Oi meus Littles foxes 🦊. Quero agradecer por estarem acompanhando a historia. Se chegaram até aqui, é porque estou fazendo um bom trabalho. Vocês são muito especiais pra mim, e espero recompensar vocês com mais capítulos. Um beijão em todos vocês. ❤❤. Agora voltemos para a história.

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Brandon pegou um jogo, acho que de corrida, para que pudéssemos jogar, já que sou um desastre em qualquer outro tipo de jogo.

-Você disse que não sabia jogar. -Disse ele me dando um empurrão de leve.

-Mas não sei. Acho que deve ser sorte de principiante. -Sorri.

Nós dois rimos. Depois de algumas partidas, fizemos uma pausa.

-Quer beber algo? -Perguntou ele.

-Pode ser.

Ele foi até a pequena cozinha, abriu o frigobar e retirou dois refrigerantes e me entregou um. Peguei e fiquei segurando.

-Não vai tomar?

-Daqui a pouco. Está muito gelado. -Sorri.

-Você quer jogar outra coisa? Qualquer coisa?

-Pra mim tanto faz, não sou bom nos jogos mesmo. -Ri.

-Você me venceu em várias partidas, como não é bom? -Ele riu.

-Que nada. Acho que foi sorte ou você está me deixando ganhar. -Olhei pra ele e ele estava sorrindo. -Idiota. -Sorri e dei um soco de leve no seu braço.

-Eu tenho uma coisa pra você. -Disse se levantando.

Fiquei observando ele sair do ambiente e retornar com algo nas mãos.

-Acho que isso é seu. -Ele pegou na minha mão, sentia que a sua estava um pouco gelada. Peguei o objeto na mão e reconheci.

Era meu celular. Porque ele estaria com ele. E porque não me devolver assim que me viu.

-Como?

-Depois que você saiu correndo do vestiário, ele estava em cima da pia. -Ele sorriu envergonhado.

-Você não fuçou em nada não né? -Olhei desconfiado.

-Claro que não. Não sou xereta.

-Eu nem me lembrava que tinha deixado ele por lá. -Desbloqueei ele e comecei a fuçar e ver se estava tudo certo.

-Acho que você não se lembra de nada daquela noite. -Novamente sorriu envergonhado.

-Tem alguma coisa pra me dizer Brandon? -Levantei uma sobrancelha.

Ele sorriu e ficou calado.

-Bom, obrigado por me devolver. Nunca pensei que você fosse uma pessoa assim.

-É que você não me conhece bem.

UMA HORA DEPOIS.

-Eu ganhei? Sério? Ganhei? -Ergui os braços para comemorar. -Eu ganhei, não é?

-Sim, você ganhou. -Ele riu. -Dessa vez eu não deixei você ganhar. Mas foi pura sorte.

-Que sorte o que, eu sou muito bom, isso sim. -Brinquei.

-Mas uma hora atrás você não sabia jogar esse jogo.

-Peguei o jeito. -Sorri.

-Ah pegou o jeito? E se foi eu quem deixei você ganhar. -Falou rindo.

-Ah tá bom que você me deixou ganhar. -Ironizei.

-O que você está dizendo? -Seu olhar era de indignação.

-Isso mesmo, loser. -Comecei a rir.

-Vou te mostrar quem é o loser aqui. -Ele se arrastou para o meu lado e começou a fazer cocegas em mim.

Tentei escapar das suas mãos, mas elas já estavam em minhas costelas e barriga. Tentei segurar suas mãos, mas estava sem forças por causa das cocegas.

-Isso que se ganha quando quer tirar uma com a minha cara. -Dizia ele enquanto fazia cocegas.

-Pa... Pa... Para. -Tentei falar rindo.

Por incrível que parece, Brandon parecia feliz. Não era mais aquele valentão que gosta de tacar o terror. Ele tinha um lado legal e eu estava começando a gostar desse seu lado.

Consegui me levantar e corri para trás do sofá. Ele ficou em cima do sofá me encarando com um sorriso no rosto.

-Chega Brandon. Eu não aguento mais. -Falei tomando folego.

-Chega? Ainda não, enquanto você não pedir desculpas. -Ele riu.

Ele ameaçou novamente e eu fiquei observando. Respirei fundo e me recompus.

 Em um impulso ele pulou o sofá e veio para cima de mim. Tentei desviar e correr para o outro lado, mas não tinha como passar por ele sem ser pego.

 Ele bloqueava o caminho, toda vez que eu ameaçava a ir por um lado para impedir que eu passasse.

 -Não tem como você passar por mim. -Disse ele sorrindo.

 Tentei driblar ele fingindo que iria por um lado e fui para o outro. Ele então tentou me bloquear, mas eu havia conseguido passar.

