38. Criador de Memórias!
Oii leitores, sejam bem-vindos a mais um capítulo. Espero que gostem! 😉
ATENÇÃO
Este capítulo pode conter insinuações de atos sexuais, lembrando que todos os personagens envolvidos são maiores de 18 anos.
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Após muita comemoração e muitas pessoas bêbadas dormindo e conversando besteira nas mesas,
finalmente pude ter um momento a sós com meu garoto.
É muito tarde, nós já devíamos estar dormindo, e a nossa cidade nesse exato momento parece estar abandonada. São poucas as luzes dos postes, e o céu esta envolvido por nuvens, mal se consegue observar as estrelas. O vento forte que nos abraça, anuncia aos poucos a chegada de uma tempestade.
Gustavo segura na minha enquanto corremos para não acabamos nos molhando com o sereno, mas é quase impossível. Começa a chover e nos escondemos embaixo das folhas das árvores.
-- Você está ouvindo isso? -- ele me pergunta, e no exato momento um trovão é emitido.
-- O trovão? Sim.
-- Não, não era o trovão. Presta atenção, está tocando uma música.
Tento me concentrar, mas a única coisa que escuto é o barulho da chuva caindo sobre nós. Mas aí, consigo decifrar a melodia. Realmente é uma música. Ela está tocando em algum lugar próximo de nós, só não faço ideia de onde.
Gustavo corre para fora do nosso abrigo e estende sua mão para mim.
-- Venha! -- ele chama enquanto a água o molha.
-- Mas ainda tá chovendo muito, volte para cá. Você vai acabar pegando um resfriado.
-- Eu não me importo. Venha, Maya! Comemore comigo a minha vitória. -- ele abre os braços e gira lentamente -- Venha!
-- Gustavo, o que você está fazendo? -- digo indo até ele.
-- Criando novas memórias. -- ele me puxa para si -- Com você.
-- Eu não entendo.
-- Dama, você sempre assistiu filmes românticos, e nunca pensou em dançar na chuva com o seu amado? -- ele me gira -- Aproveite o momento. Nós estamos felizes, amando um ao outro mais que tudo, está chovendo e ainda está tocando uma música especialmente para nós!
Afasta meu cabelo do rosto, enquanto as gotas de água molham minhas roupas.
-- Você não sabe se essa música está tocando para nós.
-- Mas ela está aqui por algum motivo, o céu está praticamente caindo sobre nós. Isso é um sinal... Um sinal dos deuses para que você dance comigo nessa chuva.
-- Eu não gosto de tempestades, a noite. Elas me assustam desde de criança. -- admito um pouco envergonhada.
-- Mas a partir de hoje, elas não vão mais te assustar, porque eu vou te dar a melhor das memórias.
Ele agarra minha mão, ao envolver sua outra mão na minha cintura, me puxando para perto. Minhas bochechas queimam, quando ele começa a me guiar para o meio da rua, aproveitando os minutos que ainda temos daquela canção.
-- Me perdoe, se sou péssimo dançarino, mas é muito difícil dançar com alguém que praticamente flutua.
-- Não seja modesto, você já dançou diversas vezes comigo, e você nunca foi péssimo.
Ele sorrir.
Gustavo me gira algumas vezes, entrelaçando seu corpo no meu , a cada movimento que fazemos para que aquela memória seja inesquecível. Quando a chuva se torna mais forte, e a música parece ter terminado, ele me solta. Uma brincadeira começa a tomar conta de nós.
Corro sem rumo até o final do quarteirão, e ele me segue a todo instante tentando me pegar. É tão divertida a maneira como conseguimos nos complementar, sem dúvidas um amor como o nosso é raro de se encontrar. Ele é atemporal. Nós éramos atemporais.
Gustavo enfim consegue me alcançar e me abraça pelas costas enquanto rimos, ele me erguer e giramos juntos aproveitando cada instante que estamos criando memórias em meio aquela tempestade. Os beijos molhados que demos marcavam cada vez mais aquele momento carregado de ternura.
Eu perdi a conta de quanto tempo ficamos ali. Mas quando os trovões ficaram mais altos e os relâmpagos iluminaram o céu, voltamos o mais rápido que conseguimos para casa.
Os meus pais não faziam a menor ideia que eu ainda estava na rua brincando com a juventude com o cara que ganhou o meu coração, então tive a brilhante ideia de dormir na casa dele. Embora a minha casa seja do lado da dele, era mais seguro ficar ali do que ir para o outro lado da rua e dormir na minha cama.
Entramos na casa sorrateiramente e subimos as escadas o mais silenciosamente que conseguimos, para que ninguém acordasse.
-- Eu vou pegar uma roupa seca para você. -- Gustavo diz abrindo o guarda-roupa.
Fecho as cortinas da janela para que os flashes dos relâmpagos não me assustem como antes.
