Pequenas Doses (+18)

ᴺᵒʷ ᵖˡᵃʸᶦⁿᵍ; [ Small Doses - Bebe Rexha ]
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"ᴠᴏᴄê ᴅɪssᴇ: ᴅᴇɪxᴇ ᴇᴜ ᴛᴇ ᴇxᴘᴇʀɪᴍᴇɴᴛᴀʀᴇɴᴛãᴏ ᴇᴜ ᴅᴇɪxᴏ ᴠᴏᴄê ᴍᴇ ᴇxᴘᴇʀɪᴍᴇɴᴛᴀʀ"




Grávida, nem mesmo Toji acreditava nisso. Tinha a certeza de que fora uma pergunta planejada para insinuar que nosso casamento foi... Consumado. Um veneno despejado apenas para dar ao Corvo algo para pensar. Apesar de surpreso pela informação propositalmente jogada, afirmou que não.

Seguimos direto para a estação ferroviária da onde pegamos o trem no sentido oposto a Kyoto. Ainda tínhamos alguns lobos de Mundi para despistar, fazer um caminho aleatório nos daria alguma vantagem. Foi uma estratégia básica, e a seguimos durante os quatro dias de viagem, até de fato chegar ao nosso destino. O berço da criação do jujutsu.

Coloquei a bolsa na mesa do quarto do hotel, o cômodo era simples, e não tinha a aparência imunda como dos outros lugares que passamos. Pelo contrário até que era bem agradável. Deixei que meu corpo desabasse na cama, pretendia descansar pelos dias restantes até chegar a hora de enfrentar Minori.

Toji escolheu não subir imediatamente, disse querer dar uma olhada nos arredores, talvez fosse uma chance para eu poder tomar um banho sem pensar que ele entraria a qualquer momento, não que alguma parte obscura do meu interior estive esperando por isso.

O homem era um babaca, não tinha como negar isso, mesmo assim havia momentos em que podia até se considerar um cara descente — ainda que com ações peculiares —, cuidou de Hatsu e as meninas e até conseguiu tranquilizar Taleyah, me ajudou quando precisei. Semanas atrás, quando o levei para cama pensando apenas em saciar as minhas vontades, pensei que calaria os sentimentos estranhos que nasciam no meu peito. Ficaram amordaçados por algum tempo, mas agora me gritam o quão perigoso foi.

Procurando algum conforto no banho, me levantei, a água batia na base do meu pescoço, escorria pelo meu corpo nu e lavava o chão. Estar com Toji nas últimas semanas foi como tomar uma droga em pequenas doses, e quando percebi estava completamente dependente.

Desenvolver sentimentos não estava nos meus planos, o que sentia pelo homem era explosivo. Batemos boca, trocamos socos e as provocações são uma necessidade diária, mas quando chega o fim do dia compartilhamos uma cama em um hotel qualquer. Ele podia ter os próprios motivos egoístas para me seguir até aqui, não me importa suas reais motivações; no fim recebi todos os avisos em relação a ele e escolhi ignorar.

Fechei o registro me enrolei numa toalha, sai do banheiro com cabeça baixa foi quando reparei na figura deitada na cama.

— Achei estar dando uma volta. — por algum motivo me senti envergonhada de me apresentar na frente dele despida.

— E dei, nada tão interessante quanto você para olhar.

Levantei o olhar para seu rosto, tinha desejo envolvendo seus olhos esverdeados — Vai precisar mais do que isso para me fazer jogar a toalha.

Deixar que essas palavras escorregassem da minha língua foi como abrir os portões do inferno, um aval. O homem se levantou andando com passos arrastados até mim, podia ser a iluminação, mas o brilho em suas íris era feroz. Inconscientemente minhas pernas recuaram, até que a parede atrás de mim me prendesse entre ela e Toji.

— Você está cheirando bebida, parece que sua volta não foi preocupado com segurança.

— Ah foi [Nome], para a sua segurança — o homem pressionou o corpo contra o meu, deixando que sentisse contra a minha pele seu membro —, tem alguma ideia de como está sendo difícil manter minhas mãos longe de você?