 Senti suas mãos em minha cintura e então fui puxado para perto dele. Rodopiei e fiquei de frente pra ele. Isso fez com que nos dois batêssemos no sofá, caímos por cima dele e rolamos até o chão, em cima do tapete.

Nós dois começamos a rir da situação.

Eu estava por baixo dele. Minhas mãos se encaixaram novamente em seu tórax. As mãos dele estavam apoiadas no chão.

Nossos olhos se encontraram, nossas respirações ficaram um pouco aguçadas. Eu estava um pouco nervoso. Podia sentir nossos corações se acelerarem.

Novamente essa sensação, não parecia que era só eu que sentia essas coisas, pelo visto ele também sentia.

Lentamente ele foi se aproximando de mim, seus olhos azuis brilhavam, senti sua respiração se acalmando, seus olhos se fechando. Em seguida, senti seus lábios nos meus.

Seus lábios eram macios. Senti sua língua entrando em minha boca. A sensação era ótima, não consegui afastá-lo, e por algum motivo eu retribui.

Era a primeira vez que eu beijava alguém. Era estranho, mas gostoso. Ele me beijava lentamente, como se precisasse daquilo há muito tempo. Confesso que eu não queria parar, não agora.

Nossos lábios se separaram para conseguirmos tomar folego. Olhei para aquele rosto liso e claro. Ele ficou um pouco corado e se levantou.

Nós dois ficamos sentados em cima do tapete tentando entender. Principalmente eu, que agora estava mais confuso ainda. Ficamos em silencio por alguns minutos.

-Eu sinto muito. -Tentou se desculpar.

Apenas olhei pra ele tentando entender o que se passava em sua cabeça. Não estávamos no colégio, então não era motivo para me zoar. A não ser que tenha alguma câmera por aqui e ele mostre para os amigos. Não sei. Será?

-Porque você fez isso? -Perguntei ainda paralisado.

-Eu.... Eu não sei. -Ele abaixou a cabeça. -Eu.... Eu....

-É melhor eu ir. -Me levantei.

Senti sua mão segurando o meu braço. Seu rosto estava confuso. Ele parecia não entender também. Me soltei dele e então fui em direção a porta.

-Espera. -Disse ele se levantando.

Desci as escadas e fui até a sala onde estavam os adultos.

-Pai. Eu quero ir pra casa. -Falei baixo pra ele. -Não me sinto muito bem.

-Mas porque Noah? Você não bateu naquele garoto, né? -Perguntou preocupado.

-Não, só não me sinto bem. -Respondi.

Fiquei observando Brando entrar no ambiente e parar ao lado do seu pai.

-Algum problema Alfred? -Perguntou Sam.

-Não é nada demais Samuel. Noah não está se sentindo muito bem. Acho que jogar por muito tempo o deixou um pouco mal.

Claro que ele iria dizer uma coisa dessas, aliás eu ainda estava em choque do que aconteceu. Isso ajudou um pouco.

-Infelizmente vamos ter que deixar as coisas para outro dia Samuel. -Disse me pai se preparando para se levantar.

-Se não for incomodo para vocês, posso levar Noah em casa. -Disse Brandon.

-Você? -Perguntei.

-Sim. Se seus pais não se importarem, posso te levar. Assim eles aproveitam e ficam mais um pouco. -Ele sorriu para o seu pai.

-Eu acho uma ótima ideia e você Alfred?

Meu pai hesitou um pouco, mas acabou concordando.

-Sério que vai me deixar ir pra casa sozinho?

-Você não vai sozinho, Brandon vai te levar querido. -Respondeu minha mãe.

É a mesma coisa. Pensei comigo.

-Mas vou ficar sozinho de novo? -Perguntei.

-Ou você prefere esperar até terminarmos e então vamos todos pra casa.

-Não, prefiro ir agora. Se me dão licença. -Me virei e sai da sala.

🦊🦊🦊🦊

Durante o caminho pra casa, Brandon não disse uma palavra se quer. Ele parecia pensativo e confuso. Assim como eu.

-Tudo bem, eu moro aqui. -Falei. -Obrigado pela carona. -Sorri.

-Espera. -Disse ele segurando meu braço. -Desculpa por.... Você sabe.

-Tudo bem. -Menti.

-E... Não conte pra ninguém, por favor. -Brandon me olhou confuso, forçou um sorriso e me observou eu sair.

-Você está preocupado com a sua fama? -Perguntei impaciente. -Tudo bem, eu não conto pra ninguém, desde que você não me atormente mais.

-Não é isso. É porque meu pai ficaria sabendo e nem sei o que poderia fazer, não quero nem imaginar. -Ele soltou um suspiro.

-Eu te entendo, o meu também não ficaria feliz com isso, mas é por isso que não contarei. -Sorri.

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