Capítulo 51: Até logo
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Boa leitura.📖
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No decorrer da semana, meu pai não falou comigo, simplesmente me ignorava quando passava por mim ou até mesmo na hora do jantar. Minha mãe me disse para não se preocupar que essa pirraça dele iria passar.
Contei aos meus amigos como as coisas foram em casa e me desculpei muito com Brandon, por ter deixado ele sozinho no apartamento dele.
-Eu sei que errei, mas eu tinha que resolver isso. -Falei.
-Podia ter pelo menos me acordado. -Disse ele retirando algo de seu armário.
-Me desculpe, mas se eu tivesse te acordado, você não teria me deixado ir. -Argumentei.
-Não deixaria... -Ele fez uma pausa. -Você passar por isso sozinho.
-Que fofo da sua parte amor, você me desculpa?
-Só se você me ser um beijo. -Disse ele fechando a porta do seu armário e sorrindo pra mim.
-Mas você só quer um? -Sorri.
-Claro que não, vai ter que me dar muitos para compensar. -Disse ele se aproximando.
Quando iriamos nos beijar no corredor, fomos interrompidos por Wally que me puxou pelo braço.
-Mas o que é isso, você ta maluco?
-Você deveria me agradecer, isso sim. -Disse ele apontando pra entrada.
Quando olhei em direção a ela, vi o meu pai parado, falando ao telefone. Pela sua cara parecia ser muito importante.
-O que será que ele tá fazendo aqui? -Falei me escondendo.
-Isso eu não sei, mas não parece ser nada bom. -Disse Wally.
Fiquei observando ele enquanto falava no telefone, não demorou muito e ele se dirigiu ao escritório do diretor. O sinal tocou e então tive que ir para a minha sala. Fiquei preocupado durante a aula toda. Ele nunca foi de ir ao colégio por nada, sempre pensou no seu trabalho em primeiro lugar.
No final da aula. Brandon me encontrou nos armários me convidando para ir para a sua casa, infelizmente, tive que recusar, estava preocupado demais para qualquer outra coisa.
-Me desculpa amor, mas eu tenho que descobrir o que o meu pai veio fazer aqui no colégio. -Falei um pouco cabisbaixo.
-Você quer que eu vá com você? -Perguntou ele.
-Eu não acho isso uma boa ideia amor. Sabe que se ele ver nós dois juntos, as coisas podem se complicar mais ainda. -Falei dando um abraço carinhoso nele.
-Tudo bem, fazer o que então! -Disse ele fazendo manha.
Segui para casa junto com Wally, que me contava como o seu namoro com Ethan estava bom. Boa parte do caminho eu mal prestei atenção no que ele dizia, apenas acenava com a cabeça e as vezes dava respostas curtas e rápidas.
Cheguei em casa e percebi que o carro do meu pai estava em casa, o que era estranho, pois ele nunca chega tão cedo em casa, sempre preferiu ser o último a sair do escritório, para adiantar alguns trabalhos.
Passei por ele e subi as escadas indo em direção ao meu quarto. Percebi seus olhos me seguindo enquanto eu passava, mas em nenhum momento ele dirigiu a palavra para mim.
Troquei de roupa, peguei a minha mochila e então fui fazer o meu dever de álgebra. Sinto o meu celular vibrar e então olho para ver de quem era a mensagem.
Brandon: Tudo bem por ai? 18:07
Você: Tá sim, ele nem falou comigo. 18:08
Brandon: Você não vai falar com ele? 18:10
Você: Agora não, vou esperar a minha mãe chegar primeiro. 18:10
Brandon: Estou torcendo para que não seja nada complicado. 18:12
Você: Obrigado amor, qualquer coisa eu te mando mensagem pra você vir me salvar. 18:13
Brandon: Vou ficar aguardando. <3 18:13
Terminei o meu dever de casa e fiquei deitado pensando em qualquer motivo dele ter ido no colégio hoje. Pensei, pensei e pensei, mas nada entrava na minha cabeça se não aquela confusão com Marcos. Mas não podia ter sido isso, já faz semanas que isso havia acontecido.
Passei tanto tempo pensando em algo que nem vi a hora passar, quando percebi, minha mãe batia na porta do meu quarto, com uma cara nada feliz, pedindo para que eu descesse.
Pelo tom de sua voz, coisa boa não era.
Desci as escadas e vi meu pai debruçado em cima a mesa da cozinha e minha mãe encostada no balcão da cozinha, segurando um copo de água.
-O que foi? -Perguntei tentando entender o que estava acontecendo.