Sua cabeça se inclinou, a respiração quente batendo contra a base meu pescoço fazendo arrepios subirem pela minha coluna. A voz grave e rouca arranhando meus ouvidos lentamente — Toda noite você visita meus sonhos, nua, a pele cintilante com suor. Envolve-me com suas pernas, geme e grita meu nome implora para fazer com você o que nunca fiz com as outras.

No peito o coração batia forte, rapidamente engoli a minha falta de fala, sua narração fez com que imagens surgissem em minha mente. — E o que seria?

O pavio foi acesso.

— Vai ter que soltar a toalha para descobrir.

Então tudo explodiu.

A toalha foi arremessada para longe, sua boca envolvia a minha com ardor. Quente, envolvia minha língua com seu próprio gosto intoxicante, o álcool apenas sendo certo. Era tudo que eu me lembrava e mais. Minhas mãos alcançaram a barra da sua camiseta, queria sentir sua pele conta a minha. Toji se afastou um segundo apenas para jogar o pano para longe, pressionando seu peito contra o meu.

Suas mãos dedilhavam as minhas curvas, apertava os lugares certos e desciam um caminho perigoso.

— Já tão molhada, me quer tanto assim?

Arqueei e mordi o lábio segurando um suspiro de prazer, não os daria a ele, não ainda. Sorri com sarcasmo descendo a mão até seu membro — Tão duro, quer me foder tanto assim?

Toji respirou profundamente travando algo entre os dentes, vendo que a reação dele foi inesperada mantive o movimento e mesmo sobre suas vestes senti o membro pulsar. O homem parecia estar me usando de apoio, perdido demais nas sensações que estava lhe proporcionando.

Sua mão cobriu a minha me fazendo parar, mas antes que pudesse questionar algo fui guiada para dentro de sua calça, não muito relevante já que foram ao chão logo em seguida. Toji ainda tinha a minha palma sobre a sua e movimentava as duas juntas, estava me dando o ritmo, me ensinando como proporcionar prazer.

— Não pare — pediu num sussurro quando me soltou para apoiar ambas mãos na parede atrás de mim.

— É isso que você faz quando demora no banho, me imagina batendo uma para você — disse olhando a minha mão percorrer a extensão de seu pênis — Devagar, no ritmo certo.

Parei a mão na ponta limpando a viscosidade que escorria, Toji bateu a mão em punho atrás de mim a respiração ofegante. Ter o homem quase colapsando por uma punheta era mais que satisfatório.

— Que saber, fodasse — as mãos dele pegaram minhas pernas com força me levantando, bati na parede com força. O desejo foi tanto que deslisou para meu interior com facilidade.

— Estamos impacientes hoje — gemi cruzando as pernas para o sentir alcançar um ponto ainda mais profundo.

— E de quem é a culpa? — Toji deu uma única estocada, me forçando a abraçar seu pescoço como apoio. As unhas arranhando sua pele clara, mas havia algo de errado porque ele não estava se movendo e também impedia meu quadril de se mexer.

— Eu sou seu marido, quem é você? — sua voz soou entrecortada, aquilo era tão difícil para ele quanto para mim.

Fiquei confusa por um momento até que clicou em minha mente, "eu sou Toji, seu marido a partir de agora", foi uma das primeiras coisas que me disse quando nos conhecemos.

— Não é uma boa hora para discutir esse tipo de coisa — grunhi puxando sua cabeça para trás, maldito sorriso venenoso. Seu membro se moveu, inferno, aquele estímulo estava sendo uma coisa de outro mundo.

— É só uma pergunta você é uma mulher inteligente, sei que sabe a resposta.

Afastei meu rosto do seu apenas para olhar em seus olhos, comicamente segurava seu rosto com a mão esquerda onde o círculo de ouro reluziu. — Sou [Nome] Zenin a porra da sua esposa, será que pode me foder agora?

— Com prazer.

O homem era forte o suficiente para sustentar o meu peso e manter o ritmo. Minhas costas suadas grudavam ocasionalmente na parede e as pernas tremiam se envolvendo ainda mais sua cintura. Não era agradável, era feroz, a noite estava fria, mas nossos corpos quentes se alimentavam um do outro trocando mais que sensações. Os sons libidinosos eram a única coisa que se escutava, gemidos, arfadas de ar e gritos contidos, ocasionalmente alguns palavrões e risos cínicos.

