, mas não odiava cem por cento o rapaz.

Aquele foi o último dia das mães que a senhora Baji comemorou, afinal, foi o último em que ele teve seu filho ao lado. Pois, alguns meses depois, Keisuke quebrou sua promessa de que nunca iria fazer sua mãe chorar novamente.

—Sentimos muito...—Draken respondeu logo após dar aquela notícia pelo telefone.

Ao receber a notícia que seu único filho havia...se suicidado, aquilo tinha sido como um soco no estômago. O senhor Baji não sabia como acalmar a esposa.

—Você quebrou a promessa...—A senhora Baji murmurou em meio aos soluços enquanto esperava para acordar daquele pesadelo, seu coração ardia.

Mas ela não acordou, aquilo não era um sonho.

No ano seguinte, no dia das mães, a senhora Baji não se encontrava feliz como as outras mães do prédio. Ela estava totalmente triste, ela estava sentada no sofá, acariciando a cabeça do Peke J, o gatinho que pertencia ao seu filho e que agora ela cuidava com todo amor e carinho.

A senhora Baji havia feito uma promessa, ela não iria mais chorar pela morte do filho, por mais que doesse ela não iria derramar uma lágrima sequer, pois sabia que o filho iria odiar ver ela chorando.