Capítulo 9: Notícia ruim
No final do dia, estava ansioso para me encontrar com Lola. Queria me desculpar por ontem e contar as coisas que havia acontecido. Troquei de roupa e então sai.
Enquanto saia, dei de encontro com minha mãe, que chegava mais cedo em casa. Cumprimentei ela rapidamente e então sai.
Chegando ao parque, lá estava ela, me esperando com um sorriso no rosto.
-Que bom que apareceu. –Ela sorriu.
-Me desculpe por ontem, mas é que aconteceram umas coisas e....
-Eu sei bobinho. Wally me contou.
Sorri pra ela e então começamos a correr.
-Você tinha que ver como ele mentia descaradamente na minha frente. –Falei em pequenas pausas. –E eu fui suspenso, dá pra acreditar?
-Sério? –Surpreendeu. –Mas, e ele recebeu alguma punição?
-O pior é que não. –Respirei. –Eu queria muito quebrar a cara dele àquela hora. Já que iria ser suspenso mesmo, poderia ter aproveitado.
-Mas se fizesse isso, poderia piorar as coisas. –Respondeu com pequenas pausas.
-Você tem razão. Mas eu ainda quebro a cara daquele idiota.
-Noah, acho melhor você não caçar confusão. –Ela respirou mais um pouco e então continuou. –Esse é o seu quinto dia nesse colégio e ele já te bateu e tez fez ser suspenso. É melhor você ignorar ele e deixar essas coisas pra lá, porque senão você pode acabar se complicando mais.
Não era assim tão fácil como ela dizia, meu orgulho não deixava que eu ficasse por baixo. Eu teria que fazer alguma coisa.
-Eu falo isso para o seu bem, porque as vezes ele pode não só atacar você, mas as pessoas que andam com você.
Ela estava falando de Wally, não deu para não perceber a preocupação com o irmão.
-Eu não vou deixar nada acontecer com ele Lola, eu prometo.
*****
Já estava ficando tarde, então fui para casa, ainda tinha que dizer que eu estava suspenso no colégio. O pior é que teria que falar ao meu pai. Suspirei fundo.
-Com vou fazer isso? –Falei andando de um lado para o outro na frente da casa.
-Ei Noah.
-Wally? O que faz aqui? –Perguntei em dúvida.
-Vim ver como você estava e saber o que aconteceu que não voltou mais para a sala de aula, você sumiu do nada.
-Eu fui suspenso Wally. –Falei com peso na voz.
-Por qual motivo?
-Por ter batido no Brandon.
Ele ficou surpreso.
-Não. Cê tá me zoando. Quando que você fez isso? –Perguntou boquiaberto.
-Não bati nele, ainda. Ele inventou que eu bati nele, sendo que foi o contrário e ainda apareceu com o olho roxo, aposto que era maquiagem aquilo lá. –Falei um pouco furioso.
-E é isso que está te preocupando?
-É. –Falei cabisbaixo. –Eu não sei como vou falar para o meu pai, não posso simplesmente falar oi pai, fui suspenso, porque bati em um colega.
-Explica o motivo pra ele e fala que não foi isso que aconteceu.
-Wally, você não conhece o meu pai. Quando ele fica bravo, não queira nem saber.
-Bom, eu vou nessa então cara. Espero que dê tudo certo pra você, boa sorte.
-Valeu. –Apertamos a mão um do outro.
-Ok. Vamos lá, você consegue. –Suspirei.
Entrei em casa e logo minha mãe já veio me dizer para tomar banho que o jantar já estava saindo. Teria que ser depois do jantar mesmo.
Como de costume, não conversamos enquanto comíamos. Depois de terminar o jantar e aguardar minha mãe trazer a sobremesa. Eu iria contar a eles o que havia acontecido. Meu coração batia rápido, sentia um tremor nas mãos.
-O que foi querido? Está tudo bem? –Perguntou minha mãe.
-Eu preciso falar uma coisa para vocês.
Meu pai me encarou com aquela cara de bravo. Ele deveria saber que coisa boa não era. Mas também, o jeito que eu estava, dava na cara que coisa boa não era.
-O que foi garoto, fale logo. –Falou ele meio impaciente.
-Eu tive um problema no colégio hoje. –Disse abaixando a cabeça.
-O que você fez? –Perguntou ele respirando fundo.
-Você está bem, querido? –Perguntou minha mãe, toda preocupada.
-Não foi nada disso mãe. É que... –Veio uma angustia e minha garganta parecia se trancar de tão tenso que eu estava.
-É que o que garoto? Fale logo. –Disse ele.
-Eu.... Eu fui.... –Respirei fundo. –Fui suspenso. E vocês terão que ir terça feira no colégio.
Ele soltou a colher que segurava, afastou a cadeira e se levantou.
-Você foi o que? –Ele se dirigia em minha direção.
-Fui suspenso pai, mas não foi minha culpa, tem um garoto que....
-Que mais nada. –Falou com um tom alto. –Quantas vezes já falei pra você não arrumar confusão no colégio? Quantas vezes eu disse para você ficar longe de confusão, hein? Quantas?
Ele andava de um lado para o outro.
-Mas não foi minha culpa.
-Claro que foi, se você está suspenso é porque você teve culpa nisso. –Ele passou a mão no rosto.
-Pai, por favor.
-Por favor o que Noah?
-Me ouve, não foi realmente o que aconteceu.
-Então você realmente tem culpa nisso. –Ele colocou as mãos na cintura e sacudiu a cabeça.
-Querido, vamos manter a calma.
-Como manter a calma Elisabeth, nosso filho se mete em confusão e você quer que eu me acalme? –Falou com ironia. –Noah, sai daqui. AGORA. –Gritou ele.
Olhei para minha mãe e ela estava sem palavras. Me levantei, passei em sua frente e o olhei.
-Por favor pai, deixa eu explicar.
-Noah, sai da minha frente, garoto. –Falou entre os dentes.
Fingi subir as escadas e então fiquei atrás da parede ouvindo. Sei que é errado, mas queria saber o que ele iria fazer.
-Alfred, você tem que ter calma, nem deixou o garoto se explicar.
-Explicar o que Elisabeth? Ele foi suspenso por alguma besteira. Isso é coisa séria.
-Eu sei, mas podia tê-lo deixado explicar. Você sabe que ele está tentando se adaptar.
-Se metendo em confusões? Isso não é se adaptar.
-Alfred, tenta entender o garoto. –Disse enquanto retirava os pratos da mesa. –Não é fácil pra ele.
-Não é fácil pra ninguém Elisabeth, se ele continuar assim, vai virar um daqueles delinquentes. Logo ele aparece com brincos e tatuagens.
-Mas não é você que quer que o garoto seja maduro?
-Mas não dessa maneira Elisabeth. Ele tem que entender que tem que batalhar pelas coisas, respeitar as pessoas, ser educado. Não estou criando um filho mal-educado. –Ele suspirou. –Estou indo para o meu quarto, essa conversa me deixou com enxaqueca.
-E o que você vai fazer com Noah? –Perguntou ela, ligando a lava louça.
-Eu vou pensar o que fazer com ele. –Disse indo em direção a escada
Subi sem fazer barulho, entrei no meu quarto e encostei a porta com cuidado, deixando uma fresta. Ouvi seus passos no corredor e em seguida ouvi a porta do seu quarto se fechando.
Deitei em minha cama e fiquei olhando para o teto. Aquela situação foi um tanto quanto estressante. Ele nem deixou que eu explicasse que foi tudo por causa de Brandon.
-E agora? –Suspirei.
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