Capítulo 7 - Pegue a estrada Jack

(4080 palavras)

(16 anos atrás)

A cena se inicia no que aparentava ser uma lembrança envolvendo o quartel mirim de jovens cavaleiros do ermos.

No que aparentava ser uma sala de aula que ficava sobre as enormes naves de explorações dos cavaleiros, uma pequena turma de crianças jovens estavam em suas respectivas carteiras ouvindo seu ancião.

Ancião: O pré-fim e um conceito amplo envolvendo tecnologias, culturas e até mesmo ideais construídos em eras que algum dia já existiram em uma sociedade antiga.

Ancião: Os conceitos perdidos se tornaram oque costumamos chamar de relíquias, Com todos sabem essas relíquias são o maior triunfo que nos fez reconstruir todo o nosso império.

Ancião: Rockystech nossos ancestrais antigos nos guiaram para o caminho necessário para garantir o desenvolvimento dos ermos, A radiação é algo que deve ser contida com o tempo e não usada... Como nossos inimigos costumam fazer.

Ancião: Me digam, algum de vocês sabem me dizer oque o perigo real dos Grands-atom's representam?

Uma garotinha ruiva havia levantado a mão com empolgação, o ancião a nota e a permite responder.

"Suas ideologias sobre a forma evolutiva humana, eles acreditam que a radiação da chuva de meteoros seja a purificação vinda de deus para que a humanidade se torne maior a partir das mutação."

Ancião: Muito bem Helissa, como sempre demonstrando estar prestando atenção nas aulas. - Na cena é revelado Helissa com apenas oito anos de idade, ao seu lado dividindo carteira está Hector com seus dez anos de idade.

(Helissa e Hector Melin - Imagem de minha autoria)


Na janela da sala de aula é possível ver diversos helicópteros dos cavaleiros pousando na estação, As crianças ficaram empolgadas por saberem oque se tratava aqueles helicópteros regressando.

Ancião: Vocês estão bem essa semana com o treinamento de vocês, tem a permissão de verem os guardiões regressaram.

Alunos: Obrigado ancião! - Após os agradecimentos todas as crianças correm pela base dos cavaleiros indo para perto da estação de pouso.

(Música complementar Opcional)

As crianças após se aproximarem vêem os diversos helicópteros pousando lentamente até a área de desembarque.

Helissa e Hector estavam com empolgação como as crianças mas aparentava ser por um outro motivo mais em especial.

Logo é revelado que saindo dos helicópteros estavam diversos guardiões, diferente de um guardião comum eles usavam armaduras de combate da cor de carbono, representado o esquadrão mais alto de guardiões dos cavaleiros.

(Armadura de guardião lendário - Imagem de minha autoria)

Os guardiões iam em uma direção até a área central do quartel. Porém, um desses guardiões nota as crianças e anda até direção a uma delas, Logo é revelado que o guardião estava se aproximando de Helissa e Hector.

Logo naquele momento que o guardião que se aproximava de ambos removia o capacete, Helissa corre para abraça-lo e ele a pega no colo.

Criança: Nossa... Eles são filhos de Jayce Melin.

(Jayce Melin - Imagem de minha autoria)

Helissa: Papai você voltou!

Jayce: A batalha foi árdua, mas o seu pai retornará para tê-la em meus braços minha pequena Heli... - Diz Jayce acariciando o rosto de sua filha demonstrando carinho.

Jayce: Oque foi que minha pequena construtora fez dessa vez?.

Helissa: Eu fiz um dispositivo que ajudará você a limpar sua armadura papai - Diz Helissa entregando o aparelho tecnológicos para seu pai.

Jayce: Obrigado minha querida, eu irei usar com toda certeza.

Hector Ei pai! Quando eu vou ser um guardião como você?

Jayce: (acariciando a cabeça de Hector) Quando seus ossos estiverem fortes como o aço e o seu coração nunca tremer em batalha, voce estará pronto para as lutas mais ardilosas... Meu filho. - Hector sorri após as palavras de seu pai.

