Hey sugarcubes, tudo certo?

Não se esqueçam de deixar a estrelinha e em troca deixo para vocês uma imagem do vestido que imaginei nossa garota usando na Cerimônia de Abertura.

Beijos e até a próxima!!

— Nem um pouco... Agora, sobre sua roupa para a Cerimônia de Abertura... — ela começa e sorri — Fizemos um ótimo trabalho.

— Mal posso esperar para ver, quero dizer, todo ano vestem o quatro com redes de pesca e coisas do tipo... — falo ironicamente, só posso esperar não parecer estúpida na frente de todos.

— Oh não, eu e Rhian, o estilista do seu amigo Clay, pensamos não só na pesca, mas no mar em si, e devo admitir que acertamos em cheio a cor dos seus olhos... — ela sorri largamente — Ajudou ter visto aquela pérola que o Finnick não tira do pescoço.

— O quê?

— Sim, quando vi você, soube imediatamente que aquela pérola que ele tem no colar é exatamente da mesma cor. — ela explica, mas ainda estou processando a informação que acabei de receber.

Finnick ainda tem aquela pérola que dei para ele em seus Jogos? Achei que ela estaria há muito perdida, mas por que ele a usa em um colar? Não é algo de valor como diamantes ou outras pedras que as pessoas da Capital gostam de exibir.

— Notei também, que a pérola na sua pulseira é da cor dos olhos dele — coloco minha mão sobre a pulseira que ele me deu instintivamente — Vocês devem ser bem próximos, e não se preocupe, somos apenas conhecidos e nada mais.

— Isso não é algo da minha conta, na verdade... — eu falo olhando para minhas mãos em meu colo e decido mudar de assunto — Então, vocês pensaram no mar para as roupas?

Algumas horas depois, estou parada na frente de um espelho encarando uma garota linda que tenho certeza que não sou eu, o vestido cai em camadas sobre meu corpo em diversos tons de azul e verde-mar com a barra branca como a espuma do mar. Estou encantada, olho para o meu rosto e apesar da maquiagem bem elaborada, ainda me reconheço. A sombra que usaram em mim tem várias linhas elaboradas nas cores do vestido e algumas pérolas adornam minhas têmporas, meu cabelo está solto e cai em onda perfeitas.

Descemos até os onde as carruagens aguardam para levar os tributos pela cidade até a mansão do Presidente Snow e Victoria faz os últimos ajustes em minha roupa. Clay chega com Rhian, o homem atraente tem a pele bronzeada e cabelos rosa-choque e usa calças de couro com uma camisa que deixa a mostra seu peitoral definido.

— Você está magnífica, Pearl. — ele pega a minha mão e deixa um beijo nela — Sou Rhian, estilista do Clay.

— Obrigada. — Sorrio para Rhian que vai fazer os últimos ajustes na roupa de Clay.

Ele veste uma gola alta sem mangas feita do que parece ser escamas prateadas e quando ele se mexe consigo ver que o prata fica azulado, a parte de baixo do seu corpo foi coberta apenas com um pedaço de tecido que lembra a cor da areia da praia mais limpa que temos no distrito, e vai até seus joelhos. Nós pés ele usa uma sandália dourada com amarras que sobem pela sua panturrilha idêntica a minha.

— Você tá linda, baixinha. — ele se aproxima assim que Rhian termina e o estilista vem nos ajudar a subir na carruagem — Preparada pra ser desejada por todos nesse inferno?

— Você está? — levanto a sobrancelha para ele que me dá um sorriso ladino.

— Eu fui feito para isso. — ele diz confiante.

— Muito bem, quero que coloquem seus melhores sorrisos no rosto. — Victoria fala para nós enquanto ajeita meu vestido atrás de mim — Conquistem o coração da Capital.

Após as primeiras carruagens saírem nos aproximamos da saída. Meus olhos se ajustam à luz e quando saímos do Centro de Transformação o barulho da multidão nos cerca. Vejo grandes telas que agora nos exibem para todos, nossos sorrisos são arrasadores e consigo ouvir as pessoas gritando meu nome.

