47. A Imprensa

O chefe do departamento concedeu para Valquíria e a Sophie dez dias de recesso devido ao caso que elas solucionaram, o chamado "caso Jéssica Lins". Isso custou um sequestro da legista e alguns hematomas pelo corpo, nada tão grave, quanto a crise nervosa psicológica de ter sido sequestrada, retirada as roupas e quase morta. Isso foi necessário um afastamento. Embora Sophie tivesse um sangue frio, até mesmo ela sentiu um calafrio ao estar diante da quase morte.

Devido a esse ocorrido, Valquíria a tirou de casa, levando para passar essa temporada em sua residência. Decidiu que era hora da doutora aprender a arte de se defender em questões urgentes. Sophie sempre negou, dizia que estava bem, até ser pega. Dessa vez, a doutora não protestou e apenas arrumou algumas roupas para passar tempo o suficiente na casa da detetive.

A casa de Valquíria parecia mais com uma fortaleza, não era de se esperar menos de uma detetive. Os altos muros possuíam uma cerca elétrica envolvida por uma cerca de cerrar, o corajoso que conseguisse pular aquele muro de quase seis metros, teria uma trabalheira para passar das duas cercas.

A casa tinha cerca de quatro dormitórios, quatro suítes, uma área útil de 490m², possuindo espaço para três vagas de carros. A porta tinha mais de três metros de altura, feita por madeira nobre. O teto era muito alto, com luzes acopladas por todo compartimento. O piso era de madeira, e os tons das paredes variava de um branco gelo e ao final um cinza. Valquíria pouco possuía móveis, tudo o que formava logo ali naquele enorme vão, eram os ambientes da cozinha com armários brancos, exaustor, fogão, pia de mármore com dupla torneiras, sala e uma extensa biblioteca. Por trás havia uma escada que dava acesso ao primeiro andar, e este poderia ver quem estava embaixo, ali ficava os quartos, banheiros sociais, com suas banheiras.

Na casa havia um jardim com gramado, algumas árvores longas e majestosas, a piscina encontrava-se coberta, bem como a queda d'água que foi projetada para aquele local. Em uma parte afastada desse enorme vão, Valquíria fez sua sala de treinos, tanto para lutas como também para tiro ao alvo. Suas inúmeras armas ficavam em um local bem selecionado.

Foi durante esses dez dias que Valquíria começou o treinamento de defesa corpo a corpo com Sophie e também a ensinou a atirar, não queria mais ver a amiga desprevenida em situações de risco no qual ela não estivesse por perto. Isso de fato a ajudaria.

Ali estavam elas novamente, naquele espaço projetado com um tatame, ali naquele espaço de mais de 120m² estava repleto de equipamentos para a prática de modalidades de artes marciais e os aparelhos de musculação usados pela detetive.

- Você deve lembrar de manter sempre a guarda alta. – bronqueou a detetive para a loira.

- Eu lembro, só devo estar desconcentrada. – articulou Sophie.

- Lembre do que eu te disse e mantenha sempre o foco na hora de estar se defendendo. Sempre com a postura confortável para você desferir socos precisos e fortes, bem como lembre-se de desviar dos golpes do seu oponente. – Valquíria segurou a cintura de Sophie, que ruborizou, ainda ficava tímida com esses toques. Val, sussurrava na sua orelha, endireitando o corpo da menor. – isso, o ângulo de 45 graus, ótimo.

- Estou fazendo a postura direito? – indagou a legista.

- Está sim. Está alinhando direito, mãos erguidas. – Valquíria olhava novamente a posição. – Isso, a mão esquerda abaixo da bochecha e a direita no queixo. Ótimo, vamos bata no saco.

Quando finalizavam o treino corpo a corpo, Valquíria levava Sophie para o andar de baixo, a fortaleza da detetive não era brincadeira, uma sala de tiro com isolamento de qualquer acústica. Ali era seu estande de tiro particular, Van Dahl, ajeitava Sophie, colocando os óculos de proteção na mais baixa. Ensinava a atirar por tempo suficiente até que a mira de Sophie estivesse boa o suficiente para garantir a sua própria proteção. Foi uma licença a trabalho diferente, porém com um alto senso de felicidade e proximidade que ambas tiveram.