Jayce: Em nome de nossos ancestrais eu tenho certeza... Que a geração de vocês dois serão os que vão finalmente trazer a vitória para o nosso povo.

(Pare a música se estiver ouvindo)

Seker: Reconstrução pós-fim

(Capa feita por Nati)

A cena corta para o presente, uma visão estava turva e com bastante dificuldade para enxergar, Logo era revelado ter sido Hector que ainda estava inconsciente naquela luta contra o Yhoulz, Ele estava enfraquecido mas após se virar vê uma cena inusitada diante dele.

Ele vê Will usando seus poderes místicos misteriosos matando o monstro brutalmente, ele vê aquilo em choque através da armadura, apesar de estar fraco e ainda consciente, ele vê Will gritando para Lucius reagir.

Logo em seguida surge o caminhão azul pilotado por Judy, ela oferecendo ajuda para Will que estava desesperado, Hector permanecia em choque com aquela cena mas logo volta a consciência após Judy se aproximar.

Judy: Ei moço da armadura você tá bem?

Hector: Quem é você?

Judy: Eu sou médica e eu tô aqui pra ajudar, me ajude a colocar todos eles para o caminhão agora...

Hector: Eu não confio em você.

Judy: Você pode não confiar mas seus amigos ali tão com resquício radioativo no corpo podem estar correndo um grande perigo.

Hector: Grr... Tudo bem.

Hector ajudava a carregar todos até o caminhão, Logo em seguida Judy ativa o piloto automático e o veículo anda em direção a estrada, Judy usava um detector de radiação para ver o nível radioativo de cada um deles.

Judy: É eles estão bem mal, sorte que eu tenho alguns Healing-Max guardados, ei cara de armadura pode pegar o soro pra mim?

(Healing-Max: Dispositivo curativo criado no início da terceira criado pela Healing-corp. medicamento muito usado por diversos lados na guerra por ser um medicamento capaz de curar qualquer ferimento seja ele mínimo ou fatal.)

Hector: Me diz que porra é você? - Diz Hector olhando para Will. "Como você fez aquilo?"

Will: Eu... - Ele abaixava a cabeça.

Judy: Escuta, não temos muito tempo pra enrolar me passa o soro por favor.

Hector: Tá! - Hector entregava o soro médico nas mãos de Judy que fazia todos os procedimentos nos desacordados.

Will: Eles vão ficar bem?

Pina: (Choramingando) ...

Judy: Estão com alguns ferimentos mas o pior disso é a alta radiação, eles vão precisar ficar de canto de recuperação com soro a base de Stemper.

(Stemper: Medicamentos criado para remover radiação do corpo humano durante a terceira guerra.)

Hector: Você é bem preparada pelo visto.

Judy: Bom, de onde eu vim aprendemos a nós precaver dês de o início, esse é o nosso lema?

Hector: (Olhando para a roupa de Judy) Você é uma habitante de bunker? - Enquanto estava com essa dúvida repentinamente ele começava a tossir.

Judy: (Usando um aparelho de detecção de radiação sobre a armadura de Hector) Ei, você pode estar de boa na parte de ferimentos mas sua armadura tá infestada de radiação.

Hector: Relaxa eu tô de boa.

Judy: Não não tá você precisa sair dela agora ou você vai pegando radiação no seu corpo, Não tenho stemper suficientes pra ficar esbanjando dessa forma.

Hector: E oque você quer que eu faça? deixe a armadura de lado e caminhe por esse lugar de merda?

Judy: Eu tenho uma máquina nesse caminhão tá vendo? ela serve pra polimento e dedetização, Se você deixar ela ali eu posso limpar toda a radiação que está sobre a armadura. - Judy revelava uma enorme máquina de dedetização médica de alta tecnologia.