Quando me sinto confiante o suficiente, solto a borda da carruagem e aceno para as pessoas que vão à loucura e gritam meu nome. Várias pessoas nos jogam flores e eu consigo pegar uma rosa branca e a coloco atrás da orelha.

Depois do que parece ser uma eternidade chegamos ao Círculo da Cidade e damos voltas nele parando. As câmeras mostram todos os tributos que já chegaram no Círculo e quando todos os distritos chegam, seguimos para a mansão do Presidente.

— Bem-vindos, tributos. Nós damos boas-vindas à vocês. — seu discurso é praticamente igual ao de todos os anos — Feliz Jogos Vorazes e que a sorte esteja sempre ao seu favor.

Após isso, somos levados para o Centro de Treinamento que será o nosso lar até que nos joguem na arena.

Quando a carruagem para, nossas equipes de preparação aparecem imediatamente para nos ajudar a descer e Victoria e Rhian vêm até nós, ambos batendo palmas e sorrindo.

— Vocês arrasaram, queridos. Você... — Victoria segura meus ombros e seus sorriso contagiante me faz sorrir, o que me faz perceber que minhas bochechas estão doendo de tanto sorrir. — Foi maravilhosa!!

— Parem de enchê-los de tantos elogios, vai subir à cabeça deles. — a voz de Finnick nos alcança e ele vem andando ao lado de Mags e Sapphire.

Observo em como várias cabeças se viram na direção dele e o encaram sem o menor pudor. Ele veste roupas claras simples, mas sofisticadas. E quando nossos olhos se encontram, tento manter minha fachada intacta, sei que estou corada, então não preciso me preocupar em ficar vermelha na frente de todos só porque ele chegou.

Ele para na minha frente e me olha de cima a baixo.

— Você está... — ele começa e para, parecendo não ter palavras.

— Linda? Magnífica? Maravilhosa? — sorrio abertamente para ele — Já usaram, escolha outro adjetivo.

Todos dão risada, mas ele continua me encarando e me da um sorriso que faz meu coração acelerar e meu estômago se encher daquela sensação de borboletas.

— Perfeita... Era o que eu ia dizer. — ele termina sua frase.

— E falhou miseravelmente. — Victoria fala baixo ao meu lado e eu dou uma risadinha, levando a mão até o meu rosto.

— Aí... Acho que vou ficar sem sorrir por alguns dias... — massageio minhas bochechas — Enfim... É normal ser encarada dessa forma?

— Em parte, mas acho que é porque você realmente está linda. — Rhian fala e olha ao redor — Imagina se estivesse vestindo só redes de pesca.

— Ugh... Não obrigada. — faço uma careta e vejo Mags cutucando Finnick.

— Vamos subir, sim? — todos concordamos e andamos atrás dele, até o elevador.

A caixa de metal velha e lenta do Palácio da Justiça do distrito nem se compara ao que nos leva até o 4° andar do Centro de Treinamento, ele é feito de cristal e Sapphire se anima nos dizendo que cada distrito tem o próprio andar, para que nossas equipes fiquem também instaladas enquanto estamos aqui, chegando no nosso andar ela fala para mim e para Clay nos lavarmos e que logo o jantar será servido.

Saio do banheiro com um roupão, feliz por me livrar da maquiagem. Não vejo Finnick apoiado ao lado da porta até que ele fala comigo e eu quase bato nele de susto.

— Desculpe!! — ele diz imediatamente quando olha para a escova de cabelo que tenho na mão, pronta para arremessar em sua cabeça — Como está se sentindo?

— Não sinto nada, tudo está acontecendo rápido demais para que eu consiga assimilar. — dou de ombros me sentando na cama enorme — Victoria me falou que se conhecem...

— Sim, ano passado foi seu primeiro ano e ela fez um ótimo trabalho com o 7, conversamos bastante durante os jogos e algumas vezes quando estive na Capital depois. — ele me olha preocupado — O que foi?

Eu percebo que só agora vi que sua camisa aberta, mostra seu peitoral e em um colar prateado, a pérola que dei pra ele está pendurada e é a única joia que ele usa.

