Capítulo 6 - Aproximação
AEEEE, Depois de séculos estou voltando a atualizar essa belíssima historia que vocês tanto amam, gente, passei por umas coisas pessoais, por isso o sumiço, mas simborá pro capitulo! Besos...
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NOAH
Estávamos no capo de futebol, por algum motivo todos os meninos eram obrigados a participar do treino de futebol hoje para ver se alguém tinha algum talento para entrar para o time. Isso claramente não era pra mim, fiquei seguindo as instruções do treinador que me olhava com desaprovação, porque via que eu não estava me esforçando. Mas ficar naquele sol e ainda correndo atrás de uma bola e sendo derrubado pelos outros, cansava para cacete.
Peguei uma toalha numa mesa ao lado do campo, passei no meu rosto e a coloquei sobre meus ombros. Meu cabelo estava completamente bagunçado por causa daquele capacete ridículo. Abri a garrafa de água em minhas mãos e tomei um longo gole me refrescando.
Depois de uns dez minutos, o treinador soou o apito e disse para todos irem para o chuveiro e eu já não via a hora disso acontecer, precisava urgentemente de um banho.
Segurei o capacete e andei em direção ao vestiário, mas no meio do caminho, vi Jordan me encarando de longe com as mãos nos bolsos, ele me seguiu com os olhos por alguns segundos e voltou para dentro do colégio, provavelmente ele estava tramando alguma coisa contra mim novamente.
Eddie me empurrou e terminou de bagunçar meu cabelo e decidiu fazer uma corrida para ver quem chegaria primeiro no vestiário, o que era besteira pra ele, porque no quesito de corrida eu era bem rápido. Acho que esse era um dos motivos que o treinador ficava em cima de mim, mas eu ainda não tenho interesse nesse jogo estupido.
-Você sabe que vai perder pra mim né? –Falei pra ele empurrando-o de leve.
-Nunca vou saber se não tentara. –Disse ele começando a correr na minha frente.
-Você nunca se cansa de perder não é mesmo? –Falei começando a correr atrás dele.
Assim que cheguei no vestiário, coloquei as roupas no cesto para que fossem lavadas e em seguida peguei a minha toalha, meu shampoo e meu sabonete e fui para o chuveiro.
-Não valeu, você deveria ter me dado uma vantagem. –Disse Eddie reclamando no banho.
-Mas eu dei, você teve uma vantagem de dez segundos. –Falei rindo enquanto esfregava o shampoo nos meus cabelos.
-Ah engraçadinho. –Respondeu ele me debochando. –Pelo menos o meu banho é mais rápido que o seu. –Disse ele fechando o chuveiro.
-É que eu sou o mais bonito, então tenho que manter a manutenção da minha beleza. –Falei zoando ele.
Ele começou a rir.
-Mas vem cá Noah. Você não se sente incomodado por....
-Pelo o que? Tomar banho junto de outros meninos?
-É!! Isso não te incomoda, sei lá, deles ficarem meio que te julgando...
-Sinceramente não dou a mínima pra isso, até porque são meninos né, se é que me entende. –Comecei a rir.
-Ai credo. –Disse ele tapando sua área da frente.
-Relaxa que o seu eu já conferi faz é muito tempo. –Falei rindo para deixar ele constrangido.
-Credo menino, você tá virando um tremendo taradão por rola. –Ele me deu um empurrão de leve e começou a rir. –Mas vai dizer que você não gostou.
-Olha, eu nem vou comentar porque você vai ficar envergonhado, então... –Zoei ele novamente.
-Meu Deus Noah, você tá impossível. –Disse ele rindo e saindo da área dos chuveiros. –Olha eu admito algo se você admitir o que você pensou quando me viu peladão.
-Eddie, desde os meus dez anos eu vejo você pelado porque sempre estudamos juntos, então eu já reparei nisso em você há muito tempo. –Falei para ver se ele se aquietasse.
