Único.
Estou repostando essa fanfic depois de um tempo. Não está betada, então alguns erros podem ter passado. Bom, espero que gostem!
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Yunho estava sentado debaixo de uma árvore, próximo à universidade. O sol ia se pondo, o céu estava alaranjado e o vento balançava os fios loiros do Jeong lentamente. Ele lia por alguns minutos, admirava a paisagem à frente e, então, voltava a leitura.
Estava esperando seu melhor amigo, Song Mingi. Iam juntos para a universidade diariamente. Como o rapaz mora três quadras dali, Yunho o espera diariamente no mesmo local. Pouco depois, Mingi chegou e sentou-se perto do amigo. Deu um beijo na bochecha dele, o assustando. Quando viu os fios rosados levemente desbotados, Yunho suspirou aliviado.
— Pensei que não viria mais! – Comentou e fechou o livro.
Mingi sorriu e se aproximou mais um pouco do Jeong, falou próximo do ouvido do mesmo.
— Não estou entusiasmado com a ideia de ir para a faculdade hoje, mas o farei por você.
O mais velho apenas revirou os olhos e retrucou.
— Agradeço, então. Anda logo!
Saiu caminhando ao lado de Mingi, escutando o amigo falando sobre um filme que assistiu no dia anterior. Não tardaram a chegar e, logo depois, rumaram para a sala. Mingi cursava Direito, mas trancou o curso e escolheu a carreira musical para permanecer próximo de Yunho.
Na última aula de ambos, a professora comunicou que a semana de arte moderna está programada para o início do próximo mês e os alunos do curso deverão se apresentar em duplas, produzindo uma música. Mingi olhou esperançoso para Yunho e o rapaz já sabia que não teria outra opção, mas não é como se fosse escolher outra pessoa para fazer o trabalho com ele. Todos na sala sabem que ambos são melhores amigos que vivem grudados e sempre fazem os trabalhos juntos. Bem, eles fazem quase tudo juntos, praticamente. A professora anotou os nomes das duplas e os dispensou.
Yunho começou a falar logo após eles terem abandonado a sala.
— Sei que você vai querer compor. Wooyoung poderá nos auxiliar com a coreografia, caso seja necessário.
Song esboçou um largo sorriso e respondeu.
— Na realidade, pensei em algo calmo, sem dança. – Yunho o olhou levemente surpreso, esperando que ele continuasse — tenho três canções quase finalizadas e podem combinar com o tom da nossa voz. Podemos nos ver amanhã na minha casa e escolher uma, ou podemos ir hoje e você dorme lá.
Yunho deu um mínimo sorriso de canto e sentiu seu coração acelerar, como sempre ocorre quando Mingi faz esses convites.
— Está bem, você está ansioso, entendo, ou isso é uma desculpa para dormir agarrado a mim?
Mingi revirou os olhos e deu de ombros, murmurou um ''até parece''. Yunho depositou um tapa no braço do mesmo e assim seguiram para o refeitório. Ao chegar lá, encontraram Choi San e Jung Wooyoung, dois dos seus amigos mais próximos. Wooyoung está cursando psicologia, mas adora dançar e está ponderando fazer um curso no futuro. San estuda música, mas está um semestre à frente. Conversaram enquanto comia, quando terminaram, despediram-se do casal e seguiram para o apartamento do mais velho.
Mingi é extremamente carente e usa essa desculpa para ficar mais tempo com Yunho, mesmo sabendo que essa desculpa não cola com o mais velho e o mesmo permanece por vontade própria. A noite estava boa, eles conversavam alegremente enquanto se dirigiam para a residência do Song. Quando finalmente chegaram, cumprimentaram o porteiro e seguiram para o apartamento de Mingi. Deixaram os sapatos na entrada e se jogaram no sofá.
— Me mostre as letras e depois assistiremos a um filme, ok?
Mingi apenas concordou e seguiu para o quarto. Pegou o notebook, abrindo na pasta que deixava as composições. Havia várias pastas, ele abriu uma com nome "em fase de conclusão" e tinham uns dez arquivos. Mas mostrou apenas três para Yunho.
Yunho ficou encantado com duas letras. Seu coração palpitou imaginando se o amigo escreveu para alguém ou se apenas teve a ideia e começou a escrever aleatoriamente. No fundo, preferia não saber da resposta.
— Uau! Amei a intensidade de cada letra, mas essa daqui me pegou bem mais. Qual o nome?
Mingi tentou manter a compostura quando conferiu a letra, afinal, aquela era uma música bastante especial. Especialmente devido à sua inspiração.
— Esta é a minha favorita, batizei de Still Here. – Resolveu ser sincero — escrevi pensando em uma pessoa especial. – O sorriso do loiro murchou um pouco, mas ele conseguiu disfarçar bem. Então, Mingi tinha uma pessoa especial, com certeza não era ele. Suspirou e escutou o amigo falar novamente — ela tem um tom mais alto no violão, porém, não será um problema que eu não possa resolver. Estes dias são ideais para treinarmos.
Yunho sorriu e concordou com a cabeça. Estava ansioso, bom, nem tanto depois do que ouviu, mas, sim. Mingi comentou sobre outras composições devido à curiosidade do mais alto, mas Still Here foi a escolhida. Passadas algumas horas, tomaram banho separados e, como Yunho tinha roupa e escova na casa do amigo, não houve problema.
