29 - Aniversário gêmeo e um presente épico
Eu não poderia estar mais nervoso, ajudei a preparar toda a festa, mas depois de ontem à noite não tenho certeza se as gêmeas virão.
- Cara, parece que você vai entrar em colapso - Michel diz passando o braço por cima dos meus ombros
- Eu não sei se elas vem - digo batendo o pé no chão
- É bom que venham, aquele bolo foi caro - Kat retruca com uma careta
- Não foi caro nada, eu quem fiz - Thomas a encara incrédulo
- Bem, os ingredientes foram caros - ela murmura com as bochechas coradas
- Foi Helena quem comprou, ela é rica - o ruivo zomba
- Ei eu não sou rica! - Helena retruca
- Você é sim! - Kat aponta aliviada por sair do foco
- É mesmo, e não adianta vir com essa historia de que seus pais são e você não! - entro na onda abrindo um pequeno sorriso
- Isso não é verdade! - ela nega com uma careta
- Amor, é verdade sim - Michel sorri solidário e a puxa para perto
- Todos aqui tem dinheiro, não é justo que eu seja apontada como rica - ela bufa
- Na verdade eu estudo por uma bolsa - Michel da de ombros
- Minha mãe é a reitora - Kat ergue a mão
- Minha tia é reitora - embarco na da minha prima
Tomos olhamos para Thomas.
- O que foi gente? Meu pai era rico mesmo, eu tenho muito dinheiro - o ruivo da de ombros
Todos rimos e ele apenas continua impassível como se aquilo não fosse nada demais.
- Mais sério gente, eu estou com inveja - Michel reclama
- Por quê? - franzo o cenho
- Você nunca fez algo assim por mim - choraminga
- Quando fez vinte e um te levamos em uma bar de stripper! - bufo indignado
- É verdade - ele murmura com um sorrisinho envergonhado
- Eu nunca fui em um bar de stripper - Kat murmura mais para si mesma, mas todos ouvimos
- Gata se você fosse em um desses acabaria roubando o brilho da meninas com esse corpo escultural - Thomas diz com um sorriso malicioso
Kat fica vermelha na mesma hora e me seguro para não revirar os olhos, essa queda que ela tem por ele é ridícula eles nem são amigos, não dá para entender.
- No meu aniversário eu quero uma viagem pra Disney - Helena diz tomando um gole da cerveja de Michel
- Você nunca foi para a Disney? - Michel franze o cenho
- Já fui, mas quero ir com meus amigos desta vez, ir com os pais não é tão empolgante - ela da de ombros
- Já que estão todos pedindo quero uma festa surpresa no meu - Thomas ergue a mão
- Se já sabe que vai ter uma festa não será surpresa - Kat retruca
- Vocês podem fazer antes ou depois para que seja - ele da de ombros
- De novo, estará esperando que venha antes ou depois, então deixa de ser supressa - ela rebate com o cenho franzido
- Façam no dia então, vai ser uma puta surpresa já que estarei esperando antes ou depois - o ruivo insiste
Minha prima franze o cenho e vejo a irritação tomar seus olhos, como não quero ninguém brigando me intrometo.
- E quando é seu aniversario?
- Dia 24 - responde com um suspiro
- Deste mês? - Kat arregala os olhos
O ruivo assente e ficamos em silencio.
- Cara, você faz aniversário com Jesus! - Michel zomba e todos explodimos em gargalhadas
- Não faço aniversário com Jesus, faço um dia antes! - ele retruca elevando a voz
- Isso sim é que é azar - Helena zomba
- Deve ser difícil ser ofuscado por Jesus, cara - Michel diz provocando outra explosão de gargalhadas
- Vocês são uns idiotas - Thomas revira olhos olhos e vejo suas bochechas ficarem tão vermelhas quanto seu cabelo
- Pode ficar tranquilo, terá algo de especial no seu aniversario - Kat o consola dando tapinhas no seus ombros
- Sim, o natal! - Michel ri novamente
Thomas apenas revira os olhos e deixa de se importar com a zoação sem fim de todos ali.
