Capítulo 20. Continuação
( Cena com conteúdo intimo)
Alice estava no sofá da sala de Daniel, tentando encontrar algo de interessante para ver na televisão, mas só passava programas de variedades que não lhe despertavam nenhum interesse. Quando iam a sair de casa para irem passear à beira-mar, Daniel recebeu uma chamada de um cliente. Ela estava entediada.
O olhar de Alice encontrou Daniel a olhar pela janela da sala, enquanto falava com a pessoa do outro lado da linha. Ela achou-o lindo naquela posição, a t-shirt que tinha vestida salientava o corpo cuidado. Alice queria colocar as mãos nos braços dele e passar pelo abdómen, gostaria de saber se continuava bem definido. Queria senti-lo.
Ele virou-se para ela. Ela estava a morder ligeiramente o lábio inferior com o olhar fixo nele. No mesmo instante, Alice levantou-se do sofá e foi na sua direção. O cérebro de Alice turvou-se, todos os seus sentidos estavam concentrados no zumbir do seu corpo, na ânsia por aquela ligação. Esqueceu-se que ele estava ao telefone, que poderia não ser o momento certo. Mas esperava por aquele beijo à tempo de mais. Ele estava a trata-la como se ela fosse frágil.
O bater do coração dele estava como o dela, conseguia sentir debaixo da ponta dos dedos. Os dedos dela apertaram-lhe a camisa. Ele desligou a chamada rapidamente.
— O que estás a fazer? — Perguntou, com os olhos presos no rosto de Alice.
— A aproveitar o momento — sussurrou ela. — Estava demasiado entediada naquele sofá.
— O que posso fazer, para tirar-te desse tédio. — A voz de Daniel era rouca, tensa.
Pondo-se em bico de pés, fechou os olhos e beijou-o.
O corpo dele imobilizou-se por um momento sob o toque dela, mas rapidamente assumiu as rédeas, as mãos dele saltaram para as faces dela, segurando-lhe a cabeça e inclinando-a na posição desejada. Alice derreteu-se contra Daniel, deixando-se sucumbir as sensações dos dedos dele contra as suas bochechas, o calor do seu corpo contra o dela, o sabor doce na mouse de chocolate, nos lábios dele.
Alice gemeu quando ele afastou os lábios para aprofundar o beijo. Daniel fê-la recuar contra a parede, alinhando o seu corpo com o dela e deslizando a mão até à anca, como se mal se conseguisse conter e impedir de lhe arrancar o vestido.
Alice apertou com mais força a camisa dele, queria ficar presa nos braços dele para sempre. Beijar Daniel, era sentir borboletas no corpo todo, era ver fogo de artificio, era como se tivessem destinados a estar juntos.
Daniel estava faminto dela. Alice tentou encontrar algum autocontrole, afastou os lábios dele para respirar. Parte dela queria render-se ao desejo que lhe corria pelo corpo. Mas ela não estava com ninguém à tanto tempo, na verdade a última vez tinha sido com ele, tentou ainda um relacionamento com um rapaz que estava no mesmo grupo de terapia que ela, mas não resultou. Alice chegou à conclusão que estavam ambos a tentar passar uma imagem que estavam bem, mas a verdade era outra.
— Queres parar? — Perguntou Daniel ofegante. Sentindo que a mente dela a afastar-se dele.
— Não quero — ela sorriu — beija-me.
Daniel voltou-lhe a beijar, devagar carinhosamente, tentando saborear cada instante, cada movimento, cada som, cada parte dela. Ele abriu o fecho do vestido de Alice e afasta-se um pouco para admira-la, o vestido deslizou pelo corpo dela até cair no chão.
Ele faz um rosnido que sai misturado com a respiração. — Tive tantas saudades tuas. És perfeita.
Alice medita na palavra perfeita, ela não se achava nada perfeita, Daniel fazia-a sentir coisas que nunca tinha sentido antes, ela não se cansava de admira-lo. Com os dedos trémulos ela começa a tirar-lhe a t-shirt.
Ele volta a aproximar-se e retoma o beijo louco, apaixonado, num movimento rápido levanta Alice até sua cintura e leva-a para o quarto.
***
Alice abre os olhos e olha para o teto do quarto de Daniel, ainda com a respiração ofegante, tenta acalmar o coração que bate desenfreado. O silencio é confortável, nenhum dos dois quer quebra-lo, a respiração de Daniel vai voltando ao normal, os corpos flácidos voltam a ter alguma energia. Os pensamentos passam pela cabeça de Alice enquanto traça pequenos e distraídos círculos nas costas dele.
Ela estava apaixonada por Daniel, só esperava não vir a sofrer, por causa dessa mesma paixão.
Ele levanta a cabeça do peito dela e beija-lhe os lábios carnudos. Roda o troco sobre o ombro e fica a olhar para Alice. Os olhos verdes dele estavam brilhantes. Ele estende a mão para a cara dela e traça uma linha da face até ao queixo, a sorrir. Daniel tem um ar pensativo.
— Ainda bem que nos voltamos a encontrar naquela festa. — Murmura, a olhar nos olhos de Alice. — Estou rendido. — Inclina-se e pousa um beijo doce nos lábios dela, que no mesmo instante torna-se mais intenso.
Ainda a beijarem-se contra os lábios um do outro Daniel sussurra. — Acho que hoje vamos ficar o resto do dia nesta cama.
Alice sorri. — Não iamos ver o mar. — Ela continua a beija-lo incapaz de resistir.
— Podemos ir ver amanhã.
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