[0.2] CHEIRO DE ITALIANO


AVISO ESSE CAPÍTULO CONTÉM CENAS FORTES QUEM É SENSÍVEL PEÇO QUE LEIA ATÉ ESSE SIMBOLO: 🚫


Toda aquela história de sapatos de grife e marcas italianas fez Jeon Jungkook sentir uma vontade de comer massa, e ele estava dirigindo sua moto em direção ao restaurante que mais amava, Piccola Cucina Osteria, o melhor de New York. O detetive tinha um incômodo dentro do peito, afinal havia um jornalista sensacionalista agarrado na sua garupa e em seu corpo agora, nunca gostou desse tipo de gente, alguns casos ele teve a presença de diferentes jornais e não foi uma experiência nada divertida, todos queriam postar mentiras e não ajudavam realmente seu trabalho. O baixinho ali até que não é de todo mal, Park era... divertido, ainda mais com seu tamanho anormal.

Quando chegamos ao estabelecimento, eu estacionei minha moto perto dali e desci fazendo Jimin descer também tirando o capacete. Ele olhou para onde nós almoçaríamos e sua confusão estampou seu rosto bonito.

— Agora não é happy hour? Vamos enfrentar uma fila, Jungkook. — resmungou, revirei os olhos travando minha moto com um cadeado para não roubarem.

— Espere e verá minha mágica, garoto. — retrucou pegando na mão dele para atravessarem a rua, precisava ir rápido para voltar ao trabalho, mas Jimin incrédulo se soltou do homem e caminhou ao seu lado bufando.

— Eu juro que eu vou chutar o seu traseiro! Eu tenho 32 anos, cara! — falou irritado, fazendo o mais velho sorrir provocativo entrando no restaurante um tanto lotado.

— Pois não parece. Agora fique quieto e veja minha mágica acontecer. — Jimin olhou o maluco presunçoso ultrapassar a fila de pessoas ouvindo reclamações das mesmas, ele foi até o recepcionista e mostrou sua carteirinha do FBI, o cara arregalou os olhos e deixou Jungkook entrar. O detetive virou para chamar Jimin pelo dedo, e Park ficou constrangido pelos olhares irritados daquela gente.

— Eu ainda cometerei um homicídio culposo... — sussurrou para si mesmo, andando para entrar no comércio. Jungkook foi acompanhado pelo garçom e se sentou numa mesa para dois. Jimin sentou na cadeira a frente e o funcionário perguntou:

— O que os senhores vão pedir?

Pegou o cardápio antes do parceiro ainda bravo pela provocação, olhando as vastas opções deliciosas.

— Eu vou querer Pasta Carbonara, minha preferida, e de sobremesa... Panna Cotta, por favor. — pronunciou direitinho as palavras em italiano afinal, uma das coisas que desejava era viajar para a Europa. Passou o cardápio para o outro, que arregalou os olhos como os preços aumentaram desde que viera ali, então pediu Pasta Carbonara também e tiramisù, o garçom anotou os pedidos e foi para a cozinha.

— Você é um mão de vaca... — falou Jimin percebendo o olhar desacreditado quando ele olhou para os preços.

— Sim, e com muito orgulho. Seria muito melhor ir comer um burger na lanchonete. — Encostou na cadeira, com uma postura relaxada e Jimin fez uma careta, "que doido ele que nos trouxe para cá".

— Somos tão diferentes... — murmurou o jornalista e o outro deu de ombros.

— Você é descendente de coreano como eu? — Curioso, o mais velho soltou a pergunta, recebendo a atenção do Park que mexia no celular.

— Não, eu nasci na Coreia do Sul e me mudei para cá faz 3 anos.

— Entendo, nasci aqui nos EUA mas meus pais são Sul-Coreanos. — Uma lembrança de seu pai na infância o perturbou por um momento, mas tratou de afastá-la, hoje estava sendo um dia proveitoso. Jimin largou o seu celular para dar atenção à conversa.

— Você está solteiro? — A questão fez Jeon arregalar os olhos, Jimin estava com os braços apoiados na mesa com um olhar provocativo. Esse baixinho é descarado, hein?

— O que te importa? Por que a pergunta de repente? — Jungkook estava desconfiado com o flerte do jornalista.

— Simples, eu sou direto. Você é atraente e é apenas uma pergunta... — Sem nenhuma vergonha na cara, respondeu ao homem.

— Nossa? Ok, sou solteiro mas eu não me envolvo com menores de idade. — Ele decidiu entrar no jogo de provocação, lançando um sorriso matreiro, Jimin revirou os olhos chupando o dedo do meio e o mostrando livremente, por um triz Jeon não pensou algo muito sexual. Mas, pela primeira vez, notou a tatuagem de dragãozinhos no seu pulso branquinho. — Ei, são dragões tatuados?

Ele parou de sorrir bobo para olhar a tatuagem e anuiu com a cabeça.

