Olá meus Littles Foxes. 🦊 Sentiram saudades? 😊Estou de volta e queria agradecer a todos vocês por aguardar pacientemente o meu retorno. Muito obrigado mesmo meus amores. ❤❤❤          Mas agora chega de lenga lenga e voltamos para a historia que é o mais importante.😉😉  Como prometido os 4 capítulos porque vocês merecem, vocês são demais.😍 Até mais meus queridos e boa leitura. 😘

 Na manhã seguinte, acordei muito animado. Não sei se foi por causa de ontem ou porque eu realmente estava feliz.

 -Parece que alguém está de bom humor hoje. –Disse minha mãe me observando entrar na cozinha.

 Sorri para ela, fui em sua direção e lhe dei um beijo no rosto. Peguei uma maça, lavei ela e a mordi.

 -Apenas acordei animado. –Respondi mordendo a maçã.

 -Por qual motivo? –Perguntou ela colocando o cesto de pão na mesa.

 -Sei lá, só acordei animado. –Sorri.

 -Eu sinto que aconteceu algo ontem na sua saída com os amigos do colégio. –Ela me olhou com desconfiança e sorriu.

 Quase me engasguei. Olhei pra ela e me recuperei.

 -Isso não tem nada a ver mãe. Não foi nada, é sério.

 Ela ainda olhava para mim com desconfiança.

 -Vou fingir que é isso mesmo. –Ela se sentou, pegou uma xícara e pôs café. –Hoje eu chegarei mais cedo e gostaria que você fosse comigo na casa de Samuel.

 -Porque? –Perguntei me sentando à mesa.

 -Preciso resolver algumas coisas. –Perguntou ela enquanto bebia um gole do seu café.

 -E eu tenho que ir mesmo? –Falei com desanimo.

 -Porque? Da outra vez você se divertiu tanto. –Respondeu ela enquanto passava geleia no pão.

 E queria que fosse a última vez mesmo, depois daquele dia, em que ele me beijou, tudo ficou confuso. Eu não estava pronto pra ir lá novamente. Queria evitar isso ao máximo.

 -Filho? –Ela me chamava enquanto me encarava.

 -Tudo bem mãe. Então eu vou com a senhora. –Suspirei.

 Não demorou muito e Wally já estava na porta me esperando. Me despedi dela e então fui em direção a porta.

 -Eu passo no colégio e te pego para a gente ir lá. –Gritou ela.

 -Tudo bem. –Respondi.

 Durante o caminho, Wally não disse nada, mas dava para ver em seu rosto a curiosidade que ele estava.

 Entramos no colégio e fomos para os armários. Guardei alguns materiais e peguei o livro de inglês. Fecho a porta do meu armário e Wally estava escorado no armário ao lado me encarando.

 -O que foi? –Perguntei trancando o armário.

 -Você não vai contar? –Perguntou ele cruzando os braços.

 -Contar o que? –Fingi desentendimento.

 -Não se faça de desentendido Noah. –Riu.

 -Não sei do que você está falando. –Falei enquanto me virava para ir para sala.

 Wally passou de um lado para o outro e me encarou.

 -Qual é cara. Me conta como foi ontem. –Perguntou ele enquanto me acompanhava.

 -Ontem. –Falei enquanto me lembrava.

 -E então?

 -Depois eu conto. –Falei olhando pra ele.

 Andando pelo corredor até a sala. Eis que cruzo com Brandon. Ele estava com os mesmos garotos de sempre. Isso nunca iria mudar. Ele passou ao meu lado. Virei o rosto e encarei ele por alguns segundos.

 Ele estava rindo de alguma coisa que seus amigos diziam. Ele se quer me olhou, fingiu que eu não estava ali.

 -Esquece ele Noah, ele nem está mais te enchendo. –Disse Wally.

 -Eu não estou nem aí pra ele. –Respondi e voltei a ir em direção a sala de aula.

 Antes de entrar, fui surpreendido por trás. Alguém vedou meus olhos com as mãos. Tentei pensar em alguém e me veio Ethan, mas acho que não poderia ser ele.

 Retirei as mãos dos meus olhos e me virei. Era Bonnie, toda sorridente.

 -Como vai o meu menino? –Sorriu ela.

 -Seu menino? –Comecei a rir.

 -O que foi? –Perguntou confusa. –Mas enfim. Vocês já sabem da excursão para o mês que vem?

 -Que excursão. –Perguntei enquanto andava até o meu lugar.

 -Vamos acampar. –Disse ela animada.

 -Acampar? –Wally e eu falamos juntos e nós olhamos.

 -Sim, acampar. Qual o problema?

 -Eu não sou muito afim de sair pela natureza. –Disse Wally.

 -E você. –Disse ela olhando para mim.

 -Eu? Não tenho problema, mas é que nunca saímos para acampar no meu antigo colégio. –Respondi lembrando do outro colégio.

 -E o mais legal, é que vamos ficar uns dias por lá. Imagina aquele ar puro, o sol da manhã pelas montanhas, os pássaros cantando, aí. –Dizia Bonnie enquanto ficava pensando e suspirando. –Mas teremos que fazer por merecer. Vamos arrecadar dinheiro para o orçamento. –Completou ela.