Desvio um pouco da conversa e risada dos meus amigos e percebo que a casa esta começando a lotar, consequentemente as musicas eletrônicas já estão estourando pelo som maravilhoso de um dos caras das irmandade , tudo esta começando a ficar um caos e me sinto ainda mais nervoso pelas aniversariantes não terem chego ainda.
- Fica calmo cara, elas vem sim - Thomas da um tapinha nas minhas costas
Assinto sem tirar o olhar da porta, é bom que elas venham o presente da Kendra esta no meu quarto e a chave no meu bolso, não quero nenhum universitário bêbado entrando no meu quarto ou um casal de universitários bêbados transando na minha cama. A noticia da festa se espalhou e metade do campus esta aqui, vários jovens desesperados por ficarem bêbados e esquecerem que estamos na merda com a semana de provas, futuros médicos, advogados e químicos enlouquecidos por álcool e sexo.
- Então é verdade - com um sobressalto vejo Joana ao meu lado
A altura dessa mulher sempre me surpreende, não sou mais baixo que ela por milagrosos seis centímetros, embora o salto enorme a ajude muito com o requisito altura.
- O que é verdade? - franzo o cenho
- Que esta dando esta festa para sua namorada - ela sorri
- Ela não é minha namorada - ainda, mas não acrescento isso. Não quero parecer pretencioso
- Se for a loirinha das aulas de psicologia eu acho que deve pedir logo - ela da um peteleco no meu nariz
Loirinha da aula de psicologia, ela estava prestando atenção.
- Você não deveria ter ciúmes ou algo do tipo? - estreito os olhos e passo a mão no meu nariz, o peteleco doeu
- Algo do tipo?- ela aqueia as sobrancelhas - Transamos algumas vezes, Jake. Você é gostoso e tals, mas eu fico feliz por finalmente arrumar alguém - suspira
- E por quye? - a encaro curioso
Claro que estou aliviado por ela não criar nenhum caso, é só que eu e Joana temos um rolo há um ano e meio. É estranho que ela não se sinta rejeitada ou algo do tipo por eu não tê-la assumido, mesmo que tenhamos concordado em sexo casual todos temos sentimentos e não posso dizer que não gosto dela.
- Porque você é triste, confuso e foge dos problemas. Talvez com um amor na sua vida você veja que não dá pra fugir o tempo todo - responde com sinceridade
- Essa doeu - murmuro com uma careta - Não sabia que via tudo isso em mim - franzo o cenho
Talvez Joana me conheça mais do que imaginei. Sinto vergonha por não ver esse lado dela, se ela me perguntasse a cor favorita agora eu não saberia, algo entre o rosa e o roxo escuro, eu acho.
- Também estou na área da psicologia, meu bem, posso ser a gordinha gostosa do campus, mas também já fui a gordinha nerd e sou muito inteligente - ela ri empurrando meus ombros
- Certo, gostosa nerd do campus - sorrio com deboche - Me desculpe por subestima-la
- Você é impossível, mais eu não te culpo por nada - ela revira os olhos e sai de perto
Ainda sorrindo volto a encarar a porta e suspiro aliviado quando as duas gêmeas mais loucas que já conheci passam pela porta, meu coração dispara feito louco e me sinto um adolescente na puberdade quando outras coisas acendem como estúpidas lâmpadas de natal. A lembrança do nosso beijo inunda minha cabeça e mal posso respirar ao encarar seus deliciosos lábios vermelhos.
Kendra sorri enquanto conversa com Rúbens e Nina assente empolgada quando sua amiga ruiva diz algo ao seu ouvido. É bom ver que estão diferentes, uma loira outra morena, vestidos totalmente diferentes, embora combinem. Já aprendi a distingui-las por uma pinta que Kendra tem e Nina não, dica do Rúbens que apanhou um bocado para descobrir esse detalhe microscópio. Mas mesmo com esse detalhe ainda é difícil de distingui-las de primeira.
