Mudanças
— Como você está?
Eu, que estava com o rosto apoiado na mão de uma maneira completamente desinteressada enquanto encarava para o lado de fora de um café na cidade, olhei para a minha companhia com uma careta.
— Muitas das conversas parecem começar desse jeito recentemente, todos me tratam como se eu fosse explodir a qualquer momento.
Nichiro, balançou a cabeça e se ajeitou na cadeira em minha frente. Depois de sair de Tártaro e viver uma rotina próxima da normalidade, sua feição melhorou imensamente, podia dizer que ele ficou até mais jovem. Seu corpo é marcado por cicatrizes, mas escondido embaixo de um terno de marca, fazia o homem parecer um empresário. Daquele tipo que gosta de passar as férias numa ilha tropical, sem camisa e com no mínimo cinco companhias para se manter entretido.
— Não é realmente uma mentira, já estamos em dezembro — comentou —, e Toji?
— Por aí — respondi com rapidez, vendo que a atendente veio em minha direção com uma fatia de bolo que fez meus olhos brilharem.
— Gostaria de fazer um pedido? — a garota perguntou para Nichiro, suas bochechas ficaram coradas quando ele olhou para seu rosto com um sorriso, dizendo brevemente seu pedido.
Peguei o garfo e voltei minha atenção para a comida em minha frente, pensando em como o cortar sistematicamente. Começava pela ponta, ou a parte mais larga?
— Você devia arrumar uma namorada — disse, escolhendo começar pela ponta, depois que a garota se afastou.
— De onde veio isso? Achei que para você seu tio estava morto, deixou bem claro que não se importa comigo da última vez. — havia um tom de deboche em sua voz e uma expressão cínica em seu rosto. Bem conhecidas por mim, uma vez que eram as mesmas que aprendi a fazer e usar.
— É verdade — rebati —, estou grávida, mas não cega. Ela estava flertando com você.
Nichiro olhou para a janela, não para ver o lado de fora, mas sim para olhar pelo reflexo a garota que atendeu nossa mesa.
— Na minha época essas coisas aconteciam de maneira diferente.
— Tenho certeza que sim, trocar cartas já não é um costume — dei mais uma garfada no bolo. — Então, o que tem para mim?
Apesar de não existir mais o vínculo — de família —, agradeço a dedicação do homem em revirar as memórias do clã e suas técnicas amaldiçoadas a fim de compensar seus erros.
— Dei uma olhada no que me pediu, e nunca houve um caso de uma criança nascer com duas técnicas hereditárias. Dentre os clãs do mundo Jujutsu a família Kamo é a que menos tem a diversidade de técnicas. A maioria, senão todas, tem ligação direta com o sangue e parece ser mais relacionada ao corpo físico. Enquanto as outras linhagens tem como base outros elementos, como as sombras e o tempo para a família Zenin, e o espaço para o clã Gojo.
— Se Kiran estiver certa, e meu filho for um usuário de Dez Sombras, não tem a possibilidade dele carregar algo como minha possessão de yokai. Certo? De acordo com a sua pesquisa, é isso.
O homem respirou fundo — É isso, mas não tem como garantir. Nunca aconteceu antes, mas não tem nada que diga que nunca vai acontecer.
Soltei o garfo e coloquei as mãos no rosto — Esse é o problema.
— Qual seu medo [Nome]?
— Falhar com alguém que não consegue se proteger sozinho — respondi com parte da verdade —, é estranho Minori de repente mostrar interesse na criança. Dar tempo para nascer, me faz pensar se ela está de olho em mim ou nele.
Sua feição estava contorcida, como se estivesse de lembrando de um terrível pesadelo, a pele entre suas sobrancelhas estava enrugada e os olhos sem foco se voltaram para mesa e se perderam ali por um momento.
— Parece ter certeza que é um menino — o comentário veio para mudar propositalmente o assunto. Também havia coisas que preferia esconder na parte mais profunda dos meus pensamentos, então aceitei o desvio da conversa sem relutar.
