Capítulo 36: Nós dois


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Eu ainda não havia falado com Brandon a respeito dos meus sentimentos. Mas ele parecia estar mais próximo depois do que aconteceu ontem. Isso me deixava mais confortável.

Andei até o armário dele e o vi parada com o armário aberto mexendo em alguma coisa. Ele estava com a jaqueta do time, o uniforme por baixo e a calça jeans preta com um rasgo no joelho.

Ele soltou um sorriso quando me viu aproximar.

-Podemos conversar depois? -Perguntei.

-Passa lá em casa hoje. -Disse ele fechando a porta do armário.

-Não pode ser no intervalo?

-Desculpa, mas hoje eu tenho treino e não sei se vai dar pra gente se falar depois. -Ele começou a andar e eu o acompanhei.

-Entendo. -Abaixei a cabeça.

-Mas não se preocupe. -Ele piscou pra mim. -Eu sempre vou estar aqui pra você. -Ele apontou para o meu peito e sorriu.

Soltei um leve sorriso e então fui para a minha sala. Foi como eu disse, depois de ontem, ele parece estar mais próximo, é como se o que aconteceu ontem, nos aproximou mais ainda.

-O que tá acontecendo entre vocês dois agora? -Sussurrou Wally.

-Eu também não sei, mas parece que ele não está mais chateado comigo.

-Será que foi o que aconteceu ontem? Porque se foi, isso é a coisa mais fofa do mundo. -Ele sorriu.

-Bom dia pessoal, quero que vocês façam grupos de três pessoas e não me venham com dois ou quatro pessoas. Hoje vamos fazer um debate sobre o que aconteceu ontem.

Todos ficaram em silencio e olhando para o professor.

-O que vocês estão esperando? Juntem-se. -Ele fez um movimento com as mãos.

Wally apenas aproximou sua carteira da minha e Bonnie apareceu trazendo a sua cadeira. Olhamos pra ela.

-O que foi? Não acham que eu iria deixar vocês dois, não é? -Ela se sentou de frente para nos dois. -E quanto você e o Brandon, hein? -Ela apoiou o cotovelo na carteira.

-Ah, então foi por isso que ela veio para cá. -Sorri.

-O que? Estou curioso para saber, depois do que ele me disse ontem.

-O que ele te disse?

-Ontem, quando aquilo aconteceu. Eu estava falando com ele quando ouvimos o barulho, então entramos dentro de uma sala vazia, que não estava tendo aula. Entao ficamos lá por alguns minutos. Ele se virou pra mim e disse assim:

-O Noah!

-O que tem ele?

-Era pra ele estar indo pro vestiário.

-Não, você não.... Brandon, é perigoso demais.

-Eu não vou deixar quem eu amo se ferir.

-Então ele se levantou e saiu correndo pelos corredores do colégio, eu achei muito lindo da parte dele. -Ela se debruçou sobre os braços e me encarava sorrindo.

-Nossa, não acredito que ele disse isso. -Disse Wally.

-Mas ele disse, está duvidando de mim Wally? -Ela encarou ele.

Depois do colégio, fui para casa de Brandon para conversar com ele e dizer o que eu sentia e agradecer por ontem.

Entrei na casa e a empregada disse que ele estava tomando um banho, porque ele havia terminado de chegar do treino. Perguntei se poderia esperar ele no quarto dele se não fosse problema.

Cheguei no quarto e entrei. Ouvi o barulho do chuveiro vindo do banheiro do seu quarto e então fiquei esperando por ele.

Não demorou muito e ele saiu do banheiro, vestindo apenas uma cueca branca com o elástico preto. A sua barriga ainda estava um pouco molhada. Ele estava com a toalha nas mãos enxugando os cabelos. Fiquei um pouco corado quando o vi daquele jeito.

-Oi. -Ele sorriu

-Oi. -Falei envergonhado.

-Não precisa ficar envergonhado. -Ele sorriu. -Mas então, sobre o que você queria falar?

-Primeiro, eu queria te agradecer por ontem. Pelo o que você fez.

-Eu simplesmente agi por impulso, já que se você se machucasse a culpa seria minha. -Ele jogou a toalha em cima da poltrona próximo a cama.