-Então desde aquela época você....
-Provavelmente. –Falei encarando ele.
-Então aquela noite.... –Ele ficou calado me encarando.
-Do que você tá falando? –Eu realmente não sabia do que ele estava falando.
-Deixa pra lá, uma outra hora a gente conversa sobre isso. –Disse ele terminando de se enxugar. –Mas não posso negar que você tem uma bundinha bem redondinha. –Finalizou ele rindo e tacando shampoo no meu cabelo novamente.
-Olha a palhaçada. –Falei rindo e empurrando ele. –Agora tenho que enxaguar tudo de novo, seu idiota.
-Problema é seu. –Disse ele rindo e saindo.
Deixei a água percorrer meu cabelo todo para que eu pudesse tirar o excesso do shampoo e finalmente poder sair dali, pelos os meus cálculos, faltava pouco para poder ir para casa, principalmente agora que conseguimos uma nova casa muito espaçosa e uma que o meu quarto não ficasse tão próximo do quarto da minha mãe, fora que o porão foi reformado para uma área para "família", porque tinha um espaço para assistir filmes e até daria para colocar uma mesa de algum jogo, tipo sinuca, tênis de mesa, sei lá, era um local que eu estava ansioso para estudar o que poderia fazer por lá.
Puxei a minha toalha da mureta e comecei a me enxugar. Ouvia a porta do vestiário bater e logo em seguida a porta do armário de alguém bater fortemente, várias vezes.
-Olá? Eddie, se for você fazendo graça, eu juro que te bato. –Ameacei envolvendo a toalha pelo o meu corpo e caminhando até os armários.
E novamente ouvi outro barulho do fundo da sala e um grito, não sei se era de raiva ou de tristeza. Me aproximei calmamente até ver uma silhueta curvada sentada no banco de frente para os armários azuis.
-Ei, você está bem? Quer que eu chame alguém? –Perguntei me aproximando.
Quem quer que fosse ainda não havia me respondido e agora parecia estar chorando e tentando se esconder de mim. Me aproximei devagar e o toquei no ombro.
-Ei. –Insisti.
Quando ele virou, me surpreendi por ser Jordan, com os olhos avermelhados e completamente molhados. Ele ficou tão surpreso quanto eu, tentou se recompor e limpar as lagrimas e se afastar de mim.
-Você também veio tirar sarro da minha cara? –Perguntou ele.
-Porque eu faria isso? Tá certo que você é meio babaca as vezes, mas porque eu faria isso?
Ele me encarou ferozmente e parecia estar sugando a minha alma.
-Calma, calma. É brincadeira. –Falei soltando um riso de nervosismo. –Mas o que aconteceu pra você tá nervoso dessa maneira?
-O que isso te interessa? Nem somos amigos nem nada. Porque eu deveria dizer algo pra você?
-Olha, as amizades começam assim, você conversando com a pessoa, sabendo um pouco dela e tals, isso é o básico.
Ele riu. Não entendi o motivo daquela risada sinistra dele, porque eu estava sendo sincero come ele.
-Acontece que as pessoas desse colégio não são dignas da minha amizade. –Disse ele com tom esnobe.
-Mas de novo isso? –Revirei os olhos. –Olha, o que você tiver isso é problema seu, já que você se acha o superior, então foda-se. –Me levantei, mas ele segurou fortemente o meu braço, impedindo de que eu saísse. –O que você está fazendo?
-Por favor, não vá. –Disse ele olhando para baixo. –Eu não tenho ninguém pra conversar.
Agora parecia que ele estava sendo mais sincero e eu pude sentir a sinceridade vindo das palavras dele e os olhos, pareciam estar tão vazios, como se precisasse de alguém para tirar ele daquele lugar sombrio que aparentava. Me sentei novamente ao lado dele e fiquei calado olhando pra os armários.