— Estive sonhando com um desde o começo, se não é uma reação premedita do corpo, não sei o que é — coloquei a mão no ventre num gesto carinhoso —, não acho que eu saberia lidar com uma garota. Principalmente se for parecida comigo.
— Você se adapta — o mais velho de livrou completamente das sombras de insegurança que mostrou anteriormente, sua postura relaxou permitindo que encostasse na cadeira e passasse as mãos nos cabelos escuros para trás. — Era uma criança extremamente dedicada e quieta, mas não suportava se calar quando via algo de errado. Nesses momentos que geralmente era difícil de te segurar, sempre foi boa de briga, mão pesada.
Sorri, não de alegria, mas com pesar — Como podia ser diferente? Estive brigando para viver desde que nasci, espero que seja diferente para esse aqui.
Assim que essas palavras deixaram a minha boca, senti um calafrio correr pela minha coluna e então a luz do café piscou algumas vezes. Olhei para cima, para o ponto de iluminação acima de nossa mesa e assim que fiz, a energia pareceu acabar de vez. Meu tio arrastou a cadeira e se levantou rapidamente.
— Precisamos sair daqui, agora.
Energia amaldiçoada preencheu o ar, um mau presságio tomando o meu corpo.
— Tarde demais — Por ironia, a única coisa capaz de fazer algo, era a faca do talher.
O café foi tomado por maldições e logo o cheiro doce foi substituído por um metálico e nauseabundo que eram sinônimos de morte. Segurei a faca um uma mão e tentei bloquear o cheiro com a outra, felizmente Nichiro manteve suas habilidades de luta e conseguiu conter as maldições que surgiram ali sem grandes problemas. Algumas pequenas que vieram na minha direção — alheias da minha presença já que estava usando a aliança encantada por Hatsu —, foram exorcizadas pelo meu talher, porém não é como se eu pudesse me movimentar muito livremente, mesmo com ajuda de Kiran.
— Onde está seu marido? — perguntou meu tio após esmagar uma maldição contra o balcão.
— Sendo provavelmente a causa disso tudo.
— Vocês dois são realmente um belo par — Nichiro pulou um corpo —, vamos. Ficar num lugar fechado pode ser potencialmente problemático.
Não que ficar num local aberto fosse melhor, pelo menos não tinha a possibilidade de desabamento. Assim que saímos, foi possível ver uma cortina envolta de uma certa parte, revelando que tudo parecia um pouco mais sério do que aparentava.
— Acha que é Minori?
— Não — respondi —, ela não teria essa preocupação. Aposto minhas armas amaldiçoadas que isso tem a ver com uma certa ave de bico quebrado.
— Ela ainda tem os sentidos mais afiados do que imaginei — a voz chegou primeiro do que os movimentos. O Corvo tentou segurar meus ombros após usar sua técnica amaldiçoada para sair da porta do café, mas eu que estava usando o mínimo do poder da minha possessão de yokai.
— E os reflexos também — ele segurou a mão contra o peito, vermelho pingando do recém corte feito pela faca de, Alber, já havia abandonado sua máscara desde que nos encontramos na Grécia. Seu rosto, que eu dia considerei ser belo, estava descarnado. Emoldurado por um emaranhado de cabelos claros que me lembraram um esfregão sujo.
Continuei dando passos para trás até ficar ao lado do meu tio. Toji estava por perto, ele não saber o que estava acontecendo não é uma possibilidade, então supus que Alber fez algum truque para o manter longe.
— Exceto se aquele cara de repente desenvolva alguma magia amaldiçoada, não vai aparecer por aqui — respondeu como se estivesse lendo minha mente —, somos apenas nós, amor.
— O quê? — uma risada histérica soou dos meus lábios — Acho que meu marido bateu demais na sua cabeça da última vez.
Nichiro se colocou parcialmente na minha frente como uma forma de proteção.
— Demorou um pouco para eu entender, mas fomos feitos um para o outro — alguma coisa dentro dele com certeza estava quebrada. Não sei o que aconteceu nos últimos meses, mas suas falas, gestos pareciam como os de uma pessoa insana.
— Você aceitou um contrato para me matar, seu filho da puta, você tentou me matar — ralhei de volta.
