Capítulo 16: Almoço de domingo. Parte 2.
Não. Isso não pode estar acontecendo. É sério que ele é pai desse idiota. Ele me olhava assustado em silêncio.
-Mas o que é isso Brandon, cumprimente nossos convidados. –Disse Sam.
-Claro, me desculpe. –Ele não parava de me olhar.
-O que? Vocês já se conhecem? –Perguntou Sam, olhando para nós dois.
Ficamos em silêncio por mais um tempo.
-Eu já vi ele nos corredores. –Omiti.
Vi de canto que meu pai suspirava aliviado por eu não ter dito nada que pudesse acabar em confusão.
-É verdade. Eu lembro de ter encontrado você no corredor, no primeiro dia de aula, não foi? –Ele tentou disfarçar a ansiedade.
-Isso é muito bom então. Pensei que não se conheciam ainda. –Sam se sentou novamente, pegou o guardanapo e colocou no colo. –Então podemos almoçar como amigos. –Ele sorriu.
Brandon se sentou bem a minha frente. Esperou que o servissem e de vez ou outra ele me olhava. Senti um pequeno incomodo quanto a isso, mas eu estava gostando.
Se ele mentiu para o pai, isso quer dizer que eu posso usar isso ao meu favor. Posso acabar de vez com as palhaçadas dele. Soltei um sorriso de leve e parece que ele percebeu.
Após o almoço, todos fomos para a sala de estar. Onde Sam estava contando algumas histórias de quando ele conheceu Grace. Ela ficava toda corada ao ouvir a maneira que ele contava.
Brandon parecia preocupado. Ele me fitava com os olhos e não parava quieto. Era obvio que a minha presença estava lhe incomodando.
-Mas o que é isso filho, você está muito estranho, não para quieto um só minuto.
-Desculpa pai, mas acho que por causa do jogo de ontem, eu ainda estou na adrenalina da vitória. –Respondeu educadamente.
Não era surpresa ele falar dessa maneira em casa. Já o vi ser educado antes, mas sei que isso é apenas para manter o papel de filho disciplinado. O seu pai soltou um sorriso, pôs a mão em seu ombro e sorriu com orgulho pra ele.
-Seu filho joga qual esporte Samuel? –Perguntou meu pai.
-Tem vários que ele se dá bem, mas o que ele gosta mesmo é o lacrosse, ele até está no time do colégio. –Ele sorriu novamente.
-Noah comentou de um jogo, não sabia que seu filho iria jogar. –Concluiu meu pai. Ele pegou a xícara e a levo nos lábios.
-Ele é muito bom, um dos melhores e ontem ele fez com que o time ganhasse.
Brandon me olhava com um sorriso envergonhado no rosto.
-Seu filho pode dizer, ontem eu o vi por lá. –Disse Brandon.
Droga. Até agora com a boca fechada e agora que abre, diz uma coisa dessas. Meu pai parou de tomar o chá na hora. Ele e minha mãe me olharam.
-Acho que está enganado. Ontem eu não saí do meu quarto. Meu pai não me deixou ir ao jogo.
-Ora, mas porque não Alfred. –Perguntou Sam. –Os garotos têm que aproveitarem enquanto são novos.
-Noah não estava se sentindo muito bem ontem. Então não deixei que ele saísse.
-Mas eu tenho certeza de que era você. –Continuou Brandon.
-Já falei que você deve ter se equivocado. –Falei entre os deites, forçando um sorriso.
Brandon olhou pra mim novamente. Fiz um gesto discretamente pra ele calar a boca.
-Com licença, onde fica o banheiro? –Perguntei.
-Brandon, mostre pra ele onde fica o toalhete, por favor.
Ele olhou para o seu pai com a expressão de quem não queria.
-Tudo bem senhor, basta apenas me dizer onde fica. –Insisti.
Não queria que ele me acompanhasse até lá. Não preciso de escolta para ir a um banheiro. Eu só estava dando uma desculpa pra sair daquela sala logo.
Novamente ele olhou pra Brandon e insistiu para ele me acompanhar. Droga.
Saímos da sala, passamos por uma segunda sala até chegar um corredor.
-Ali. A direita. –Resmungou.
Passei ao lado dele e então entrei no imenso banheiro social. Joguei uma agua no rosto e respirei fundo.
-Tudo bem Noah. Vai dar tudo certo. Basta ignora-lo. Vai dar tudo certo. Você consegue. –Respirei fundo e sai do banheiro.
Assim que saí, Brandon estava me esperando encostado na parede e de braços cruzados. Me assustei ao vê-lo me esperando.
-Olha aqui, espero que você não conte nada ao meu pai. –Ele falou indo pra cima de mim.
-E você cale a boca sobre o jogo de ontem. –Afrontei.
Ele ficou em silêncio por um momento e me observou.
-Vamos fazer um acordo então. –Disse ele. –Fingimos que somos amigos, por eles. Que tal?
Por mais que eu o odiasse, teria que aceitar.
-Tudo bem. –Respondi de cara fechada.
Ele estendeu a mão e aguardou para que eu a apertasse. Hesitei por um momento, mas peguei em sua mão para selar o acordo.
Ele segurou forte na minha mão. Se aproximou um pouco e então eu soltei com rapidez. Fiquei corado e ele sorriu.
Fui andando na frente até a sala. Me sentei e fiquei ouvindo novamente as chatas histórias de quando eles eram mais novos.
UMA HORA DEPOIS.