Valquíria levou Sophie de volta para a casa dela um pouco tarde da noite, quando estavam na porta de entrada os telefones de ambas tocaram, ao atenderem falaram seus sobrenomes um hábito que uma tinha de muitos anos. Era o chefe do departamento de polícia, havia acontecido um crime. Valquíria teve que sair antes, enquanto Sophie precisaria se arrumar adequadamente para aquele momento dessa vez.

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Havia um público considerável naquela rua, deveria ser os vizinhos da vítima como também curiosos que se reuniam no limite da faixa de isolamento da polícia. Sophie saiu do seu Nissan sob o assédio desorientado das lentes e das câmeras, microfones invadiam a sua zona pessoal, será que esses repórteres não conheciam o limite do que seria privacidade e a vida pública? Cada movimento seu era acompanhado pelos policiais como também pelos repórteres. Ela estava acostumada a ficar sob a vista do público, sempre era ela que acabava falando com a imprensa. Deveria ser o trabalho da detetive, mas sabia o quanto Valquíria era horrível com o público e o chefe de polícia fazia isso ou deixava essa missão para a perita médica. Mas os repórteres não tinham senso de moralidade, eram como abutres que traçavam círculos no céu, espreitando a sua presa, que ainda se apegava aos últimos fios de vida. Seus blazeres negros, eram como comissários da morte com asas sobrevoando sob a carniça fresca. Era exatamente assim, como estava se sentindo com todos aqueles repórteres, ela era a carniça fresca e eles estavam loucos para devorá-la. Especialmente uma certa repórter do canal onze, Margarett Van Helleman. Ela era a pior de todas, ela sabia disso. Valquíria já havia falado dela uma vez para ela no seu escritório à alguns anos atrás, logo no início quando percebera que a outra não se dava bem com os repórteres, quando haviam saído de outra entrevista com a imprensa e Margarett estava lá.

- Ela é a pior de todos eles – dizia Valquíria

Sophie franziu o cenho, não havia entendido, era a primeira vez que tinha contato com a jornalista.

- Por quê?

- Aquela repórter é como uma caçadora de desastres, gosta de ouvir tudo sobre qualquer notícia que valerá apena para seu telejornal, ela entra de cabeça quando quer alguma coisa. Não basta apenas dar uma olhada e cair fora como os outros fazem, ela quer ver por todos os ângulos o que a vítima viu, quer saber o que motivou o assassino. Ela quer saber a essência daquele desastre. E a maioria das vezes ela adora mostrar a incompetência da polícia em como esses excessos de violência são causados pela negligência e pela corrupção das pessoas que deveriam proteger a cidade.

- É o dever buscar por notícias, não é? Afinal, é uma repórter. Eles sempre exageram.

- Não, ela é mais do que uma repórter.

- Você está fazendo parecer como se ela fosse alguma outra espécie.

- Talvez ela seja, jornalistas são muito curiosos Doutora, mas aquela jornalista, vai além da curiosidade. Ela é o próprio abutre em pessoa. Ela se alimenta de desastres, mortes e agentes paramilitares vingativos, está sempre esperando um deslize, algum furo de notícia. Uma mera briga doméstica, não é notícia para ela, roubos, isso não a satisfaz. Ela gosta do obscuro!

Naquela época, achava que era um exagero da detetive, mas com o passar dos anos o abutre era a figura ideal para, Margarett Van Helleman., e lá estava ela em pé com um microfone adornado com o número onze, apontando para o rosto de Sophie. A jornalista Helleman tinha um cabelo louro bem mais claro que o de Sophie, com ondulações nas pontas até a altura dos seios, pele alva e bem cuidada, vestia uma camisa de Oxford branca para dentro da calça preta, por baixo utilizava um blazer preto sob medida que enfatizava sua cintura fina, saltos de sete centímetros. Ela olhava para a perita médica com um brilho de curiosidade.