Mingi foi à cozinha para preparar pipoca, enquanto o mais velho escolhia um filme. Yunho concordou, arrumou o sofá-cama, ligou a TV e escolheu seu filme preferido. Mingi logo voltou e, ao olhar para a televisão, sorriu ao imaginar que seria aquele o filme escolhido.
— Devo ficar surpreso com a seleção de filmes?
Mingi comentou no segundo que sentou ao lado do acastanhado. Passou o balde de pipoca para ele e ouviu o amigo imitá-lo. Riu da imitação infantil do mesmo. Pegou o controle e deu play no filme. Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban começou e Yunho sorriu, mesmo sabendo das falas, trilha sonora e cenas, ainda sentia a mesma emoção como se estivesse assistindo pela primeira vez, e Mingi ama observar isso no amigo. Apesar de ele conhecer todos os filmes da saga de cor, não se incomoda em assisti-los novamente, apenas para observar o brilho no olhar do homem pelo qual é apaixonado.
Eles dormiram no sofá e, durante a madrugada, Yunho acordou com o vento que entrava pela janela aberta. O garoto esticou o corpo e olhou o relógio, marcava 01:00, ainda havia bastante tempo para dormir. Ele desligou a TV, fechou a janela e acordou Mingi, que resmungou diversas vezes, mas foi até o quarto abraçado ao amigo e logo ambos voltaram a dormir.
(...)
Yunho acordou com a meia-luz que adentrava o quarto. Sentiu os braços de Mingi ao redor de sua cintura. É uma droga, ele ama isso e sempre se acomoda no abraço do mais novo, mesmo que indiretamente. Song o puxa para si.
Eles nunca assumirão que gostam desse contato. Ambos pensam que seria estranho assumir isso em voz alta, afinal, são apenas amigos. Considerando que seus sentimentos ultrapassam os limites da amizade, seria bem estranho, pelo menos preferem pensar que sim. Yunho despertou de seus devaneios quando tentou se levantar e Mingi o impediu, fazendo-o virar de frente para si, bem próximo ao seu rosto.
— Bom dia, dormiu bem? – Yunho perguntou enquanto fazia um leve carinho na mão de Mingi.
Mingi suspirou como um bobo apaixonado. Deus sabe o quanto ele se controla para não beijar seu hyung. Ainda olhou para os lábios do rapaz, mordendo os próprios e suspirando na sequência. Queria ter coragem! Limpou a garganta e falou baixo para não cortar o clima.
— Bom dia... – A voz rouca, no tom baixo em que saiu, fez os pelos de Yunho arrepiarem. Mingi fez um leve carinho no rosto do amigo e viu o mesmo fechar os olhos e sorrir minimamente com o ato — dormi muito bem! Admito que até melhor do que normalmente durmo.
Yunho sentiu o coração acelerar, no entanto, lembrou que Song sempre fala isso quando ambos dormem juntos, então pensou ser uma piada interna e revirou os olhos. No fundo, era impossível não se iludir, entretanto, não ficaria pensando nisso. Riu baixo e se afastou dos braços delineados e cheios de veias que o faziam ter inúmeros pensamentos impuros. Mingi protestou quando Yunho se afastou.
— Ei, não vai! Estou tão sozinho e carente... – Quase convenceu o Jeong, mesmo que ele sorrisse debochadamente para o mais novo, só ele sabe como seu interior estava em completo alerta e surto. Mingi olhou Yunho dos pés à cabeça. O garoto usava somente uma cueca boxer azul e uma camisa que não cobria nem a metade das suas pernas, o que o fez suspirar baixinho e tentar conter todos os seus pensamentos. Ele abraçou o travesseiro e, com voz manhosa, disse baixinho: — Você é tão mau comigo!
Mingi choramingou no momento em que viu o amigo dar as costas para si. Yunho saiu do quarto com sua alta confiança de dar inveja em qualquer pessoa.
— Deixe de drama. Vou preparar algo para comermos. – Falou do corredor.
Yunho suspirou aliviado ao sair do quarto. Ele olhou para seu membro levemente desperto e foi ao banheiro. Fez suas necessidades, aproveitou e tomou um banho rápido, então seguiu para preparar o café da manhã. Aproveitou para preparar panquecas e alguns sanduíches. Um tempo depois, Mingi o tirou dos pensamentos quando este rodeou a sua cintura e beijou a sua bochecha. Yunho não conseguiu manter o sarcasmo, riu baixo e comentou.
— Você está carente mesmo! – Riu novamente enquanto Mingi reclamava que não o abraçaria mais. Antes que o amigo se afastasse, o puxou para um abraço, beijou o pescoço do mesmo e, quando se afastou, falou em um tom baixo — bobo... Vamos, venha comer.
Seguiram para a mesa e começaram a comer, enquanto conversavam sobre diversos assuntos.
(...)
Todos os dias, eles dedicavam algumas horas para ensaiar a música. Mingi conseguiu adaptar Still Here para o violão de uma forma bonita. A diferença dos seus timbres deixou a canção melancólica, mas com uma sonoridade bem particular. Certamente, atingirão a nota máxima e, ainda por cima, deixarão o público admirado.
