41. Unidos Para Sempre!

Oii leitores, sejam bem-vindos a mais um capítulo. Espero que gostem! 😉
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ANTES

•°• Gustavo •°•

Ela me dá as costas e meus olhos são levados ao chão.

-- Você precisa crescer. Apenas cresça, Gustavo. Talvez assim, você saia da sombra do seu pai. -- ela diz com frieza e vai embora sem olhar para trás.

Aquela frase não. Ela não poderia ter dito aquilo. Ela não sabe o que ela significa pra mim.

Essa foi a primeira vez, que eu senti que talvez a amasse mais do que ela dizia que me amava. Tudo por culpa daquela droga de frase!
Só o fato dela ter dito aqui me quebrou por dentro. Doeu muito mais do que ela poderia imaginar.

Saio da biblioteca. Começo a descer as escadas e procuro Maya na intenção de terminarmos a conversa que tanto me machucou, mas pelo visto, cheguei tarde demais.
A poucos metros de onde estou, Maya conversava com Rubén. Geralmente, eu não me importaria, mas algo falou mais alto.

Como ela conseguia rir com o meu melhor amigo depois de ter sido tão maldosa comigo?
Por que ela está agindo tão bem com ele, mesmo ele também sabendo de tudo e não tendo dito nada pra ela? Por que somente eu tenho que sofrer?

-- Deve doer, não é? -- Daphne pergunta ao se aproximar.

-- O quê?

-- Vê-la se apaixonar por ele da mesma forma que foi por você.

Volto minha atenção para Maya. Ela lançava o sorriso mais cativante que já vira para ele, para o meu amigo. Os olhos dos dois se encontravam enquanto ela afastava o cabelo para detrás das orelhas. Como eu queria estar no lugar dele.

Mas o que está acontecendo comigo? Desde quando me tornei alguém tão inseguro?
E por que as mãos de Daphne estão sobre os meus ombros?!
Eu não quero que ela me toque. Eu não gosto da sensação de sentir o peso das mãos dela nos meus ombros.

-- Daphne. -- digo me afastando -- Você pode me fazer um favor?

-- Claro. Todos que você quiser, querido.

-- Ótimo. Então vá para o inferno e pare de uma vez por todas de tentar estragar a minha vida! Você me dá nojo! -- extravaso, ao encará-la com o maior desprezo que consigo.

Lhe dou as costas e me afasto.

Não estou com cabeça para discussões e muito menos para ter que aturar pessoas que não merecem a minha atenção.

Me sinto no banco próximo a bancada onde Lucca está preparando milk shakes que provavelmente são para ele e Chiara.

-- Você está com uma cara péssima. --

-- É, eu sei. -- digo voltando minha atenção para Maya e Rubén.

-- Ele está roubando a minha melhor amiga. -- ele diz tristonho.

-- E a minha namorada.

-- Não viaja, Gustavo. -- ele se encosta no balcão -- Assim como eu, você sabe que o Rubén não a ver dessa maneira.

-- É, eu também sei disso. É que são tantos problemas na minha mente, e como se não bastasse a Daphne ainda fez o favor de contar para Maya, algo que eu ainda estava pensando na maneira certa de dizer.

-- Você tá falando sobre a viagem, não é?

-- Sim. A Maya ainda não sabia que nós vamos morar lá por quase 5 anos e que vamos viajar daqui quatro meses. Então nós discutimos.

-- Nossa que pesado. A Chiara já tinha me explicado tudo, então nós achamos uma solução de nos ver durante o tempo que ela ficará lá. Eu já estou juntando dinheiro para poder visitá-la e ela vai vim para cá também quando tiver uma folguinha. Meio que não mudou nada do que nós já estavamos pensando quando ela fosse pra faculdade. -- ele me serve um milk shake -- Por que você não fala com a Maya, e tenta fazer a mesma coisa?

Balanço a cabeça em negação.

-- Lucca, a partir do momento em que eu pisar em Madrid, o meu pai não vai me deixar voltar antes do tempo escolhido. A Maya pode até ir me visitar, mas eu não vou poder fazer o mesmo por ela. É como uma tortura, um castigo sem fim. -- dou um gole na bebida -- Eu até que tentei convencê-la de se inscrever em alguma faculdade de lá para ficarmos mais perto, mas ela não quis, e eu entendo a sua decisão. Não seria nem um pouco justo fazê-la mudar tanto por causa de mim.

-- Sua situação tá complicada, mas você tem razão, não seria nem um pouco justo.

-- Eu já nem sei o que devo fazer.

Ele toca no meu ombro e sua boca se forma numa fina linha.

-- Claro que você sabe, a única coisa que se precisa nesse exato momento é coragem, quanto ao resto o tempo resolve.

Assinto com cabeça.

Percebo que agora é Maya que está com a sua atenção voltada para mim. Sei que ela ainda está chateada com tudo, assim como eu estou por conta das coisas que ela disse.

Quero tanto me aproximar dela para podemos conversar, dessa vez mais tranquilamente, que mal percebo que Tina tinha acabado de subir no palco anunciando a nossa entrada.

Maya se levanta e põe um dos microfones que foram separados para nós, ao subir no palco.

Lucca e eu nos juntamos a platéia.

A música começa a tocar e Maya está parada no meio do palco.

O que ela está fazendo? A música não começaria a ser cantada por ela, mas por todos nós.

Ela canta os primeiros versos e logo faz um sinal com uma das mãos para que Rubén também subisse no palco, não demora muito até que ela faça o mesmo gesto e Giulia, Flora e Isa também se juntam a eles.

Essa versão da canção está completamente diferente da que ensaiamos. Ela meio que parece está mais aconchegante.