Deve está observando se serei sua presa, como um abutre.

- Dra. Seyfried, sou Margarett Van Halleman como já sabe, do canal onze. Estaria disposta a nos responder algumas perguntas ou será que fará como a detetive Van Dahl e irá nos ignorar, sem mais notícias sobre o caso?

- Vejo que já obteve suas próprias respostas Senhorita Helleman. Eu não poderei dar entrevistas ainda sem uma análise do ocorrido, ou seja, somente após a autopsia. – ela não deu chance da imprensa retirar qualquer informação, mesmo que nada soubesse. Ela caminhou apressada até aquela casa. Não precisou mostrar seu crachá de autorização para o guarda que impedia qualquer outra pessoa de fora, exceto os funcionários, de entrar naquela cena de crime. Ela parou para vestir suas luvas e colocar os protetores de sapatos, não poderia imacular aquela cena.

Sophie entrou em uma casa tão fria e escura, não sabia qual dos dois ambientes seria melhor, voltar para os abutres ou se enfiar naquela casa gélida. O hall estava impecável, apenas o vidro da porta estava quebrado e tinha gotas de sangue ao redor. Será que havia sido um arrombamento. Mas não parecia que nada havia sido roubado, tudo estava no lugar, ao menos era assim que conseguia achar. Sophie seguia a frente através do saguão até uma sala de estar formal, onde os policiais já estavam postos, mal a encararam, pois já era conhecida, não precisavam pedir sua autorização, uma equipe estava fotografando o corpo suspenso. O tapete estava limpo, sem sinais de agressões, aparentava um suicídio. Ela começou a caminhar a se aproximar da sala de estar, a vítima, deveria ter por volta de quarenta e cinco anos, os olhos sem vida, a corda enrolada no pescoço, deixando grandes hematomas ao redor dele, uma cena degradante de se ver. Mas estava acostumada, era o seu trabalho.

- Doutora? – Van Dahl estava se aproximando com a mão enrolada em um pano que estava ficando empapado de sangue. Sophie olhou rapidamente para a mão da detetive. Por isso o sangue na janela da porta quebrada, deduziu a legista-chefe. Como se lendo sua expressão, a detetive explicou. – Tive que arrombar a porta e acabei me ferindo, não é nada grave.

- O que temos aqui?

- Acho que já faz ideia Doutora. A vítima era a esposa do Thomas Segundo, os vizinhos deram depoimentos de que ela não estava muito bem depois da morte do marido. Deveria estar sofrendo de depressão, pois informaram que estava preocupada de como poderia sustentar as finanças e a faculdade da filha. Há pilhas de contas atrasadas na mesa da cozinha.

- Já informaram a filha?

- Ainda não, os vizinhos entraram em contato quando vieram deixar o jantar para ela e ninguém atendeu, acharam que ela estava dormindo. Mas, observaram a luz da cozinha acessa e estranharam. Como não tinham a chave, resolveram chamar a polícia. Eu atendi a ligação e vim, como ninguém abriu tive que arrombar e foi isso o que ocorreu. A filha dos Segundos, ainda não voltou do seu novo emprego.

- Doutora, gostaríamos de avisá-la que movemos no corpo para retirar lá de cima, antes que a senhora comece a examinar o corpo. – dizia um dos agentes.

- Tudo bem.