Kendra passa o olhar clínico e analista pela festa, ela sempre faz isso em qualquer lugar, ela olha tudo analisa, julga e depois se repreende por ser assim. Sorrio quando ela faz uma careta com a quantidade de gente e revira os olhos enquanto resmunga algo para si mesma.
Girassol está com um vestido que vai ate o meio das coxas, transpassado meio rosado, todo brilhante, com mangas longas e um decote v discreto, uma sandália de salto rosa claro ou não sei que cor é aquela, os cabelos loiros soltos completamente lisos, maquiagem amena e a boca vermelha, muito linda como sempre. Nina usa um igualmente brilhante, só que com alcinhas finas, decote mais ousado, também até o meio das coxas, uma sandália preta, colar e pulseira. Os cabelos negros estão presos em um rabo de cavalo despojado e sexy.
Os olhos da loira param em mim e arregalo os olhos ao perceber que ela usou as lentes transparentes hoje, como eu sei disso? Ela é totalmente cega sem óculos e não viria sem eles só para que eu visse o azul incrível dos seus olhos e ela tem uma lente de contato transparente, eu sei porque fucei o quarto dela inteiro ontem, até as calcinhas de florezinhas.
O sorriso radiante que ela lança em minha direção é o suficiente para expurgar qualquer nervosismo no meu corpo e intensificar minha vontade de levá-la para meu quarto e beijar cada parte deliciosa do seu corpo sexy, aumento meu sorriso quando ela caminha em minha direção tentando não pensar em como eu gostaria de arrancar seu vestido. Perco o fôlego umas cinco vezes antes de ela colocar os braços ao redor do meu pescoço e eu puxa-la para perto pela cintura colando nossos corpos, seu cheiro inebriante e doce me atinge e meu corpo reage instantaneamente a ela e sua maciez.
- Você está linda - sussurro no seu ouvido
- Você também não está nada mal - ela sorri e beija o canto dos meus lábios
- Feliz aniversário, Girassol - sorrio colando nossos lábios em um beijo casto
- Obrigada, Jakob - ela sorri ainda mais
Reviro os olhos com o apelido sem noção e a puxo para outro abraço.
- Fez as pazes com sua cara metade?- pergunto preocupado
- Jake! - Nina grita do nosso lado Kendra se afasta e tenho a resposta para minha pergunta - O doutor gostosão, maior pegador da faculdade, fez uma festa incrível de aniversário para minha irmã e para mim! - ela bate palmas animada - Obrigada querido! - agradece e me puxa para um abraço
- Feliz aniversário, Nina - murmuro um pouco constrangido
- Sabe, querido, se eu fosse você aproveitava o máximo com sua Girassol fofinha. Só Deus sabe até quando ela continuará virada para o sol - ela sussurra e me solta com um sorriso brilhante e falso
Franzo o cenho confuso e ela faz um sinal de silêncio na minha direção, então se vira e arrasta o namorado para a pista de dança.
- O que ela te disse? - Kendra pergunta apreensiva
- Ela só... Agradeceu pela festa - minto
Ela me encara por alguns segundos com os olhos estreitos e começo a ter calafrios, aquele olhar parece ver dentro da minha alma.
- Está mentindo. - não é uma pergunta - Minha irmã estúpida e bêbada fez você mentir para mim - resmunga com irritação e pega uma garrafa de tequila da mesa de bebidas - Não sei o que ela disse, mais ela está irritada e nada confiável - avisa virando a garrafa
- Ei, ei, ei! - tiro a garrafa de sua boca - Vai com calma, se continuar assim vai perder o bolo - forço um sorriso tentando aliviar o clima estranho
- Eu já bebi coisa pior - ela puxa a garrafa de volta - Fica tranquilo, meu anjo, estou apenas me divertindo - ela da de ombros
- Kendra, não seja inconsequente - peço segurando seu braço
Seu rosto fica a centímetros do meu e posso observar melhor seus olhos azuis, tem um toque de escuridão sútil e assustador neles, com uma infinidade de bondade e esperança ao redor.
