Capítulo 17: Um Brandon diferente
Nadamos um pouco, aproveitando cada minuto dentro daquela piscina.
-Que tal fazermos uma competição de nado? Vamos dessa ponta até o outro lado, que tal? –Perguntou ele.
-Tudo bem, pode ser. E quem chegar lá, ganha o que?
-O que quiser. –Ele soltou um sorriso pra mim.
Fomos até uma das bordas da piscina. Respirei fundo e me concentrei.
-Um, dois, três e vai. –Disse ele.
Começamos a nadar rapidamente, ele era rápido demais.
-Yeah, ganhei. –Ele levantou os braços e sorriu.
-Eu deixei você ganhar. –Brinquei.
Nós dois rimos. Ele jogou um pouco de água no meu rosto e sorriu. E do nada começamos a jogar água um no outro.
-Ok. Ok. Para. Chega. –Falei rindo.
-Meninos, venham comer alguma coisa. –Disse a mãe dele.
Saímos da piscina, nos enxugamos com as toalhas que havia deixado para gente.
-Vamos molhar toda a casa se entrarmos. –Disse.
Ele então chamou um dos empregados e pediu para que levassem o lanche lá pra gente. Coloquei a toalha nas costas e sentei na borda da piscina com os pés dentro da piscina.
Logo o lanche chegou. Peguei um sanduíche com refrigerante e comi ali mesmo. Ele se sentou em uma das poltronas e comeu.
-E então. Você não disse o que vai querer.
-Sobre o que? –Fingiu não se lembrar.
-Você é um idiota. –Sorri.
-Uma hora eu vou pedir. Mas ainda estou pensando no que. –Ele mordeu o sanduíche.
Depois de comer, ficamos conversando um pouco mais antes de entrar na piscina novamente.
-Você foi para o jogo escondido? –Perguntou ele.
Sacudi a cabeça.
-E você como sempre, quase estragou tudo.
-Mas eu não sabia. –Ele riu.
-Mas eu disse que não estava lá e você mesmo assim insistiu. -Respondi.
-E porque você foi sem eles saberem?
-Por sua culpa eu não posso sair, apenas para o colégio e ir correr.
-Você corre também?
-Sim, já que não vou na academia como você, eu saio para correr.
Ele ficou em silencio.
-Aquela coisa do colégio. –Ele abaixou a cabeça. –Foi mal por aquilo, peguei um pouco pesado mesmo.
-Hãn?
Ele estava me pedindo desculpas? É isso mesmo que eu acabei de ouvir?
-O que foi?
-Isso foi um pedido de desculpas?
-Não sei, acho que sim. –Ele sorriu. –Mas porquê?
-É que não é da sua natureza pedir desculpas.
-Não é da minha natureza, né? –Ele foi até mim e me empurrou na piscina.
Em seguida ele pulou espalhando água para todo lado.
-Mas então. Você não me respondeu. –Ele ficou boiando na agua.
-Eu não sei, acho que vai levar um pouco mais de tempo pra eu desculpar você.
-Eu entendo. Mas eu já me desculpei, não se esqueça disso.
-Esquecer do que? –Brinquei.
-Palhaço. –Disse ele jogando água em mim.
*****
Passamos mais umas duas horas na piscina até realmente sairmos. Pegue a toalha e me enxuguei.
-Vamos lá pro meu quarto, você pode tomar um banho lá.
-Não tem outro banheiro, para visitas?
-Tem, mas não tem shampoo nem nada, então acho melhor você tomar lá no meu. –Respondeu com um sorriso no rosto.
Subimos rapidamente para o andar superior. Ele pegou umas roupas e eu peguei a minha e fui para o banheiro de seu quarto. Retirei a roupa molhada, torci ela, coloquei no cesto de roupas que ali tinha e entrei debaixo do chuveiro.
Terminei de tomar meu banho, me enxuguei e sai do banheiro. Brandon me esperava sentado em sua cama.
Ele sorriu pra mim e fiquei um pouco envergonhado.
-Você foi muito rápido.
-Era mais pra retirar o cloro mesmo. –Ele se levantou. –Vamos para a outra sala agora.
-Tem outra?
-Sim, essa você vai gostar. É a sala de jogos. –Ele sorriu, pegou na minha mão e me puxou.