-Me desculpe por aquele dia, em que eu disse que você era o mesmo de antes. -Me levantei e fiquei mais próximo dele.

-Aquilo foi coisa do momento, você estava com raiva. -Disse ele.

-É mas, não era a coisa certa a ter dito. Principalmente depois do que aconteceu.

-Está falando sobre aquela briga?

Sacudi a cabeça envergonhado.

-Antes eu pensava que você nunca iria mudar, que sempre iria ser o mesmo de sempre, mas eu estava totalmente errado. -Abaixei a cabeça por um instante. -E eu não queria ter te magoado.

-Você me magoou muito naquele dia, Noah.

Me virei e então me aproximei mais dele.

-Me desculpa Brandon, eu não queria ter te magoado, mas eu estava perdido. -Tentei explicar.

-Eu também estava perdido, mas graças a uns amigos de verdade eu sou outro agora. -Ele me encarou.

-Outro como? -Perguntei.

-Eu... -Ele suspirou. -Eu me aceitei.

Ele parecia ter tirado um peso enorme de seus ombros. Ele parecia mais aliviado e de fato parecia ser outra pessoa.

-Eu só queria ter feito isso antes de você.... Sabe.... -Ele me encarou com os olhos brilhantes.

-Eu não estou com o Ethan, se é isso que você pensa, nunca estive. -Falei e soltei um sorriso de leve.

-Eu estou ciente disso. -Brandon levantou o seu olhar até mim e ficou em silêncio por alguns segundos. -Mas eu pensei que....

-Você pensou errado, eu sai com ele uma vez, apenas uma vez. -Sorri pra ele. -E ficamos umas duas vezes apenas, depois que eu entendi os meus sentimentos, eu me afastei dele, pra dar espaço para quem eu gosto.

-Então quer dizer que.... -Ele ficou mudo.

-Sim. -Conclui.

Ele soltou um leve sorriso pra mim.

-Como eu fui idiota. -Disse ele enquanto sacudia a cabeça sorrindo.

-Realmente você foi um idiota. -Sorri de volta.

-Merda. -Ele continuou sorrindo. -Então não vai se importar se eu....

-Não. -Fiquei corado. -Na verdade eu gostaria muito.

-Você tem certeza dessa vez? -Perguntou ele me olhando fixamente.

-Sem dúvidas. -Ainda estava corado.

Meu coração acelerava cada vez mais.

-Percebi que eu estava enganado esse tempo todo. Você é um cara muito legal e que mesmo tendo medo dos seus amigos você mesmo assim se mostrou forte o suficiente para chegar em mim e dizer o que queria. Mas eu fui um tolo, um covarde ao correr de você. Eu estava com medo, com medo de me magoar, mas na verdade era eu que estava te magoando e eu te peço desculpas por tudo que te aconteceu, porque querendo ou não, aquilo foi minha culpa, foi por mim que você brigou e mesmo assim eu escolhi o cara errado, tudo por causa de que pensei que você poderia ser daquele jeito para sempre, que você nunca mudaria, por nada. -Fiz uma pausa. -Mas agora, agora eu sei o que você sentia, porque na verdade eu sempre senti o mesmo, desde o primeiro beijo que você me deu naquela sala ao lado. -Sorri.

-Não precisa se desculpar Noah. Acho que tudo isso foi necessário para que pudéssemos amadurecer. -Respondeu ele.

-Eu preciso me desculpar Brandon, o que eu fiz com você, não tem nada que possa restaurar isso, porque eu machuquei você no lugar em que mais doía, no seu coração. -Suspirei.

-Onde você quer chegar com isso Noah?

-Eu apenas quero.... -Fiz uma pausa. -Eu nunca namorei ou havia ficado com ninguém antes, então essas coisas são todas novas pra mim, as vezes eu não sei o que fazer. -Respirei fundo. -Mas o que eu quero dizer é que, eu.... Eu quero você Brandon, eu quero ficar ao seu lado, quero poder te abraçar, te beijar, te fazer carinho. -Meu rosto estava ficando cada vez mais vermelho.

-O que você está querendo dizer é que....

-Sim. -Sorri envergonhado. -Eu sei que talvez você não me queira mais, por tudo que aconteceu, mas eu tinha que te falar isso, porque eu não vou mais fugir, vou enfrentar o que for pra conseguir estar ao seu lado.