-Acontece querido, que eu e seu pai conversamos....
-Sobre?
-Sobre você e o seu namoradinho. -Disse ele cerrando os dentes.
-E o que tem?
-Seu pai não quer que vocês se veem mais. -Disse minha mãe.
-O que?
-Isso mesmo. -Afirmou ele.
-E a senhora está de acordo com isso? -Perguntei me virando para a minha mãe indignado.
-Não estou querido, mas conversamos muito a respeito de certas coisas e não pude convence-lo. -Disse ela tomando um gole de água.
-Eu nunca vou me afastar dele. -Falei.
-Ah, mas você vai. -Disse ele se levantando. -Dentro dessa casa ele não entra mais.
-Porque eu sabia que o senhor iria fazer esse tipo de coisa? -Afrontei.
-Olha o tom de como você fala comigo Noah.
-Ah, agora é Noah e não mais filho. -Falei ironicamente.
-Filho meu não namora menino. -Disse ele.
-Querendo ou não eu sou seu filho e namora sim e sempre vai namorar um menino. -Falei.
-Vamos ver se vai ser isso mesmo. -Disse ele com um sorriso no rosto.
Não entendi o sorriso em seu rosto, mas observei a expressão do rosto da minha mãe mudar, fiquei um pouco preocupado.
-Tem alguma coisa que eu ainda não sei? -Falei olhando para os dois.
-A partir de hoje, você está de castigo e sem conversar com aqueles seus amigos estranhos. - Disse ele.
-Estranhos? Eles são tão normais como o senhor é. -Respondi. -Me responde o que é normal para o senhor? Normal seria homem namorar com mulher? É isso?
-Não tenho que te dar satisfação para você. -Disse ele.
-Quanto mal humor. -Falei.
-E tem mais uma coisa. -Disse ele. -A partir da semana que vem, você estudará em um colégio interno. -Respondeu ele.
-O que? -Falei indignado.
-É isso mesmo o que você acabou de ouvir. Semana que vem você vai para um outro colégio.
-Mas eu não vou, nem pensar que eu vou sair desse colégio para ir para outro.
-Você não tem que querer. VOCÊ VAI. -Afirmou ele.
No momento, a raiva começou a tomar conta do meu corpo, eu estava tão furioso, que tive que me segurar para não falar umas boas para ele.
-Você sabia disso, mãe? -Perguntei já com as lagrimas de raiva nos olhos.
-Sinto muito querido, não pude fazer nada, infelizmente. -Disse ela tristemente.
-Eu pensei que você não poderia ser pior pai, mas sempre tem algo pior que saia do senhor. -Falei me virando e subindo as escadas.
Mandei mensagem para Brandon passar em casa e me tirar de lá. Tomei um banho e me troquei, coloquei uma roupa de sair e desci as escadas rapidamente.
Os dois olharam para mim e me perguntaram para onde eu iria àquela hora, simplesmente ignorei o alerta dos dois e então sai de casa. Fiquei na varanda, aguardando enquanto Brandon não chegava.
Minha mãe apareceu, com uma xícara de chá e se sentou ao meu lado, ficando em silencio por alguns minutos.
-Olha, eu sei que isso é chato, mas as coisas vão melhorar. -Disse ela assoprando a xícara.
-Como eu ir para um colégio que proíbe que eu saia dele? -Falei. -Como isso pode melhorar se eu vou estar preso.
-Isso é melhor do que uma clínica psiquiátrica. -Disse ela.
-O que.... Não acredito que ele queria me enfiar num lugar daquele.
-Eu consegui fazer a cabeça dele para que não fizesse isso, porque na verdade, você não tem nada de errado, quem deveria ir para um lugar daquele, seria ele, por trabalhar tanto.
-E pela ignorância que ele tem. -Disparei.
-Não fala assim dele Noah, querendo ou não, ele ainda é o seu pai. -Disse ela levando a xícara até a boca.
-Infelizmente, não é? -Falei. -Porque ele não é como o pai de Brandon que aceitou tudo numa boa e ainda faz de tudo pra ele ser feliz, porque ele não enxerga isso, que eu sou feliz com o Brandon.
-Para o seu pai, é difícil compreender, já que ele veio de uma família rigorosa. O pai dele sempre batia nele, por qualquer besteira, então acho que ele pegou um pouco do traço deles. -Disse ela tentando explicar.
-Mas então ele teria que entender, se ele quer ser melhor do que a família dele. Ele deveria tentar me compreender e me dar forças em um momento desses. Porque ele deve saber que não vai ser nada fácil daqui pra frente, já não está sendo, não é? -Falei um pouco exaltado.
