IV
Superando todas as suas expectativas, as horas passaram voando quando Teodora estava na companhia de Afonso, a garota sorriu enquanto entrava no avião os dois se despediram na fila de embarque e agora a jovem procurava entre os passageiros o jovem rapaz, pensando que talvez não fosse tão ruim passar alguns dias com ele na Espanha.
Teodora deu alguns passos dentro do avião, logo encontrando sua poltrona, estava prestes a fechar seu cinto de segurança quando uma senhorinha sentou na poltrona vizinha a sua, do outro lado do corredor a garota viu Afonso chegar e sorriu para ele, mas o rapaz começou a caminhar em sua direção.
─ Com Licença! - Ele falava diretamente para a senhora que logo o encarou, sorrindo de forma amistosa ─ Essa jovem que está ao seu lado é minha namorada e quando eu comprei a minha passagem fui idiota e acabei não comprando a poltrona vizinha, a senhora poderia trocar comigo? A minha poltrona é ao lado da janela garanto que não irá se arrepender.
A senhora olhou na direção de Teodora com um sorriso divertido nos lábios.
─ Você fisgou ele direitinho, hein? Ele é um chuchuzinho. - Teodora viu a senhora começar a levantar-se, ainda em choque pelo o que acabará de ouvir ─ Divirtam-se jovens, eu já tive a idade de vocês, mas juízo. - Dizendo isso a mulher se afastou deixando um Afonso gargalhando ao seu lado.
─ Namorada? - Teodora perguntou depois que Afonso se acomodou.
─ Nos nunca sabemos o que pode acontecer, vai que você não resiste aos meus encantos e no segundo dia me pede em namoro.
─ Eu ainda posso pedir a senhora para voltar para o local dela.
─ E perder esse chuchuzinho?
─ Você é ridículo.
─ Sabe, louco, maluco, ridículo, chuchuzinho, são muitos apelidos para apenas seis horas de convivência.
─ Afonso!
─ Tá okay! Vou parar, vamos falar sobre nossa viagem - o rapaz então pegou a agenda da moça, fazendo com que ela percebesse que não estava com ela, tampouco se lembrava de sua existência desde a cena na cafeteria.
─ Em primeiro lugar eu ainda não sei se é nossa viagem, em segundo lugar devolve minha agenda. - O rapaz lhe estendeu o objeto e assim que abriu a moça viu uma serie do que considerou rabiscos, por todo o seu cronograma de viagem.
─ Afonso me dá um motivo para não te matar! - A moça perguntou entredentes, fulminando o rapaz com o olhar.
─ Porque eu sou seu chuchuzinho? -Afonso lhe respondeu com uma falsa inocência, fazendo com que Teodora sorrisse.
─ Certo, eu não deveria ter feito isso na sua agenda perfeitamente cronometrada, serio que você marca até os horários que tem que beber água? - Afonso então percebeu que Teodora lhe encarava com a melhor expressão de "isso é mesmo um pedido de desculpas? " ─ Eu te peço três dias, se em três dias eu não te provar que essas podem ser suas melhores férias de verão, eu te deixo em paz o resto da viagem.
─ Três dias? - Teodora perguntou, mas intimamente já sabendo a reposta.
Seu bom senso gritava " Perigo", mas uma chama lá no fundo do seu coração dizia "sim" e foi exatamente isso que a garota respondeu, aos olhos cheios de expectativa que lhe encaravam.
Para a felicidade de Teodora aquelas férias que se iniciaram ainda no aeroporto, com seis horas de atraso e com um estranho gritando na cafeteria foram as melhores da sua vida, a jovem deu muito mais que os três dias para Afonso, depois da garota bater o pé eles visitaram o bendito estádio do Real Madrid, assim como o museu do Prado, mas logo seguiram viagem com um carro alugado que Afonso tanto queria pelas estradas espanholas com destino a Barcelona.
Afonso estava certo no final de tudo, as melhores histórias surgem sem planejamento, sem data marcada, mas quem disse que a organização não dá uma forcinha para tudo não sair do controle?
Teodora voltou de viagem com uma bagagem cheia de lembranças e um amigo meio irresponsável, mas inseparável, que tinha tudo para se tornar um amor de verão, mas se tornou mesmo um amor de outono, a estação preferida da garota que mesclava quente e frio na quantidade perfeita para o coração da jovem de cabelo azul.
Afonso se tornou a dose de loucura que faltava no mar de organização da garota, enquanto ela era "os pés no chão" da vida do rapaz, afinal sempre que é possível, os dois saem pelas estradas do mundo seja primavera, outono, inverno ou verão.
2428 palavras depois chegamos ao final da história, UFA! Quase que eu não conseguia, particularmente eu não sei o que pensar sobre este conto, quando eu comecei essa história eu tinha em mente algo totalmente diferente, mas os personagens seguem sempre seu próprio caminho e cá estamos nos.
Não é uma história de romance, mas sim de um primeiro encontro bem aleatório e com resultados inimagináveis. Grata a todos que chegaram até aqui! A todos os comentários e votos! Beijos de Luz Meus Eternos Vagalumes!
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