Hector: Escuta garota eu nem te conheço, acha mesmo que vou só sair dela e deixar num veículo de alguém que acabou de conhecer.

Judy: É eu sei você não me conhece e olha depois de tudo que me ocorreu, eu com certeza teria a mesma desconfiança que você... e bem... eu sei que esse lugar é horrível o suficiente pra as pessoas não confiarem umas nas outras, mas eu quero mesmo ajudar não tá vendo? esse sempre foi o meu trabalho dês de que eu me entendo por gente. ajudar as pessoas.

Hector apenas a olhava no fundos dos olhos naquele momento, Algo curioso havia chamado a atenção no olhar de Judy, Aquele mesmo olhar despertava uma sensação de inocência na habitante de bunker.

Hector: (Suspiro) Só espero não me arrepender disso. - Após suas palavras ele sai de sua enorme armadura de combate.

Judy logo nota a aparência do sujeito de armadura pela primeira vez, A jovem havia ficado surpreso e bastante corada ao notar que Hector havia uma aparência máscula e densa como ela nunca viu antes.

Judy: Bom... agora vou deixar ela p-polindo e bem, provavelmente demorará umas dez horas.

Hector: Dez horas!? Nós não temos todo o tempo do mundo?

Judy: Pra que toda essa pressa? parece que estão sendo caçados ou algo assim - Diz Judy dando uma risada leve.

Hector: ...

Judy: Eu disse algo errado?...

Hector: Só nos tire daqui agora.

Judy: Certo, vamos partir pra estrada.

Logo ela havia ligado o motor e caido na estrada. Lucius, Deckard e Helissa estavam desacordados e sendo medicados com Stemper para se recuperarem da radiação.

Will estava ao lado de Parzival, o andróide estava danificado e desativado com seus componentes expostos, ele estava entristecido e nervoso tentando conserta-lo.

Will: Se eu ao menos soubesse como consertar ele... DROGA! - Logo surge Hector atrás do garoto com um olhar aflito.

Hector: Você... oque você e afinal?

Will: (Se assusta levemente) Como assim?...

Hector: Você sabe do que tô falando, eu vi oque você fez lá trás, Como você fez aquilo?

Will: Eu... eu ainda não sei como.

Hector: Você derrubou Yhoulz sozinho como se fosse nada, e essa sua resposta?

Will: OLHA EU NÃO SEI TA BOM! INFELIZMENTE EU NÃO SEI OQUE EU SOU! DESCULPA SE EU NÃO CONSIGO RESPONDER SUA PERGUNTA, EU NÃO SEI SE EU SOU UM MONSTRO OU UMA ABERRAÇÃO MAS EU SÓ SEI QUE MINHA MÃE MORREU POR EU SER ASSIM E O LUCIUS ACABOU DE SE SACRIFICAR PRA ME SALVAR!

Will: Eu não pedi pra nascer... muito menos pra ser desse jeito.

Hector: A Hekstech está atrás de você? por acaso... tem a ver com esses seus... poderes?.

Will: Eu só me lembro de... ser mantido preso numa sela e usarem meus "poderes" diversas vezes, eles me machucavam em vários e vários momentos, Eu só me lembro de toda a dor e desespero e a todo momento minha mãe fazia de tudo para amenizar isso.

Hector: Agora eu entendo do por que eles decidiram contratar até mesmo mercenários para ir em sua busca, você deve ser valioso para eles.

Will estava entristecido com a testa sobre o peito do andróide desativado, demonstrando naquele momento estar perdido e sem rumo.

Hector: Ele não e um caso perdido.

Will: Oque?

Hector: O andróide, não está danificado apenas estar com o mini-reator desacoplado. - Hector se aproxima dos componentes do andróide e após mexer um pouco ele o conserta e em seguida o andróide se ativa.

Parzival: Raios, Aquela repugnância voadora nos atacou de forma brusca, mas não tenho memórias armazenadas do desfecho final? por acaso vencermos?

