Você levantou-se da cama sem compreender em qual hospital estava. Chamou uma enfermeira que passou correndo pela porta, mas ela parecia preocupada com outra coisa.

Desesperado(a), você começou vascular os bolsos procurando pelo seu celular, porém lembrou-se que o Flash não havia salvado ele. Você sentiu como se estivesse perdido uma parte de si.

Correu até a porta, estava decidido(a) a ir embora daquele lugar, entretanto algo estranho aconteceu. Dois homens, altamente suspeitos, vestindo ternos preto estavam no fundo do corredor, vasculhando os quartos. Você não se recorda de já tê-los vistos, mas sentiu medo.

Voltou para o quarto, derrubou o cobertor disfarçadamente no chão para que eles não pudessem ver que você estava em baixo da cama e ficou ali tentando controlar a respiração e o nervosismo.

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Só que não aconteceu como você queria; nunca acontece. Eles entraram no quarto, puxaram o cobertor e olharam em baixo da cama. A mão pesada do homem puxou-lhe com facilidade, você começou gritar, mas ele não parecia se incomodar e nem sentir os seus chutes.

Ele te jogou na cama, como se fosse uma roupa qualquer e disse:

— Esse cobertor é muito bonito pra está em um hospital.

O homem fechou a porta e tirou a sua roupa, ficou totalmente pelado.

O outro homem, também, tirou a roupa. Você pediu a Deus para eles não começarem a namorar ali, ainda sem entender porque eles não conseguiam vê-lo. Então eles se transformaram em uma coisa preta e gosmenta e sairam pela janela.

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