Dezesseis - Clara

  # Esqueci de você.

    Essa noite, eu decidi não dormir e dirigir a noite toda. Reparei que demoraria demais se eu dormisse essa noite, e eu queria chegar logo na casa da Luana e da Bruna.
   Entramos no mato-grosso quase as 9:30 da noite, e eu fiquei dirigindo sem parar a partir daí.
   Minhas costas doíam dos ataques da minha mãe, o que eu tinha achado estranho pra caramba. Nunca, ela havia implicado com nada que eu fazia ( com a escessão de defender o pai dos meninos, o André. Aí ela implicava, e muito).
   Eu até ponderei um pouco, pensando se o vírus estava influenciando nos pensamentos da minha mãe. Não era impossível, mas também era pouco provável. A cura dela era diferente. Isso poderia causar coisas diferentes na minha mãe, reações diferentes ao vírus...
   Eu nunca nem vi uma seringa com a cura. Não fazia isso durante meus anos na base militar. Hanna já viu pessoas morrerem, quando não sabiam que não a podiam usar a cura líquida, que ela era mortal, mas eu não, eu não quis ajudar no laboratório por isso. Tambem nunca vi uma bomba com a cura. Quer dizer, não de perto, apenas pelo telão que colocaram na base, no dia que estouraram a primeira bomba. Foi um dia histórico para todos.
   Isso me fez pensar na Hanna. Ela não tinha faculdade, nem ensino médio completo (eu estudei na escola da base militar), mas mesmo assim, era a pessoa mais inteligente que eu conhecia. Ela era esperta, tinha a sabedoria da vida, mesmo sendo tão nova.
   Eu estava com saudade das minhas irmãs. Queria saber como as duas estavam. Ver como meus sobrinhos estavam.
   Passei a noite imersa em pensamentos, e nem reparei quando chegamos em Cuiabá, lá pelas 5:00 horas da manhã.
   Minha mãe e os meninos dormiam tranquilamente. Olhei para os dois pelo retrovisor. Eles eram tão parecidos... Até o cabelo era arrumado mais ou menos igual. Era difícil distingulos dormindo, mas com os olhos abertos e suas cores diferentes, eu sabia quem era o Daniel e quem era o Fernando.
   Demorei mais ou menos 15 minutos para achar o bairro das minhas irmãs, que era mais afastado, e mais uma meia hora, 40 minutos para achar a rua. Então, fui andando devagar pela rua, vendo os números das casas.
   146, 147, 148, 149... 154, achei!!! A casa era estranhamente grande, de três andares, e cercada totalmente por uma cerca elétrica, e também uma cerca viva, com excessão da entrada da garagem e da porta principal.
   Na varanda do segundo andar, uma menina estava sentada no chão, meio escondida. Ela tinha cabelos loiro escuros, e a pele mais morena. Assim que viu o nosso carro, ela entrou na casa, e eu ouvi vozes altas.
   Então, a porta da garagem começou a se abrir, chamando atenção de Zeloides pela rua.
   Eu entrei na garagem o mais rápido possível, mas, antes que a porta pudesse se fechar, dois Zeloides entraram. Eu olhei pelo retrovizor e vi que eram dois homens. Também olhei para os meninos, que ainda dormiam, mas pareciam meio desconfortáveis. Minha mãe também estava assim.
   Eu carreguei minha pistola, me preparando para sair. Antes que eu pudesse abrir a porta do carro, dois tiros ecoaram pelo lugar. Os dois Zeloides caíram no chão, os dois de uma vez.
   Fernando e Daniel acordaram com um pulo, olhando em volta assustados.
   Eu saí do carro, seguida pelos dois.  A garagem era bem grande, e já tinha dois carros la, além do nosso.
   Avistei a Bruna com uma espingarda, parada em uma porta lateral.
   _ Oi Clara! Chegou cedo, achei que só iria chegar amanhã a noite._ Ela veio me dar um abraço.
   _ Decidi adiantar um pouco as coisas Bru._ Sorri._ É muito bom te ver!
   _ Também maninha!_ Bruna reparou nos meninos, parados ali ao meu lado, os dois com cara de paisagem._ Meu Deus! Como vocês cresceram! Da última vez que os vi eram tão pequenininhos. Quantos anos estão agora?
   _ Onze anos._ Daniel disse.
   _ Tão grandes! Você é o Fernando não é?_ Bruna perguntou.
   _ Daniel.
   _ Oh. Desculpa. É difícil diferenciar.
   Os dois deram um sorriso sincero.
   _ Eu tenho os olhos verdes acinzentados._ Fernando disse.
   _ Eu tenho os olhos castanhos claro._ Daniel disse.
   _ Aprendeu como eu diferencio os dois?_ Eu ri.
   Então, minha mae saiu do carro, com a mão na boca, pedindo silêncio. Ela passou atrás da Bruna, e colocou as dia mãos nos olhos da minha irmã.
   _ E quem é essa? Alguma amiga sua Clara?_ Bruna perguntou, tirando as mãos da nossa mãe do seu rosto.
   Ela se virou, e quando olhou para a pessoa atrás dela, simplesmente parou.
   _ M-mãe... Co-como você está aí? Não foi infectada? Você... Deveria ser um Zeloide..._ Bruna disse, desconfortável.
   _ É uma longa história._ Mamãe disse._ Depois contamos tudo.
   _ Ok... Vamos entrando. Vou pedir pro Eduardo mostrar a casa pra vocês, eu preciso desmembrar esses caras antes que acordem denovo._ Bruna abriu a porta e entramos.
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   Oieee pipocos! TD bem com vcs? Espero que sim!
   Finalmente, chegamos a casa das irmãs da Clara! As coisas parecem que vão se aquietar, mas não se enganem. Os Zeloides ainda tem muitas capacidades, e vão dar muita dor de cabeça para os gémeos, para a Clara e para o monte de personagens novos que vão aparecer no próximo capítulo! Aguardem!
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