8 - Combinando encontros, jogos de sedução e compras de garotas
— O que estamos fazendo no campo de futebol? — pergunto para
— Torcendo pelo time — ela da de ombros
A encaro com as sobrancelhas arqueadas e a garota solta um suspiro derrotado.
— Talvez eu tenha pego o telefone do Michel — sorri envergonhada
— O moreno alto e lindo de morrer? — arregalo os olhos
— Puxa Girassol eu não sabia que preferia morenos — uma voz chocada diz atrás de mim
Viro com os olhos arregalados e Jake está bem ali com o amigo alto e lindo de morrer.
— Gostei da definição — Michel pisca pra mim
Sorrio envergonhada e assinto levemente.
— E então Girassol, não vai dizer Oi? — Jake sorri
— Eu já vi você hoje — dou de ombros
— Muito educada — revira os olhos
— Eu vou para o campo — Michel aponta — Vejo você depois Helena — ele sorri e pisca para a minha a miga
A morena assente com as bochechas coradas e eu a encaro chocada.
— O que foi? — pergunta me encarando
— Achei que corar não fizesse parte da sua existência — respondo com um sorriso debochado
— Cala a boca "Girassol" — faz aspas com os dedos e se senta na arquibancada
— Está acabando com a minha moral — digo voltando o olhar para Jake
— E você com meu ego — sorri
— Seu ego é grande demais para que eu acabe com ele assim — mostro a língua
— Não sei sobre meu ego mais tenho outras coisas bem grandes que são difíceis de acabar — diz com um sorriso malicioso
Arregalo os olhos e minhas bochechas esquentam assim como minha cara toda. Esse homem não tem um mínimo de decência.
— Meu Deus você é inacreditável! — nego indo me sentar também
— Por que está dizendo isso? — pergunta vindo atrás de mim
— Não se faça de sínico. — resmungo irritada
— Eu juro que não estou — diz erguendo as mãos em sinal de rendição
— Você não mede seus comentários — retruco me virando para ele
— Se foi sobre as coisas grandes eu quis dizer inteligência — ele sorri inocentemente
— Claro que foi — estreito os olhos
— Se você pensou em algo diferente a culpa não é minha — ele da de ombros
— É minha culpa pegar o duplo sentido agora? — pergunto indignada
— Não tinha duplo sentido — ele da de ombros
— Eu tenho vontade de socar a sua cara — estreito os olhos o encarando
— É claro que quem — ele sorri de lado
Esse sorriso faz meu coração dar um pequeno salto e minhas pernas quererem bambear, ele é lindo demais pro meu próprio bem.
— Você não tem um jogo pra jogar? — aponto para o campo nervosa
— Eu não jogo futebol americano — ele faz uma careta
— E de onde tira o corpo atlético? — pergunto impressionada
Jake abre um sorriso malicioso e eu percebo que falei besteira, que droga.
— Gosta do meu corpo, Girassol? — pergunta mordendo o lábio inferior
— Só falei que ele existe e não que gosto dele — dou de ombros com a cabeça erguida
Não vou deixar que ele me vença em um joguinho besta de sedução barata.
— Tão observadora — ele arqueia as sobrancelhas
— O que você joga Jake? — volto ao foco do assunto
— Conversa fora — sorri malicioso
Apenas cruzo os braços esperando por uma resposta mais concreta.
— Eu não sou muito de jogos no geral — ele da de ombros
— Que pena — suspiro tristemente
— Por quê? — franze o cenho
— Ia ser interessante vencer de você no campo — sorrio maliciosa
— Você joga futebol americano? — ele arqueia as sobrancelhas
— Eu jogo muitas coisas — dou de ombros
— Isso é surpreendente — ele arregala os olhos
— Eu já te falei que não sou como as garotas que conhecem — sorrio confiante
— É a melhor parte de você — ele sorri
Fico vermelha mais uma vez e aquilo me irrita, ser diferente das garotas que Jake pega não é um elogio é um estilo de vida, cada um com sua própria personalidade sem julgamentos. Mas, ainda assim pensar em ser diferente me trás um tipo de gloria própria, por mais errado que isso pareça.
— Você fica uma gracinha quando está com vergonha — ele zomba dando um peteleco no meu nariz
— Aí! — reclamo e dou um tapa na mão dele
— Tão selvagem — ele morde o lábio inferior recolhendo a mão
— Por que está no meu pé Jake? — pergunto emburrada
— Vim marcar a data do encontro — responde cruzando os braços
— Não é um encontro — retruco um pouco incomodada
Eu vou me encontrar com o Henry é estranho dizer que vou fazer o mesmo com o Jake.
— É verdade — ele concorda pensativo — Encontros são para casais, vamos chamar de saída beneficiária entre amigos — sugere me encarando com um pequeno sorriso
— É, até que eu gostei disso — sorrio e assinto satisfeita
— Estava pensando de ser na sexta ou no saba....
— Sexta! — o interrompo afoita
Jake arregala os olhos um pouco assutado e eu lanço um sorriso culpado para ele.