À medida que os dias se passavam, Mingi e Yunho passavam mais tempo juntos. Além disso, Mingi se apaixonava ainda mais pela voz do Yunho e pelas qualidades que o rapaz demonstrou que até então não faziam parte de seu conhecimento. Eram detalhes, no entanto, Mingi só os notou naquele momento.
Ambos têm muitos pensamentos confusos, mas preferem ignorá-los em vez de lidar com os possíveis sentimentos. A letra era perfeita e, apesar de Jeong estar cada vez mais interessado em saber qual foi a inspiração, ainda sentia receio de se sentir triste ao descobrir que a fonte foi outra pessoa. Mingi é um conquistador nato, não deixa passar as oportunidades que a vida oferece e existem diversas pessoas que sucumbem ao encanto do moreno. No entanto, Yunho não se limita a conquistar pessoas, ele tem diversos planos e também aproveita muito bem as oportunidades que a vida oferece. Talvez por esses detalhes, eles optem por esconder seus reais sentimentos e assim a vida vai seguindo. Yunho tem muitas dúvidas e precisa expor as suas insatisfações. Há alguém que pode ajudá-lo nessa jornada, sua mãe. Era um ótimo momento para visitá-la em Gwangju.
Yunho procedeu exatamente desta forma. Já que na sexta-feira ele não tem aula, resolveu aproveitar para passar o fim de semana com a família. Informou aos amigos que ia viajar e cumpriu. Escolheu o trem como meio de transporte para amenizar os pensamentos, levou o equivalente a três horas e quinze minutos de viagem. Foi uma viagem tranquila, mas levemente cansativa. Todos os problemas e cansaço foram embora quando Jeong encontrou os pais e o irmão mais novo na estação. Os abraçou forte e foi como se um peso fosse retirado de suas costas. Yunho estava muito tenso e não fazia ideia disso.
O caminho para casa foi calmo, seus pais e o irmão fizeram diversas perguntas e o rapaz respondeu a todas bastante entusiasmado. Quando finalmente chegaram, sua mãe disse que faria o jantar, e Yunho foi para seu antigo quarto, que não sofreu alterações desde a última vez que esteve ali. Deitou a cabeça no travesseiro e ficou tentando controlar as suas ideias. Perdeu a noção do tempo quando sua mãe apareceu na porta do quarto alegando que o jantar estava pronto e o rapaz ainda não trocou de roupa. Yunho sentou-se na cama e suspirou. Sua mãe sentou-se ao seu lado, segurou sua mão e falou baixo.
— O que aflige o coração do meu bebê?
Yunho sorriu e abraçou a mulher, respondendo em simultâneo.
— Apenas algumas dúvidas que surgem no decorrer da vida. Não se preocupe!
— Hum... Isso tem a ver com o Mingi? – Ele arregalou os olhos e se afastou lentamente. Ela sorriu enquanto acariciava levemente seu rosto. — Meu bem, eu sempre soube, você nunca conseguiu esconder isso. Tome um banho e venha comer. Depois, conversaremos a respeito.
Yunho fechou os olhos ao continuar recebendo o carinho em seu rosto, apenas confirmou, recebeu um beijo na testa e viu sua mãe se afastar. Fez o que ela pediu, tomou um rápido banho e pouco depois chegou na cozinha, onde já estavam postos na mesa apenas à sua espera. Foi bem divertido. Às vezes, o nome de Mingi era mencionado e Yunho fingia que não se incomodava muito em ouvir o nome do melhor amigo naquela situação. Aproveitando a oportunidade, ele anunciou que a próxima semana será a apresentação da semana de arte moderna e espera avistar os familiares lá.
Passadas algumas horas, a mesa estava limpa e a louça lavada. Yunho estava sentado no grande sofá da sala, tomando um pouco de chá e conversando com o pai sobre a faculdade e apresentação com o Song. Yunho falava disso com bastante entusiasmo. A mãe dele também participou da conversa e, assim, as horas foram se passando até que eles se despediram e foram dormir. Song tem dois dias para colocar os pensamentos no lugar e tirar tudo o que o aflige. Sabe perfeitamente que a conversa que terá com ela abrirá seus olhos e o levará à melhor decisão.
No dia seguinte.
Passava das duas da tarde, Yunho estava na cozinha com sua mãe enquanto faziam um bolo de chocolate. Estava tudo maravilhoso, até ela entrar em um assunto em especial.
— Filho, então, quer me contar o que tanto te aflige?
Ele suspirou e parou de bater a massa. Olhou para ela e decidiu ser sincero.
— Sou apaixonado por ele, omma... – Engoliu em seco e continuou — tentei esconder isso a sete chaves, mas a cada dia que passa se torna complicado permanecer ao lado dele e fingir que esse sentimento não me consome por dentro. Abraçá-lo, beijar o rosto dele ou receber beijos no meu rosto, fazer carinho no cabelo dele e coisas desse tipo são detalhes que deixam nossa amizade diferente... Estou habituado a isso, mas quem vê de fora... - Suspirou e passou a mão no rosto. Sua mãe deu um leve sorriso e o olhou com carinho. Ela sabia muito bem como era aquilo. — Certa vez, questionaram-nos se estávamos namorando. Nossos amigos riram da situação e nos zoaram. Sorrimos ''amarelo'' com vergonha e fingimos que nada ocorreu. E, no fundo, eu só queria gritar aos sete cantos que ele é meu namorado, sim, mas isso nunca ocorrerá. Ele não gosta de mim dessa forma!