Me viro para cama enquanto uma poça d'água se forma debaixo dos meus pés. Gustavo coloca uma camisa preta de mangas longas e uma bermuda de moletom sobre ela e depois se vira para procurar algo para ele usar.
-- Se você quiser, pode ligar o chuveiro para a água ir esquentando um pouco. As toalhas estão nas gavetas debaixo da pia.
Assinto com a cabeça e começo a retirar os meus sapatos e a jaqueta que ele havia colocado sobre os meus ombros.
Ele fecha o guarda roupa e vai até a porta do quarto.
-- Você não vem? -- pergunto um pouco decepcionada.
-- Ainda não, eu vou pegar algo pra gente comer. Acho que ainda tem a torta de frango que minha mãe fez pro jantar.
Me encosto na porta do banheiro.
-- Nossa, que pena. Eu achei que você iria se juntar a mim. -- desamarro a alça do meu vestido e o deixo deslizar no meu corpo -- Tem certeza de que não vem?
Os olhos dele percorrem o meu corpo, enaltecendo toda a tensão que surgia entre aquelas quatro paredes. Retiro o restante das roupas que me cobriam, enquanto aqueles olhos continuam me observando da cabeça aos pés. Tento não rir com estado de choque que ele se encontra, mesmo já sendo acostumado com a minha audácia, Gustavo sempre acaba se esquecendo disso e ficando nervoso, enquanto impacientemente.
Lhe dou as costas e entro no banheiro. Deixo a porta aberta como se fosse um convite, por um instante enquanto prendo meu cabelo em um coque, conto na mente os segundos de espera, mas quando ligo o chuveiro e entro no box para de contar, pois pelo reflexo do espelho o vejo vim ao meu encontro.
Suas roupas estão no chão, ao lado das minhas, mas finjo que não vi o exato momento em que ele se livrou delas.
Deixo que a água deslize por meu corpo, fingindo que não ouvi os passos dele ao entrar no box, fingindo que não senti o toque de suas mãos acariciando a minha pele, fingindo que não desejei que os beijos dele deixassem o meu pescoço e fossem para outro lugar.
Como se estivesse lendo os meus pensamentos, ele deslizou seus lábios para a curva do meu ombro, deixando mais beijos até aqueles lindos lábios chegarem nos meus seios. Aos poucos ele decorava cada parte do meu corpo, sugando a minha pele, me envolvendo por completo ao me erguer no seu colo e me fazer sua.
Sinto o ar se esvair a minha volta ao sentir sua repentina força. Ele me pressiona contra a parede ao se movimentar enquanto tenta abafar os meus gemidos.
-- Se continuar gemendo dessa maneira, vai acordar a todos. -- ele balbucia no meu ouvido de uma maneira tão sensual que me faz querer passar o resto da vida com ele dentro de mim.
Olho nos seus olhos que exalam a luxúria que nos envolve de forma voraz. Aquele desejo parecia nos possui a todo instante, nos deixando sem um pingo de decência.
-- E isso importa? -- digo entre seus lábios.
O sinto sorrir através do beijo.
Gustavo me afasta da parede ao me levar em seu colo para cama.
Afundo a cabeça nos travesseiros ao abraçá-lo e apreciar o peso do seu corpo sobre o meu. Gosto da maneira como ele se movimenta sobre mim, com aquele ritmo acelerado e viciante, mas ao mesmo tempo sútil e romântico. Ele envolve seus braços por cima da minha cabeça para evitar que com o atrito eu acabe a batendo na cabeceira da cama.
O dançar das nossas línguas uma na outra, fazem com que a cada segundo que se passe percamos o controle dos nossos corpos, que naquele instante não conseguem mais ficarem longes.
O ar está mais quente, e os nossos sentidos zonsos com o prazer que proporcionavamos um ao outro, como se estivéssemos há anos sem sentirmos o sabor daquele pecado.
Ele se se afasta bruscamente de mim, me fazendo resmungar por ter me deixado tão insatisfeita, mas antes que eu pudesse dizer algo, ele me puxa consigo para a beirada da cama, agarra as minhas penas e leva sua língua para o lugar onde jamais havia me tocado com ela.
-- Ahhh! Gustavo... -- murmuro seu nome na tentativa de fazê-lo parar, mesmo com o meu corpo clamando para que ele continuasse.
Sua língua deslizava no meu íntimo, se adentrando de uma maneira tão alucinante que...
-- Oh, céus!
Por reflexo, ponho minha mão sobre a boca, mas no mesmo instante ele agarra meu braço e o puxa para baixo.
-- Não ouse cobrir sua boca. Você mesma disse que o barulho não importava. Eu quero que todos saibam que a única pessoa que te faz perder o controle, sou eu.
Balanço a cabeça e ele volta a fazer o movimentos de antes.
-- Você é minha? -- ele pergunta ao deslizar sua língua mais profundamente.