- Ui, ele me chamo pelo nome. Está falando sério - ela zomba
- Kendra, estou pedindo por favor - digo puxando-a para mais perto
Ela coloca se solta do meu aperto, coloca a garrafa na minha mão e toma meu rosto com as duas mãos, olha bem dentro dos meus olhos intensamente.
- Jake, sou uma adulta. Posso me cuidar, relaxa - diz cada sílaba de forma lenta e torturante - Fica tranquilo - pisca e beija meus lábios
- Essa mulher vai me enlouquecer - murmuro comigo mesmo enquanto ela desfila para o meio da pista de dança improvisada.
A noite foi um desastre, as gêmeas não se juntaram nem um minuto, só na hora do parabéns porque foram obrigadas por uma Helena muito irritada. Kendra bebeu quase tudo que tinha na festa e não posso mentir, vê-la bêbada é muito sexy. Ela se soltou mais, dançou e riu como nunca. Nina cantou nos surpreendendo com sua voz incrível. Kendra se divertiu como eu nunca vi alguém fazendo, mas algo nessa diversão me deixou incomodado, ela estava evitando a irmã e os amigos, não queria conversar, só ser inconsequente como uma universitária comum. E ela não é uma universitária comum.
As vezes me pego pensando se tudo que ela me disse sobre ser uma criminosa possa ser verdade, eu pesquisei e ela não tem redes sociais, nem ela nem a irmã. É quase como se elas não existissem, por serem órfãs não em como saber dos pais, e pode ser psicótico mais eu tentei acha-los também, mais o nome do orfanato que Kendra disse viver também não existe no sistema, quase como se fosse uma grande mentira.
Acredito que elas são órfãs, mais acho que todo o resto é mentira, mas quando eu olho dentro dos olhos da Kendra ela me parece tão pura e verdadeira que eu não consigo entender o que esta acontecendo de verdade. Isso nunca me perturbou tanto ate a briga de ontem a noite, elas disseram coisas estranhas que envolviam o passado de ambas e foi tudo muito estranho.
- Se escondendo? - Rubens se escora da parece em que eu estou com uma garrafa de cerveja na mão
- Apenas observando - indico as garotas com a cabeça
Estou um pouco afastado na festa, encostado em uma parede escura onde eu posso ter uma visão clara tanto de Kendra, quanto de Nina e Katrina.
- Elas não estão nem um pouco bêbadas, sabe disso não sabe? - me encara com a sobrancelha arqueada
- Na verdade não sei não - respondo incrédulo
- Nina esta quase, mas Kendra - ele abafa uma risada irônica - Ela estáta bem lúcida - ele suspira
Sinto um pouco de vergonha percorrer meu corpo, como não pude perceber que a garota que eu gosto esta fingindo a noite toda? O que mais ela finge e eu não percebo?
- Como.... como sabe? - pergunto baixinho
- Eu convivo com elas, acabei conhecendo - ele da de ombros como se aquilo não fosse nada demais
Claro, Nina e Rubens começaram a namorar duas semanas depois que elas entraram na faculdade, ele esta sempre na casa das duas e quatro meses são um tempo de convivência e tanto, ainda mais para um psicanalista como ele.
- Então... eu soube que vai para Los Angeles - comento tentando desviar do assunto da minha namorada não bêbada e da minha falta de percepção sobre isso.
- Vou sim, Thomas e eu já achamos um apartamento - sorri animado
- E esta pronto para ficar tão longe da namorada? - arqueio as sobrancelhas curioso
- Na verdade eu chamei ela para ir junto - ele pigarreia desconfortável
- Ah! Então é por isso que o clima anda meio estranho? - pergunto com um pequeno sorriso
Pelo menos isso eu percebi.
- É, ela ainda não me respondeu - ele suspira pesadamente
Procuro Nina com os olhos e a vejo dançando com a amiga da universidade, ela parece se divertir bastante e não olha para nenhum dos caras que a secam descaradamente.