Ela deixou o que fazia e se aproximou do filho, depositando um selar na bochecha esquerda dele e comentou sorrindo.
— Você está sofrendo sem necessidade, meu amor!
Antes que ela continuasse, foi o pai dele quem comentou.
— Mingi é apaixonado por você, isso é explícito para qualquer pessoa. Ele nem tenta disfarçar, basta olhar com atenção. - Yunho arregalou os olhos tanto pelas palavras, como por ser seu pai dizendo aquilo. Ele sorriu e continuou. — Está tudo bem, filho, já sabíamos que sentia algo pelo Mingi... Ele é um garoto de ouro e não tem problema nenhum você gostar dele.
Yunho nada disse, apenas se jogou nos braços de seus pais e chorou tudo o que conseguiu. Era como se um peso tivesse sido tirado de suas costas. Quando o rapaz se acalmou, continuaram conversando. Yunho estava feliz, mas ainda tinha algumas coisas para resolver consigo e com Mingi.
{...}
Yunho voltou para Seul com alguns questionamentos, mas com muitas certezas. A conversa com seus pais abriu diversas perspectivas na sua cabeça. Ele tinha clareza do que deveria fazer e aguardava para dar continuidade ao seu plano no dia do evento, que será em poucos dias. Mingi foi buscá-lo na estação e, no momento em que avistou o de fios acastanhados, se jogou nos braços dele, recebendo o abraço na mesma intensidade.
— Senti saudades! - Mingi comentou e Yunho apenas concordou — venha, vamos comer algo e depois vou te deixar em casa.
E assim seguiram, Yunho contou quase tudo o que fez com os pais e Mingi também falou como foi o fim de semana. Aproveitaram ao máximo um do outro e depois Yunho foi para casa, precisava descansar.
(...)
Mingi jogava videogame com o vizinho Park Seonghwa e o namorado dele, Kim Hongjoong, que apenas comia os salgadinhos e olhava o jogo enquanto conversava com ambos. Estavam falando sobre coisas da faculdade do mais novo, então Seonghwa pronunciou-se, tirando uma dúvida.
— O evento será realizado quando?
Mingi deixou o console de lado, passou uma mão na outra e respondeu.
— Em cinco dias. Estamos ensaiando bastante, mas estou nervoso!
— Estamos curiosos para assistir à apresentação de vocês. – Song deu um sorriso tímido e Seonghwa sorriu também, continuando a falar. — Não fique tão nervoso ao cantar ao lado de seu namorado, tenho certeza de que se sairão bem. E você será praticamente a segunda voz.
— Ele não é meu namorado, hyung! E mesmo sendo a segunda voz, continuarei nervoso. – Mingi sentiu suas bochechas corarem e ficou ainda mais vermelho quando Hongjoong gargalhou. — Yah, está rindo do quê?
— Você é tão ingênuo e adora se autossabotar. Veja a realidade exposta na sua cara! Vocês se gostam e isso é nítido para qualquer. – Kim olhou para o mais novo e viu as expectativas no olhar dele, sabe que o mesmo só tem medo. — Se ele não se tocar de que essa música fala sobre vocês, sinceramente, só vai comprovar que ele é lesado! No entanto, não acredito que ele seja tão ingênuo assim. No fundo, deve ter pensado quem mexeu contigo a ponto de escrever uma letra assim. – Seonghwa olhou para o namorado e riu. Mingi revirou os olhos e voltou a visão para seus hyungs. Hongjoong olhou para a televisão e disse: — Vocês morreram no jogo.
Song piscou e olhou para a televisão. Apareceu "game over". Por uns instantes, nem se deu conta do jogo. Suspirou, coçando a nuca timidamente e comentou.
— Desculpe... Podemos começar novamente? – Seonghwa concordou — ele não gosta de mim dessa forma... Somos apenas melhores amigos e, por favor, não falaremos disso. Não quero criar expectativas e me decepcionar no final.
Hongjoong revirou os olhos e ia mudar o assunto, mas Seonghwa falou.
— É normal sentir medo! Eu tinha medo dos meus sentimentos em relação ao Joong, afinal, somos amigos de infância e, se não fosse recíproco, eu podia perder tudo o que havíamos conquistado. Você conhece nossa história! – Mingi confirmou com a cabeça. Ele leva como inspiração, queria ter a coragem que seu hyung teve. — Criar coragem e me declarar foi uma das melhores coisas que me aconteceu! Apenas não pense muito e faça. Garanto que não vai se arrepender.
O casal se entreolhou sorrindo e Hongjoong beijou a mão de seu amado, fazendo Mingi sorrir com a cena. Mingi concordou e permaneceu pensando no que Park disse. Ele não pode fugir disso por muito tempo. Principalmente quando o dono dos seus sentimentos, pensamentos e razão de Still Here existir, vai apresentá-la consigo, na frente de várias pessoas.
Dia da apresentação.
Yunho despertou ansioso! O festival é à noite e ele nem tinha ideia de qual roupa usar, estava conversando com Mingi por ligação e ria de algo que o rapaz contava. Sua gargalhada cessou quando sua mãe bateu na porta. Seus pais e o irmão chegaram no dia anterior e Yunho não poderia estar mais contente por eles estarem ali.
— Filho, vamos ao shopping, você vai?