— Isso foi antes, eu seu a verdade agora. Sua força, seu gosto — Alber passou a mão cortada na boca manchando seus lábios de vermelho —, eu os amo. Muito! Você foi feita para ser minha, não de um inútil como aquele cara! Sim, é isso, minha. Só para mim!
O homem se virou colocando as mãos no rosto, e eu coloquei a mão no ombro do meu tio como apoio. Uma energia sinistra envolveu o Corvo, e pela primeira vez em algum tempo eu senti medo genuíno, a sensação incerta que se arrasta e crepita pela pele, repentinamente senti meu braço ficar pesado.
— Que merda é essa que está acontecendo aqui?
Uma gargalhada insana rompeu o ar, e lentamente Alber de virou — Ela me disse, que eu podia ter você, que eu devia ter você. E que se eu não tivesse ninguém mais deveria ter.
A marca de Amarate pareceu formigar, apesar do selo de Hatsu estar forte, foi então que me lembrei das palavras que um dia a mulher recitou para mim.
Se seguir minha canção será seu fim, impuros e perversos todos vem aqui. Se banham com honras e glórias vidas entregam a mim.
— Corvo está sob um encantamento de Amarate — disse exasperada a respiração de repente ficando entrecortada e uma sensação estranha na boca do estômago que trouxe junto dela a ânsia.
Nichiro de repente mudou a postura, seus braços se soltaram ao lado do corpo mesmo o vendo de costas. Vi as mesmas manchas que tomaram meu braço subindo pelo seu pescoço e tomando parte de seu rosto.
Instintivamente me afastei, palpitações fizeram meu peito se apertar, minhas pernas pareciam não sustentar meu peso. Gotas de suor escorriam pelo meu pescoço enquanto a realidade me atingia. Estava sozinha, de novo. Tentei puxar o ar, mas não consegui, soltei a faca de talher no chão levando ambas as mãos para o pescoço, parecia estar sendo pressionado por algo invisível. Pequenos soluços deixavam a minha boca, mas quando arfava não conseguia respirar.
Medo.
Me senti de volta a cela de desespero, aquela em que fiquei presa pela maior parte da minha vida, olhando a felicidade dos outros por um pequeno buraco na janela. Mas dessa vez nem mesmo ela tinha alguma luz, minha visão ficou embaçada — embora não soubesse dizer se foi pelo ataque de pânico ou pelas lágrimas —, havia uma única coisa que tentei proteger, só que no fim parece que nem isso eu consegui fazer.
Confinada na escuridão da minha cela mental, senti o revolver das sombras, uma textura sedosa acariciando os meus braços. Uma única imagem se formando um reflexo que pareceu nascer de águas frias, uma mulher completamente nua com um corpo curvilíneo que parecia cintilar com um brilho prateado, cabelos ondulados que flutuavam como tinta em sua volta. Em simultâneo a aparição, meu braço começou a queimar, ela era, só podia ser.
— Posso te salvar, salvar sua criança. Dar tudo que você sonha, peça por mim [Nome] e os desejos do seu sangue serão atendidos.
— Amar-
O nome começou a rolar pela minha língua sem controle, mas foi interrompido pela dor intensa que senti na costela. Esse choque de dor foi o suficiente para trazer para mim um pouco de realidade, não importa o que viria a acontecer nunca estaria realmente sozinha.
A figura da Imperatriz do Fim se distorceu num grito agudo e no mesmo instante fiz um selo com as mãos invocando meu território. Se tinha um lugar que eu poderia ficar salva no momento era ele.
— Inari-taisha.
Um vento forte soprou para longe o cenário de pesadelo, substituindo por uma sequência infinita de portais Tori de cor vermelha. Passei a mão no rosto secando o que ficou dos vestígios de lágrimas.
— Eu que devia estar te protegendo, mas parece que dessa vez foi o contrário — abaixei a cabeça e abraçando a barriga —, obrigada. Vou cuidar das coisas agora, então aguente mais um pouco.