- Acho difícil ela dizer não - digo depois de alguns segundos
- Já eu acho difícil que ela diga sim - ele puxa o ar com força
- Por que acha isso? - franzo o cenho - Ela parece gostar muito de você - digo ainda encarando a morena alegre
Se Rubens percebe ou se importa com os olhares maliciosos em cima da namorada ele não demonstra, eu sei que estou bem pirado com o tanto de homem que fica encarando a bunda incrível da minha namorada.
Minha namorada, já foram duas vezes que eu a chamei assim, pelo menos nos meus pensamentos. Preciso tornar oficial.
- Eu sei que ela gosta de mim, ela me ama e eu a amo também, só não acho que ela deixaria a irmã para trás e Kendra não quer sair daqui. - ele morde o lábio inferior um pouco perdido - Não quero que elas se separem nem nada só acho que...
- Que cada uma deveria viver sua própria vida e não uma em função da outra? - completo com cautela
- Toda vez que penso isso me acho um babaca sem noção - suspira frustrado
- Você não é um babaca sem noção, esta apaixonado e quer dividir a vida com a garota que você ama - digo dando um tapinha no seu ombro
- Mais querer deixar Kendra para trás me parece cruel - diz tomando um gole da cerveja
- Elas são adultas, o que quer que façam não é da sua alçada resolver - dou de ombros
- Elas tem um passado tão conturbado que eu tenho ate medo de me meter - diz bebendo mais da cerveja
- E por acaso Nina já te contou sobre? - pergunto virando para encara-lo melhor
- Algumas besteiras, nada que eu tenha levado a serio - revira os olhos
- É meu amigo, nos metemos em uma grande enrascada - solto uma risada nasalada
- E bote grande nisso - ele ergue a cerveja em concordância
Sorrio e nego com a cabeça, voltamos a olhar as garotas para perceber que Nina esta em cima da mesa e Kendra de cabeça para baixo no balcão, ambas bebendo tequila.
- Se elas não estavam bêbadas...
- Vão ficar - Rubens completa e saímos para acabar com a diversão das duas.
- Galera eu tenho VINTE E UM! - a loira feita com entusiasmo - Chega de identidade falsas, viva a vida adulta! - grita erguendo a garrava de vodca na sua mão
Todos gritam empolgados com ela e tenho dificuldades em passar pela multidão de universitários bêbados. E enquanto me esforço para empurrar todos sem ser pisoteado a loira animada no balcão deita fazendo.com.qur eu não consiga mais vê-la.
Solto um grunhido de irritação e empurro todos com mais afinco conseguindo chegar até ela.
- Certo, Girassol - empurro o cara que estava dando a tequila na boca dela com uma careta - Chega disso.
- Jake! Jakesinho meu amor! Vem se divertir com sua florzinha! - ela ri se sentando
- Nada disso, você já bebeu muito, vamos embora - digo segurando sua mão
- Ir embora? - ela faz uma careta - Por quê? - pergunta dando risada - Eu estou me divertindo! Vocês não queriam que eu me divertisse? - ri ficando em pé no balcão
Do outro lado vejo Rubens impaciente tentando convencer Nina a descer da mesa e parar de quebrar garrafas de cerveja.
- Que droga, Girassol - murmuro para mim mesmo - Desculpe minha flor, tente não vomitar em mim - digo agarrando suas pernas
- O que você esta... - ela solta um grito apavorado - Ei seu idiota me coloca no chão! - ela esperneia
- Não seja uma garota ruim e fiquei quieti...
Em um movimento rápido e calculado ela impulsiona o corpo para o frente agarra minhas pernas fazendo com que eu caia no chão e rola ficando em cima de mim.