Will: PARZIVAL - Will demonstrava alegria ao vê-lo bem, logo o garoto o abraçava forte. "Você tá bem"

Parzival: Certamente patrãozinho Will, vejo pela sua alegria e entonação que meu reiniciamento o agrada, irei avaliar isso e me manter mais ativo e em funcionamento para mantê-lo assim. - Diz Parzival dando leves toques gentis na cabeça de Will.

Will: (Se vira para Hector) O-obrigado...

Hector: Não me agradeça. - Hector apenas vira as costas e se senta ao lado de sua irmã.

É revelado que Judy estava pilotando o veículo mas ouvia toda a conversa dos dois naquele momento.

Judy em seguida ativa o modo piloto automático do veículo, ela vai para parte de trás onde estava Hector e se aproximava dele de forma tímida.

Judy: Ela é... sua namorada? - diz Judy se referindo a Helissa

Hector: NÃO! ela é minha irmã.

Judy: Ah sim entendi... desculpa, é que ela é bem bonita.

Hector: Se você tá dizendo...

Judy: Respondendo aquela sua pergunta, sim eu sou uma habitante de bunker e cresci a minha vida toda dentro de um por sinal, durante anos eu pensava que vocês que vivem aqui fora eram todos enrugados, sujos e com uma cara de homem das cavernas sabe... sem querer ofender.

Hector: Essa é a diferença entre nós e pessoas como vocês que vivem refugiados, Nós não esperamos nada de ninguém.

Judy: É... eu entendo como deve ser, mas querendo ou não eu tava bem errada.

Hector: Sendo bem sincero, não sei se você é inocente ou burra demais pra querer sair ajudando qualquer um, Você não conhece esse mundo de verdade é uma outra realidade da onde você vive.

Judy: Nisso você tem razão.

Hector: Então por que tá aqui?

Judy: Eu não tive escolha, infelizmente eu estou aqui por que vidas dependem de mim, O meu povo pode morrer... E eu quero seguir o caminho que eu sempre quis, não só pelas pessoas que eu amo mas pra quem realmente precisa.

Hector: Existiu um grupo no passado, chamados mãos da liberdade... eles tentaram a mesma coisa no passado e adivinha só, Foram destrinchados do ermos de vez não sobrou ninguém, o único vestígio que restou daquelas pessoas foi destruído pelo oque esse mundo é de verdade.

Judy: Já ouvi falar deles mas só em contos das expedições do meu povo, Todos acham que tem como salvar o mundo mas nunca se questionam sobre seus métodos pra isso, Você é um cavaleiro não é? acha mesmo que entrar em guerra com toda potência é a melhor forma de mudar algo?

Hector: Se isso ameaçar o ermos sim, você não sabe como é lá fora garota.

Judy: Posso não saber de verdade como é, mas eu sei da minha luta e sei oque eu preciso fazer pra salvar o meu povo...- Enquanto discutiam Helissa começava a gritar e se contorcer.

Hector: Heli! Oque tá acontecendo com ela?

Judy: Acredito que a radiação deve está afetando o sistema nervoso dela, Acho que o Stemper não está dando conta de extrair toda a toxicidade radioativa, A criatura que você enfrentaram é bastante perigosa mesmo.

Hector: Tem que ter uma solução.

Judy: Tenho uma ideia, mas preciso que você me ajude para isso, Eu vim atrás de uma fonte de energia capaz de alimentar o meu bunker, ele tem energia contada para dias ou semanas no máximo e digamos que me ofereci de forma "indesejada" para sair em busca de uma nova fonte de energia.

Hector: E oque isso tem a ver com com ajudar minha irmã?

Judy: Nesse estado, não só ela mas todos os três tem apenas alguns dias de vida por conta da alta exposição radioativa, mas se tivermos o reator que estou procurando para alimentar o meu lar tenho certeza de que as cápsulas purificadoras podem ser usadas, assim sua irmã e eles sobreviveram com certeza!