-Me desculpa se eu fui um babaca com você. –Disse ele. –Mas é que eu sempre fui assim, sempre ia para lugares chiques, com umas pessoas tão esnobes que me davam raiva.
-E porque você age como um então?
-Porque é disso que as pessoas gostam em mim. Por eu ser esnobe e ser da "classe" deles, então eu sempre sou rodeado de pessoas que eu sei que só estão lá por interesse. –Desabafou ele.
-Mas se você odeia tanto, porque ainda continua?
-Você é idiota ou o que? Acabei de dizer o motivo e você faz a mesma pergunta?
-Cara, eu só quero entender que se você odeia, porque faz? Porque se é algo que te faz mal, você não deveria continuar e foda-se o que os outros vão pensar.
-Você é mesmo um garoto da roça, por não entender como as coisas funcionam. –Ele riu novamente. –Acontece que status é tudo, pra conseguir um bom emprego, bons lugares, boas pessoas...
-Pessoas interesseiras, você quer dizer... –Interrompi ele. –Porque o que vale tudo isso se não tem ninguém verdadeiro pra te acompanhar, um amigo, um amor, sei la? Porque podem dizer o que for que dinheiro compra sim tudo, mas é ilusão, porque ele compra apenas as coisas materiais, coisas físicas, mas o seu mental, isso quem decidi é você e não um simples status. Não vou dizer que você não vai encontrar alguém legal com o mesmo status que você, porque isso pode e acontece com toda a certeza, você só tem que ser você mesmo e não quem você não é e olha que eu sei como é não ser quem você realmente é. –Falei tocando o ombro dele.
-Porque?
-Cara... –Olhei para ele com cara de que era obvio o motivo, porque todo mundo ali já sabia que eu era gay, porque essas coisas se espalham de uma forma tão rápida que é surreal.
-Eu ainda não entendi.
-Meu Deus, depois o idiota sou eu... –Comecei a rir. –Você nunca ouviu comentários sobre mim por aí não?
-Quando as pessoas estão comigo, só querem saber do meu dinheiro e das coisas que eu tenho. –Disse ele desanimado.
-Mais um motivo pra você parar de ser assim, simplesmente seja você. –Respondi.
-Tá, mas e o lance contigo, que eu ainda não entendi.
-Cara.... Eu sou gay.
-MAS O QUE? –Disse ele boquiaberto. –Cê tá me zoando, só pode.
-Claro que não. –Respondi com um olhar obvio.
-Eu nunca diria que você fosse... é gay. Isso é algo, interessante. –Disse ele desviando o olhar.
-O que você quer dizer com isso? –Perguntei perdido.
-Nada não.
-Minha nossa, o dia hoje tá pra ninguém me dizer nada né? –Me levantei.
-Onde você vai? –Perguntou ele.
-Me trocar? –Mais uma vez o olhar obvio no meu rosto. –Eu não posso ficar só de toalha. –Respondi.
-Realmente. –Disse ele. –Até porque né? –Ele riu.
-Ih, olha como ele já ficou palhaço do nada. Me respeita garoto, quem é você pra dizer algo do meu corpo.
-Convenhamos que o meu é mais trabalhado que o seu. –Se convenceu.
-Bobagem. –Revirei os olhos. –Seu corpo é pouca coisa a mais do que o meu, sai fora. –Falei dando a volta no armário e indo para outro corredor pegar as minhas roupas no meu armário.
Desenrolei a toalha, coloquei ela em cima do banco enquanto pegava minha cueca box a e vestia.
-E tem outras coisas que sou bem melhor que você. –Disse ele rindo enquanto me espiava de canto de um dos armários.
-Para de ser idiota e eu não vou cair nesse seu papinho de que você é melhor nisso ou naquilo, não to numa competição pra saber qual é o melhor, se enxerga garoto. –Respondi colocando a minha bermuda e em seguida a camisa do uniforme do colégio.
