-Merda ~ Xingo ao tropeçar em algo no chão e quase cair de cara, o que provavelmente teria atrapalhado minha fuga se eu não tivesse me recuperado rápido.
 
Exatamente fuga, desculpe não lhe dar mais detalhes mas não é sempre que 3 caras de ternos pretos e óculos escuros estão te perseguindo...Bom a não ser que você seja um alienígena que fez algo errado e aqueles são os caras do "MIB Homens de preto"...hum...Não é meu caso eu não sou uma alienígena e aqueles caras definitivamente não querem só conversar ou me mandar de volta pro meu planeta.

Vou me apresentar rapidamente enquanto descrevo a cena pra você...Bom irei tentar.

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Eu morava em um pequeno vilarejo/povoado chamado Beltenario localizado quase na fronteira final do reino de Artirio. Claro que em pleno século XXI, no ano de 2017 é difícil encontrar lugares como esse, mas a tecnologia, metrópole, megalópole prédios essas coisas todas não chegaram aqui,(somente no palacio e seus arredores, a rainha fez questão) não que nos vivêssemos na idade das pedras, claro que não! Mas nossas coisas estavam mais pros primeiros protótipos de algo.

Eu morava em um pequena casa logo na entrada de Beltenario. Tinha uma pequena Horta na parte de trás da casa e do lado uma venda de um cara que dizia vender o elixir da vida (pra mim aquilo era só água com mel). Mas você não precisa saber o resto, afinal esse lugar não existe mais já que àqueles caras tacaram fogo em tudo e aparentemente um vilarejo e vidas inocentes não valem nada para a Familia Real...

Era mais um dia comum e chato, eu havia tido um sonho meio estranho na noite passada sobre uma estátua de um anjo negro ou algo do tipo, não conseguir ver muitas coisas pois logo depois acordei. Eu sempre tive uns sonhos meio estranho que eu preferia guardar pra mim do que contar pra alguém e acabar sendo entregue para a familia real. Esse era um dos motivos porque eu desenhava quase tudo que sonhava, eu achava que talvez alguma coisa se conectasse a outra e tudo fizesse sentido. Foi logo depois que eu sai de casa que eu vi eles, eles pareciam procurar por alguém, perguntaram pro homem do Elixir e ele apontou pra mim na porta de casa. Óbvio que eu sabia quem eles eram e o que queriam, eu sabia que não poderia me esconder pra sempre mas não esperava que me encontrassem tão rápido... Corri de volta pra dentro de casa e esperei, eu precisava armar um plano pra sair dali o mais rápido o possível.

Eles primeiro bateram na porta, o que eles esperavam que eu fizesse? "Ah entre, sentem querem um suco antes de me apagarem e me levarem pra ser morta pela rainha?" Fala sério...Rapidamente me mexi o próximo passo seria derrubar a porta. Abri uma passagem que dava pra uma espécie de cômodo secreto que ficava no correndo em baixo de um tapete. Meus pais construíram em caso de ataque bombas ou algo do tipo, era bem escondido, você precisaria levantar o tapete e olhar com cuidado no chão para achar. Entrei rapidamente ao mesmo tempo em que ouvi o barulho da porta indo pro chão,deixei apenas uma fresta, o suificiente para ver somente os pés de quem passava.

E foram 3 pessoa que passaram, eu podia ouvir o barulho de coisas sendo rasgadas, quebras e reviradas em diferentes partes da casa. Eu precisava dar um jeito de sair dali e minha única opção era a porta da frente...A cozinha era quase no final da casa e tive certeza que eles estavam lá quando ouvir o barulho de algo sendo derramado no chão e o barulho do forno além do cheiro de álcool que se espalhou pela casa vindo de lá.

Contei até 3 e sai o mais rápido que podia do meu esconderijo (bom, eu tentei) mas não fui rápida o suficiente já que minha blusa engatou em um prego e tive que puxar o que rasgou um bom pedaço e deu tempo dos caras me verem e virem atrás de mim, não esperei mais me levantei e corri em disparada para fora.