-Fica calmo querido. -Ela suspirou. -Infelizmente, eu não consigo tirar essa ideia da cabeça dele, mas vou ver o que consigo por você. -Disse ela.
-Obrigado mãe. A senhora está sendo a melhor. -Falei soltando um sorriso no rosto.
-E eu nunca fui? -Brincou ela.
-Sempre, mas agora está sendo mais. -Sorri.
-Venha cá. -Ela esticou o braço e me puxou para o lado dela.
Ficamos ali abraçados por um tempo até Brandon chegar com o seu carro. Dei um beijo nela e andei em direção ao carro.
-Se comporta hein. -Disse ela. -Não chegue muito tarde e se for fazer aquela coisa....
-MÃE.
-O que? Só estou preocupada. -Disse ela.
-Mas não precisa sair gritando assim, para os vizinhos ouvirem. -Falei constrangido.
*****
Fomos até o boliche para ver se esfriava a cabeça. Enquanto jogava, imaginava os pinos sendo o meu pai, o que me deixava com mais raiva ainda e lançava a bola com o máximo de força que tinha, conseguindo até fazer um strike.
-Dessa maneira, os pinos vão acabar de processando por maus tratos. -Brincou ele.
-Haha, que engraçado. -Ironizei.
-Calma, eu estava brincando apenas. -Disse ele.
-Ai, sei lá. Ainda não acredito no que ele fez. -Falei me sentando ao lado dele.
-Me explica direito o que aconteceu. -Disse ele passando o braço por trás de mim no encosto do banco e se virando um pouco para mim.
-Ele não quer mais que você aparece lá em casa, ele não quer que a gente se vê e o pior de tudo, ele me colocou em um colégio interno. -Falei soltando um suspiro.
-Não importa o que ele tente fazer, eu não vou me separar de você. Eu posso ir te ver nesse colégio. -Disse ele.
-Você não entende. -Falei tristonho. -Esse colégio não aceita visitas e eu nem posso sair dele e muito menos usar o celular ou qualquer outra rede social, porque eles dizem que isso prejudica o aprendizado.
-Mas nem quando fazem trabalhos digitalizado? -Perguntou ele.
-Os computadores são todos monitorados e sempre vai ter alguém que fica observando enquanto você usa. -Falei.
-Mas isso é como uma prisão gente. -Disse ele.
-É por isso que eu estou morrendo de raiva.
-Agora eu te entendo. E não tem como sua mãe falar com ele? -Perguntou ele enquanto pegada uma batata da porção em nossa mesa.
-Ela tentou e esse colégio foi o melhor que ela conseguiu. -Abaixei a cabeça.
-Olha, se quiser eu posso falar com o meu pai e....
-Não adianta Brandon. Não tem como ele fazer nada. Infelizmente.
Ele se aproximou e me abraçou o mais forte possível.
-Então, vamos aproveitar esse tempo juntos. -Disse ele olhando em meus olhos. -Eu prometo que vou te tirar desse colégio. -Disse ele com os olhos brilhando.
-E como você vai fazer isso? -Perguntei.
-Eu vou dar um jeito. -Disse ele. -Ainda não sei como, mas vou pensar em algo, então não se preocupe. Você já sabe o nome do colégio?
-Não. Eles não quiseram me falar nada a respeito dele. -Fiquei olhando ele.
-Não se preocupe, eu vou encontrar esse colégio e te tirar de lá. -Disse ele dando um beijo em minha bochecha e em seguida, me dando um selinho.
Depois de jogarmos e aproveitar o tempo junto, Brandon foi me levar para casa. O tempo começou a mudar e a imensa lua no céu, agora estava atrás de nuvens negras e carregadas. Por dentro delas, os relâmpagos faziam festa, como se estivesse tendo alguma sessão de fotos dentro da própria nuvem.
Chegamos em minha casa e um tremendo trovão disparou no céu. Pequenas gotas de água começaram a cair. Me despedi de Brandon e quando fui sair do carro, percebi meu pai sentado na cadeira de madeira na varanda me aguardando.
-Mas o que ele.... -Falei retirando o cinto e saindo do carro.
Andei em sua direção e perguntei o que ele estava fazendo ali.
-Estava esperando você voltar. Você já viu a hora que é para você chegar esse horário? -Perguntou ele.
-Porque? O senhor nem se importa! -Afrontei ele.
-Eu só quero o seu bem. -Disse ele se ajeitando na cadeira.
-Meu bem? Mas eu estou bem desse jeito. -Falei.