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Sophie havia voltado para o seu laboratório e feito a autopsia do corpo daquela mulher de quarenta e cinco anos. Estava sentada ao microscópio analisando pedaços de pulmão, fígado e outros órgãos. Os tecidos eram saudáveis, não tinha sinal de edema, logo não era fumante. As válvulas pareciam normais, limpos quando observou o coração. Ali estava o que havia restado de Amélia Segundo, no seu organismo tomou encontrou um coquetel de remédios antidepressivos, ingeridos pouco antes de sua morte. Ela estava obstinada a morrer, se caso a overdose por remédios não funcionasse, o enforcamento ceifaria sua vida. Seus outros órgãos estavam preservados sob um vidro com substancia de formol. Ela estava sozinha naquele laboratório, o telefone tocou uma vez, mas ela estava tão concentrado em seu trabalho que não atendeu. Aquela mulher de quarenta e cinco anos, não suportou a morte do seu marido, estava arrasada. Talvez fosse uma história de amor macabra se observassem por outro ângulo. Uma mulher de meia idade com saudades do seu esposo e não suportando a distância optou pelo lado mais difícil. O suicídio. Ela terminou a última lâmina e guardou. Sua mente parou de focar um pouco no trabalho, mas em outra imagem que acabou de ver: era a de uma detetive com seu sobretudo preto na porta do laboratório. Sophie descalçou as luvas e foi até a porta falar com a detetive. Viu que no braço da morena ainda continuava com aquele ferimento.

- Você não mandou cuidar disso?

- Não quero ir para as emergências. – disse a detetive – Seria uma perda de tempo ir para o hospital e ficar em uma fila de espera por causa de um arranhão Sophie. Não é algo sério.

- Você não aprende. – Sophie franziu o cenho e mandou ela seguir para a ala de alguns medicamentos, ela calçou um novo par de luvas limpas e retirou o pano que Valquíria havia colocado para estancar o sangramento. Ela limpou o resto de sangue e observou o corte de dez centímetros na lateral da mão anterior ao pulso da detetive. – Isso poderá ficar com uma cicatriz, eu não sou uma cirurgiã plástica. Só o que posso fazer é suturar isso.

Van Dahl nada falou e começou a observar Sophie desinfetando a pele e em seguida pegando um frasco com xilocaína com uma seringa. Ela aplicou aquele medicamento e a detetive não pestanejou, sem nenhuma lamuria de que sentira dor. Era óbvio que ela não reclamaria, estava diante da implacável, Valquíria Van Dahl, que não sentia nada. Ela estava sentada, com seu braço apoiado na mesa. Sophie estava dando os últimos pontos quando cortou o excesso de sutura. Ela enfim, aplicou um penso sobre a ferida e retirou mais aquele par de luvas jogando no lixo.

- Pronto, está finalizado. Deve tirar os pontos daqui a cinco dias, se você quiser posso tirá-los para você, mas ainda sugiro que veja um médico.

- Eu estou vendo uma agora. – deixou seu humor aparecer para a Sophie, enquanto a fitava.

- Sou patologista, trabalho com os mortos, não com vivos. Não esqueça disso detetive. – Sophie piscou para ela e se dirigiu para guardas os medicamentos, o que fez a detetive se perguntar a razão daquela piscada.

- Você fez um trabalho melhor do que qualquer médico que lida com os vivos, não se preocupe com isso. – Valquíria colocou seu sobretudo novamente.

- Você já está de saída? – Sophie já tinha virado para encarar a detetive.

- Sim, eu vim ver se tinha algum relatório pronto, mas vi que tinha terminado agora com os órgãos, ainda irá fazer seu fichário, não é mesmo? Iria ver antes de levarmos para o arquivo. – colocou as mãos nos bolsos do sobretudo

- Sim... ainda não fiz o relatório. – Sophie tinha os braços cruzados. – Raphaëlle iria se irritar se encontrasse um relatório desestruturado e com erros ortográficos. Sabe como ela é.

- Eu sei muito bem como ela é. Me avise quando terminar – Valquíria já estava na porta quando Sophie pediu para que ela esperasse. – Algum problema Doutora?

- Será que poderíamos ir jantar? – sugeriu, mas do que indagou de fato.

Van Dahl ficou em silêncio e isso fez Sophie perder a coragem.

- Oh, desculpe, deve está ocupada com mais algum caso. Tivemos um período difícil achei que iria... – antes de terminar a frase fora cortada pela detetive.

- Pode ser. Estarei esperando lá fora. – disse saindo de lá.