Foi ai que eu notei o caos, haviam várias casas pegando fogo e pessoas gritando desesperadas tentando se agarrar a algo. Eles não estavam sozinhos, claro que não a rainha não mandaria apenas 3 pessoas para cuidar de uma possível ameaça com poderes. Não pude ver muito mais pois corri para sair do vilarejo o mais rápido que eu podia. Parei por um segundo apenas tempo o suficiente pra ver as labaredas de fogo engolindo as casas e os homens vindo atrás de mim...Então fiz o que meu corpo me dizia pra fazer...eu fugi, deixando aquelas pessoas para trás...amigos, que me ajudavam sempre que necessário...eu fugi como a maldita covarde que sou.

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Avistei a igreja poucos metros a frente, era uma igreja abandonada que tinha boatos de ser mal assombada. Diziam que antigamente essa igreja era um orfanato também e os espíritos das crianças que não foram adotadas ainda estavam presos lá esperando para serem levadas. Eu já havia entrado lá uma vez em uma espécie de teste de coragem quando tinha uns 15 anos e lembro de ter saído correndo pouco minutos depois de entrar porque ouvi um barulho de água, o que não parecia normal pra mim em um lugar abandonando. Pouco tempo depois descobri que aquele barulho era apenas do esgoto que era jogado no rio. Retornei lá quando fiz 16 anos logo após meus pais me contarem a verdade e o que as pessoas diziam que eram espíritos era na verdade os monstros mas matei todos como parte do treinamento e o lugar ficou limpo.

Não dei importância pra isso e entrei com tudo na igreja parando por apenas um segundo pros meus olhos se acostumaram com a escuridão do lugar. Tentei respirar normalmente já que corrida não era meu forte.

Corri até o final da igreja lá havia um pátio enorme em forma de círculo tinha uma espécie de calçada e em cima dela portas que eu sabia que levavam a quartos( agora eram apenas um depósito de corpos) e em baixo havia uns buracos grandes o suficientes pra mim passar o  problema é que o cheiro que vinha de lá não era nada agradável, aquela era a entrada pro esgoto. Parei pensando nas minhas possibilidades.

Ser pega por eles, torturada e morta ou me jogar no esgoto com um grande possibilidade de morte fedorenta. Estava pensando nos prós e contras quando a portinha pela qual eu passei se abriu com tudo e um cara passou

-Acabou o joguinho Mirela, você não tem pra onde fugir. ~Falou um dos caras de preto com uma voz grossa e horrenda que gelou meu sangue.

Eu o encarei determinada a não mostra fraqueza ou medo

-Não adianta fingir posso sentir o cheiro do seu medo ~ Então ele sorriu e não foi um sorriso amigável do tipo "quero ser seu amigo" tava mais pra um sorriso de "quero te torturar e dissecar pra ver o que acho" se é que esse tipo de sorriso existe.

Ele então retirou o óculos e pude ver seus olhos ele era um deles! Quero dizer um Droples! Ele parecia estar na fase inical da transformação mas parece que ela tinha parado antes de ser concluída, mas isso não era possível ainda não exitia cura pra isso e por que eles trabalhariam pra rainha se supostamente tudo que ela fez até agora foi pra afastar isso de nós?

-Bom caro amigo ~ Respondi me afastando um pouco com a respiração acelerada~ A gente conversa outra hora...ou não.

Me joguei no esgoto ao mesmo tempo que aquela coisa corria atrás de mim e os outros dois vinham para ajudar.

A primeira coisa que eu senti foi o cheiro e logo depois a pancada na água. A corrente era forte e me arrastou com tudo em direção ao rio só tive tempo de achar um pedaço de madeira e me agarrar a ele antes de despencar de uma altura incrivelmente alta e desmaiar...