Nichiro e Alber estavam presos ali comigo, meu território é um lugar que prioriza a minha vantagem de atacar. Mas isso depende da minha movimentação, então dessa vez teria que usar como um modo de proteção.
— Kiran — chamei a Yokai que se manifestou na minha frente, de costas para mim e suas oito caudas abertas num leque —, quanto tempo você consegue se manter.
— O suficiente para tirar a vida de um deles — respondeu sem se virar —, o problema é quanto tempo você consegue manter o território ativo.
— Pouco tempo — respirei fundo ainda me livrando dos últimos resquícios do ataque anterior —, então não brinque muito.
Kiran riu e pulou agarrando um dos portais, seguindo na direção dos homens e fazendo seu papel. O caminho de Toris era contínuo e nunca parava, é como estar dentro de um vagão de trem infinito, mas sem se mexer. Apenas o entorno que corria numa velocidade absurda.
Não sabia o quanto eles estavam sobre a influência de Amarate, então é difícil medir sua força. Também tinha a possibilidade deles quebrarem meu território, nunca os enfrentei dessa maneira, então não sei dizer se qualquer um dos dois tinha uma técnica mais forte que a minha.
Sabendo que Toji não conseguiu colocar um fim no maníaco com cabelo de esfregão, o subestimar é tolice. Provavelmente era o mais problemático dos dois. Meu tio tem a força e técnica física, mas sua energia amaldiçoada não é tão desenvolvida. Kiran podia lidar com ele, enquanto isso se conseguisse manter Corvo ocupado...
Fiz um novo selo com as mãos, sentindo a energia ser drenada do meu corpo, fechei os olhos usando a energia compartilhada com Kiran para ver através de seus olhos, a kitsune estava pulando rapidamente entre os portais atacando os homens em seus pontos vitais. Os mantendo separados.
Corvo estava ocupado demais em se curar sozinho para ligar para Nichiro, esse parecia tentar contra-atacar a raposa de algum jeito tentando usar as posições dos portais para isso. Quando ele pareceu encontrar uma brecha no padrão da movimentação, troquei a posição dos dedos mudando a direção.
Esse momento de confusão foi o suficiente para Kiran atacar, mas os reflexos do mais velho eram rápidos. A Yokai mirou em seu coração, mas no movimento conseguiu prender nas suas garras um de seus braços.
Só então que Alber pareceu se preocupar com o colega amaldiçoado, o braço voltou e então senti um pulso reverberar pelo meu corpo. Minha energia amaldiçoada estava acabando, mas não era isso, era outra coisa.
Uma gota de suor correu pela lateral do meu rosto, vendo pelos olhos da raposa o momento em que o território foi quebrado do lado de fora. O território se desfez e minhas pernas vacilaram, mas não me deixei cair, fechei os olhos com força e arfei pela boca, colocando os fios molhados de suor para trás.
— Está atrasado, marido idiota.
— Desculpe esposa estressadinha, algum insuportável colocou uma restrição na cortina para me manter do lado de fora — sua voz alcançou meus ouvidos de uma maneira tão tranquila que imediatamente senti o corpo relaxar —, sorte que ele não é tão bom assim. Posso matar os dois?
Levantei os olhos por um momento — Sim.
Travei os dentes quando senti o pulso mais uma vez cortar meu corpo, recuei dando espaço para Toji fazer o que quer que fosse. Apoiei a mão num carro, ignorando a luta atrás de mim senti o vento se mexer, e escutei o barulho da destruição. Porém, esse era o problema dele agora, precisava me sentar, controlar a respiração... O que mais eu devia fazer quando estivesse dando à luz?
Esse não é um bom momento para seu filhote nascer.
— Não é como se pudesse escolher isso Kiran — respondi em voz alta o comentário feito nos meus pensamentos.
Sorte sua que seu macho parece estar em suas melhores condições, acho que te deixar longe dele o fez ficar mais forte.
— O fazendo terminar rápido pouco me importa — me sentei num banco de rua com dificuldade.
Alheio a tudo que estava acontecendo naquela parte da cidade, havia um plantão de notícias aparecendo num telão de rua. Não me importou muito o que ele estava dizendo e sim, o dia marcado no canto interior esquerdo, 22 de dezembro.