— Sim, são dragãozinhos, até coloquei nomes neles. — O Coreano vasculhou o corpo de Jungkook, cravando os seus lumes na mão grossa tatuada e nas letrinhas pequenas no pescoço. — Você também tem, não é? Fale seus significados que eu falo das minhas.

— Certo. Bom, no meu pescoço está escrito Stronger, é como um incentivo pessoal para eu continuar lutando. — Passou a mão na tinta grudada na epiderme um tanto bronzeada. — No braço até a mão, eu decidi por bobeira, acho que eu queria algo mais sombrio e que demonstrasse domínio, então minha amiga tatuadora me sugeriu os Lobos, então eu fiz. Já a que tenho na perna é um gladiador, gosto do filme, sabe?

Jimin ficou encantado assistindo as tattoos envolverem os braços sexy de um jeito atraente... todo aquele homem é. Tratou de focar em si agora.

— São significados bonitos, Jungkook. Enfim, o significado dos dragões é que eu gosto muito de ler fantasia e amo os filmes do Como treinar seu dragão. — Jimin sorriu de um jeito que quase iluminou todo o restaurante. — Eu tenho uma âncora na panturrilha, com linhas de nuvem. Tatuei uma âncora porque amo viajar de navio e também, significa estabilidade. A última é no flanco, um cigarro quebrado escrito fuck, em homenagem aos Peaky Blinders.

— Wow? Que gostos peculiares, gosto dessa série também. — disse um pouco atônito, mas a comida chegou, quentinha, e a fome foi maior no momento, então os dois desejam Bon appetite um ao outro antes de atacarem o prato. Jimin como era observador, notou que Jungkook era muito mais moreno que o normal, mesmo para um descendente de Coreano tinha marcas recente de sol, então perguntou:

— Por acaso, você surfa ou vai muito à praia?

— Sim, eu surfo no Queens, tenho um amigo surfista, sabia? O cara é um tremendo filho da puta nos mares, é um bom remédio relaxante também. — falou limpando a boca com o guardanapo após comer seu prato, porém, percebeu a observação minuciosa. — Como você sabe?

— Sua cor é muito bronzeada, até para um descendente e tem marquinhas de sol. Lógico que eu perceberia, meu trabalho é sobre observação, gatão. — explicou já partindo para sobremesa, igual seu novo parceiro. Jungkook ficou surpreso e concluiu:

— Talvez não somos tão diferentes assim, baixinho.

Jimin sorriu escondendo-se com a colher na boca, contudo lembrou-se do que eles teriam que falar antes de ir embora.

— Ok, vamos falar sobre os corpos, você não me respondeu ainda.

— Verdade, não trouxe as fotos porque não daria mas, eu lembro como estavam. O corpo das duas vítimas se encontraram com marcas de ferro quente em formato de cruz quase por toda a pele, não tinha sangue espalhando como deveria ter, pois o assassino cortou o pênis deles, e essa foi a causa da morte segundo o legista. O filho da puta é muito limpo, um potencial psicopata.

Park até não quis comer mais seu doce saboroso, provavelmente foi melhor não visitar o necrotério e o corpo morto na casa em que esteve, Jungkook terminava tranquilamente seu tiramisù, acostumado com aquele assunto de cadáveres, já Jimin estava meio enojado por imaginar, nunca tinha visto uma cena daquelas.

— Jungkook, você foi até a boate onde ele foi visto pela última vez? — perguntou inquieto.

— Não, ele não disse para a família onde ia, estamos buscando nas gravações de quase todas as boates de NY. É foda, Jimin mas eu acho que teremos que esperar mais um ataque dele...

Era ruim pensar naquilo, mas para pegar um Serial Killer era muito difícil e o detetive estava certo, precisava pensar em seu escritório sozinho sem a presença marcante do Jungkook.

— Vamos, mova sua bunda dai, eu quero ir embora. — mandou o jornalista, indo pagar no caixa sua comida separadamente, e realmente não era o caso, mas Jimin tinha uma bunda redondinha que deu até vontade de apertar.

Oh-meu-deus? Para que caminho estava seguindo?

[🚔 | 🎥]

🚫AVISOS CENAS FORTES🚫

A rua escura estava silenciosa, apenas a luz fraca do posto iluminava uma parte da calçada, os passos do sapato caro eram ouvidos quase ecoando pela rua inteira e nenhuma alma viva passava por ali. Apenas um assassino segurando sua vítima que não conseguia se mexer após receber uma injeção que não sabia o nome, não sentia seu corpo, apenas seu cérebro funcionava, e queria sair dali, estava com medo, muito medo. Seu coração chamava os braços de sua mãe e queria gritar para alguém, qualquer que fosse.

Eles entraram numa casa abandonada assustadora, o garoto se arrependeu amargamente de não ouvir seu melhor amigo, que disse para não ir naquela maldita boate gay e nem ter entrado num site de encontros, deveria ter ficado em casa assistindo como sempre ficava.

O homem fazia um barulhinho cantarolando e seu cheiro forte se tornou o cheiro da morte. Ele entrou na casa velha e logo colocou o rapaz "invalido" numa cadeira e amarrou-o, colocando uma fita em sua boca.