Hector: Que reator é esse?

Judy: Após minhas pesquisas, eu descobri a localização de um no banco de dados nas expedições que o meu pai registrou anos atrás... uma fábrica da Masscorp que fica a uns 7km daqui, se você conseguir me ajudar eu posso levar vocês comigo para meu lar e podemos ajuda-los.

Hector: Oque me garante que você cumprirá com sua palavra.

Judy: Eu só ajudei vocês até agora, além disso... eu nunca conseguiria fazer isso sozinha, com sua ajuda eu posso salvar o meu povo, Eu também quero salvar as pessoas que eu me importo, na verdade as que sobraram...

Hector: (Olhando fixamente para Judy e em seguida suspira) Tudo bem... Nós leve até lá.

Judy volta a assumir o volante e acelerar pela estrada, logo a própria tira de seu pescoço oque parecia ser um colar em formato de coração, Nele havia quatro nomes escritos dês de seu nome aos nomes de sua mãe, pai e irmão. ela além de segura-lo firmemente ela o beija.

A cena corta para eles chegando no objetivo aparente, uma enorme fábrica abandonada e destruída com uma aparência mórbida, Diante da situação Hector olhava para sua armadura de combate que ainda não estava pronta e não poderia ser usada nesse momento.

Logo não tendo opções ele pega seu fuzil de combate que estava escorado e assim sai do veículo, Judy estava demonstrando nervosismo pela situação mas ela havia notado a calma Hector.

Hector: Vocês dois - Hector olhava para Parzival e Will.

Hector: Iremos investigar a fábrica, vocês dois vão ficar aqui pra proteger o caminhão e os outros, qualquer movimento estranho ao redor dêem o fora pra um ponto seguro, caso isso ocorra nos encontraremos no começo dessa estrada a 3km

Parzival: Afirmativo senhor cavaleiro.

Will: Tudo bem, só tomem cuidado.

Judy: Obrigada, nós já vamos indo não é?... - Ao olhar para Hector se depara com o próprio já caminhando até o local deixando-a para trás.

Judy acena para ambos e corre para fora do veículo e em seguida fecha a porta, Percebendo que Hector não iria espera-la ela logo começava a correr de forma desesperada até ele para alcança-lo.

Judy: (Alcançando-o) Eu pensei que você iria me esperar!

Hector: Não gosto de perder tempo.

Judy: É eu percebi bastante isso, você parece ser o tipo de pessoa bem objetiva, Sabe eu faço terapia no meu bunker sabia? o meu terapeuta me dizia que geralmente pessoas com essas tendências frias e diretas sobre as coisas geralmente são as mais sensíveis.

Hector: É mesmo? na minha opinião eu acho que seu terapeuta é um idiota.

Judy: Não tenho certeza disso, ele estudou bastante a profissão dele.

Hector: (Para de andar) Escuta vocês nem sequer sabem como é viver aqui fora? como você pode achar que algo vindo de sua realidade é sempre a verdade absoluta, infelizmente muitas pessoas são assim por que é o melhor a se fazer, as pessoas aqui foram sempre vão se usufruir de suas fraqueza. - Após dizer essas palavras em tom rígido, Hector volta a caminhar.

Judy: Olha, acho que você tem razão eu não tenho direito de impor nenhum conceito sobre um lugar que nem conheço, por isso que talvez se... você me contar sobre como ficou o mundo depois de 400 anos.

Hector: Oque?

Judy: É que sempre a armazenado diversos registros históricos sobre o pré-fim antes dos meteoros caírem, mas oque sabemos sobre o trajeto da sociedade do pós-fim é bem limitado, eu adoraria saber mais se você me contasse - Diz Judy sorrindo para Hector que fica com um olhar de desentendido.

Hector: Olha, talvez outra hora... temos algo mais importante a fazer.