- Você luta judô? - pergunto surpreso
- Um pouco de kung-fu e taekundo - da de ombros
Analiso a loira em cima de mim, cabelos revoltos, bochechas coradas, pose confiante e um sorriso arrebatador, nada de bêbada ela só estava se divertindo pra valer, mesmo que de forma imprudente. Meu corpo reage ao seu em cima de mim e minha mente viaja em varias outras situações em que ela poderia estar em cima de mim.
- Se vamos continuar nesta posição eu prefiro que seja sem roupa - abro um sorriso malicioso
- Senti falta dessa depravação na minha noite - ela sorri ficando um pouco mais corada
- Serio amor, por mais que eu goste das suas coxas gostosas ao meu redor e do seu corpo maravilhoso sobre o meu, o chão é sujo e provavelmente está cheio de cacos de vidro das garrafas que sua irmã quebrou - suspiro exasperado
- Ah, certo. Me desculpe - ela pede saindo de cima de mim e me ajudando a ficar em pé
- Então, você esta bêbada, muito bêbada, ou meio bêbada? - estreito os olhos
- Isso importa? - sorri passando os braços em volta do meu pescoço
- Depende do estagio - respondo colocando minhas mãos na sua cintura
- Eu gostei muito da festa, vários universitários confusos e nojentos para avaliar - seus olhos brilham
- Esse foi o plano, você analisar tudo e todos como sempre faz - digo fingindo modéstia
- Você é muito bobo - ela revira os olhos
- É eu sou sim - sorrio puxando-a para mim e beijando seus lábios
Não sei dizer se esta tocando música lenta, ou qualquer tipo de música, mas estamos nos balançando lentamente em um ritmo próprio. Suas unhas arranham meu couro cabeludo quando ela me puxa intensificando nosso beijo, solto um suspiro, poderia beija-la para sempre sem me cansar. Luto com todas as minhas forças para não escorregar a mão para sua bunda perfeita ou pega-la no colo e coloca-la contra parede para que eu possa lamber cada parte do seu corpo quente e delicioso bem aqui nessa sala, fazer com que ela grite meu nome e que todos vejam para que saibam que ela é minha e eu sou dela, passar minha língua na tatuagem secreta e finalmente descobrir o que é.
Mas não posso fazer isso, não posso arrancar esse vestido apertado que me enlouquece, não posso descobrir se o fato de ele estar tão liso na bunda remete ao fato de ela possivelmente não usar calcinha, sei que não esta de sutiã pois sinto seus seios endurecidos apertados conta meu peito, não posso lamber e morder seu pescoço delicioso para descobrir se esse cheiro inebriantemente doce também é o gosto que sua pele tem. O gemido rouco de sua garganta quase me faz perder o controle, mais é Kendra quem se afasta com um olhar selvagem e desejoso.
- Ainda não te dei seu presente de aniversario - murmuro colocando uma mecha do seu cabelo atrás de sua orelha
- Não é esse o presente? - ela franze o cenho indicando a festa
- O que? - faço uma careta - Claro que não, isso é só uma obrigação. Seu presente esta lá em cima - mexo as sobrancelhas de modo sugestivo
Suas bochechas coram e vejo a curiosidade cintilar em seus olhos, adoro quando sua personalidade safada se junta com a inocente, é fofo e sexy. Pego sua mão e a guio para as escadas, mas ela puxa meu braço quando subimos o primeiro degrau.
- Se for uma transa épica de fazer a cama balançar eu não quero fazer no abatedouro - diz com o cenho franzido
Quase vejo sua mente alternando para vergonha e repulsão, é fascinante.
- Você não vai esquecer dessa do abatedouro não é? - pergunto incomodado
- É um estilo de vida bem ativo e marcante - ela suspira
- Certo, não tenho um abatedouro e não, seu presente não é uma transa de fazer a cama tremer - reviro os olhos ainda incomodado
- Ah - suas bochechas assumem um tom vibrante escarlate e vejo a decepção em seu rosto
Interessante, ela queria mesmo transar, e não apenas transar. Uma transa louca de fazer a cama tremer.