— Você ainda tem ela. — aponto para o colar em seu pescoço e ele leva as mãos até a bolinha azul.

— Dei para Mags guardar para mim antes de chegar na Capital para meus jogos e quando venci, ela mandou fazer um colar com ela e me devolveu. — ele explica — Nunca tiro ela. Não sei como ainda não desapareceu, de tanto que a giro nos dedos.

Ele pega a pérola e gira algumas vezes. Olho para as pulseiras que ele e Mags me deram e então as tiro do pulso, me levanto indo até ele que me olha confuso.

— Guarde para mim, ok? — coloco elas em sua mão e aperto, olhando em seus olhos — E se eu não voltar, entregue para meu irmão, ele está com o meu colar, fala pra ele que quero que ele dê para Tristan quando ele crescer.

— Tristan? Ah, me esqueci de parabenizar sua família pelo novo membro... — ele coloca as pulseiras no bolso — Estou feliz por vocês.

— Só espero que minha mãe esteja bem... — abaixo a cabeça e passo as mãos pelo rosto — O estresse que ela deve estar passando por minha causa...

Ele me puxa para ele e me abraça apertado, sinto seu coração acelerado sob minha mão em seu peito. Me seguro para não chorar, pensando na minha família. Ficamos abraçados por alguns minutos até que alguém bate na porta e nos afastamos rapidamente. Olho para ele que está corado e sei que devo estar parecendo um tomate, Victoria chama meu nome e eu tento me acalmar antes de abrir a porta.

— Hey, vim ver se precisa de ajuda para se vestir para o jantar. — ela entra e depois olha para Finnick surpresa, mas então ela dá um sorriso conspiratório para nós dois — Atrapalhei alguma coisa?

Eu falo que não ao mesmo tempo que Finnick diz que sim e eu lhe dou uma escovada no ombro. Ela se senta na cama rindo.

— Enfim, sei que vocês tem um plano e eu gostaria muito de fazer parte do clubinho, já estou torcendo pelo casamento. — ela vai até o armário e tira algumas roupas. — Acho que sei como te vestir para a entrevista...

— Hmm... Primeiro eu preciso colocar o plano em prática e isso não é garantia de que irá funcionar. — falo pegando as roupas que Victoria me oferece e vou para o banheiro, olho para Finnick — Explique para ela o que te falei no trem enquanto me troco.

Ela me deu calças na cor palha e uma blusa branca de mangas compridas, quando volto para o quarto, Victoria estampa o que só posso descrever como um sorriso diabólico.

— Garota, nunca imaginei que fosse do tipo manipuladora com essa carinha de anjo... — ela se levanta e abre a porta do quarto para sairmos — Adorei!!

Durante o jantar falamos sobre a cerimônia de abertura e percebo que Clay que se senta de frente para mim me está me encarando.

— O quê? — pergunto levantando uma sobrancelha.

— Que tipo de arma você usa? — todos na mesa param de falar e olham para mim. — Você tem um corpo atlético apesar da sua altura, deve ser bem ágil...

— Podemos dizer que sim. — decido por dar à ele meias verdades, ele não precisa saber que sou boa com vários tipos de armas ou que luto bem o suficiente para conseguir derrubar Finnick — Quanto as armas, gosto de qualquer coisa que eu possa arremessar.

— Mas você é boa? — ele pergunta com desdém.

— Isso é algo que você terá que descobrir... — aponto para ele com a faca que está na minha mão esquerda — E você?

— Gosto dos tridentes e lanças que usávamos nos treinamentos... Mas me adapto à qualquer arma. — ele finge desinteresse e se vira para Finnick — Vamos ver os outros tributos hoje?

— Sim, depois do jantar. — ele responde sem se dar ao trabalho de olhar para Clay, e volta a conversar com Mags - Acha que vai funcionar?

Fico curiosa com a frase que peguei da conversa entre Finnick e Mags, mas me controlo até que vamos para o sofá enorme na sala e Finnick para ao lado da tela enorme que está desligada.

— Vamos analisar a concorrência... — ele diz pegando o controle.