Vi uma pequena lagrima escorrer pela face esquerda do seu rosto e fiquei sem o que dizer. Brandon estava sorrindo e de cabeça baixa.

-Cala a boca seu idiota. -Concluiu ele.

Ele levantou a sua cabeça e se aproximou de mim. Pegou em minha cintura e me puxou para mais próximo dele.

Sua mão tocou suavemente o meu rosto e em seguida foi se aproximando cada vez mais. Minha respiração estava um pouco aguçada, assim como a dele. Senti o calor do seu respirar e logo nossos lábios se tocaram lentamente até estarem selados um ao outro.

Seu beijo era doce e delicado. Meu coração disparava e minhas pernas estremeceram, fazendo com que ele me segurasse com mais força. Sua língua foi entrando suavemente em minha boca até encontrar a minha.

Minhas mãos estavam por cima do seu peito e em seguida uma delas foi para o seu rosto. Seu beijo definitivamente era o melhor. Ele me acalmava, mesmo meu coração quase saindo pela boca.

Ele parou o beijo por alguns segundos e então começou a beijar o meu pescoço bem delicadamente e foi subindo até a minha bochecha. Isso fez com que eu me arrepiasse todo.

Sua mão passou pelo meu corpo enquanto ele voltava a me beijar. O toque da sua mão pelo meu corpo, como se estivesse analisando cada parte, me deixava arrepiado e ao mesmo tempo excitado.

Era um desejo forte que eu estava sentindo dentro de mim, era algo gostoso. Brandon mordeu o meu lábio por um segundo e aquilo era bom demais. Eu queria mais daquilo, eu precisava de mais.

Suas mãos passaram por dentro da minha camisa e eu me arrepiei mais ainda. Minha mão deslizou pela sua barriga até chegar ao elástico de sua cueca. Passei a mão novamente pela sua barriga e então fui mais ousado e desci mais um pouco.

Me assustei no começo, porque eu nunca havia feito isso antes, então fiquei um pouco nervoso. Senti o grande volume que estava aparente por cima da sua cueca. Ele estremeceu um pouco e soltou um pequeno e baixo gemido quando toquei nele.

Paramos de nos beijar e nos olhamos por alguns segundos.

-Melhor a gente ir devagar, né? -Disse ele um pouco envergonhado.

-Me desculpa. É que eu nunca.... -Tentei explicar.

-Não se preocupe, nós vamos fazer isso ainda, mas agora vamos só aproveitar esse momento e deixar que as coisas aconteçam. -Concluiu ele.

Apenas acenei com a cabeça e sorri. Ele então me puxou para próximo dele e nos dois caímos deitados na cama.

-Isso me lembra de quando você me deu aquele primeiro beijo. -Falei um pouco envergonhado.

-Eu adoro quando você fica envergonhado, você fica com um rostinho fofo. -Disse ele passando a mão no meu rosto.

Ficamos deitados abraçados um com o outro por alguns minutos. Ouvimos alguém bater na porta.

-Acho que é minha mãe. -Disse ele.

No impulso nos dois nos levantamos e tentamos disfarçar.

-Brandon! -Apontei para o volume em sua cueca. Ele ainda estava excitado, assim como eu, mas como estava de calça jeans não aparentava tanto.

Ele se sentou na cama e jogou os travesseiros na frente. Novamente ouvimos o toque na porta.

-Meninos? Está tudo bem por aí? -Perguntou Grace abrindo a porta.

-Está sim mãe. -Ele desengasgou.

-Está na hora do café, poderiam se juntar com a gente? -Perguntou ela.

-Claro, nós vamos descer já mãe. Vou por uma roupa e já desço tá?

-Está bem, mas anda logo. -Disse ela parada na porta.

Nos entreolhamos um pouco assustados.

-Vamos descendo senhora Grace. -Falei e acompanhei ela até a saída do quarto.

Brandon correu e pegou uma camisa larga e a vestiu correndo e em seguida retirou a primeira bermuda que encontro no guarda roupa, ajeitou o volume dentro da sua cueca e vestiu a bermuda rapidamente e em seguida se juntou a nós.

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