- Mais fico muito feliz em saber que poderemos ter uma transa selvagem que fara a cama tremer - sorrio enrolando uma mexa do seu cabelo no meu dedo
- Eu não... eu só.. - ela pigarreia sem saber por que dizer
- Quero transar com você em cada canto da minha casa e da sua e para a primeira vez quero colocá-la na minha varanda e enquanto os outros vivem sua vida medíocre você estará gemendo e gritando de prazer. - digo com os lábios próximos ao seus - Quero lamber e beijar você por inteira, quero sentir seus gosto quando você explodir de prazer, mas o mais importante é que eu quero entrar em você lento e provocante até que você implore por mais com essa boca linda e deliciosa - completo beijando-a com ferocidade
Seguro-a firme já que suas pernas bambeiam e ela se agarra com toda foça no meu pescoço, sorrio me afastando dela e fico satisfeito com seus rosto corado e seus olhos cheios de expectativa suja e depravada.
- Vamos, quero ver meu presente - diz com a voz fraca
Apenas assinto e a puxo mais rápido pela escada, meu coração lateja com a possibilidade de ela não gostar, mais eu falei com Nina e a morena disse que ela sempre quis aquilo mas nunca pode ter, então eu arrumei um pra ela.
- Espero que goste - digo abrindo a porta do quarto
Ela entra um pouco receosa e entro fechando a porta logo em seguida, a caixa no meio do quarto ainda esta embalada e fico feliz com isso, achei que estaria tudo um caos ainda mais com o bando de universitários bêbados e loucos andando por aqui.
- Ai meu Deus, o que é? - faz um biquinho fofo enquanto encara a caixa com curiosidade
- Você precisa abrir pra saber - dou de ombros
- Tô nervosa - confessa soltando um longo suspiro
- Deixa de ser boba, abre logo! - indico com expectativa
Ela morde o lábio inferior respira fundo e se ajoelha, com as mãos tremulas abre a tampa da caixa com cuidado e sorrio quando um arquejo de surpresa sai pelos seus lábios e logo em seguida um gritinho de felicidade.
- Ai Meu Deus! É um Dálmata!- ela bate palmas animada
O filhote a encara com curiosidade mais logo começa a abanar o rabinho quando ela faz carinho na cabeça dele.
- Vem com a mamãe bebezinho - ela sorri pegando ele no colo - Vamos ver o que você é - murmura virando-o de barriga para cima - Um garotão! - exclama fazendo carinho nele
O filhote late e tenta lamber sua boca mais ela o afasta ainda sorrindo com a alegria dele, foi um cachorrinho difícil de achar e bem caro também, fala sério ser branco com bolinhas pretas tinha que ser tão raro assim? Que coisa mais ridícula.
- E então - me ajoelho ao seu lado - Como vai chama-lo?
O filhote reage a minha voz e vira a cabeça me encarando com alegria, fiquei uma semana cuidando e limpando o coco dele, se ele não se sentir feliz perto de mim eu o devolvo.
- Own, eu não sei - ela diz segurando ele nos braços - Se fosse menina poderia ser Cruella - sorri animada
- Daria o nome da vilã que tem fixação por matar dálmatas á um dálmata? - a encaro incrédulo
- É a ironia que deixa tudo muito melhor - responde dando de ombros
- Você quem sabe o presente é seu - suspiro
- É, ele é sim - ela sorri novamente e me encara - Eu amei, sempre foi meu sonho ter um dálmata.
- Eu sei - abro um sorriso arrogante
Ela apenas ri e nega com a cabeça e volta a brincar com o filhotinho.
- Acho que vou chama-lo de Nigel - diz colocando ele no chão
O filhote por sua vez não se afasta, apenas se esfrega na perna de Kendra fazendo com que ela se sente para ele se acomodar no colo dela e tirar um bom cochilo.
- Esse nome é horrível! - critico com uma careta de nojo
- Ei, é meu bebe! - ela retruca ofendida
- É meu também, cuidei dele por uma semana inteira - rebato
- Quer dizer que é nosso filho? - debocha
- Exatamente, ele é nosso filho e não vou deixar que o chame de Nigel - respondo pegando o filhote do seu colo
Ele abana o rabinho e lambe minha mão animado.
