Vinte e Oito - Daniel
Assim que Clara, Tia Bru, Tia Lua e Tia Marina e Tia Fabiana desligaram, nós paramos e nos olhamos, os quatro.
_ Bom, repassando... Nós temos duas barrinhas de cereal e quatro balas de iogurte._ Eu disse._ Definitivamente, precisamos racionar comida.
Gabriel olhou para o céu. Eram 10:30 da manhã, então, o Sol ainda estava a leste. Gabriel abriu os braços, com os braço esquerdo apontado para Oeste e o braço direito apontado para Leste. Ele voltou ao normal e disse:
_ O Sul é para lá._ Ele começou a caminhar para um lado, e nós o seguimos.
*
Aquela paisagem de campinas desérticas parecia não ter fim. Havia animais por todos os lados, principalmente lhamas e vacas. Era triste, porque as vacas e os outros animais que dependiam dos humanos, estavam magros e esqueléticos pela falta de alimentação.
Enquanto andávamos, eu via inúmeras carcaças de vacas pelo caminho. O cheiro era horrível, e a visão extremamente triste. Era muito difícil segurar as lágrimas.
Passaram-se quase uma hora de caminhada, quando encontramos um pequeno povoado, com três ou quatro casas feitas de madeira e palha. Uma das casas tinha um pequeno cercado de porcos. O povoado também tinha um pequeno poço.
_ Cuidado agora. Onde tinha gente, tem zeloides._ Fernando disse._ Quantas balas você tem aí Yasmim?
_ 4._ Ela respondeu, tirando 4 balas de iogurte do bolso.
_ Não! To falando das balas da arma!_ Fernando perguntou novamente._ Quantas ainda tem?
_ 6. _ Yasmin respondeu, mostrando a arma.
_ Acho que dá para nos defendermos se alguns zeloides virem atacar a gente._ Eu disse, olhando para a vila._ Vamos lá. Devagar e sem fazer barulho ok.
Fomos andando devagar, até o meio da vila. Eu tinha a sensação estranha de que estávamos sendo observados. Yasmim empunhava a arma, mas sua mao tremia, apavorada.
Vozes. Sussurros. Nada mais que sussurros. Zeloides não sussurram, né? Continua-mos a andar, sem ter muita certeza pra onde.
_ Parem._ Alguém disse, e não foi nenhum de nós._ Parem de andar.
Nós nos juntamos, tentando achar de onde vinha a vós.
_ São apenas crianças._ Uma vós feminina disse. Eu percebi que falava português. E que era uma vós conhecida._ Não merecem ser recrutados.
_ O que vocês querem aqui?_ Uma vós, familiar demais disse. Eu percebi dois olhos na escuridão de uma das casas, olhando-nos pela janela.
_ Nós só estamos de passagem._ Gabriel anunciou.
_ Eles parecem inofensivos, deixe-os ir._ Um homem disse.
A vós... Essa vós... Eu sabia de quem é, mas... Será possível? Olho pro meu irmão, e Nando também parece ter percebido.
_ Qual o nome de vocês?_ Uma mulher perguntou, calmamente.
_ Gabriel, Yasmim, Daniel e Fernando._ Respondo._ Vocês estão nos vendo. Acho justo a gente ver voces também.
_ A vida não é justa garoto._ Um homem disse._ Mas eu sou.
Varias pessoas apareceram, saindo de dentro das casas. Algumas delas eram bolivianas, mas outras pareciam ser de outras nações. Eram ao todo, 8 pessoas, 2 mulheres e 6 homens.
Eu e Fernando prendemos a respiração. Nos dois sabíamos que ele era... O que ele era para nós.
Um homem estava encostado na porta de uma das casas. Eu e Fernando o encaramos.
Ele era o papai.
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Oieeeee pessoas. Tudo bem com vcs? Espero que sim!!
TACALÊ BOMBA NA CARA DE VCS!!!! HEHEHEHEHHEHEE!!!!!
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