— Sabe, você fica muito mais bonito assim, quieto, sem dizer flertes malditos. — disse com uma expressão divertida mas que mudou rapidamente para uma séria. Havia um fogo queimando num balde de ferro e tinha uma barra queimando ali dentro, o assassino olhou para o relógio importado. — Agora você irá se mexer.

O efeito do medicamento passou e o rapaz começou a movimentar seu tronco tentando gritar na qual não conseguia pelo aperto da fita em sua boca.

— Creio que seu amiguinho vai ficar muito triste com sua morte. E você também quando queimar no inferno. — Ele se levantou cantarolando uma música italiana, pegando o ferro quente com luvas pesadas que tinha um sinal de cruz na ponta onde havia fogo brasante, a vítima queria correr daquilo arregalando os olhos que já chorava imaginando a dor do fogo. — Apenas sinto muito por não ouvir mais claramente seus gritos de redenção...

O homem sem demora colocou a cruz de fogo na epiderme dele, fazendo ele gritar abafado com a dor tão poderosa que quase desmaiou na cadeira. A sessão de tortura fez quase a pele do rapaz se derreter, perdeu os sentidos e não gritava mais pelo padecimento, o sofrimento causado por aquele que tinha certeza de que estava punindo o garoto, como se fosse um maldito justiceiro, ele parou com a 'pena' para dar um fim e ir embora a fim de ter um sono de anjos.

Em uma linha tênue entre a vida e a morte, não ouviu mais nada quando suas calças foram arrancadas do corpo, e sentiu seu pênis ser cortado de uma maneira vagarosa como se toda suas veias fossem se rompendo, delirando com a angústia. Sangue jorrava para quase todos os lados, só não sujou o torturador porque ele estava atrás da vítima pegando um vidro de formol para queimar a pele dele ainda mais, uma simulação do fogo do inferno, pensou. E para brincar com a polícia, claro.

O homem perdia a razão quase inexistente e a última coisa que pensou foi no amor da sua vida, no qual não veria nunca mais. Jimin. E sua alma já não estava mais ali.

[🚔 | 🎥]

O dia amanheceu para Jungkook, estava no seu departamento conversando com alguns peritos e agentes quando seu telefone tocou, avisando que mais uma morte ocorreu mas tudo indicava o modus operandi do assassino era igual, mesmo que ele tenha jogado formol no tronco formando queimaduras terríveis segundo sua equipe. Mas, essa vítima que reconhecemos trabalha no mesmo escritório de Jimin, era repórter e tinha alguns meses de serviço. Era um rapaz bonito que sofreu muito na hora de sua morte. O detetive ligou para o seu parceiro, no número que ele tinha dado no dia anterior.

— Bom dia, Jimin. Você está trabalhando agora?

" Bom dia, gatinho. Sim, porque? Aconteceu algo?"

— Sim, eu preciso que você venha até o Brooklyn, rápido. Te passo o endereço da rua no chat."

Houve um silêncio na linha, Jimin já podia imaginar o que tinha acontecido.

" Eu já estou chegando."

O investigador ajudou os peritos a etiquetar algumas coisas possivelmente relevantes por alguns minutos, mas logo Jimin chegou com um porsche preto, ele estava vestido roupas formais com um sobretudo negro em contraste a sua pele. Ele sorriu pequeno quando encontrou Jeon.

— O que queria me mostrar?

Jungkook tinha medo do colega de Jimin significar muito para ele, mas tinha que encontrar conhecidos e a família dele para interrogar. Chamou o jornalista com a cabeça caminhando até o corpo já ensacado para ser levado até o necrotério do FBI.

— Quero que você identifique a vítima.

Park franziu o cenho em confusão.

— Mas... — Ele mesmo fechou a boca, quando Jungkook abriu o saco e um sentimento muito doloroso atingiu seu peito. — Daniel... não.

Ele se ajoelhou, e uma lágrima escorreu pelo seu rosto, não tinha como confundir aqueles cabelos castanhos claros e ondulados do amigo, segurou o rosto gelado dele e chorou pela morte dele.

— D-daniel, seu-u bobo? E agora, quem vai me trazer café com donuts quando eu estiver cansado? Quem vai-i... não... — Sua voz estava embargada por conta do choro.

Jungkook, que observava o homem ali chorar pelo seu amigo, sentiu algo partir seu coração. Ver o rosto iluminado e mimado do jornalista se tornar em dor, foi horrível.

— Hey, baby? — Coloquei a mão em seu ombro e num momento senti dois braços me abraçarem fortemente, Jimin chorava agora em meu peito. Hesitante retribui seu abraço rodeando sua cintura delicadamente.

Esse foi o estopim para aquela barbaridade se tornar pessoal, e Jeon jurou que ia caçar o demônio assassino até o fim do mundo. Faria ele pagar. Faria ele sofrer o dobro.

O destino do filho da puta já está decidido. E agora era só questão de tempo.


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