Saímos do quarto e ao final do corredor estava uma sala com portas francesas. Entramos no cômodo e logo vi que em uma das paredes havia uma lareira grande com uma TV grande acima dela. Um sofá confortável branco, uma mesa de centro baixa de madeira escura, tapete redondo macio.
No outro canto havia uma cozinha pequena, com um balcão e um espaço para se sentar. As janelas de vidro eram bloqueadas por imensas cortinas.
Havia um console em uma mesa ao lado da lareira e alguns pufes espalhados pelo ambiente. Também havia mesa para jogos de tabuleiro e uma mesa de bilhar.
-Nossa, que sala incrível. –Falei observando cada detalhe. –Isso tudo é pra você?
-Não só pra mim, mas para todos da casa. Sabia que iria gostar. –Ele sorriu.
Era estranho ver Brandon daquele jeito, falando de maneira educada e sorrindo. Nunca pensei que ele fosse uma pessoa assim. Ele parecia ser outra pessoa e esse lado dele era mais divertido. Estava me dando muito bem com ele.
Fiquei pensando enquanto ele falava alguma coisa. Nem estava prestando a atenção.
-Noah? Hey Noah! –Dizia ele enquanto estalava os dedos.
-Desculpa, estava pensando em umas coisas. –Sorri sem graça.
-Sobre o que era?
-Nada de mais, coisa minha.
Ele me olhou e pareceu ficar chateado por eu não ter contado.
-É sobre ontem, não é? –Me encarou.
-Sobre ontem? –Perguntei.
-Sim, lá no jogo.
-Mas o que tem? Não aconteceu nada demais, pelo o que eu me lembre. –Andei até a mesa de bilhar.
-Você não se lembra? Como assim? –Ficou surpreso.
-Não que eu não lembre, eu lembro, de certas coisas. –Sorri.
Andei pelo o outro lado da mesa, coloquei as mãos nela e me apoiei.
-E aquela garota? –Disse com um pequeno incomodo na voz.
-Que garota? –Fingi não saber do que ele falava.
-Aquela que estava se esfregando em você. –Afirmou um pouco irritado.
-Quem? Priscila? Ela é prima da Bonnie, mas o que tem ela? –Fingi que não sabia do que ele estava falando.
-Você ficou com ela?
-Porque você quer saber? –Me virei de costas para a mesa e para ele.
-Por nada, só queria saber mesmo.
-Não aconteceu nada demais. –Respondi.
-Nem brigou com ninguém?
-Não, porque?
-É que você estava todo molhado e estava no vestiário se limpando. –Disse ele baixinho.
Eu ouvi o que havia dito. Então quer dizer que ele não havia bebido nada demais naquele dia. Quer dizer que ele havia se aproximado de mim porque ele quis, ou será que foi pra me zoar?
-Você me viu no vestiário? –Sorri escondido indo em direção a prateleira de jogos.
Ele ficou vermelho e tentou disfarçar.
-Não é o que você está pensando, eu tinha ido lá pra pode pegar as minhas coisas pra vir pra casa. E então eu te vi lá. –Ele se levantou e foi em minha direção.
-Se tratando de você, pensei que estivesse me seguindo para poder me zoar, como sempre. –Respondi.
-Ah, foi mal quanto a isso, mas você sabe como são as coisas no colégio. –Ele sorriu e se aproximou mais ainda.
-Não sei não. Porque no colégio as coisas têm que ser diferentes?
-Porque eu tenho que ser alguém, não posso ser um excluído.
-E por isso você briga com os outros? Já ouvi altas histórias sobre você e eu não entendo.
-O que você não entende?
-Porque você é daquele jeito. Você tem tudo, não te falta nada.
-Mas não tenho amigos de verdade. –O tom na sua voz era de tristeza.
Me virei e percebi que ele estava bem próximo. Me assustei um pouco.
-Mas isso não é motivo de você querer bater neles, desse jeito você só afasta as pessoas. –Respondi olhando para os seus olhos.
Ele foi se aproximando de mim. Vi seu braço passar ao meu lado e ele me encarar. Seus olhos foram ao encontro do meu. Ficamos nos olhando por alguns segundos.
-Eu recomendo esse jogo. –Disse ele quase sussurrando.
Virei meu rosto, que estava todo vermelho e saí. Me sentei no sofá e fiquei esperando ele.
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