Treze - Clara

   Daniel e Fernando acabaram dormindo no banco de trás do carro. Eu fiquei aliviada por saber que eles conseguiam dormir, mesmo tendo levado um susto daqueles.
   A rodovia estava completamente limpa. Eu não saía dos 120, 140 Km por hora. Sem nenhum carro, ficava bem mais rápido.
   O interior de São Paulo, tinha lindas paisagens e cidades pequenas que eu adoraria conhecer um dia.
   Minha mãe olhava pela janela calmamente, e em silêncio, provavelmente estava pensando.
   Eu queria perguntar o que ela estava pensando, mas minha cabeça também estava um turbilhão de pensamentos, de perguntas sem respostas e de "e se".
   E se não sobrevivessemos a viagem? E se minhas irmãs estivessem mortas quando chegarmos lá? E se o barco saísse sem nós? E se não conseguiçemos achar a cura? E se não existisse uma cura? Eram tantas coisas na minha cabeça.
   Haviam zumbis, não... Zeloides na beira das estradas. A nossa sorte, era que as estradas eram largas e eu estava a toda velocidade.
   Três horas se passaram, e eu estava quase na divisa de dois municípios, quando um posto de gasolina apareceu na estrada. Olhei para o painel, vendo que a gasolina estava extremamente baixa, e resolvi parar para abastecer.
   Parei o carro ao lado da bomba de combustível, pegando minha pistola do porta-luvas(minha mãe já estava dormindo), e saindo devagar.
   Abri o tanque do carro e coloquei o bico da bomba ali. Eu já fui frentista de posto de gasolina (foi um dos meus primeiros trabalhos), então eu sabia como fazer aquilo.
   Com o cheiro da bomba, Fernando acordou, saindo do carro bem do meu lado.
   _ Bom dia._ Ele disse.
   _ São 5 da tarde Nando._ Eu respondi, bagunçando ainda mais o cabelo bagunçado ensebado dele._ Você tomou banho ontem?
   _ É..._ Ele olhou pro chão.
   _ Seu porco!_ Tirei o bico da bomba do tanque, e recoloquei no lugar.
   _ Estou com fome..._ Fernando disse.
   _ Vem comigo ali na loja de conveniência. Você pode pegar salgadinhos e chicletes._ Eu ri.
   _ Quem aí disse salgadinhos?_ Daniel saiu do carro, esfregando os olhos._ Eu quero salgadinhos!
   _ Vamos então._ Fui andando até a lojinha de conveniência.
   Eu esperava não encontrar Zeloides ali dentro. Estava-mos longe de uma cidade grande (ou de uma pequena), então eu esperava não haver pessoas ali, ainda mais pessoas infectadas.
   Abri as duas portas de vidro do lugar, que não era muito pequeno.
   O pequeno caixa estava abarrotado de balas, chicletes, caixas estranhas e bichinhos de pelúcia, além de cigarros e poucas bebidas.
   Uma bancada de madeira, com quatro bancadinhas ficava ao lado da janela. Tinha dois frigobars, e prateleiras com  salgadinhos.
   _ Peguem um suco e um salgadinho qualquer._ Eu disse._ Eu vou pegar um café para mim, e alguma coisa boa para eu comer.
   _ Depois a gente pode saquear a loja?!_ Fernando perguntou, animado.
   _ Hum... Ok, peguem o que quiserem._ Os dois deram o maior sorriso, e começaram a pegar salgadinhos, balas, chicletes e refrigerantes_ Mas vão com calma nos doces!_ Eu ri com a última frase.
   Eles levaram tudo o que podiam carregar mas mãos, e nos bolsos também(salgadinhos, balas, refris, bugigangas e até pelúcias!).
   Com o carro ainda mais abastecido, voltamos para a conveniência, dessa vês com a minha mãe junto.
   Nos sentamos e começamos a comer o que sobrava ali dentro. Estava começando a anoitecer, e dava para ver o Sol se pondo atrás das montanhas de onde estávamos.
   Então, ouvimos várias batidas na porta dos fundos, que era de madeira. Eu simplesmente paralizei. Então a porta se abriu, e um Zeloide entrou.
   Eu não tive reação nenhuma, paralizei completamente. Mas Fernando não. Ele puxou a pistola do bolso de trás da minha calça, e atirou no braço do homem. O segundo tiro foi no ombro, um pouco para baixo da manga da camisa. O terceiro, enfim acertou na cabeça. O homem caiu aos nossos pés, com um baque.
   Senti que meu corpo conseguiu se mover, e eu peguei a minha arma de volta do Fernando.
   _ Nunca mais pegue a minha pistola!_ Eu disse.
   _ Mas você começou com 11 anos!_ Ele disse.
   _ A pistola é minha! Depois a gente arranja uma arma pra você!
   _ Sério?_ Os olhos deles brilharam.
   _ Sério. Vamos embora._ Depois disso, seguimos para o carro, e eu recomecei a dirigir.
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   Oieee pessoas!!! Td bem com vcs? Espero que sim!
   Essa foi a primeira provação dos meninos, e o Fernando, obviamente foi melhor que o Daniel.
   Eu ando esquecendo de postar. Desculpa.
   Like e comente. Espero que gostem. King Pop Corn. ;-)

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