-Não, você pensa que está, mas na verdade não está. -Disse ele.
-E como o senhor pode saber mais do que eu mesmo? -Perguntei ironicamente.
-Porque eu sou o seu pai.
-E isso faz com que você saiba mais, entendi então. Eu acho que as coisas aqui são ao contrário, o senhor pensa que sabe as coisas, mas na verdade não sabe de nada, essa é a verdade.
-Olha como você fala comigo, você tem que me respeitar porque eu sou o seu pai. -Disse ele se levantando da cadeira.
Isso fez com que Brandon saísse do carro e ficasse olhando de longe.
-Pode pedir para ele ir embora, ele não tem mais nada para fazer aqui. -Disse ele.
-Não posso impedir dele usar a rua, ele nem aqui em casa ele está, então ele fica aonde ele quiser, porque o senhor não tem direito de impedir ele. -Falei já um pouco nervoso.
-Mantenha a calma Noah. -Alertou ele.
-Mas eu estou calmo, não está vendo até o sorriso no meu rosto. -Ironizei.
Ele soltou um suspiro e se levantou. Brandon ficou mais atendo agora que ele se levantou.
-Eu não quero que continuemos assim, por isso que estou te mandando para esse novo colégio. -Disse ele.
-E quanto ao senhor? Vai para alguma palestra forçadamente e ficar preso lá até entender as coisas? -Falei encarando ele. -É, eu acho que não. Então você não quer que ambos melhoremos, apenas eu.
-Não é isso, mas enquanto você não mudar.
-Mas eu já mudei, o senhor tem que aceitar que agora tem um filho gay. -Falei alto.
-Meu filho não é gay, ele pensa que é, mas isso é coisa de adolescente, você está se descobrindo, logo isso passa e esse colégio vai te fazer entender isso. -Disse ele tentando explicar seu ato.
-Não adianta pai, eu não vou mudar por ninguém, eu sou assim e sou feliz desse jeito, não quero me prender a uma vida chata e tediosa de trabalho e mal cuidar da minha própria família, eu quero ser alguém melhor do que isso. -Disparei.
-Você não me dá outra escolha. -Disse ele indo em direção a porta.
Ele abriu ela lentamente e lá estava a minha mala e minha mochila.
-Mas o que é isso?
-Você está indo para o colégio hoje à noite. Alguém do colégio vai passar aqui para te buscar. -Disse ele.
-Como o senhor pode decidir algo assim do nada?
-Já resolvi as coisas no seu colégio, então você partira daqui a pouco.
Fiquei indignado com a decisão dele. Tudo isso porque eu tenho um pai idiota que não aceita o próprio filho.
-Então é assim. -Falei inconformado e com as mãos na cintura.
Uma van cinza parou atrás do carro de Brandon e dois homens grande e forte saíram dela. Eles usavam um uniforme azul escuro com detalhes vermelho e muitos outros colégios usavam essa mesma cor, o que seria difícil para Brandon me encontrar.
-Então isso é sério. -Falei para ele.
-Senhor, viemos buscar Noah Owen. -Disse um dos homens.
O silencio prevaleceu por alguns segundos, dando tempo para que a chuva caísse mais forte ao invés de pequenas gotas de águas. Brandon ainda continuava do lado de fora do carro e ao perceber os homens se aproximando ele começou a andar em direção a casa.
-As coisas dele está na porta. -Disse o meu pai com as mãos atrás das costas, como se tivesse tomado a decisão correta.
Um dos homens pegou a mala e a mochila e as levou para dentro da van e em seguida voltou para perto do outro que ficava aguardando pacientemente a minha partida.
(TRADUÇÃO DA MUSICA NO FINAL) ▶⏯🎵
Holding a Heart / Segurando um Coração
(SE POSSÍVEL, OUÇA A MUSICA ENQUANTO LÊ ❤)
https://youtu.be/J3QxzqIXU9Q
-O que esta acontecendo? -Perguntou Brandon.
-Isso não é da sua conta garoto. -Respondeu o meu pai.
-Claro que isso é da minha conta, eu sou o namorado dele, então isso me importa. -Disse ele bravo e todo molhado da chuva.
-Eles estão me levando para o colégio novo.
-Mas pensei que isso iria levar mais tempo. -Disse ele colocando as mãos sobre os meus ombros.
-Eu também, mas parece que o senhor sabe tudo ali, queria me ver o mais longe dele. -Falei.
-Isso não é verdade. -Disse meu pai tentando se defender.
-Se não é isso então o que é? -Perguntei ironicamente.
-Eu só quero o seu bem. -Disse ele.