Valquíria aguardava pacientemente a saída da doutora que pontualmente as 20h40 saí do prédio. Ela havia retirado seu jaleco branco e trajava um vestindo colado azul marinho com os cabelos soltos, sorriu e disse para a outra que podiam ir. A detetive explica que seu carro ficou na oficina e seria prático ir com o da doutora que não se incomodou. Naquele exato momento o jantar estaria por conta de Sophie que as guiaria para algum estabelecimento.

Sophie acaba as conduzindo para um lugar que era acostumada a jantar, com ambientação ótima e culinária impecável. Quando Barbara desce do carro olha o letreiro escrito em vermelho "Fire Branden". O ambiente possui seus toques sofisticados, bastante iluminado por velas para aquela hora da noite. As cadeiras apresentam ser confortáveis revestidas de vermelho. Os tons que mais predominam ali são as madeiras e o vermelho, dando um toque naquele local. Sophie estava faminta não podia negar, o cheiro daqueles pratos predominavam no local, aumentando ainda mais seu apetite. Escolheram uma mesa no canto e foram se sentar. De forma instintiva, Valquíria puxa uma das cadeiras para que a loira sente-se. Sophie a agradece e logo em seguida a outra senta-se também.

- Você já veio aqui? – inquire a loira.

- Não, já passei pela porta, mas nunca tive tempo para entrar, aparecia nos horários que sempre aparentava estar cheio. Esse horário está completamente agradável. – dizia a detetive por se sentir mais confortável em locais menos lotados.

- Isso porque chegamos tarde, o jantar começa a ser servido as 18 horas. Particularmente, muitos já devem ter comido e ido embora. – riram.

Sophie aperta um botão preto que fica na lateral da mesa e em pouco tempo um garçom aparece, vestindo uma camisa branca social com calça social preta, seu cabelo estava para trás ele começava a anotar nossos pedidos: um salmão ao molho de laranja, com pasta de berinjela ao molho de camarão com queijo. Valquíria confirma e requer o mesmo. Enquanto esperam, as mulheres acabam conversando.

- O que acha que pode ter levado Margarett Van Halleman do canal onze a aparecer na nossa cena de crime? Ela sempre preferiu mortes mais violentas. – inquiriu Sophie, tomando um suco de limão, enquanto esperava o seu jantar.

- Margarett sempre me lembra aqueles abrutes que não podem ver carne morta. Ela sempre está a espreita tentando ver alguma forma de dar ibope para o seu jornal. Talvez ela estivesse ali, porque nos últimos anos não anda aparecendo seriais killers para ela investigar e os casos mais "simples" como ela costuma chamar, são o que ela tem. – Barbara aproveitava para beber um pouco, já que a responsabilidade de dirigir recaiu sobre Sophie. – Atualmente seu passatempo preferido está sendo em investigar policiais corruptos, então, na certa ela deve está de olho em nosso distrito, por isso ela está fazendo a cobertura desse crime.

- Está me dizendo que o foco da Van Halleman na verdade não foi o que ocorreu esta noite, mas sim nos policiais e em como estamos agindo?

- Exatamente, a notícia de hoje é apenas um pano de fundo para encobrir o que de fato ela quer investigar.

A comida havia chegado e ambas degustaram no maior silêncio, aproveitando aquele momento, afinal ambas estavam com bastante fome, a manhã havia sido difícil e repleta de situações. O dia a dia de uma patologista e uma detetive não eram fáceis, momentos em paz como aquele precisavam ser apreciados e ambas entendiam o valor do silêncio e da apreciação dele, por isso nenhuma sentiu a necessidade de quebrar. Comeram tranquilamente e só depois de ambas terem finalizado é que retomaram a conversa.

- Acredito que a Van Halleman também não irá deixar de fora os patologistas vinculados ao departamento de polícia, Sophie. Ela também deverá está investigando, afinal vocês informam sobre a morte e todas as questões, sem falar que é a mais conhecida de todos.

- Eu posso entender, na verdade, já podia imaginar que cedo ou tarde isso acabaria acontecendo. – disse a loira por fim.


23 de fevereiro de 2018

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