 -E o que pensaram em fazer?

 -Ainda não foi decido, mas logo vamos ter a resposta. Segundo Martin, ainda estão discutindo sobre isso.

 -Quem é Martin? –Perguntei.

 -Aquele que senta na ponta ali. –Apontou ela. –O pai dele é professor aqui.

 Antes de continuarmos a conversa a professora entrou na sala.

 -Todos em seus lugares por favor. Todos estão em dia com as atividades? –Perguntou ela.

 Todos sacudiram a cabeça.

 -Alguém tem alguma dúvida referente as atividades?

 A sala ficou em silencio.

 -Se ninguém respondeu é porque ninguém tem dúvidas, então vamos começar com o teste surpresa de hoje.

 -O que? –Alguém do meio disse.

 -Teste surpresa? –Uma garota perguntou.

 -Mas eu não estou preparado. –Respondeu um outro.

 -Silêncio. –Disse a professora retirando as provas. –Vou começar a distribuir as provas, silencio por favor.

*****

 Depois da prova, fomos para a biblioteca usar os computadores de lá. Bonnie estava curiosa para saber onde que iriamos para acampar.

 Ela ficou enchendo o saco de Martin até ele dizer para ela o local do acampamento.

 -Mas você está viciada nesse acampamento né?

 -Claro. Preciso saber onde fica, para eu comprar as roupas adequadas e poder saber que tipo de animais tem por lá. –Respondeu ela.

 Passamos um tempinho por lá até ela matar à vontade e parar de olhar para o site do acampamento. Ela parecia maravilhada com aquilo.

 -Isso não é para o mês que vem? –Perguntei.

 -Sim. –Respondeu ela. –Mas eu gosto de saber onde é para eu ir me preparando.

 -Preparando para o que?

 -Você é menino, então nem sabe do que estou falando. –Respondeu ela.

 Decidi ficar quieto, ela já estava ficando um pouco irritada com as perguntas.

 -Tá, mas agora vamos, porque temos aula no laboratório, não quero ficar pra fora.

 -Tudo bem então. –Disse ela revirando os olhos.

 Andávamos para a sala e novamente cruzei com Brandon, mas ignorei ele novamente e ele fez o mesmo comigo.

 -Vocês se resolveram? –Perguntou Bonnie.

 -Não e nem vamos. –Respondi com firmeza.

 Ela sorriu.

 -O que foi? –Parei e encarei ela.

 -Nada ué. –Ela continuava sorrindo.

 Chegando no laboratório, me sentei com Wally como sempre. Dessa vez Bonnie se sentou atrás de nós.

 -Porque você tem tanta raiva do Brandon? –Perguntou ela enquanto se debruçava por cima da mesa.

 Me virei para trás e olhei para ela.

 -Porque ele é um idiota e pensa que manda nesse colégio.

 -E se por algum milagre, assim, ele mudasse e parasse com essas coisas, vocês seriam amigos?

 -Que pergunta Bonnie. Claro que não. –Respondi quase gaguejando.

 -Porque não? –Insistiu ela.

 -Porque não suporto ele. –Respondi com firmeza.

 -E porque não suporta ele?

 -Eu já disse, porque ele é um idiota. –Respondi revirando os olhos.

 -Mas então as coisas que ele faz não justifica isso? –Insistiu ela.

 -Não. Não sei. Porque tanta pergunta sobre o Brandon? –Franzi a testa e a encarei.

 -Por nada, só queria saber porque você não gosta dele. Mas eu acho que você gosta e finge não gostar. –Ela se calou e se ajeitou na cadeira.

 -Da pra imaginar isso? –Perguntei olhando para Wally.

 O professor de biologia entrou na sala e começamos a prestar a atenção. Eu ainda queria saber o motivo que ela me fez tantas perguntas.

 Hoje iriamos fazer alguns testes com plantas. Era interessante, mas ao mesmo tempo chato. Não via a hora daquela aula acabar.

 O sinal tocou e andamos em direção ao armário. Bonnie simplesmente se calou. Não disse nada enquanto andávamos.

 Fui até o meu armário e nele estava grudado um chocolate com fita crepe e um papel. Retirei antes que os dois notassem.

 Olhei no papel e estava escrito:

Obrigado pela noite.

 Fiquei corado ao ler aquilo. 

-O que é? –Perguntou Bonnie tentando ver.

Escondi o pedaço de papel e amassei em minha mão.

-Não é nada. –Coloquei a mão dentro do bolso da blusa.

-O que é isso na sua mão?

-Ah, alguém que deixou isso aqui no meu armário.

-Alguém é? –Ela soltou um sorriso malicioso.

-Bonnie, você sabe de alguma coisa? –Franzi a testa novamente e encarei ela.

-Eu? Claro que não, se soubesse te diria. –Respondeu com convicção.

A próxima aula era livre. O professor não havia ido por questões de saúde. Como não tinha ninguém para substituir, ficamos com a aula livre.