— Sexta esta ótimo — pigarreio um pouco envergonhada
— Tudo bem estranha — diz com as sobrancelhas arqueadas — Você quer que eu te busque ou marcamos um ponto de encontro? — franze o cenho
— Vai me buscar de moto? — pergunto animada
— Não se você não quiser — responde dando de ombros
— Por mim não tem problemas — dou de ombros
— Então quer que eu vá te buscar? — suspira
— Eu não tenho carro então é a melhor maneira de não ficar plantado em algum lugar — respondo com um pequeno sorrisinho
— Como assim? — estreita os olhos
Veja bem, eu não gosto muito de encontros. Sempre fico nervosa demais e mesmo isso não sendo um encontro ainda me obriga a sair de casa. Outra coisa que eu não sou muito fã. Então sempre que eu marco de ir ate um lugar pra me encontrar com uma pessoa eu furo e escolho ficar em casa ou eu mando minha irmã no meu lugar e ela cancela pra mim.
— Eu me perco facilmente. — dou de ombros
Mentir é algo bem subestimado, todos dizem que mentira tem perna curta ou que vira algo impossível de se controlar, já eu vejo a mentira como uma arte, requer fineza e coragem. Pequenas mentiras viram grandes mentiras que depois de muito recontadas viram verdades absolutas onde não há fonte segura para que volte contra você. Mentir é uma arte que deve ser escondida e usada com um toque sutil de realidade para que caso algo seja colocado em duvida a parte verdadeira da historia vai apaziguar isso.
— Ei Girassol! — Jake estala os dedo da minha cara
— O que foi? — pergunto assustada
— Sua amiga esta te chamando — ele indica Lena no alto da arquibancada
— Oh! Certo, obrigada — agradeço com o rosto corado e me sento envergonhada por ficar tão aérea.
— Você vive no mundo da lua — zomba
— Estava apenas divagando — justifico
— Claro que estava — ele sorri — Vejo você depois Girassol, estou ansioso — ele me envia uma piscadela e acena
— Eu... Também — sussurro a última parte
Estranho porque sinto um êxtase diferente do qual senti quando Henry me chamou para sair. Talvez seja porque estou com medo do que pode sair disso com o Jake, minha imagem e o que ele pode tentar com isso.
— Vocês ficaram um bom tempo conversando — Lena sorri maliciosa
— Não estávamos falando nada demais importante — reviro os olhos
— Eu sei bem quando o Jake flerta e ele estava claramente fazendo com você — minha amiga zomba
— Que coisa mais descabida — ofego indignada
— Não finja ser santa, eu te conheço Supergirl — Lena empurra meus ombros.
— Talvez estivéssemos flertando um pouquinho — faço um sinal de pouco com as mãos e as bochechas coradas
— Você é uma safada! — Lena nega sorrindo
— Não fala assim — reclamo — É só de brincadeira - suspiro
— É assim que os romances começam — insiste com um sorriso malicioso
— Sabe o romance que eu vejo? — pergunto abrido um sorriso cruel
— Qual? — pergunta animada
— O seu com o do Michel — cantarolo
— Ah cala a boca — ela revira os olhos
— Por que me chamou? — mudo o rumo da conversa
Eu poderia provoca-la um pouco mais o problema é que ela faria o mesmo e prefiro não arriscar.
— Vamos às compras! — ela bate palma animada.
— Eu tenho que trabalhar — faço uma careta
Eu odeio fazer compras, normalmente minha irmã compra e eu decido o que quero pra mim, na maioria das vezes pegamos roupas emprestadas.
— Se sairmos agora temos três horas ate o fim das aulas é tempo o suficiente — sorri empolgada
— Não quero matar aula, eu pago por isso aqui — gesticulo ao redor.
— Você nem tem aulas importantes hoje, deixe de se chata Supergirl! — Lena faz uma careta
— Não é questão de ser chata é questão de falta de dinheiro — retruco
— Um dia não vai matar ninguém, por favor! — pede juntando as mãos e piscando os olhos de forma pidona
Vai me matar, penso tentando evitar a careta.
— Você vai ter que pagar um sorvete — suspiro cedendo
— Eba! — ela pula e bate palmas
Apenas reviro os olhos e solto um longo suspiro, em frente adiante com a seção de tortura.
Lena me obrigou a experimentar varias roupas e confesso que achei as que vou usar no encontro com o Henry na saída com o Jake. Ambas as roupas são linda e estavam na promoção, eu não tenho dinheiro pra ficar comprando roupa quando bem entender.
— Muito bem, vamos comer! — Lena anuncia animada
Ela está com várias sacolas nas mãos, se eu não tenho dinheiro e nem paciência pra roupas ela tem de sobra.