Maya repete o gesto para que Chiara, Lucca e Juan também se juntem a eles. Eles dançam e cantam com muita emoção, e ela balança a mão mais uma vez fazendo com que Samuel, Nick e minha irmã também entrem na brincadeira.

Ela percorre seu olhar pelo salão e eles se encontram com os meus, mas em vez de também me chamar, ela apenas indica para que Nina e Martin também fossem.

Em instantes todos os nossos amigos estavam naquele palco, menos eu.

O refrão chega mais uma vez ao fim e um coro seguindo o ritmo da melodia, é formado. Maya e Rubén ficam de frente um para o outro e batem as mãos ao passarem para lados opostos.

Ele desce do palco e vai em direção à Athena, no mesmo momento em que a minha garota vem até mim, estendendo sua mão para que eu possa pegar.

-- Sabe, não tem a menor graça sem o mauricinho.

Lhe lanço um sorriso, esquecendo de tudo que havia a acontecido e seguro em sua mão.

Nós voltamos para o palco e então envolvemos mais ainda aquele espetáculo.

Não importavam mais os olhares de decepção ou as brigas desnecessárias, naquele momento estávamos todos unidos pelo mesmo motivo, pela força da amizade

Unidos

Uma história está presta a começar e uma batalha vamos enfrentar
Lutaremos todos juntos, mostrando a valentia que guardamos dentro de nós
Unidos somos mais fortes e não há nada que possa nos deter

Vejam o fogo que surgem nos nossos olhos
Ouçam os rugidos dos nossos corações Vibrem com as emoções que abraçam esse momento
Lutem contra os pesadelos que atormentam as nossas escolhas

Começamos essa jornada juntos, e juntos ainda vamos ficar mesmo depois que a tempestade de incertezas tentar nos derrubar
A nossa lealdade é o que move o destino que teremos
Se a solidão surgir e nos perdemos no meio do caminho, ainda existirá uma esperança que nos salvará

Vejam o ladrilhar do futuro que nos espera
Ouçam a fúria daqueles que duvidaram de nós
Vibrem com as vitórias que estamos conquistando
Lutem contra tudo aquilo que nos aflige

O sol ainda vai brilhar pronto para espantar todas as sombras que nos cercam
Somos o céu e a terra, a lua e o mar, o sopro da vida e o estrondo dos trovões e não há mais nada nos abalar
O nosso legado ainda vamos marcar nos versos dessa canção e ainda continuaremos unidos em meio a emoção

Vejam as conquistas que tivemos
Ouçam os aplausos daqueles que torceram por nós
Vibrem com futuro que construímos e continuem lutando por aquilo que acreditam

Com o terminar da canção, somos ovacionados pelo público com tamanho carinho que é quase impossível não se emocionar.

Quando eu finalmente consigo um tempo com a minha garota, Nina a pega primeiro e elas vão conversar perto do camarim.

•°• Maya •°•

Nina me olha um pouco tristonha.

-- Você estava certa. Me desculpa por ter agido daquela maneira.

-- Eu é que te peço desculpas, Carolina. Eu não deveria ter dito aquilo. -- pego em suas mãos.

-- Você só falou a verdade, e não tem nada de errado nisso. -- ela suspira e se encosta na porta do camarim -- Eu joguei a toalha!

A olho um pouco surpresa.

-- Sério?

-- Sim. Já estava passando da hora.

-- E como você está se sentindo?

-- Bom, com o coração arrasado, mas ao mesmo tempo feliz por ter tomado essa decisão. -- ela começa a chorar.

-- Ô, minha amiga. Chora, pode chorar. -- a abraço -- Eu não vou sair do seu lado.

-- Não. Eu não quero mais chorar. Eu sou forte o bastante para lidar com as minhas escolhas. -- ela se afasta.

-- E o que você vai fazer agora? -- pergunto e ela olha por cima dos meus ombros.

-- Eu vou te deixar conversar com um certo alguém que não para de olhar para cá.

Me viro para saber quem é.

Gustavo nem ao menos disfarça a sua atenção em nós. Ele está encostado no palco, com as mãos no bolso da calça, me lançando aquele olhar que sempre me fascina.

-- Vai lá e conversa com ele. Eu vi quando aquela mocréia jogou o veneno dela pra cima de vocês. -- ela sorri -- Tchau, depois a gente conversa melhor.

Assinto.

Assim que me despeço e ela vai embora, volto a olhar para Gustavo. Começo a ir em sua direção e paro de frente para ele.

-- Por favor, nunca mais me diga aquilo. -- ele me encara com um olhar tristonho -- Nunca mais me diga que preciso crescer. Você não faz ideia do que se passa na minha cabeça.

-- E nem você sabe do que se passa na minha. -- rebati com firmeza ao cruzar os braços.

Ele passa a mão na nunca e um sorriso sem graça surge em seus lábios.

-- Nós somos bem difíceis de se lidar, né? -- ele diz ao envolver seus braços ao redor da minha cintura e me puxar para mais perto.

-- Mas, é por isso que nós somos feitos um pro outro. -- relaxo em seus braços -- Me desculpe, se fui dura demais. Eu precisava dizer aquilo que estava sentindo, senão iria acabar perdendo a cabeça.

-- Tá tudo bem, estou quebrado por dentro, mas é só colocar um curativo e receber beijinhos sedutores. -- ele diz beijando minhas bochechas.

-- Eu estou com medo de perder você.

-- Não precisa, ninguém vai nos separar. E como você disse, 4 anos e meio, não são nada comparados aos anos que ainda temos pela frente.

Senti um conforto com aquelas palavras, e a única coisa que eu mais desejava, era que as minhas palavras realmente estivessem certas.

(1.907 palavras)
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Qualquer comentário é válido pessoal, seja ele bom ou não! 😉

Tchau e até o próximo capítulo! 👋🏻💕

Ass: May✨🌸

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