Jeong girou-se para a mulher, com um sorriso, e acenou afirmativamente com a cabeça. Levantou-se, se despediu do amigo e desligou a ligação.
— Ótimo! Almoçamos e depois compramos algo bonito para você usar à noite.
Yunho sorriu e beijou a testa da mesma. Não tardaram a chegar no local. Almoçaram tranquilamente enquanto conversavam e horas mais tarde foram procurar uma roupa legal e ocasionalmente Yunho respondia às mensagens de Mingi. Jeong encontrou a roupa perfeita, estava completamente apaixonado nela, ia mandar foto para o amigo, mas optou em fazer uma surpresa. As horas passaram rapidamente, piorando a ansiedade do louro.
Ele começou a se arrumar às 18 horas e 30 minutos, deveria estar na escola às 20h. Mingi disse que passaria em dez minutos e foram os minutos mais demorados. A ansiedade de Yunho estava enorme, ele tentou se acalmar, mas nada adiantava. Jongho, seu vizinho, além de ser um dos seus melhores amigos, passou em sua casa para desejar sucesso na apresentação e conseguiu acalmar seu hyung, pelo menos um pouco. O Choi disse que veria o amigo lá, ele prometeu a Yeosang que o pegaria em casa e iriam juntos ver a apresentação de seus amigos.
Mingi, felizmente, não demorou a chegar. No momento em que a campainha soou, Yunho foi atender a porta e quase teve um treco. Na realidade, Yunho não foi o único. Mingi nem disfarçou a cara de bobo ao olhar seu amigo dos pés à cabeça. Song engoliu em seco e permaneceu olhando o mais alto. Mingi vestia uma camisa branca com alguns detalhes dourados, uma calça preta colada, o cabelo jogado para trás, puta merda... Yunho estava todo de branco com alguns detalhes em pretos na mesma, parece que combinaram, mas era apenas coincidência. Uma leve sombra dourada marcou seus olhos, o deixando parecendo um príncipe. Mingi limpou a garganta e falou baixo.
— Você está perfeito! Uau, não tenho palavras para expressar tudo o que estou sentindo agora.
Yunho não conteve o sorriso abobalhado e, antes que pudesse responder, foi a mãe dele quem falou.
— Limpem a boca, que a baba de vocês está escorrendo.
Escutou sua mãe falar, mas não conseguiu responder à mesma. Mingi gargalhou e Yunho apenas revirou os olhos devido à situação, apesar de ter ficado levemente envergonhado. Jeong se aproximou de Mingi e comentou.
— Que me foder? Me beije! Como faz isso com o meu pobre coração?
Song entendeu o que ele disse, sorriu debochadamente e comentou baixo.
— Medo de se apaixonar?
Yunho mordeu o lábio e soltou o ar devagar, se aproximando mais um pouco do mais alto.
— Talvez... – Resolveu ser sincero! — Tenho muito medo disso acontecer.
O de fios rosados levemente desbotados piscou e o sorriso sumiu de seu rosto. Ele puxou o ar devagar e engoliu em seco. Rapidamente lembrou das palavras de Seonghwa, mas jurava que o loiro estava apenas brincando, claro, não conseguia acreditar que ele dissesse sério. Seus olhos estavam nos de Yunho, que nem percebeu estar próximo demais e muito menos se deram conta do clima que se transformou no ambiente. A mãe do Jeong analisava tudo com um mínimo sorriso. Ela estava contente, mas sabia que não era o momento para eles permanecerem naquela neblina de tesão e futuro romance. Se permanecessem ali, iriam se atrasar, então, com muita dor no coração, ela limpou a garganta, fazendo ambos olharem para ela e se afastarem rapidamente, fingindo que nada ocorreu.
— Bom, garotos, precisamos ir!
Ambos apenas balançaram as cabeças e nada disseram. Felizmente, o trajeto para a universidade foi tranquilo. Apesar de eles continuarem pensando no ocorrido, tentaram ao máximo ficar confortáveis e focar na apresentação.
Quando chegaram à universidade, algumas pessoas os olharam e os conhecidos os cumprimentaram, desejando sorte. Os pais de Yunho desejaram boa sorte aos dois e pouco depois os pais do de Mingi também chegaram, os cumprimentaram e seguiram para o auditório. Os amigos se entreolharam e Yunho comentou.
— Não vamos ficar nervosos! Vamos nos sair bem e entregar tudo e mais um pouco.
Mingi sorriu com a alta confiança do loiro, deu um beijo na bochecha dele e respondeu.
— Confio na nossa apresentação! Vamos nos preparar, jaja chega nossa vez.
Finalmente, as pessoas começaram a se apresentar. Depois de três apresentações, chegou a vez deles. Quando a garota saiu do palco, ambos se olharam com confiança e o diretor anunciou seus nomes. Seguiram para o centro do palco e sentaram nas duas cadeiras que colocaram para eles. Deram boa noite, se apresentaram, a luz do palco focou neles e Mingi começou a tocar as notas lentamente. No segundo em que Yunho avistou os amigos, sorriu e começou a cantar, Song sentiu o coração acelerar e olhou apaixonado para o loiro.
''Espere, pare com isso (pare com isso)
Deixe acontecer e fluir como lágrimas (como lágrimas)
A dor não é nada (nada)
Nós vamos superar sem medo.''