- Certo - ela revira os olhos contrariada - E do que você o chamava a semana toda? - pergunta com má vontade
- De filhote - dou de ombros
- Ah credo! Você consegue ser pior que eu! - faz uma careta como se não acreditasse na minha resposta
- Pelo menos sabe que sua sugestão foi horrível - dou de ombros
- Foi só a primeira! - ela bufa
- De qualquer forma foi péssima - sorrio
Elas suspira e encara o filhote no meu colo pensativa.
- Nando? - sugere
Nego com a cabeça.
- Jonh? - arqueia as sobrancelhas
- Não.
- Caco? - franze o cenho
- Por acaso ele é vidro agora? - reviro os olhos
- Harry? - sorri
- Potter? - dou risada e ela revira os olhos
- Que tal, Ronnie? - seus olhos se iluminam
- Por favor, nada de personagens do Harry Potter - reviro os olhos
- Bolt?
- O supercão? - dou risada
- Ele pode ser nosso super-herói - ela da de ombros
- Se for assim, vamos chama-lo de Kripito - suspiro
- Não - ela deita no chão - Esse é muito ruim.
- É o nome do cachorro do Superboy, ele pé muito legal - rebato deitando ao seu lado
- É mais, não é algo meu - ela suspira com o semblante triste
- Ei - seguro sua mão - Não precisa decidir agora, você tem tempo - murmuro abrindo um sorriso reconfortante
- Tem tanta coisa indefinida na minha vida - ela suspira - Quero decidir isso agora - diz olhando para o teto
- Então ta bom, vamos pensar em algo que ambos gostamos - digo me acomodando no chão
O filhote deitou na barriga da Kendra e esta dormindo tranquilamente.
- Gosto de dormir - ela murmura
- Não podemos dar o nome de Soneca para nosso cachorro - suspiro exasperado
- Gosto de comer - sorri
- Nem de bolo - sorrio
- Não gosto de doces - ela me encara com uma careta
- Você o que? - arregalo os olhos
- Prefiro salgados - diz encolhendo os ombros
- Esta partindo meu coração Girassol - faço uma careta de dor
- Para! - ela ri - Gosto de livros de romance - sugere
- Gosto dos de fantasia - suspiro
- Também gosto de suspense!
- É, eu também - concordo
- Ufa! Finalmente uma coisa! - ela ri
- Edgar Alan Poe? - sugiro
- Não! - ela faz uma careta - Harlan Coben? - arqueia uma sobrancelha
- Nem pensar - nego rapidamente - Arthur Conan?
- Até que é bonito - ela considera - Sidney Sheldon? - pergunta com os olhos arregalados
- Jo Nesbo? - rebato
Ela suspira frustrada e eu também.
- Próxima categoria? - sugere
- Terror - respondo sem pensar
- Stephen King! - se senta animada
O filhote inclina a cabeça tentando entender o por que do alvoroço todo.
- Não quero que meu cachorro chame Stephen - faço uma careta
Ela suspira cabisbaixa e ficamos em silencio por um tempo.
- E que tal King? - sugere com um sorriso radiante
- King? Só King? - pergunto curioso
- Só King, nosso King - ela assente com um sorriso brilhante
Todos os nomes foram dados por dar, mais sei que esse é o que ela mais gostou, por mais que eu ache horrível me vejo concordando com a cabeça.
- É, King parece bom - dou de ombros me sentando também
- Ahh! - ela me abraça fazendo com que voltemos a ficar no chão - Eu amei! - sorri se afastando para me encarar
- É, eu também - sorriso colocando seu cabelo atrás da orelha
Seu sorriso aumenta e ela me beija.
Pode ser que eu tenha me esquecido que ontem era terça..... Mais lembrei que hoje é quarta e saiu capítulo fresquinhooo. Espero que tenham gostado dois bjos
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