Apenas assinto com a cabeça. O meu corpo está respondendo por mim, mas do que eu poderia dizer.
-- Então diga em voz alta! -- ele manda.
Como ele quer que e eu diga se está com todo o controle do meu corpo? A minha respiração está descontrolada, eu não consigo pensar em nada além do prazer que ele está me dando desde o momento em colocou sua língua dentro de mim.
-- Diga, eu quero ouvir!
Agarro seus cabelos tentando me controlar, mas aquilo é inútil.
-- Eu sou tua, sou toda sua! -- enfim consigo dizer quando perco realmente todo o meu controle.
Relaxo o meu corpo. Ele sobe em cima de mim mais uma vez e me encara.
-- Você quer mais? -- ele beija o lóbulo da minha orelha -- Saiba que adorei conhecer o seu gosto. -- seus lábios voltam a deixar uma trilha de beijos no meu pescoço -- Quer que eu continue?
Balanço a cabeça, e obedecendo o meu pedido ele me penetra. Os movimentos estão mais fortes e mais ardentes do que antes, é como se tivesse mais vontade de me ter para si.
De repente assumo o controle, o empurrando para o lado e ficando em cima dele.
-- Tem certeza de que vai montar? -- suas mãos agarram os meus quadris quando assinto -- Então, devo avisar que não sou nenhum pouco dócil.
O puxo para mais perto e o beijo, sem me importar com lugar que boca estava antes. Ao nos separar, abrimos nossos olhos no mesmo instante, como se eles conseguissem ler a alma um do outro.
-- Não tem problema, eu adoro um desafio, e tenho certeza de que vou conseguir domá-lo.
-- Isso é o que veremos. Cuidado para não cair. -- ele debocha.
Agarro seus ombros ao começarmos a nós movimentar freneticamente. Eu conseguia senti-lo ficar cada vez mais rígido e exigente, necessitando do meu calor.
Gustavo se ergue um pouco e me abraça sem paramos a brincadeira que começamos a partir do momento em que entramos naquele box. Sem conseguir mais manter o mesmo ritmo já que a luxúria nos consumia ainda mais, ele envolveu seus dedos no meu cabelo e me beijou mais uma vez, até que enfim atingirmos o ápice.
Caio sobre seu peitoral quando ele deita novamente na cama. Ficamos em silêncio, escutando as respirações descontroladas serem emitidas e o barulho do chuveiro que ainda estava ligado. Suas mãos acariciam as minhas costas delicadamente quando ergo minha cabeça para olhá-lo.
Nós rimos juntos.
-- Dessa vez foi mais divertido. -- ele admite.
-- Não tenho a menor dúvida de que foi. -- passo a mão no seu cabelo -- Eu espero que a sua família não tenha nos escutado.
-- Estou enganado, ou pensei ter ouvido você dizer que não se importava com o barulho. É claro que eles ouviram, você gemeu alto demais.
-- Por culpa sua!
-- Eu avisei que não era nenhum pouco fácil de ser domado. Acho que vamos precisar de um segundo round. -- ele diz e sinto minhas bochechas queimarem -- Pode ficar tranquila, as paredes dessa casa são grossas demais, e os meus pais teem o sono mais pesado do que o de um urso em hibernação. -- ele rir ao tocar na ponta do meu nariz.
-- Idiota. -- resmungo ao me levantar para desligar o chuveiro.
-- Não estou mentindo. E saiba que a melhor parte foi ter que escutar cada palavra que saiu da sua boca. -- ele se deita de lado ao me observar -- Eu amo ver você toda envergonhada depois de ter sido uma safada.
-- Eu estou vendo. -- volto a encará-lo -- E se você continuar fazendo com que eu fique mais envergonhada, juro que faço greve.
O seu sorriso se desfaz e ele me olha com tristeza.
-- Por favor, tudo, menos isso. Dama, fazer isso é o pior dos castigos que eu poderia receber. -- ele dá leves batidinhas no colchão -- Vem, volta pra cama. -- diz com empolgação.
-- E se eu não for? -- provoco.
Suas sobrancelhas se juntam e ele se senta na cama. Por um instante percebo a perdição que ele é, tão bonito quanto um deus grego. A beleza que era como um vício para os olhos que o veneram.
-- Se você não vier, eu vou te pegar.
-- Eu duvido você tentar. -- desafio, mesmo sabendo que aquele lugar era pequeno demais para que eu conseguisse correr.
Gustavo se levanta e começa a vim até mim.
-- Nunca mais me desafie. -- ele avisa ao chegar mais perto.
E antes que eu percebesse, já estava em seus braços mais uma vez, pronta para entregar todo o amor que ainda tinha para dar.
(2.350 palavras)
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Qualquer comentário é válido pessoal, seja ele bom ou não! 😉
Tchau e até o próximo capítulo! 👋🏻💕
Ass: May ✨🌸
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