Yunho olhou na direção de Mingi e o rapaz já o olhava. Ele deu um mínimo sorriso surpreso, mas permaneceu focado no rosto maravilhoso de seu amado.
''Feche os olhos, não assuste.
Em um sonho todas as noites.
Para você, eu estou mergulhando.
Veremos juntos''
Parecia que nada mais importava, apenas a atenção de Mingi em si. Yunho sentiu o coração bater mais rápido, nunca havia se tocado de que desejava tanto a atenção do de fios rosados para si. Mingi tocava o violão maravilhosamente bem, tantas coisas passavam na mente de ambos, felizmente eles conseguiam disfarçar, bom, pelo menos um pouco. Yunho conseguiu sair de seus pensamentos, fechou os olhos e focou na música.
''Essa noite interminável
Acaba e a luz do sol brilhante reluz sobre você.
Eu estarei lá para você.
Eu ficarei por você.
Eu lhe encontrarei no final''
Yunho estava com um pouco de inveja da pessoa que foi a fonte de inspiração para o Song. E se no final da apresentação ele fosse falar da tal pessoa? Não ia conseguir ser gentil, não mesmo. Estava sofrendo em silêncio e continuaria. Olhou para Mingi, que sorriu docemente para si e Jeong não conseguiu conter o suspiro, sorte que o microfone estava um pouco longe.
''Deste lugar, eu estou esperando agora
Eu estou esperando agora, estou esperando agora
Eu irei rasgar a escuridão, claro e brilhante
Esperando agora, esperando agora.
Eu espero que o tempo que parou
não lhe fará solitário
todas essas horas
eu às dedico a você''
Nesse trecho, Mingi corou levemente e olhou para o violão, pena que Yunho não constatou a cena por estar olhando o público.
''A luz distante brilha em cada um de nós
Eu acredito em nosso destino
Nós não podemos ser separados
Eu sei
De muito longe, muito longe
Eu não estou com medo
Sempre, eu ainda estou aqui.
O vento se tornou frio.
A quente luz do sol
Você e eu, dentro de nossas memórias.
Me dê um sinal
De qualquer forma eu posso sentir em qualquer lugar
É como se estivéssemos juntos
Mesmo que não possa te sentir
Esses sentimentos não irão mudar
Sempre esteja ao meu lado, até então agora.
Deste lugar, eu estou esperando agora
Eu estou esperando agora, eu estou esperando agora
Eu irei rasgar a escuridão, claro e brilhante.
Não sucumba a escuridão
Para você
Eu irei lutar para você.
A luz distante brilha em cada um de nós
Eu acredito em nosso destino
Nós não podemos ser separados
Eu sei
De muito longe, muito longe
Eu não estou com medo
Sempre, eu ainda estou aqui.''
Yunho sentiu seus olhos lacrimejarem, ele lembrou de uma conversa que teve com Mingi há uns anos, não acreditava que o rapaz havia colocado algo importante para eles em uma música que era para ''outra pessoa''. Ficou se questionando como não havia percebido esse trecho antes, mas conseguiu não transparecer ao público o turbilhão de sentimentos dentro de si e continuou a cantar.
''Quando o sol nascer tudo será como era
Então não tenha medo
Deixe isso para o destino
Eu irei te proteger de cair
A luz distante brilha em cada um de nós
Eu acredito em nosso destino
Nós não podemos ser separados
Eu sei, de muito longe, muito longe
Eu não estou com medo
Sempre, eu ainda estou aqui estou aqui.''
Eles concordaram que Mingi cantaria o último trecho da música. Yunho baixou o microfone e olhou na direção do melhor amigo, vendo ele olhar para si, sorrir e começar a cantar.
''Ainda ao seu lado
Sob o mesmo céu, ao seu lado
Sempre, ainda estou aqui
Ainda ao seu lado
Sob o mesmo céu, ao seu lado
Sempre, ainda estou aqui, Yunho, jamais sairei do seu lado.''
Quando ele terminou, todos que estavam no auditório bateram palmas. Yunho piscava tentando entender, Mingi sorriu e levantou abraçando o amigo. Ele sabe que o mesmo estava surpreso, os amigos gritavam falando apoiarem o casal, San e Wooyoung gritavam dizendo que o shipp deles era real. Quando se afastaram, curvaram-se em direção à plateia e saíram. Jeong adentrou o camarim improvisado aos alunos e olhou para o mais alto à procura de respostas.
— Mi-Mingi, o que foi isso?
Seus olhos brilhavam em expectativas, mas precisavam de respostas, sua mente continuava a mil. O de fios rosados deu um sorriso levemente irônico e negou, como se só tivesse entendido a situação naquele momento.
— No início, pensei que você sabia, mas tinha medo do que poderia resultar, porém, vejo que nunca percebeu... – Se entreolharam e Mingi se aproximou mais um pouco, acariciou a bochecha esquerda do loiro, que suspirou com o carinho e colocou as mãos na cintura do outro. — Sou apaixonado por você desde a primeira vez que o vi, tentei negar várias vezes, mas nunca consegui esconder. Como não percebeu?