-Vai com calma pequenino. –Zoou ele.
-Você é muito palhaço. –Fechei a porta do meu armário, peguei a minha mochila e a coloquei sobre um ombro e caminhei até a porta.
-Ei. –Chamou ele.
Olhei para trás e o encarei.
-Valeu pelo papo de agora a pouco, me ajudou um pouco e....
-O que?
-Valeu pelas risadas disso aí. –Ele apontou para o meu corpo.
-Vai se foder. –Falei abrindo a porta do vestiário e soltando um sorriso de leve. Fico feliz que pude, novamente, ajudar um brutamonte desses.
Continuei caminhando indo para meu armário principal, para guardar uns livros que pesavam a minha mochila e até o clima do colégio parecia outro, sei lá, estava meio diferente dos dias de costume.
-Caraca Noah, tava batendo punheta é?
-Larga a mão de ser idiota Eddie.
-Ué, pela demora que você fez, eu estava quase indo ver se não tinha se afogado por lá.
-Eu estava resolvendo umas coisas. –Respondi enquanto guardava meu livro.
-Mano, para de ser nojento e faz essas coisas na sua casa. –Disse ele.
-Para com isso. Não foi nada disso não, foi uma outra coisa... E vem cá, você tá é muito mais tarado do que eu, porque não é a primeira vez que você toca nesse assunto hein.
-Ih, to achando que você tá é ficando doidinho de vez.
-E ai meninos. –Disse Deb junto de Kevin.
-O que vocês vão fazer hoje à tarde? –Perguntou Kevin.
-Eu preciso arrumar as coisas em casa ainda, porque tem muita coisa pra organizar da mudança. –Respondi desanimado.
-Eu vou treinar, porque quero ver se consigo entrar para o time esse ano. –Disse Eddie.
-Coitado do time. –Ri e levei um soco de leve no ombro.
-E quanto a você Deb?
-Preciso fazer umas compras e ai to livre o resto do dia. Talvez eu passe lá na sua casa para te ajudar Noah.
-Seria uma boa, porque eu não vou recusar isso. –Falei rindo.
Era sexta feira e eu estava dando graças a Deus que as aulas estavam acabando e poderia aproveitar meu fim de semana, sem dever, sem trabalhos extras, era tudo o que eu queria.
Jordan ainda era um babacão, mas de certa forma um pouco diferente, mas é o que dizem, as mudanças não ocorrem do dia para a noite, com o tempo ele melhora, o que os outros estavam de cara era de que ele não me encheu o saco pelo lance do rato no refeitório, que todos ouviram ele dizendo que eu iria pagar.
Até pensei que talvez esse fosse a "vingança" dele, mas o que eu senti quando vi ele naquele vestiário, era real, verdadeiro ou ele já pode ganhar um prêmio de melhor ator, porque se foi tudo falsidade, aquele lá tem que ganhar esse prêmio. Mas de certa forma, quando ele me via, sorria pra mim e teve até uma vez que ele chegou a acenar pra mim. Quando a gente se cruza nos corredores, ele sorri ou me cumprimenta, diferente das pessoas que andam ao redor dele vangloriando ele, eu apenas sigo o meu caminho e quando to com vontade, sorrio ou aceno pra ele, meio sem jeito, mas faço, pra ele não ficar no vácuo.
No final da aula, me despedi dos meus amigos na entrada do colégio e como eu ainda não estava com a minha bicicleta, o jeito era pegar o ônibus do colégio, já que minha mãe também não tinha tempo para me buscar, essa era a melhor maneira de voltar pra casa rápido.
Minha mãe havia conseguido seu antigo emprego de volta, antes de nos mudarmos para San Francisco, o que era muito bom, porque ela adorava aquele lugar e sempre foi uma das melhores, acho que foi por isso que aceitaram ela de volta e ela parecia muito mais feliz.