— Você tem certeza que está sentindo suas mãos? — pergunto com o cenho franzido
— Bem, o dedo mindinho não mais o anelar tá formigando — ela morde o lábio inferior com uma careta
— Você é estranha — suspiro
— E você está enrolando, vamos nos sentar antes que eu perca as mãos! — diz erguendo as sacolas
— Desculpe — peço ajudando ela a colocar as sacolas na cadeira
Estamos no shopping e a praça de alimentação esta lotada, eu queria muito ter passado na livraria mais eu deixaria todo meu dinheiro lá e resolvi me conter.
— E então como é a sua vida? — Lena apoia as mãos na mesa e me encara
— Bem, eu tenho uma gêmea...
— Você o que? — pergunta com os olhos arregalados
— Tenho uma gêmea? — pergunto receosa
— E porque nunca me disse isso antes? — pergunta batendo as duas mãos na mesa
— Não sei — dou de ombros
— É uma parte importante na sua vida, literalmente a metade dela! — diz um pouco alterada
— É que pra mim é tão comum que às vezes penso que todos sabem — encolho os ombros envergonhada.
— Vocês trocam de lugar? — pergunta curiosa
— O que acha que somos? Gêmeas mexicanas? — franzo o cenho
— Ah, eu não tenho experiência com duplicatas — ela da de ombros
— Também não estamos em The Vampire Diaries — reviro os olhos com um pequeno sorriso
— Você tira toda a emoção — ela suspira entediada
— Trocamos de lugar algumas vezes na infância — revelo me lembrando
Paramos quando nossas personalidades se fundiram tanto que não sabíamos mais quem nos éramos. Foi neste momento que eu decidi ser psiquiatra, tínhamos 12 nos e trocávamos dia sim e dia não, ate as coisas ficaram confusas e não lembrarmos nossos nomes. Fomos levadas separadas a uma psiquiatra e ela nos ajudou a nos reencontrarmos.
Lembro-me de pensar como aquilo era incrível, como uma pessoa poderia salvar outra com inteligência e dedicação. Eu quis isso, quis curar a mente das pessoas e no mesmo instante minha irmã quis curar corações.
— E foi emocionante? — Lena me tira dos devaneios
Por um instante esqueci que ela estava comigo.
— Foi incomodo — respondo com um simples dar de ombros
Paramos o assunto para revezar e pedir lanches no quiosque à frente, uma franquia do Buger King.
— Além da sua gêmea, o que mais você esconde? — pergunta assim que voltamos a nos sentar
— Que tal me contar o que você esconde? — rebato com um sorriso felino
— Eu com certeza não tenho uma gêmea — ela sorri
— Tanta beleza em dobro seria uma ofensa — sorrio também
Lena é realmente muito bonita, os cabelos são tão negros quanto ébano e a pele branca como leite, os lábios rosados e fartos, olhos verdes acinzentados adornados por um rosto triangular fino e delicado, ao mesmo tempo em que era uma das mulheres mais lindas que eu já vi poderia se passar por uma boneca com traços tão delicados e ferozes.
— Bem, eu concordo com você — ela da de ombros.
— Ser modesta não é seu forte — dou risada
— Nunca nem vai ser — ela gargalha
— Vai continuar enrolando ou vai me contar seus segredos mais secretos? - estreito os olhos
— Eu não tenho muitos segredos — ela suspira — No geral sou aberta demais é isso que me prejudica — o sorriso se vai e ela fica um pouco cabisbaixa
Nem tudo é pra ser revelado na primeira compra de roupa. Ainda mais depois do surto que ela teve sobre não confiar em ninguém, é claro que ela é um mistério.
— Acho que o Michel adoraria que você se abrisse para ele — mudo o foco da conversa com um sorriso malicioso
— Ele pode ate sonhar — ela aceita a mudança com um pequeno sorriso aliviado
— O que tem de errado com o Michel? — franzo o cenho, curiosa. — Vocês pareciam próximos lá no campo — emendo
— Não tem nada de errado — ela da de ombros — Só trocamos algumas mensagens, ele que deve estar confundindo as coisas — diz mordendo o lábio inferior
— Então por que não tentar nada com ele? — pergunto confusa
— Eu não sei — ela suspira — Ele é muito bonito, mais fora a beleza nada mais me atraiu. — nega com a cabeça
— Se nada além da beleza te atraiu não deve investir mesmo — digo pensativa — Tem certeza que ele não te atraiu com mais nada? — estreito os olhos
— Para de querer juntar água e óleo — ela ri
Dou risada também e nos preparamos para comer.
Acho que a Lena e o Michel combinam perfeitamente, mesmo conhecendo o Michel só por vista, eles ficar visualmente bem juntos. Se bem que com a beleza de ambos eles ficam visualmente bem com sacos de batatas velhos. Mas a Lena disse que não gosta dele e eu com toda certeza não vou meter o meu nariz.
É claro que vou meter meu nariz, o meu e o do Jake vamos ver se esses dois são compatíveis. Eu não sou psicóloga ainda, posso me meter nos problemas dos outros.
Esqueci de falar no outro né mas o Thomas é o irmão da Aline (pra quem leu ADCA) sim gente eu misturo os universos dos meus livros, amo fazer isso.
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