Yunho arregalou os olhos e sentiu as tão conhecidas borboletas em seu estômago. Soltou o ar devagar entre os lábios, tentou falar e não conseguiu. Olhava nos olhos do mais alto e, quando fitou os seus lábios, não resistiu ao impulso de beijá-lo. Selou os lábios de Mingi com ternura e suavidade. Como não esperava, o de fios rosados demorou a corresponder, mas quando caiu na real, retribuiu com um pouco depressa, apesar de querer apreciar os lábios do loiro, desejava ter mais, muito mais. Cessaram o beijo com selares e, quando se afastaram, escutaram palmas. Ambos olharam para a entrada da sala e viram seus amigos ali.
Wooyoung, Jongho, Seonghwa e Hongjoong tinham sorrisos zombeteiros, Yeonsang analisava a situação sorrindo também, ele estava feliz. Escutou Yunho choramingar sobre seus sentimentos com Jongho mais vezes do que desejava.
— Finalmente! Meu casal caindo na real dos próprios sentimentos e dando um passo adiante. Nunca fui triste.
San comentou, orgulhoso, passando os braços ao redor dos ombros do namorado, limpando as falsas lágrimas. Todos acharam graça e Yunho revirou os olhos, apesar de ter rido também.
— Vocês se saíram perfeitamente bem nessa apresentação, estou orgulhoso! – Hongjoong disse sorrindo, realmente parecia um pai orgulhoso.
— Obrigado por virem, estava nervoso, mas na hora que os vi isso me deu forças!
Yunho comentou, indo abraçá-los. Mingi concordou e seguiu para abraçá-los também. Wooyoung bateu palmas, animado e falou.
— Vamos comemorar, essa noite merece isso. Depois, vocês namoram!
Mingi sentiu as bochechas corarem e Yunho reagiu, se aproximou dele, depositou um selinho nos lábios do amigo e sorriu timidamente.
— Quando chegarmos em casa, conversamos melhor, tudo bem?
O mais alto mordeu o lábio e sorriu, concordando. Ficaram se olhando uns segundos até Jongho limpar a garganta, avisando que eles permaneciam ali. Então, ambos falaram com os pais rapidamente e seguiram para um restaurante perto dali. A noite foi tranquila, 1h da madrugada, San inventou que iriam para uma balada, apesar de alguns não quererem ir, foram da mesma forma. Se divertiram bastante, o casal não assumido aproveitou inúmeras situações até as coisas esquentarem o suficiente e eles irem para a casa do mais alto.
Pediram um táxi e trocaram leves selares no trajeto. Quando o carro parou em frente à casa do Song, o mais alto pagou e desceram rumo à casa. Assim que entraram, Mingi trancou a porta, prensou Yunho nela e o beijou rapidamente. Yunho gemia baixo, segurando a cintura do rosado com força. Mingi saiu dos lábios do Jeong e rumou ao pescoço. Um suspiro saiu do loiro e ele mordeu o lábio superior para não gemer alto quando recebeu um chupão ali. Sabia que ficaria a marca, mas isso pouco importava no momento.
— Quero tanto você!
Mingi falou olhando para o loiro, que amoleceu um pouco em seus braços e respondeu baixo.
— Me faça seu, meu amor!
Song suspirou ao escutar tais palavras. Parecia um sonho! O beijo começou suave novamente, junto de uma leve troca de carinhos e toques. A boca de Yunho desceu de seus lábios para o pescoço alvo do outro, enquanto as mãos de Mingi subiam e desciam pela coluna do loiro. Eles travaram um duelo de línguas e toques. À aquela altura, Jeong já estava no colo do rosado e, auxiliado por ele, ondulava o quadril cadenciadamente, fazendo Mingi suspirar entrecortado e seu pau começar a dar sinais.
— Você é lindo demais, não me canso de te olhar.
Yunho deu um mínimo sorriso tímido e voltaram a selar os lábios. Sem quebrar o contato visual com o mais novo, Mingi o deitou na cama, voltando a beijá-lo. Alguns minutos depois, começaram a se despir, cheios de toques e desejo. Permaneceram apenas de cueca. Sem deixar de olhar nos olhos que tanto o fascinavam, Yunho quase gemeu ao sentir a pele macia e torneada do mais alto em contato com a sua. Mingi é perfeito, aos olhos do Jeong não existe um defeito no rosado.
— Você causa tantas coisas em mim! – Mingi pegou a mão do loiro e levou para seu coração que batia acelerado. Beijou a testa dele e continuou — sou seu Yun, sempre serei!
— Sou teu, Min! Completamente seu, meu coração é seu. Faça o que quiser comigo! - Yunho falou baixo e Mingi sorriu, o beijando novamente.
Mudaram as posições e Mingi beijou o pescoço e peitoral do loiro. Ouvindo os gemidos do outro, o fez ter vontade de ter mais daquilo. Foi baixando a cabeça, ainda beijando o corpo do Jeong e, quando chegou ao membro de Yunho, respirou fundo, dando um sorriso fodidamente sexy, levando a sanidade de seu amigo para o espaço. Baixou a cueca do mesmo, lambeu os lábios primeiro, depois lambeu a glande, então lambeu finalmente a extensão toda. Sem conter, o colocou na boca, sentindo-o mesmo contrair em sua boca e Yunho levantou seu torso num espasmo de prazer. Sem permitir que o outro se afastasse, Mingi continuou lambendo, ora chupando e até mesmo dando pequenas mordidas, que faziam com que os gemidos de loiro se tornassem a música mais perfeita para os seus ouvidos. Jeong Yunho completamente perdido no prazer que Mingi proporciona, era algo que jamais sairá de sua cabeça.