Antes de voltar para casa, acho que vou passar no mercado antes e ajudar a preparar algo bem gostoso, porque ela merece um pouco de agrado. Então ao invés de subir no ônibus, fui caminhando para um mercado que ficava próximo dali, comprei o bacon, lombo e farinha de milho, não tinha como eu errar com esse prato, que se me lembro bem é cobrir o lombo com bacon e depois colocar a farinha para cobrir e colocar no forno, impossível eu errar isso. Passei no caixa, peguei as sacolas e me dirigi para o ponto de ônibus mais próximo.
Quanto mais a gente tem pressa, parece que as coisas demoram mais, porque já estava dez minutos esperando o ônibus e nada dele aparecer, estava começando a ficar ansioso e um pouco nervoso com isso.
Um carro de luxo preto, com vidros escuros e rodas personalizadas e aro vermelho, parou no ponto de ônibus e buzinou. Fingi que não era comigo, talvez fosse com essas senhoras atrás de mim. O vidro abaixou lentamente e então ouvi a buzina novamente.
-Ei garoto da roça. –Ouvi. Sabia quem era, porque só tinha uma pessoa que me chamava assim. –O que tá fazendo perdido por aqui?
-Isso aqui é um ponto de ônibus que pessoas normais usam para se locomover, pagando uma taxa, para que possam te levar em certos locais. –Falei provocando ele.
-Eu sei o que é um ponto de ônibus, não em trate como se eu não soubesse. –Disse ele apertando as mãos no volante. –Quer carona?
Olhei para o relógio do meu celular e que se foda, assim eu chegaria mais rápido em casa e daria tempo de preparar o jantar pra minha mãe e surpreender ela.
-Ok, mas eu preciso chegar em casa o mais rápido possível. –Falei enquanto entrava no carro e colocava o cinto.
-Porque tanta pressa?
-Você não precisa saber. –Falei.
-Como ele tá grosseiro, credo. –Disse ele sorrindo e dando uma arrancada com o carro.
-Não precisa exagerar também. –Falei dando bronca nele.
-Mas você quem disse que estava com pressa. -Ele riu novamente.
Após um período de silencio, enquanto eu olhava para fora do carro, perguntei:
-Porque você tá sendo gentil comigo?
-Ah sei lá, fui com a sua cara. –Respondeu ele rapidamente. –Talvez pelo fato da gente ter conversado lá no vestiário, acho que senti uma ligação contigo.
Encarei ele.
-Não esse tipo de ligação. –Disse ele firmemente e murmurou alguma coisa que eu não entendi exatamente o que era. –Você cozinha?
-Eu tento fazer uma coisa ou outra.
-E o que você pretende fazer com essas coisas?
-Comida? –Soltei um riso fraco.
-Isso eu sei né idiota. Quero saber que prato. –Perguntou ele concentrado na estrada.
-Um paemel bacon.
-Eu amo esse prato. –Ele parecia salivar. –Um lombo enrolado no bacon com farinha de milho, assado na temperatura certa, me deu até uma fome.
-É, mas esse não é pra você. –Falei.
-Mas da próxima vez, você poderia me convidar.
-Porque eu faria isso? –Comecei a rir.
-Porque eu tô sendo gentil com você e estou te dando uma carona?
-Então você sempre teve o intuito de ter algo em troca, típico de você. –Respondi.
-Calma, eu tô brincando com você. Mas se quiser me convidar um dia, não precisa nem você fazer, eu posso fazer e levar para você provar.
Era estranho ele agir comigo dessa maneira, me deixava um pouco nervoso e ansioso, porque vai que do nada ele vira um doido e me sequestra, eu ainda não confio nele totalmente, por isso que compartilhei minha localização com a Deb e mandei a mensagem "se eu sumir, você sabe onde me encontrar", porque vai que esse menino seja que nem o Marcos.
-Estamos quase chegando, se quiser me deixar ali. –Apontei.