Após conversarem bastante enquanto se aproximava algo inesperado ocorre, a porta da frente da fábrica estava completamente aberta e sem nenhum resquício de perigo.

Hector estava temendo andróides hostis, torretas funcionais ou até mesmo Riglin's ferozes no local, mas nada havia naquele lugar apenas um completo vazio, eles andavam cautelosamente sobre o local até encontrarem uma passagem que leva a uma descida até o subterrâneo.

Hector: Fica atrás de mim, ok?

Judy: Certo.

Os dois após descerem uma enorme rampa até o fundo, se deparam com um lugar escuro e bastante amedrontador na visão de Judy. porém, enquanto andavam se deparam com algo acoplado em um supercomputador, algo esse revelando ser o tal reator da Masscorp.

Judy: Olha deve ser o reator! vamos só pegar e sair fora daqui. - Judy andava em direção ao reator.

Hector: Espera aí não toca nisso, você nem sabe como funciona.

Judy: Não deve ser difícil, é só pegar e puxar não é?

Voz misteriosa: Certamente não é dessa maneira que se ejeta um reator senhorita.

Ambos se assustavam com a voz repentina naquele lugar, em seguida após o escuro ambiente  foi iluminado após as luzes do local serem acendidas, logo é revelado quem era o ser que estava se comunicando.

(Veículo misterioso - Imagem do Pinterest)

Hector: Um carro?..

Judy: Falante...

Veículo: É um prazer imenso conhecê-los, Sou o modelo Delt-J o veículo de segurança extremo mais sofisticado da Masscorp.

Judy: Eu não imaginaria que algo feito por eles ainda estaria... operante.

Veículo: E realmente a maioria não estão, mas graças aos meus sistemas serem interligados com toda a base consegui manter minhas integridades intactas com o sistema de defesa avançada.

Hector: Sistema de defesa? não tinha nada ativado quando entramos.

Veículo: Notei a falta de hostilidade vinda de vocês diferente dos demais, percebi que vocês são dignos de obterem o que todos de fora buscam...

Judy: E oque seria?

Hector: É o reator... não é?

Veículo: Certamente, muitos tentaram e foram todos impedidos por mim, mas me digam uma coisa... suas motivações em relação a esse reator são nobres, perversas ou egoístas?

Judy: Eu... eu não posso dizer com convicção, eu não sei como é de fato o mundo do lado de fora, as vezes sinto que a outros lugares com civilização que precisam disso tanto quanto nós, mas eu ainda sim... sei que se eu usar esse reator para ajudar o meu povo, eu posso finalmente ajudar mais pessoas que precisam, os ermos pode ser perigoso... mas nenhum perigo vai impedir a ideia de fazer Bunkertown real... um lar para pessoas que precisam de ajudam, precisam ser salvas.

Veículo: Profundo e bastante emocional suas palavras, demonstram sinceridade e uma virtude digna de alguém com uma boa intenção.

Hector não havia falado nada mas o seu olhar estava diferente para Judy, oque antes parecia ser um olhar constante de julgamento e pena acabou se tornando um olhar de total respeito.

Veículo: Vocês são totalmente dignos de terem o reator em suas mãos, mas para isso.... peço humildemente que ouçam meu pedido simples.

Hector: Pedido simples?

Judy: Se for algo do nosso alcance acho que podemos fazer.

Veículo: Eu desejo que me matem

Judy: Oque? mas porque?

Veículo: Eu desejo meu desativamento aproximadamente 415 anos... dês dos engenheiros dessa corporação me plugarem nos sistemas e nessa estação.

Judy: Não dá pra te tirar dessa estação?

Hector (Investigando a estação onde estava o veículo) Infelizmente não é possível, os sistema do veículo estão ligados a ele, se for pra retirar ele de forma improvisada ele irá se desativar.

Veículo: Correto e se o sistema for desativado meu sistema de autodestruição será acionado, A única forma viável e segura do meu desativamento é se me destruírem.