-Brandon, porque vocês não aproveitam a piscina? –Disse Samuel.
-Tudo bem senhor, não trouxe roupa de banho. –Sorri aliviado.
-Não se preocupe, Brandon pode emprestar uma roupa para você. –Ele sorriu, parou ao lado de Brandon e colocou sua mão no ombro dele.
Vi que Brandon não gostou nada da ideia, mas como tínhamos um acordo, ele aceitou emprestar.
-Vem, me segue. –Disse ele.
Subimos as escadas e fomos para o seu quarto. Assim que entrei fiquei observando como ele era imenso. Muito maior do que o meu.
O quarto também tinha janelas de vidro grande, que pegavam do chão ao teto e uma porta de correr que dava para a sacada. Nela havia uma mesa redonda com duas cadeiras e duas poltronas externas de fibra.
Seu quarto era claro, os moveis pareciam ser planejados, sua cama era king, deveria sobrar muito espaço para dormir. Uma boa para não cair da cama.
Seu quarto possuía pôsteres de bandas e esportes. As cortinas eram claras e se escondiam na moldura do gesso do teto rebaixado. O tapete era macio e peludo.
Ele foi até o closet do seu quarto, procurou uma roupa e saiu com duas bermudas, então me entregou uma delas.
-Usa essa daqui. –Me entregou uma bermuda. –Eu nunca usei ela mesmo.
Peguei a bermuda e fiquei observando. Ele retirou a sua calça ali mesmo. Ficou só de cueca box preta. Fiquei um pouco envergonhado por ficar olhando ele por trás.
Brandon pegou uma sunga na cômoda e retirou a cueca ali mesmo. Meu coração disparou, meu rosto começou a queimar. Vi aquela bunda branca e lisinha, ele vestiu a sunga cinza e se virou pra mim e eu logo disfarcei.
-Você não vai se trocar? –Perguntou ele.
Sacudi a cabeça. Nesse momento eu estava sem voz para responder qualquer coisa. Ele ficou me olhando.
-E então? -Ele ficou me olhando.
-Posso me trocar no banheiro? –Perguntei tímido.
-Porque? Não tem problema você se trocar aqui mesmo. Somos homens. –Respondeu vestindo a bermuda.
-Não me sinto confortável com você aqui.
-Mas porque não? –Perguntou indo em minha direção.
-Não sei, eu não me sinto bem, tendo que trocar perto de você, já que nós nos odiamos. –Respondi.
Ele ficou parado em minha frente me olhando.
-Tudo bem então. Pode usar o meu banheiro. –Ele apontou para a porta do banheiro.
Entrei no banheiro, joguei uma água no rosto e respirei fundo. Me troquei e sai.
-Agora vem aqui. –Ele fez um gesto com a mão me chamando. –Se vira.
-O que? Pra que? –Perguntei assustado.
-Pra passar o protetor em você. –Respondeu grossamente.
Me virei. Ele passou nas minhas costas um pouco e começou a espalhar com as mãos. Senti suas mãos acariciando minhas costas por um momento, confesso que gostei. Ele deslizava a mão por ela toda até chegar na minha cintura. Como era bom os gestos que ele fazia.
-Agora e a sua vez. –Disse ele se virando rapidamente.
Passou um pouco em minha mão e comecei a espalhar por suas costas. Minhas mãos tremiam um pouco por causa do nervosismo que estava sentindo.
Continuei passando pelas suas costas e parecia que ele estava gostando.
-Pronto. –Respondi.
-Agora passa no seu corpo e vamos. –Ele saiu apressadamente do quarto.
Segui passando o protetor no meu corpo. Fomos até a piscina e então ele deu um mergulho. Fiquei observando ele nadar por um instante.
-Você não vai entrar?
-Daqui a pouco.
Ele saiu da piscina e foi em minha direção.
-A aguá está boa. –Disse ele.
Coloquei meu pé na água e vi como estava.
-Ela está gelada Brandon, seu mentiroso.
-Mas ela fica boa, você só precisa entrar. –Insistiu.
-Acho que vou aguardar um pouco mais. –Ia me afastando da borda da piscina.
-Nada disso, você vai entrar nessa piscina.
-Você vai me obrigar? –Perguntei colocando as mãos na cintura.
-Se for preciso. –Ele sorriu.
-Eu não vou entrar agora. Nem insiste. – Falei tentando passar por ele.
-Vou ser obrigado a fazer isso.
Ele pegou nas minhas pernas, me colocando em seus braços.
-Brandon, me solta. Você não é nem louco de fazer uma coisa dessas. –Disse tentando me segurar, mas por causa da água em seu corpo, minha mão deslizava.
-Ah mas você não me conhece. –Ele sorriu e então me jogou na água.
Senti a água gelada preencher o meu corpo e eu ficar submerso. Me levantei do fundo da piscina e respirei.
-Você é louco garoto.
Em seguida ele saltou e mergulhou do meu lado. Fazendo com que a água se espalhasse.
-----------------------------------------------------------------------------
Olá meus queridos little foxes, como vocês estão? O que vocês acharam do capitulo de hoje? 🙃
Não esqueçam de votarem clicando na ⭐ e de comentarem 💬
Comentem, adicionem a sua biblioteca, me segue pra ficar por dentro de novos capítulos e compartilharem com os amigos. 📋👥
Obrigado por lerem e nos vemos no próximo capitulo, em breve. 😘
Beijos do Mr. Fox. 😚🦊
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top