Um tempo depois, Yunho estava quase chegando no limite, tentou afastar a cabeça do rosado e sem sucesso. Mingi notando que o rapaz estava no limite, aumentou a sucção e pouco depois sentiu os jatos quentes em sua boca. Yunho segurou com força os lençóis e jogou a cabeça para trás, aproveitando a sensação maravilhosa que é a boca quente do mais alto. Mingi engoliu tudo e lambeu os lábios, analisando as reações do loiro. Se aproximou do ouvido dele e disse:
— Puta merda, você é gostoso demais! Quero te sentir de todas as formas, baby. Quero muito sentir sua boca me chupando gostoso, mas primeiro preciso de você sentando no meu pau o mais rápido possível. Agora deita de bruços! – Mingi falou autoritário e Yunho apenas obedeceu. Sentiu leves mordidas na nuca e afundou o rosto no travesseiro, mordendo os lábios e fechando os olhos, aproveitando a sensação. O corpo arrepiou quando Mingi depositou selares em suas costas, sentindo-o se aproximar de suas nádegas. Depositou um tapa na bunda dele, Yunho gemeu e Song falou — vou te preparar agora.
— Tu-tudo bem.
Yunho falou entrecortado, maltratando os próprios lábios em ansiedade. Não demorou para sentir a língua dele o lubrificando. O resto de sanidade que Yunho nem sabia existir estava indo embora. Aquilo é o paraíso. Jeong empinou mais o quadril na direção do rosto de Mingi, que sorriu e depositou mais tapas nas nádegas levemente avermelhadas do loiro. Depois que Mingi quase fez Yunho gozar novamente, ele se levantou, seguiu ao armário e pegou um lubrificante e camisinha. Yunho estava relaxado, mas Mingi não queria machucar seu garoto. Derramou um pouco de lubrificante no ânus do loiro e colocou um dedo. Yunho gemeu manhoso, o de fios rosados colocou mais um dedo e fez movimentos de tesoura. Ele demorou uns segundos ali.
— Por favor, eu preciso de mais... – Yunho pede enquanto rebola, Mingi morde o lábio e adiciona mais um dedo – Isso, bem aí – ele fala um pouco mais alto quando os dedos do outro encontram sua próstata.
O pau do Song deu uma fisgada e ele se controlou para não gozar apenas com aquela cena, então, retirou os dedos, ouvindo os resmungos manhosos e de descontentamento de Jeong e colocou a camisinha, encaixando o pênis na entrada do loiro. Entrou lentamente e, quando finalmente ele estava completo dentro dele, ambos suspiraram em deleite. As sensações eram inúmeras. Mingi sorriu e acelerou os movimentos. O barulho dos corpos, os gemidos, o suor nos corpos aumentam a facilidade de movimento. Yunho mordeu os lábios para não gritar quando teve a sua próstata acertada, não apenas uma, mas várias vezes. Ele puxou o mais alto para um beijo, cheio de saliva e desejo, e se sobressaltou quando o Mingi o segurou forte e, ainda dentro de si, inverteu posições. Yunho se viu em cima do colo do rosado, auxiliado pelo mesmo enquanto ondulava o quadril para cima e para baixo rapidamente. Ambos gemiam cada vez mais. Jeong sentiu que seu ápice viria novamente, tomou o próprio membro nas mãos e começou a tocá-lo na velocidade que recebia as estocadas em simultâneo com os seus movimentos. Jogou a cabeça para trás e gozou no abdômen do Song. Não demorou muito e Mingi se derramou na camisinha.
Eles se olharam e sorriram, não havia estranheza ali, apenas satisfação, carinho, algumas dúvidas, porém muitas certezas. Tomaram um rápido banho, voltaram para a cama, mudaram os lençóis e deitaram-se ao lado do outro e, pelo cansaço, adormeceram.
Horas depois, Mingi acordou mais cedo que o normal, teve uma noite de sono maravilhosa, como sempre ocorria quando dormia com Yunho. Notou ter um peso no seu peito e, quando baixou o olhar, viu Jeong abraçado nele, dormindo tão tranquilamente e bem aconchegado em seu corpo. Começou a observar cada detalhe do rosto do loiro, do qual já conhecia muito bem, mas, mesmo assim, não conseguia parar de admirar aquela beleza. Sentiu seu coração bater mais rápido e se encher de felicidade, nem acreditava que realmente tinha seu amor ali abraçando-o, começou a fazer carinho em seus fios delicadamente para não acordá-lo. O mesmo se mexeu um pouco, mas não acordou e nem saiu do conforto de seus braços. Ficaram alguns minutos contemplando a visão maravilhosa que estava tendo a honra de receber pela manhã, até que, de má vontade, teve que se levantar por estar com abstinência da falta do café.
Levantou com toda a delicadeza para não acordar o mais novo e seguiu em direção à cozinha. Preparou o café e voltou para o quarto. Yunho ainda dormia e se deitou lentamente, então começou a dar beijos no rosto de seu amado. Observou o outro sorrir com os olhos fechados e o mesmo começou a abrir os olhos devagar. Nem acreditavam haver chegado naquela parte, era tudo tão novo, tinha muito o que conversar, mas sabiam que tudo daria certo dali em diante.
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