Fomos até a quadra coberta e nos sentamos na arquibancada. Olhamos os alunos de outra turma jogar vôlei.

-E então Noah, vai contar como foi ontem? –Perguntou Wally.

-É, conta como foi ontem. –Disse Bonnie toda animada.

-Ah, foi tranquilo. Saímos para comer e conversamos, só isso. –Respondi olhando para a quadra.

-Só isso? Ele nem tentou nada? –Perguntou Wally.

-Tentar como assim? –Tentei disfarçar.

-Sei lá, vai que ele deu em cima de você ou te flertou.

-Não. Ele não fez nada disso, apenas conversamos normalmente. Só isso. –Menti.

-Sério?

-Ethan gosta de conhecer primeiro e depois ele cai em cima. –Brincou Bonnie.

Uma das amigas dela apareceu na porta da quadra e fez sinal chamando ela.

-Eu já volto galera. –Disse ela saindo.

Esperei até ela sair do local e então suspirei. Iria contar realmente o que aconteceu para Wally. Ele vai entender, se ele entendeu a irmã, então contar para ele deve ser mais fácil.

-Olha Wally, eu tenho que te contar uma coisa.

-Claro, pode falar.

-Quero que você mantenha segredo, está bem?

-Um segredo? Tudo bem, pode contar comigo cara. –Respondeu todo animado.

-Me prometa Wally. Porque se alguém souber eu sei que foi você.

-Fica tranquilo Noah, prometo que não contarei a ninguém.

-Ontem.... Ethan me beijou. –Fiquei todo vermelho.

-SABIA. –Gritou ele, fazendo com que as pessoas olhassem em nossa direção.

-Cala a boca. –Falei. –Mas como sabia?

-Eu não sabia que ele tinha te beijado, mas eu sabia que ele iria tentar algo. –Respondeu ele. –Mas então você deixou?

-Deixei. –Sorri envergonhado.

Wally pôs a mão em meu ombro deu uma apertada de leve e sorriu para mim.

-Aproveita amigão. –Ele disse sorrindo. –Então você agora é....

-Acho que sim. –Respondi olhando para a quadra.

-Não tem problemas cara, agora posso contar as coisas para você também. –Ele sorriu tranquilamente.

-Que tipo de coisa?

-Tipo essa que você acabou de me dizer.

-Que você beijou....

-Sim. –Ele sorriu serenamente.

-Não. É sério?

-Sim, pensei até que já soubesse.

-Como eu iria saber Wally. –Ri.

-Eu meio que dei umas dicas. –Ele me olhou. –Lembra do jogo? De quando você foi atrás de mim?

-Não, sério, àquela hora você....

-Yeah! –Sacudiu a cabeça todo feliz. –E aquela vez que fui na sua casa à noite. Estava voltando de um encontro.

-E porque não me disse? –Me virei para ele e o encarei.

-Sei lá, fiquei com medo de você se afastar e nós perdermos a amizade. Como geralmente acontece com as pessoas. –Ele se virou e olhou em outra direção envergonhado.

Comecei a rir.

-Do que você está rindo? –Perguntou ele todo confuso.

-Dessa situação, é meio que engraçado.

Ficamos por lá até a hora do intervalo. Wally estava animado por saber de mim, acho que ele estava doido para contar as coisas para mim.

Fomos para o refeitório e nos sentamos na mesa de sempre. Me sentei virado para a mesa deles. Hoje a mesa dos meninos do time estava animada. Eles riam e zoavam um com a cara do outro. Simplesmente ignorei.

Abri a embalagem do meu sanduiche e abri o meu suco. Senti um braço forte entrelaçar o meu pescoço.

-Como vai? –Uma voz grossa e um pouco rouca perguntou.

Virei a cabeça e olhei para a pessoa. Era Ethan com um sorriso imenso.

-Ah, oi Ethan, como vai? –Perguntei com vergonha.

Ele se sentou ao meu lado e retirou o braço do meu pescoço.

-Você recebeu o chocolate? –Perguntou ele.

Fiquei corado na hora e não consegui responde nada, apenas sacudi a cabeça positivamente.

Wally me observou por uns segundos, sorriu e voltou a comer o seu lanche.

-Eu queria te fazer um convite. –Ele olhou para Wally um segundo, como se estivesse perguntando se não tinha problema falar na frente dele.

-Está tudo bem. Wally sabe. –Respondi.

Ela sorriu e me olhou novamente.

-Está afim de sair hoje de novo? –Perguntou ele.

-Hoje eu acho que não vai dar.

-Porque não?

-Tenho que ir em um lugar com a minha mãe. –Percebi que Brandon olhava em minha direção e pela cara ele não estava nada feliz com aquilo.

-Poxa, que pena. Queria muito passar a tarde com você. –Disse ele desanimado.

-Se quiser, pode ir comigo. Depois que minha mãe terminar, nos dois saímos, pode ser. –Olhei para ele.

-Claro, pode ser, mas não tem problema? –Perguntou olhando para mim.

-Vai ser muito melhor se você estiver lá. –Sorri.

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