-Tá com medo de eu saber onde você mora? –Ele riu. –Relaxa que eu não sou nenhum psicopata não, fica tranquilo. Se eu deixar você ali, provavelmente você vai demorar uns cinco minutos pra sua casa e isso conta muito pra essa prato. –Insistiu ele. –Agora me diz onde eu paro.
Fiquei encarando ele sem entender porque ele queria me deixar em casa, era estranho.
-Aqui. –Falei encarando ele. –Valeu pela carona.
-Não por isso, mas você tem que me prometer de que vai me convidar a próxima vez.
-Eu não sou de cozinhar todos os dias, apenas hoje pra agradar minha mãe que trabalha tanto. Então acho que não vai ter uma próxima vez.
-Que isso, é só programar um dia que aí eu posso te ajudar. –Insistiu ele.
-Porque tanto dessa insistência de querer vir aqui? –Perguntei.
Ele apertou as mãos no volante, olhou para o outro lado e depois me encarou depois de um suspiro longo.
-É que sei lá, depois do que você me disse...
-Ah não vem com essa não, eu apenas disse pra você ser você mesmo.
-Por isso mesmo.... Você me deixou tão bem, foi tão sincero comigo, de uma forma que ninguém nunca foi, por isso que eu queria sabe....
-O que? –Fiquei nervoso e com a mão na maçaneta.
-De que você fosse meu amigo. –Suspirou ele. –Porque eu não tenho nenhum amigo de verdade, que diz a verdade na minha cara, assim como você fez e eu fiquei pensando nisso de que seria legal de ter alguém assim. –Ele se virou pra mim e me encarou.
-Tá, mas não precisa ficar forçando essas coisas, porque leva tempo até ser amigo de alguém, não é assim do nada e principalmente você... –Falei.
-Eu entendo. Mas o que eu não entendo é porque você disse que era gay pra mim.
-Porque eu sou! –Afirmei.
-Mas você sempre tá com aquela menina do lado, vocês dois parecem tão próximos, que até parecem ser namorados.
Comecei a rir loucamente.
-Aquela é minha amiga, somos como irmãos, por isso que ficamos tão grudados assim, o que é engraçado que antes não éramos tão próximos assim, mas ela é apenas minha amiga. –Respondi limpando meus olhos, que eu ri tanto que cheguei a chorar do tanto que ri. –Essa foi boa.
-Mas você tem certeza de que é?
-Mas é claro, cem por cento.... E porque tanto interesse em saber disso? Eu hein.... Não vá me dizer que você....
-Não, claro que não. –Negou ele. –É que você é tão diferente dos que eu já vi, que não dá pra imaginar que você é.
-Eu tô achando que você tá interessado demais no assunto. –Brinquei.
-Sai pra lá. –Disse ele. – Mas como que é?
-Ai credo, você mudou o assunto do nada, nega mas tem curiosidade. –Ri novamente. –Enfim, valeu de novo pela carona e até outro dia no colégio.
-Ei. –Disse ele me olhando.
-O que foi? –Perguntei.
Naquele instante ele ficou calado e o silencio tomou conta do carro, ouvindo pequenos estalos da sacola em minhas mãos.
-Eu queria te pedir um favor.
-O que foi?
-Sobre aquilo no vestiário.... Não conte pra ninguém, por favor.
Fiz sinal de como tivesse trancado a boca.
-Aquilo é nosso segredo. –Falei para confortar ele que parecia um pouco tenso.
-E mais uma coisa... –Ele esperou eu olhar para ele e então me beijou de surpresa.
Arregalei os olhos surpreso e me afastei rapidamente e assustado.
-O que você está fazendo?
-Noah? –Me arrepiei todo ao ouvir essa voz, porque era a pior coisa que poderia ter acontecido era isso. Olhei para fora do carro e sem perceber, Brandon estava parado quase na metade do caminho de casa, com as mãos no bolso do moletom me olhando.
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