Antes não sabia dizer o que nós tínhamos, não conseguia colocar um rótulo em noites como essas, ficamos agressivos e sanamos desejos. Não pedimos desculpas, o sexo continua até tudo ficar bem de novo, voltando a mesma rotina no dia seguinte. Essas manhãs passaram a ter um gosto amargo e um sonho que de desenvolve diferente.

Os lençóis se abarrotaram quando nos deitamos sobre eles, a cama pareceu pequena para conter a excitação que nascia tão facilmente de toques trocados. Beijos foram depositados no meu pescoço, pequenas mordidas dadas no meu colo enquanto as mãos de Toji tomavam meus seios por completo prendendo os mamilos rijos entre os dedos.

— Sabe da última vez você disse que teve melhores — maldita boca grande —, vou fazer esquecer todos eles. Toda vez que sua cabecinha for pensar em algo tudo que vai se lembrar e de como eu faço você se sentir.

— Você pode tent-

Minhas costas arquearam e na mão o que eu tinha era um punhado de cabelos escuros posicionado no meio das minhas pernas. Sua língua fazia círculos e movimentos que arrancaram de mim mais do que gemidos, o pano da cama estava torcido entre meus dedos e tinham espasmos percorrendo meu corpo. As mãos grandes acariciavam o interior das minhas pernas as forçando a ficarem abertas.

Se alguns diziam que orgasmos era como alcançar as estrelas, o que se apresentou a minha frente foi uma constelação inteira.

Podia sentir o coração pulsando na ponta dos meus dedos, a respiração do homem ainda repousava sobre minhas dobras. Toji mordeu de leve minha perna antes de se erguer com orgulho para ver a bagunça que eu havia me tornado, incansável me puxou em sua direção mantendo ambas mãos em minha cintura.

Ele estava duro novamente roçando contra a minha entrada, apenas esperando eu me recuperar do prazer anterior para continuar.

— Parece cansada [Nome], já quer jogar a toalha? De novo.

Respirei fundo o encarando com olhos semicerrados — Já perdi as contas de quantas vezes disse que te odeio hoje.

Toji tombou a cabeça para o lado, suor vestindo o seu torso nu o fazendo parecer uma estátua esculpida a perfeição, espelho de um herói da mitologia. — Disse que me odeia, que sou uma canalha, mas com certeza meu nome escorregou muitas mais vezes dessa sua língua aveludada. Então perdoo os outros dois primeiros.

Cobri meus olhos com o braço, essa noite ele estava diferente eu estava diferente não era só a satisfação, o saciar de uma vontade pessoal.

— Se eu falasse o que realmente se passa na minha cabeça estaria correndo por aquela porta.

A cama rangeu e o colchão na minha lateral afundou, Toji puxou o meu braço para me olhar nos olhos, algumas mechas de cabelo escuro grudadas em sua testa — Tente.

— Eu não sei como é amar alguém — respondi —, mas depois do que aconteceu aqui estou mais perto de descobrir.

Se ele lesse as entrelinhas iria entender o significado oculto em minhas palavras, o perigo do caminho que estamos trilhando. Toji ficou surpreso e até mesmo afastou o rosto momentaneamente.

— E isso é ruim? — não tinha nenhum sarcasmo escondido em seu tom de voz, ou qualquer outro sentimento que também não fosse dúvida.

Num movimento impensado ergui a mão para seu rosto contornando com a ponta dos dedos a linha de seu queixo até que encontrasse os fios cor de noite respondendo num sussurro aquilo que tinha em mente — Também não sei.

Sem ter nada a dizer o homem inclinou cobrindo minha boca com a sua, me fazendo sentir meu próprio gosto misturado em sua língua. Um nó na garganta que foi sufocado por uma nova explosão de desejo.

— Sente isso? — disse ajeitando o membro na minha entrada — Apenas você faz isso comigo.

Mais uma vez na noite caída Toji me tomou, me arrancou suspiros me levou até as estrelas e caiu ao meu lado mantendo seus braços em minha volta. Quando o fogo se apaga nós dois não passamos de duas cascas frias, ele disse que sou a única mas... Se não é amor, porque dói tanto saber que é mais uma mentira?










N/A: Hehe Bom dia!

Aviso: Nem tudo é o que parece.

Até a próxima! Xx

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