Seu tio está morto.
— De novo — respondi travando os dentes —, ficar de luto uma vez é o suficiente.
Toji estava com a arma amaldiçoada que pegou de mim como pagamento, a Lança Invertida do Paraíso, isso o dava uma grande vantagem com qualquer usuário de jujutsu. Não é algo que ele pudesse levar de um país para o outro, mesmo usando os meios ilegais, mas a ter em mãos numa luta como essa fazia uma grande diferença. Isso me fez pensar que ele não conseguiu acabar com o Corvo na Grécia puramente por causas externas, provavelmente relacionadas a minha presença. Pois das duas vezes, acabei segura em seus braços ao invés de envolvida num problema maior.
Apesar do conflito ter se construído dessa maneira, não foi uma batalha épica, onde aqueles destinados se encontram para uma batalha final. A loucura de Corvo o deixou cego, e o ressentimento de Toji o deixou mais forte, a diferença entre eles era esmagadora. Ainda que Alber estivesse com a aura de Amarate o envolvendo não faria diferença enquanto ele não entregasse para ela o que queria.
O poema é bem claro em relação as suas intenções, tesouros são encontrados quando vidas são oferecidas. Enquanto ele não cumprisse essa condição, pouco importava para a Imperatriz do Fim. Seu trejeito manipulador e inflexível é completamente aterrorizador.
Enquanto perdida nos meus pensamentos, tentando adiar ainda que por alguns momentos o nascimento do meu bebê, não percebi que a luta se aproximou de mim. E que, de alguma forma, Alber estava investido na ideia de "se não for minha, não é de mais ninguém" soprados por Amarate em sua loucura.
Toji rapidamente o parou, a poucos metros de mim — Eu disse uma vez que se tocasse na minha esposa para algo que não fosse a curar, sua cabeça ia rolar pelo chão.
— Será que você pode apenas o matar logo? — pedi com a voz alta o suficiente. — Alguém resolveu nascer agora.
— O quê? — Toji segurou Alber com uma mão, a lâmina fincada em seu peito, mas ainda o mantendo vivo — Por que não me disse antes?
— Estou falando agora. Então pare de brincar e acabe logo com isso.
Uma conversa que poderia apenas acontecer entre nós, em meio a mortes e maldições, fazendo da situação a mais comum possível. É estranho, mais ao mesmo tempo, maravilhoso.
— Consegue aguentar mais um pouco? Não acho que esse inútil sofreu por tudo que devia ainda. Ficar pulando de um lugar para o outro fugindo como um rato realmente me tirou do sério.
Nossas personalidades quebradas se complementam, não se completam, mas ajudam duas almas falhas a não se despedaçar por completo, dando uma falsa sensação de unidade que traz junto dela a chance de algo bom.
O sentimento que encheu meu peito já não era desconhecido, seu sabor é familiar, e a devastação que ele pode deixar também. Não iria o receber como um amigo, tão pouco ignorar sua presença. Amor tem várias formas, aquele que tive por Toji foi estilhaçado e nunca retornaria, ele era novo, inocente, uma primeira a paixão ilusória e avassaladora. Até descobrir qual é a forma desse novo sentimento, o guardaria apenas para mim, e tudo que restasse seria do pequeno que nos escolheu para ser seus pais.
— Cinco minutos? — respirei fundo, não impedindo um sorriso de nascer nos meus lábios — Mais que isso, nosso filho vai nascer na rua.
— Vou fazer valer a pena.
N/A: Uahhhhhhhhhhhhh. O baby Megumi chegouu!!
Se tiverem curiosidade de como é o território da patro procurem - Fushimi Inari-taisha - no google e vão entender melhor o que é esse caminho infinito dela.
Um homem com raiva, pode ser avassalador, ainda mais quando o outro lado está rendido pra insanidade.
Eu amei como eles estavam conversando no fim como se nada estivesse acontecendo, isso é tão eles hahahahaha fazer da situação mais estranha a mais comum.
Obrigada por ler até aqui!
Até mais, Xx!
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