Hector: (Destravando a arma) Tudo bem... será que isso vai doer?

Veículo: Não se preocupem com essas irrelevâncias.

Judy: Espere tem que ter outro jeito, não pode ser assim você finalmente encontrou pessoas boas depois de mais de 400 anos e simplesmente decide se matar?

Veículo: Isso é mais uma questão irrelevante para essa situação.

Judy: Você não precisa desistir, eu sei como deve ter se sentindo preso dentro desse lugar durante séculos... a solidão que você deve ter sentindo deve ter sido esmagadora e triste pra você.

Judy: Mas eu sei que no fundo você... você sempre quis estar em algum lugar ou fazer algo além de estar aqui preso, Por um breve momento até mesmo você desejou algo...

Hector: Judy mas ele é uma máquina, porque acha que ele pensaria essas coisas.

Judy: Era oque eu pensaria... se estivesse no lugar dele. - Os dois ficam em silêncio e trocam olhares, O respeito de Hector por ela havia aumentado ao notar a enorme empatia dela.

Veículo: Viajar o mundo...

Judy: Oque?

Veículo: Viajar mundo sempre foi oque passou pelos meus sistemas, e isso que me motivava a me manter operante por 200 anos, até infelizmente perder oque vocês humanos chamam de esperança.

Hector fica novamente surpreso por Judy entender oque uma máquina como aquela sentia naquela situação, mas logo inesperadamente Judy começava abrir o capô do veículo.

Hector: Oque você está fazendo?

Judy: Você... você ainda pode realizar o seu sonho, se você nós ajuda.

Veículo: Oque está sugerindo?

Judy: Meu caminhão existe um port para instalação de módulos de IA inteligentes, provavelmente essa talvez seja a sua chance de conseguir sair desse lugar, podemos tirar você dessa carcaça desse veículo, você pode sair daqui se quiser.

Veículo: Mas, porque está fazendo isso?

Judy: Não quero saber que a alguém em uma situação onde eu não gostaria de estar, então me diz... onde fica seu módulo de IA.

Veículo: Eu agradeço a bondade de seu coração, O módulo fica localizado ao lado da bateria.

Judy: Hector... pode me ajudar?

Hector: (Suspiro) Certo...

Veículo: Assim que me desligarem o sistema de sobrecarga do reator será desativado, será seguro retirar o reator... novamente obrigado.

Judy: Antes disso, eu posso te dar um nome?

Veículo: Certamente... qual o nome deseja utilizar?

Após um leve sorriso a cena por fim corta para o caminhão novamente estacionado, Judy e Hector haviam voltado para o veículo deixando Parzival e Will aliviados.

Parzival: Vejo que tudo ocorreu de forma tranquila.

Hector: É... eu diria que sim.

Will: Oque você tá fazendo moça?

Judy: Hospedando nosso novo amigo - Judy instalava o módulo de ia no veículo.

Judy: Está operante?

Veículo: Afirmativo senhora...

Judy: Ótimo, agora pegue a estrada Jack

Jack: Tocando pegue a estrada Jack do cantor Ray charles.

(Música complementar opcional)

Judy: N-não Jack eu não quis dizer pra tocar uma música, eu disse da forma literal.

Jack: Peço perdão minha senhora, e a minha primeira vez em serviço.

Judy: Tudo bem, mas até que gostei da música.

Hector: Vamos logo não temos tempo a perder!

Judy: Ah! é verdade, pé na estrada amigo.

O veículo começa a dar partida, naquele momento algo estava tocando as emoções de Hector, simplesmente ao ver Judy interagindo com o veículo falante naquele momento fez ele ter certa dúvida sobre seus próprios conceitos que ele adotou, mas logo após olhar para o rosto sorridente da própria o fez pela primeira vez até aquele momento esboça um leve sorriso de lado.

Em breve: Capitulo 8 - União desajeitada

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