-Acho que o senhor também não sabe o que é ser irônico não é? -Falei com raiva. -E cadê a minha mãe?
-Ela disse que não iria aguentar te ver indo embora.
-Ou o senhor amarrou ela em algum lugar ai para ela não impedir o senhor? -Afrontei ele novamente.
-Calma amor, mantenha a calma, não vá piorar as coisas. -Disse Brandon.
-Calma o que? Eu já tô todo fodido mesmo, que se foda essa merda toda. -Falei irritado.
-Senhor, precisamos ir. -Disse um dos homens.
-Claro, claro. Podem levar ele. -Disse meu pai.
-Para onde você vão levar ele?
-Para a instituição....
-Opa, não diga mais nada, rapaz. Ele não precisa saber. Nem da família ele é. Inclusive, se ele aparecer por lá, não quero que deixem ele se aproximar do meu filho. -Falou meu pai.
-Mas é claro que não. -Falei.
-Senhor? -Disse o homem.
-Sim, sim. Podem ir.
-Ninguém vai encostar em mim. -Falei.
Um dos homens veio se aproximando de mim e Brandon se colocou na frente. O cara, simplesmente retirou ele com facilidade da minha frente e segurou em meu braço.
-Ele disse para não encostar nele. -Disse Brandon empurrando o cara.
O segundo homem se aproximou de Brandon e tentou segurá-lo, mas ele foi mais rápido e desviou dele, empurrando ele também, mas para fora da varando, fazendo com que ele caísse em cima do gramado todo molhado.
O primeiro homem se levantou da varanda e novamente veio em minha direção, mas eu corri para o outro lado da varanda. Brandon novamente se pôs em minha frente, não deixando que ele passasse, segurando ele ao máximo.
-CORRE. -Gritou ele. -VAI LOGO, CORRE.
Olhei para os lados e vi o segundo homem se levantando e andando pelo lado de fora da varanda. Pulei o corrimão da varanda e comecei a correr. Logo atrás de mim, estava o homem correndo junto. Tentei driblar ele mas foi em vão. Ele literalmente pulou para cima de mim, fazendo com que eu caísse sobre o gramado frio e gelado, por causa da chuva.
O homem me segurou com os braços para trás e me arrastou para frente da casa.
-Senhor, desculpe por usarmos a força bruta, mas o protocolo diz que caso haja resistência, será utilizado a força para conter o aluno, caso isso não dê certo, será utilizado outros métodos, o senhor está de ciente?
-Sim, estou totalmente ciente, usem o que precisar. -Disse meu pai.
-Isso não vai ficar assim. -Falei. -O senhor vai me pagar por isso, está me ouvindo, seu velho homofóbico. -Falei furioso tentando me soltar dos braços do homem.
-Podem levar ele. -Disse ele.
-Eu não quero te ver nunca mais, seu velho nojento. Não me chame mais de filho, está me ouvindo. -Falei enquanto era forçado em direção a van. -Você morreu pra mim, está me ouvindo seu homofóbico? VOCÊ MORREU PRA MIM. AAAAAAAHHHHHH -Gritei.
-NOAH, NOAH, EU VOU TE ACHAR, EU PROMETO. -Gritou Brandon, também tentando se soltar do braço do segundo homem. -NÃO SE PREOCUPE, VOU FAZER DE TUDO PARA TE ENCONTRAR.
-BRANDON, EU TE AMO. -Gritei.
-EU SEI, EU SEI. EU TAMBÉM TE AMO. -Gritou ele. -Eu também te amo. -Disse ele sendo solto pelo homem e se ajoelhando. Percebi que ele começou a chorar ali mesmo.
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É foxes, a coisa está ficando "braba" para o Noah. E agora, o que será dele longe de tudo e de todos? 🙃
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TRADUÇÃO DA MUSICA:
https://youtu.be/J3QxzqIXU9Q
Holding a Heart/ Segurando um coração
Inspire, segure-o, segure-o
Vá em frente, comece
Para deixar ir, porque não há
Razão
Eu estou me transformando
Em alguém
Descer, descer, descer
Estou segurando um coração em minhas mãos
Hey, hey, hey
Meu próprio trabalho de arte aqui onde eu estou
Hey, hey, hey
Ceder, é tão difícil começar
Viver na minha pele
As confusões são inúteis
Contra ela
Vou tentar tudo o que posso
Para encontrar um lugar macio para pousar
Descer, descer, descer
Estou segurando um coração em minhas mãos
Hey, hey, hey
Meu próprio trabalho de arte aqui onde eu estou
Hey, hey, hey
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